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segunda-feira, 27 de março de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O TRANSCENDENTAL COMBATE À CORRUPÇÃO E O IMPERIOSO FORTALECIMENTO DA DEMOCRACIA

“Corrupção: um crime infatigável
       Após tantas investigações policiais e diversos processos criminais já instaurados, importante refletirmos sobre as possíveis consequências institucionais do complexo e sinuoso mecanismo de combate à corrupção atualmente em curso no Brasil. Inicialmente, oportuno destacar que crimes de poder são cometidos justamente na crença da impunidade dos poderosos. Quando a política se une ao dinheiro, o céu desce à terra, anestesiando o espírito crítico e calando a razão pensante. Se a ganância seduz, o crime enterra.
          Nesse ambiente transcendental, corruptos e corruptores passam a cheirar cifras como se fosse cocaína, caindo, na primeira inalação, em dependência profunda. Com o tempo, passam a criar um fantasioso mundo próprio, pensam que não mais existem leis e vivem como se não houvesse o amanhã. Enquanto a farra permite, a ilusão vai longe.
          Aí, surgiu uma inesperada Operação Lava-Jato que implodiu com as peças do cassino brasileiro. Até agora, muitos seguem sem entender nada. Mas, então, o que houve, afinal?
          Simples: acharam o fio da meada e resolveram espremer o lado que não tem foro privilegiado. Após o insucesso das tradicionais tentativas de panos quentes, a ponto corruptora começou a falar. E, quando o pacto de silêncio é rompido, o esquema desaba em efeito dominó.
          Aqui, chegando, a colenda Suprema Corte fica numa situação de extremo desconforto. Sabidamente, a corrupção é um crime de duas pontas e, se o lado corruptor já disse que pagou e mostrou as provas do pagamento indevido, não há como deixar de condenar a face corrupta do poder. No entanto, os processos contra políticos andam devagar, quase parando. No cair do Sol, fica a impressão de que o foro privilegiado seria uma espécie de manto de impunidade, protegendo a classe política da séria aplicação da lei.
          Sim, o recente fenômeno de maxicriminalização da política acabou por abarrotar o colendo Supremo Tribunal Federal com procedimentos judiciais absolutamente incompatíveis com sua estrutura jurisdicional. Na verdade, jamais se pensou que chegaríamos a dias políticos tão baixos com a consequente vulgarização do nobre instituto do foro especial. E, por assim ser, uma política vagabunda não faz por merecer o privilégio de ser julgada pela mais alta corte da Justiça brasileira.
          Sem cortinas, o combate eficaz à desonestidade pública exige a constituição de instituições fortes, sérias, atuantes e independentes. A corrupção é uma engrenagem delitiva permanente e infatigável que, na primeira brecha, volta a se estabelecer, cavando raízes profundas. De nada adianta comemorar vitórias pontuais, pois eles são rápidos no gatilho. Aliás, de Brasília, já não sopram ventos de uma anistia de empreitada?”.

