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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS DEGRADANTES FACES DA CORRUPÇÃO E AS LUZES DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO NA SUSTENTABILIDADE


“A corrupção desmoraliza a democracia
        A corrupção se espalhou pelos três poderes da República, atingiu todas as 27 unidades da Federação e os governos dos mais 6 mil municípios. Não há setor da administração pública sem a presença de ações antirrepublicanas. Hoje, infelizmente, não é nenhum exagero afirmar que o Brasil é o país mais corrupto do mundo ocidental. Basta acompanhar o noticiário. Somos bombardeados por denúncias gravíssimas todo santo dia. São tantas que é quase impossível acompanhar a evolução dos casos. A maioria acaba caindo no esquecimento popular. É uma avalanche de mazelas que se sobrepõe às camadas de corrupção dos momentos anteriores. Formam-se montanhas de denúncias, poucas devidamente apuradas e raríssimas conduzem à condenação dos malfeitores do dinheiro público.
         Se a maior parte da corrupção está vinculada ao Executivo – mas não exclusivamente –, o Judiciário acaba sendo partícipe neste processo de desmoralização das instituições pela inoperância, lentidão e complacência com os criminosos. E quanto mais poderoso é o corrupto, melhor será tratado. É como se a grandiosidade do ato de corrupção permitisse ao meliante do andar de cima um tratamento especial. Diria um marxista vulgar que até no ato de acusação estão presentes as relações de dominação de classe.
         A corrupção adquiriu um status único na nossa história. Não é possível imputar ao brasileiro – categoria absolutamente vaga – uma propensão ao rompimento das regras elementares no trato da coisa pública. Como se uma herança genética fosse a causadora das desonestidades. O gatuno do dinheiro público e seus asseclas – alguns travestidos de defensores –, tentam a todo custo sociologizar a corrupção, dar a ela uma categoria de mal nacional, que transcende o momento histórico, as classes, as regiões, as famílias. Seria uma herança ibérica que viria desde 1500. Portanto, a Lava Jato – dentro desta hipócrita construção nacional – poderia se constituir desde o primeiro governo geral, o de Tomé de Souza.
         Desta forma, o que ocorre hoje não seria nada mais de uma continuidade, algo inevitável, presente no caráter nacional. Nada mais falso. Se podemos encontrar acusações de desvios de recursos públicos ainda no período colonial – basta recordar as preocupações de d. Luís da Cunha apresentadas em longo documento, o seu Testamento Político –, assim como no período imperial – exíguos, especialmente no Segundo Reinado (1840-1889) – foi na República que os casos de corrupção começaram a se tornar rotineiros. Entre os anos de 1889-1930, os casos estavam principalmente relacionados às concessões públicas na área da infraestrutura.
         É célebre o discurso de Rui Barbosa na campanha presidencial de 1919, a última de que participou: “O Brasil é este comício imenso de almas livres. Não são os comensais do erário. Não são as ratazanas do Tesouro. Não são os mercadores do Parlamento. Não são as sanguessugas da riqueza pública. Não são os falsificadores de eleições. Não são os compradores de jornais. Não são os corruptores do sistema republicano. Não são os oligarcas estaduais. Não são os ministros de tarraxa. Não os presidentes de palha. Não são os publicistas de aluguel. Não são os estadistas de impostura.”
         Com a revolução de 1930 e a ampliação do raio estatal, os casos de corrupção foram se expandindo. O autoritarismo sufocou a transparência na gestão pública abrindo campo para os gatunos do erário. As acusações não puderam ser devidamente investigadas. A supressão das liberdades e a inexistência da autonomia do Judiciário colaboraram para que a corrupção se espalhasse pelo interior do Estado. Começou – ainda que timidamente – a terrível associação entre o exercício de função pública e o enriquecimento fácil. A redemocratização de 1945 ampliou este triste processo. Alguns políticos se notabilizaram por ações administrativas antirrepublicanas. Basta recordar Adhemar de Barros e o seu cruel slogan: “Rouba mas faz.”
         Durante o regime militar, muitas denúncias de sobrefaturamento de obras públicas acabaram sendo engavetadas. Foi o momento que as grandes empreiteiras consolidaram seu domínio – iniciado no período juscelinista e que teve na construção de Brasília o seu grande marco – e contaram com o beneplácito das autoridades. Acusações pesaram até sobre as embaixadas brasileiras. Uma delas, na Europa, era conhecida como a embaixada dez por cento.
         A ascensão do governo civil, em 1985, e, principalmente, o Estado democrático de direito edificado pela Constituição de 1988, permitiu, por mais paradoxal que pareça, a consolidação da corrupção como um modus vivendi da democracia tupiniquim. Algo como se fosse intrínseco ao sistema o suborno, a venalidade. Como se os gregos tivessem proclamado na ágora a corrupção como um valor democrático. Interromper este processo é condição sine qua non não só para a sobrevivência da democracia, mas para a sobrevivência do Brasil.”.