(SEBASTIÃO VENTURA P. DA PAIXÃO JR.. Advogado, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de março de 2017, caderno OPINIÃO, página 25).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Mais pela democracia
       A atenção do mundo está voltada para a sociedade brasileira. Mas, infelizmente, o foco não é favorável: as turbulências das operações Lava-Jato e Carne Fraca é que colocam o país no “olho do furacão”. Uma exposição que mostra, com as revelações dessas operações, uma sociedade desestabilizada e incapaz de promover a solidariedade e a justiça. Momento que requer mais esforços em prol da democracia. E o caminho a ser trilhado não é o de adotar a indicação de um grupo, instância governamental ou segmento único da sociedade, nem mesmo de líderes políticos. Sobretudo, porque há um sofrido déficit de lideranças, em razão de graves problemas, a exemplo da desconexão entre princípios ético-morais e a dimensão subjetiva e pessoal, que influencia as decisões. Essa desconexão, entre outras consequências, gera a insensibilidade social. Assim, muitas decisões são tomadas para favorecer quem não precisa, com prejuízos para os mais pobres. Mesmo assim, aqueles que decidem acreditam que suas deliberações são as mais acertadas. Consideram as próprias escolhas e projetos os mais justos para o momento.
          Desse modo, cria-se um descompasso que precisa ser corrigido a partir de processos que representem oportunidades para a ampla participação cidadã. Esse é o único meio de garantir escolhas adequadas e com força para fazer a urgente assepsia nos funcionamentos institucionais e governamentais. É uma via que leva às melhorias nos serviços públicos e na conduta cidadã de todas as pessoas, nas diferentes áreas. Nesse sentido, a reforma da Previdência não pode ser conduzida a partir da perspectiva de poucos, mas deve suscitar ampla participação. Trata-se de singular oportunidade para o cidadão participar, com opiniões, reflexões e debates sérios, que contribuam para a construção de entendimentos. Esse exercício possibilita também corrigir os modos de atuação de quem tem o dever de representar o povo. Inclusive, oferece a chance para políticos recuperarem a credibilidade, perdida justamente por, de modo contumaz, desconsiderarem as bases éticas e morais.
          A reforma da Previdência pode até ser necessária à democracia, mas nenhuma reforma pode operar na contramão do bem de todos, principalmente os mais pobres. As desigualdades que, historicamente, corroem a sociedade brasileira, sustentadas por uma cultura de privilégios e de benesses, não devem ser acentuadas. Por isso, a atenção ao processo de reforma da Previdência, com adequadas escolhas, é um desafio de todo o conjunto da sociedade. Fundamental é que os representantes do povo ajam com transparência na apresentação de informações, números e estatísticas, além de considerar os diferentes contextos socioculturais da realidade brasileira.
          Nada deve ser feito no afogadilho, a partir de visão unilateral, particularmente quando se pensa nas reformas política e da Previdência. O bem-estar dos mais pobres tem que ser o ponto de referência para se planejar mudanças no Brasil. Uma sociedade democrática não pode jamais passar por cima dos mais fracos. Por isso, todos devem se unir e fazer mais pela democracia, participando dos processos que envolvam reformas. Nessa tarefa, deve sempre estar no horizonte o que determina a Constituição Cidadã de 1988. Retroceder em marcos regulatórios, ou em princípios da vida cidadã, com o exclusivo objetivo de “fechar contas” ou de acumular superávits constitui perda civilizatória. E a reversão desse prejuízo envolveria o trabalho e o sacrifício de muitas gerações.
          Fazer mais pela democracia tem que ser “a bandeira cidadã” de todos, partindo de um sincero processos de identificação das próprias responsabilidades. Um dever de cada pessoa, particularmente dos dirigentes e dos representantes do povo. Para além do respeito formal das regras, esse exercício de autoavaliação deve se inspirar em uma convicta aceitação dos valores que norteiam os procedimentos democráticos. No conjunto desses valores, e acima de tudo, está o respeito à dignidade da pessoa humana, que é sagrada e inegociável, critério regulador da vida política.
          As muitas reformas são necessárias, mas devem ocorrer no contexto de um novo tecido cultural, a partir do diálogo, do confronto de ideias e da construção de consensos. Um caminho para a verdadeira consolidação da democracia, que qualifica a autoridade política e rege o exercício da cidadania. Tarefa exigente, complexa, que requer olhar atento para a situação dos mais pobres. Coragem para cortar privilégios e priorizar o bem comum. Eis o caminho para se fazer mais pela democracia.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)    a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2017 a ainda estratosférica marca de 486,75% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,30%; e já o IPCA também acumulado nos últimos doze meses, chegou a 5,35%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)    a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
         
 
 
   
           






quarta-feira, 15 de março de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A SABEDORIA NA BUSCA DA VERDADE E AS TRANSFORMAÇÕES PARA A SUSTENTABILIDADE

“Onde buscar a sabedoria em 
um mundo carente da Verdade
        Embora a expansão do mal pareça irrefreável, atos inteiramente devotados à verdade são capazes de sustá-lo. Assim, o orgulho, a teimosia, a ilusão de autossuficiência, a ignorância e o medo, que impedem que se trilhem novos caminhos, podem deixar de prevalecer desde que os homens de fato se abram para a Luz.
         A claridade de milhares de lâmpadas é insignificante diante do despontar da aurora; analogamente, pode-se afirmar que por maior que seja o empenho dos homens, pouco representa diante da capacidade dinamizadora da Hierarquia Espiritual do planeta.
         A sabedoria paira sobre o universo e ao mesmo tempo permeia todos os seres, mergulhando na sua existência, em profundidade. Não tem dono nem pode ser encapsulada em mente alguma. Penetra onde há liberdade para sua expansão, onde possa abrir caminhos e revelar aspectos límpidos e evolutivos da natureza do cosmos. Por isso, é infrutífero procurar obtê-la dos homens: ela não pertence a ninguém, embora, misteriosamente, se encontre no interior de cada um.
         A beleza do trabalho da sabedoria é inefável; a harmonia que se irradia de suas obras o tempo não faz esquecer. A sabedoria age em consonância com a Lei, a fim de permitir o despontar de novas luzes nos que se assenhoreiam da luminosidade já existente. Quando uma luz atinge o auge, inúmeros indivíduos sentem-se atraídos por sua radiância; no entanto, para se chegar à sabedoria é necessário mais do que simpatia pelo Bem, é necessário praticá-lo em nome da Verdade maior e única.
         Quando a negação da Verdade única chegar a limites insuportáveis, surgirá de todas as partes um clamor intenso por ela; será então que nos homens a fé na Hierarquia Espiritual deve estar mais firme, pois ela é capaz de dissipar as brumas espargidas por atos ignorantes perpetrados pela humanidade.
         Há uma chave para isso: o sincero e ardente amor à Verdade. Quando se busca a Verdade acima de tudo, sem se prender às múltiplas formas pelas quais ela pode exprimir-se, caminha-se com segurança. Por isso, mais do que nunca é necessário equilíbrio: ao mesmo tempo que toda a orientação segura vem do interior e se deve prestar total obediência à fonte interna de Sabedoria, o indivíduo precisa estar suficientemente desapegado de si e de suas percepções para distinguir o falso do verdadeiro, pois mesmo um impulso interno genuíno pode ser desvirtuado por tendências subconscientes. À obediência devem estar aliados, portanto, a entrega à realidade transcendente, o desapego e o discernimento.
         Somos aprendizes de uma grande Escola, a qual conhecemos profundamente. Ela nos é, todavia, invisível, verdadeira. Nesse processo, a entrega propicia a percepção da Verdade; porém, há de ser uma entrega dinâmica. Por isso, muitas vezes uma indagação serena, que não estimule demais o raciocínio, mas atue como o pulsar de uma coração chamando pela vida, pode ser de ajuda. São oportunas perguntas assim ao próprio mundo interior; são como um apelo da consciência externa aos núcleos internos do ser.
         Em instante algum os mensageiros da Hierarquia Espiritual se ausentam do mundo. Percorrem a Terra inteira; em geral são imperceptíveis e, seja trabalhando anonimamente em meio aos que necessitam de um impulso à vida nova, seja cortando invisivelmente o mar de éteres com seus corpos de luz, estão sempre presentes.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de março de 2017, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de março de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JR., advogado, e que merece igualmente integral transcrição:

“O caminho para um novo Brasil
        Após tantas investigações policiais e diversos processos criminais já instaurados, importante refletirmos sobre as possíveis consequências institucionais do complexo e sinuoso mecanismo de combate à corrupção atualmente em curso no Brasil. Inicialmente, oportuno destacar que crimes de poder são cometidos justamente na crença da impunidade dos poderosos. Sem cortinas, quando a política se une ao dinheiro, o céu desde à terra, anestesiando o espírito crítico e calando a razão pensante. Nesse ambiente transcendental, corruptos e corruptores passam a cheirar cifras como se fosse cocaína, caindo, na primeira inalação, em dependência profunda. Após, criam um mundo próprio, pensam que não existem leis e vivem como se não houvesse o amanhã.
         No chão da vida real, o jogo, além de fechado e extremamente pesado. O cartel do poder é controlado por poucos, gente que não confia em ninguém e que chega a dormir de olhos abertos. Vivem grampeando uns aos outros, na expectativa de descobrir segredos ocultos para melhor barganhar na hora da partilha dos lucros ilícitos. Vejam que o governo é a maior empresa do Brasil: arrecada quase 40% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. É dinheiro que não acaba nunca, embora alguns heróis tenham conseguido a recente façanha de quebrar o país. Ora, onde sobre ganância, geralmente falta inteligência.
         No lado corruptor da jogatina, temos alguns anjos profanos do mercado. Gente que gosta de falar de livre concorrência, mas que faz de tudo para um protecionismo para si. Segundo consta, até medida provisórias foram compradas no balcão de negócios de Brasília S/A. Sim, a sociedade do poder é anônima, mas seus dividendos são certos e determinados. Objetivamente, não há livre mercado no Brasil. A retórica liberal não passa de um sonho distante. Nosso sistema econômico é dominado por senhores feudais que, de tempos em tempos, vão dando migalhas para os vassalos obedientes. Assim, a estrutura de dominação vai sendo perpetuada, com concessões pontuais para os amigos do rei.
         Aí, surgiu uma inesperada Operação Lava-Jato que implodiu com as peças do cassino brasileiro. A correria tem sido grande. Mas o que houve afinal?
         Simples: acharam o fio da meada e resolveram espremer o lado que não tinha foro privilegiado. Após o insucesso das muitas tentativas de panos quentes, a ponta corruptora começou a falar. E, quando o pacto de silêncio é rompido, o esquema desaba em efeito dominó.
         Aqui chegando, a colenda Suprema Corte fica numa situação de extremo desconforto. Sabidamente, a corrupção é um crime de duas pontas e, se o lado corruptor já disse que pagou e mostrou as provas do pagamento indevido, não há como deixar de condenar a face corrupta do poder. No entanto, os processos contra os políticos andam devagar, quase parando. E isso não é bom para um país com urgente necessidade de imediata moralização da vida pública nacional. No cair do sol, fica a impressão de que o foro privilegiado seria uma espécie de manto de impunidade, protegendo a classe política da aplicação pura e simples da lei. O tema é complexo e não se exaure em algumas linhas; todavia, não podemos fechar os olhos para nítidas assimetrias do sistema de justiça.
         De tudo, resta a clara evidência de que o equilíbrio corrupto está rompido. Temos, portanto, uma janela de oportunidade para a implementação de medidas tópicas com vistas a proporcionar maior lisura e qualidade na atividade política. Todavia, a corrupção é uma engrenagem delitiva permanente que, na primeira brecha, volta a se estabelecer, cavando raízes profundas. O combate eficaz à desonestidade pública exige a constituição de instituições fortes, sérias e independentes. Mais do que personalidades passageiras, precisamos de uma institucionalidade estável. Isso porque o desenvolvimento socioeconômico duradouro tem como pressuposto básico o estabelecimento de um corpo institucional competente e alheio aos fugazes interesses da política pequena.
         O processo de depuração institucional em curso no Brasil poderá mudar a cara do nosso país. Além da ação saneadora da Justiça, será imprescindível a energia do civismo ativo e responsável. A força das ruas é absolutamente fundamental para emparedar a política estabelecida. Os castelos do poder tremem quando as pessoas decidem marchar pela verdade, pela ética e pela decência das instituições. Durante muito tempo esperamos respostas da política, mas só recebemos o silêncio do nada. Tal letargia cívica não pode continuar. A democracia, em vez de espera, exige ação. E será dando voz aos nossos descontentamentos e insatisfações que enfrentaremos o silêncio opaco dos incompetentes que nos governam.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2017 a ainda estratosférica marca de 486,75% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,30%; e já o IPCA também acumulado nos últimos doze meses, chegou a 5,35%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 



         

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A SUSTENTABILIDADE DO EMPREGO E DA EMPRESA E OS DESAFIOS DA SUPREMA MAGISTRATURA

“Quer blindar seu emprego?
        Em tempos de economia desaquecida e consequente desaceleração de crescimento dos negócios, é necessário ter profissionais com competências técnicas e comportamentais bem desenvolvidas para garantia e manutenção da existência da empresa. Logo, adquirir capital intelectual com atributos que gerem valor agregado se tornou um desafio ainda maior para as organizações que almejam manter competitividade no mercado agressivo, visto que o mercado de trabalho dispõe de um grande volume de mão de obra, porém, boa parte dos desempregados apresenta qualificação insuficiente para as demandas que se apresentam.
         As pesquisas aponta índices ainda maiores de desemprego neste ano, projetados em 13,8 milhões. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada três desempregados no mundo entre 2017 e 2018, um será brasileiro, deixando nosso país em terceiro lugar no número de desempregados entre as maiores economias do mundo, superado apena pela China e Índia.
         É exatamente neste momento que os profissionais que sabem pensar fora da caixa precisam agir para blindar seu emprego e consequentemente continuar se desenvolvendo profissionalmente. Devem começar a avaliar seu comportamento, mantendo-se atentos aos aspectos éticos no universo corporativo e evitar posturas pouco profissionais. Prometer apenas aquilo que pode ser cumprido tornou-se essencial, seja uma solicitação do cliente ou de um colega de trabalho. Desenvolver um bom comportamento no trabalho requer observância à etiqueta profissional. Conversas vazias, fofocas, maledicências sobre o chefe ou sobre a empresa para a qual trabalha e causar intrigas entre os colegas são comportamentos inadmissíveis hoje para organizações que buscam a manutenção de sua existência no mundo corporativo.
         O profissional deve também ficar atento ao excesso do uso das redes sociais durante o expediente. WhatsApp, Facebook e Instagram devem ser usados com muita moderação, principalmente se você não os utiliza como ferramenta de trabalho. A produção deve ser única e exclusiva para a empresa, sem reclamações. Afinal, você está aí para isso. Não usar equipamentos da empresa, como telefone, computador e materiais de escritório, para seu uso pessoal são competências comportamentais muito valiosas para as organizações. Pesquisas comprovam que 87% das demissões são atribuídas à falta de competência comportamental, e apenas 13% se dão pela ausência da competência técnica.
         Para manter sua empregabilidade, é necessário vender a competência que as empresas compram hoje, e isso inclui habilidades de comunicação, estratégias, resiliência para enfrentar novos desafios, automotivação, ética, trabalho em equipe, inteligência emocional, autoliderança, criatividade e inovação e que sejam agentes provocadores de mudança com nível elevado de capacidade e conhecimento para garantir resultados positivos.
         Enfim, para blindar seu emprego, procure desenvolver e aprimorar um perfil de profissional polivalente, saiba solucionar os problemas em vez de ser o problema. Peça feedback com relação ao seu trabalho para o seu gestor. Tenha sempre uma estratégia para garantir a eficiência de suas ações junto às questões da organização. Mantenha um relacionamento interpessoal saudável no trabalho. Participe de cursos, workshops, palestras e eventos onde você possa aumentar seu networking e compartilhar as experiências.
         Busque ter respostas novas para os novos e velhos problemas. Se você for capaz de desenvolver esse perfil e entender que entregar mais com menos recursos é na maioria das vezes acumular funções e fazer além do que foi proposto no momento da contratação, certamente conseguirá manter seu emprego, pois comprometimento é pré-requisito no mundo corporativo.”.

(FRANCICE OLIVEIRA. Professora de MBA na Fundação Getúlio Vargas/Faculdade IBS, palestrante e coach, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de fevereiro de 2017, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 1º de fevereiro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JR., advogado, e que merece igualmente integral transcrição:

“A suprema magistratura
        Com o inesperado falecimento do eminente ministro Teori Zavascki, os critérios que devem nortear a escolha e o fiel exercício da suprema magistratura voltam à ribalta da opinião pública. Sim, desde o julgamento do mensalão, o colendo Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou acentuada projeção institucional; par alguns, a exposição tem sido tanta que a corte estaria a se distanciar de sua tradição de reserva, liturgia e sobriedade no digno desempenho da atividade judicante. A crítica merece reflexão.
         Frisa-se, inicialmente, que o apontado ganho de popularidade do egrégio STF talvez esteja intimamente ligado ao desenvolvimento democrático do país que enaltece o dever de visibilidade e transparência dos atos de poder. No entanto, é inegável que estamos a presenciar uma palpável hipertrofia do Supremo por força de um preocupante processo de judicialização da política. Ou seja, diante das agudas insuficiências dos poderes políticos genuínos, algumas questões – que deveriam ser resolvidas pelo bom governo ou pelo bom trabalho parlamentar – acabam sendo direcionadas ao Judiciário que, uma vez provocado, se sente no dever de prestar jurisdição.
         No entanto, existem matérias que refogem ao âmbito técnico do conhecimento jurisdicional, exigindo, em vez da firmeza de uma sentença togada, a fluidez e a arte reflexiva do pensamento político criador. Sobre o ponto, a clássica lição de Bryce ensina que “a Corte Suprema tem firmemente recusado intervir nas questões puramente políticas” (in purely political questions). Nessas questões, em vez do controle judicial, o que vigora, conforme as sempre sábias palavras de Ruy, são “os freios da opinião popular e da moral social”. Logo, o povo também é um intérprete da Constituição; em tempos democráticos, não há monopólio hermenêutico.
         Nesse contexto, o juiz constitucional deve ser dotado de uma sensibilidade especial que una o rigor técnico ao tirocínio da experiência. Não existe boa aplicação da lei sem a compreensão das circunstâncias. E a profunda compreensão do mundo é a simbiose inseparável do estudo com a vivência. Aqui, não bastam olhos que leiam; é preciso a visão vivida do pensamento superior.
         Não é à toa que o processo de escolha da suprema magistratura traduz ato genuinamente complexo. Nos termos da Lei Maior, o presidente da República faz a indicação e submete o escolhido à sabatina no Senado; uma vez aprovado na Alta Casa legislativa, há a nomeação do novo ministro. Como se vê, o referido critério de escolha traduz uma responsabilidade político-institucional conjugada entre o Executivo e o Parlamento, cuja razão de ser é outorgar legitimidade democrática ao exercício da jurisdição constitucional. Perguntam se esse critério seria apropriado? Em tese, sim, embora – é claro – possa ser mal e desgraçadamente exercido. Aliás, não existe critério perfeito, pois os interesses humanos sempre podem ser vis.
         Felizmente, a história ensina. Quanto ao ponto, não custa lembrar que o primeiro sabatinado, vigência da atual Constituição, foi o saudoso ministro Paulo Brossard. O notável jurista gaúcho, em sua vasta e plural existência de homem público, levou luzes e independência aos três poderes da República. Que a altura da nobre ilustração jogue ares de intelectualidade, decência e honradez para a escolha que virá. Ou será que tais valores perderam atualidade em tempos de Lava-Jato?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, em dezembro e no acumulado dos últimos doze meses, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu a estratosférica marca de 484,6%; a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,6%; já o IPCA também acumulado nos últimos doze meses, em janeiro/2017chegou a 5,35%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 

        

          

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA SAÚDE ESPIRITUAL E A FORÇA DO COMBATE À CORRUPÇÃO SEM FRONTEIRAS (4/166)

(Fevereiro = mês 4; faltam 166 meses para a Primavera Brasileira)

“Como a cura interior pode 
manifestar-se no plano físico
        Estamos considerando, neste estudo, o nível físico-etérico como a primeira dimensão, o nível astral ou emocional como a segunda, o mental pensante como a terceira e o mental abstrato, onde temos consciência do seu superior, como a quarta. Além dessas, há a dimensão intuitiva, seguida da espiritual e de outras mais elevadas.
         O que vale para o espírito é a intenção que o indivíduo tem de elevar-se, de transformar-se. Elevar-se quer dizer colocar a mente em motivos positivos, não egoístas. Deixar, aos poucos, de pensar no próprio bem e querer melhorar para tornar-se cada vez mais apto para ajudar o próximo. Essas são atitudes coerentes com a energia e com a vocação da alma. Assim se começa um processo de cura.
         A presença das enfermidades é própria dos níveis de consciência físico-etérico, emocional e mental – não existe além deles. É nesses três planos vulneráveis que também está localizada a parte pessoal de nossa consciência. Se o homem polariza sua atenção apenas nesses níveis, torna-se ainda mais suscetível à condição doentia dos níveis terrestres.
         Por longos períodos de tempo em que se desenvolvia a civilização terrestre atual, o homem habituou-se a identificar-se com os aspectos densos e pessoais do seu ser. Os eus superiores estiveram mais receptivos à realidade do mundo concreto do que ativos em outras direções.
         Havendo concordância entre a vontade profunda de um indivíduo e a vontade superficial do seu consciente, a cura pode operar-se. Ao harmoniza a personalidade com a própria VIDA, que é sua essência interior, a cura é processada, e seus efeitos tornam-se visíveis nos planos físico-etérico, emocional e mental – seja instantaneamente, seja a médio ou longo prazo. Há exemplos nos quais o indivíduo é curado sem que perceba: a alegria interior passa a estar presente em seu olhar e a carga de ansiedade deixa de existir em sua mente e em seu coração.
         Para que a cura interior ocorra, nem sempre são necessários intermediários aqui na Terra. Essencial é que construamos voluntariamente uma ponte de comunicação entre nosso eu consciente e o núcleo de amor-sabedoria que habita em nós. Essa energia, essência de cada ser, encontra-se no vórtice das forças evolutivas da quarta dimensão e é representada em cada um de nós pelo eu superior.
         O cultivo da alegria chamará o eu superior do homem a uma atividade positiva, que poderá manifestar-se inclusive no plano físico e nos fatos concretos de sua vida, porque encontra as vias abertas para sua expressão. Curar verdadeiramente é permitir que a alma flua sem impedimentos através dos corpos da personalidade. Essa cura interior dá também à pessoa a oportunidade de servir com altruísmo ao mundo. A doação que ela faz de si própria é a melhor forma para as energias universais começarem a nutrir o seu ser e para emergirem à superfície energia profundas e interiores.
         Tomar consciência de que existe uma vida totalmente saudável no nível das almas, e saber que essa vida pode refletir-se na Terra, é abrir a porta para a energia de cura. O que pode acontecer em seguida é imprevisível.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de janeiro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, mesma edição, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SACHA CALMOM, advogado, coordenador da especialização em direito tributário da Faculdades Milton Campos, ex-professor titular da UFMG e da UFRJ, e que merece igualmente integral transcrição:

“A Lava-Jato se internacionalizou
        É insensato achar que somente existia um juiz confiável no STF. Somente para exemplificar, Fachin é tão sério, técnico, avesso à ribalta, homem de colegiado, igualmente ao pranteado ministro que se foi.
         Seria para sempre estranho um país cuja Suprema Corte se reduzisse a um homem. E a ministra Cármem Lúcia é sagaz o suficiente para tomar as decisões que a situação exige. Que esperar novo ministro que nada! Ninguém ingressa no STF e põe o acervo processual do antecessor em dia, num passe de mágica.
         A Lava-Jato tem um gabinete no Supremo cheio de assessores e vários juízes federais convocados. Isso é que importa para que o substituto do ex-ministro Teori se enfronhe nos problemas e diretrizes delineados.
         Essa operação apresenta duas sedes: uma para quem tem foro privilegiado, gente com mandato federal no alto Executivo e no Legislativo, e outra para quem é civil, nas mãos do juiz Moro e de todos os juízes federais do Brasil, em primeira instância criminal (competência material e territorial).
         Notem bem. Teori não condenou nem um político sequer! Moro já condenou ex-ministros, ex-políticos, magnatas e empresários em profusão, verdadeira multidão. Processos como esses não deviam estar numa corte constitucional.
         As ligações de Teori (ou do STF) com os juízes federais se davam quando no âmbito das varas criminais da Justiça Federal aparecia alguém com foro por prerrogativa de função, de mistura com outros (pessoalmente, acho que o “privilégio” de ser julgado pelo STF é justamente não sê-lo, ou demorar a sê-lo). Nesses casos, era preciso autorização do relator no STF, que ficava com os réus privilegiados. No mais, os juízes são autônomos e livres para judicar. Pelo nosso sistema, uma vez provocado pelo Ministério Público ou pela parte, o juiz tem o dever de exercer a jurisdição.
         Junto ao juiz federal atuam procuradores federais. Junto ao Supremo representa o Ministério Público o procurador-geral (e, evidentemente tem sua força-tarefa). É uma teia difícil de ser destruída, portanto, até porque a opinião pública constrange quem do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário ouse atrasar ou pôr fim a essa operação fantástica, a ponto de fazer crescer o Brasil no concerto das nações, em termos éticos, político-democráticos e econômicos, repercutindo mundo afora. Ganhamos a confiança internacional em nossas instituições, no combate à corrupção.
         Na Coreia, a Samsung foi obrigada a um acordo de leniência de bilhões e a presidente teve de renunciar. A Caoa comercializa no Brasil os veículos da Hyundai. Sobre isso há investigação (“Acrônimo”). A Rolls Royce confessou ter pago propina à Petrobras. Bancos suíços, empresas holandesas e suecas abriam o bico por causa da Lava-Jato. O caso mais emblemático foi o da Rolls Royce, que se antecipou e propôs acordo. Mais de 15 países tiveram acesso à Lava-Jato e abriram investigações. O capitalismo funciona, mas tem que haver controle sobre ele.
         As chamadas “compras governamentais” estão na mira de mais de 60 países, desde os EUA, passando pela Europa, África e Ásia. A Lava-Jato é um marco internacional tanto quanto o tratado multilateral envolvendo mais de 162 países, pelo qual, a partir de 2018, os bancos dos países signatários estão obrigados a informar as contas e depósitos dos nacionais, residentes e estabelecimentos permanentes aos bancos centrais dos seus respectivos países. O tratado prevê que é dever automático dos bancos, sob pena de sanções. Essa a razão pela qual a evasão de divisas, a lavagem de dinheiro, trustes e empresas offshore necessariamente ganharão visibilidade e fiscalização.
         O dinheiro do tráfico de armas, de drogas, de brancas (mulheres para a prostitutição), ou decorrente da corrupção política e obras governamentais recebidos à socapa sofrerão agudos golpes por essas trocas de informações. Do mesmo modo, a sonegação de impostos ficará sem ter para onde ir.
         Os chamados planejamentos tributários internacionais, bem como a escolha de países para acolher empresas holdings (prateleira de tratados internacionais), não estarão proibidos ante o princípio da autonomia privada, apenas estarão mais sujeitados à vigilância dos países signatários do acordo.
         A Operação Lava-Jato transcende as fronteiras do Brasil (há interesse internacional em sua continuidade).
         Quanto aos políticos com foro privilegiado, com ou sem Teori, por isso que o STF não tem tempo nem especialização necessárias para lidar com esses megaprocessos, e centenas de réus provavelmente escaparão impunes, pela prescrição retroativa da pena em concreto.
         Para acabar com a impunidade dos políticos, providências são inadiáveis: renovar o Congresso Nacional (70%) e acabar com o foro privilegiado.
         Foi-se o meu amigo Teori, o controller da Lava-Jato, mais uma razão para reacendê-la em toda a Justiça Federal e no STF.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, em dezembro e no acumulado dos últimos doze meses, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu a estratosférica marca de 484,6%; a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,6%; e, finalmente, o IPCA chegou a 6,29%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...