(MARCO ANTONIO VILLA. Historiador, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 5).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 4 de setembro de 2018, página 9, de autoria de LUCIANE GUIMARÃES BATISTELLA BIANCHINI, pedagoga e psicopedagoga clínica, docente do programa de pós-graduação stricto sensu da Unopar, pós-doutora e doutora em psicologia do desenvolvimento e mestre em educação, e que merece igualmente integral transcrição:
“Alfabetização e letramento
        A escrita é resultante de um processo histórico e representa o compartilhamento de um combinado social originado da necessidade de interação comunicacional com o outro. A escrita, enquanto linguagem, possibilitou um encontro entre pessoas e o usufruir de um instrumento de constituição da consciência humana compartilhada, simbolizando pensamentos e sentimentos. Em outras palavras, a escrita por meio de signos dá forma ao pensamento e o alimenta continuamente. Mas, se por um lado a escrita possibilita encontros entre os seres humanos, por outro, a língua escrita promove desencontros e desafios para a educação, quando o assunto é saber como ensinar e aprender, atendendo cada um em sua especificidade de apropriação.
         Se olharmos para trás, veremos os caminhos percorridos até aqui para responder a tal questão, e as respostas obtidas por meio da construção de métodos diferenciados e estratégias que se apresentavam, muitas vezes, como propostas inovadoras para o aluno aprender. O fato é que após uma sequência de planos de alfabetização disseminados no Brasil, vemos a renovação dos discursos que, nas entrelinhas, reproduzem as mesmas concepções de língua escrita e de homem. Ainda, como orientação, anunciam os mesmos procedimentos pedagógicos utilizados no século 20.
         Por isso, no Dia Internacional da Alfabetização, muitas reflexões podem ser feitas por todos os envolvidos com a educação. Entre as reflexões, a de que a criança deveria chegar ao mundo letrado por meio de vivências culturais com sentidos reais para ela sobre a escrita e tendo como mediação o “outro social”. O conhecimento e, neste caso, o da escrita, se constitui à medida que a criança faz próprio o conhecimento do outro e compreenda a função social que representa. Entretanto, em vez de esta construção ser realizada de modo significativo, o que temos visto são crianças em seu processo de escolarização recebendo uma avalanche de informações técnicas da língua escrita que, frequentemente, a impossibilitam de compreendê-la como algo real, mas, sim, abstrato. O resultado da não apropriação ou das dificuldades da criança em relação à língua escrita pode gerar efeitos negativos em sua constituição e sentimentos de não pertencimento ao grupo social.
         Logo, não podemos deixar de considerar, neste contexto, alguns questionamentos, como por exemplo: quem é a nossa criança hoje? O que a escrita representa para elas? Como podemos pensar sobre os desafios da alfabetização e letramento diante das inovações trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC)? A proposta de alfabetização e letramento presente nela para os anos iniciais do ensino fundamental tem como foco a apropriação do sistema da língua. Quanto ao processo de apropriação da escrita, esse documento mantém o desafio já indicado nos parâmetros curriculares nacionais (PCN), ou seja, a tarefa de ampliar o trabalho como os novos gêneros textuais, também conhecidos como textos multimodais.
         Quanto ao eixo de leitura, antes da BNCC havia a proposta de ensino das estratégias e modalidades de leitura. A novidade está na questão da intertextualidade, de condições de produção e recepção de textos e o desenvolvimento da postura crítica em relação às informações lidas no texto e a checagem da validade dessas informações. Diante da necessidade do trabalho pedagógico com textos multimodais, há uma reconfiguração das competências e habilidades a serem desenvolvidas que exigirão dos professores mais atenção no planejamento de ensino. Outro aspecto que podemos ressaltar é a orientação de trabalhar junto aos alunos a adesão à leitura. Isso significa que não se trata somente do prazer de ler livros, mas o prazer de ler todos os gêneros discursivos que encontramos nas práticas sociais de leitura.
         O eixo da oralidade enfatiza a produção de textos orais tendo, ou não, um outro sujeito face a face. Nesse sentido, falamos em trazer para o contexto da sala de aula, por exemplo, as webconferências, os blogs, os programas de rádio, entre outros. Já o eixo de análise linguística e semiótica reforça os direitos de aprendizagem da gramática, da ortografia, dos aspectos sintáticos considerando as situações de uso real da língua.
         Outra inovação é que, pela primeira vez, a BNCC se posiciona de modo claro quanto à progressão dos conteúdos ao longo dos anos escolares, orientando com clareza o que precisa ser desenvolvido e aonde se deseja chegar ao final do ano escolar. Assim, os alunos deverão desenvolver ao longo da trajetória escolar um conjunto de habilidades cada vez mais sofisticadas, diversificadas e complexas no que se refere à leitura e à escrita. As crianças de hoje serão os adultos que se formarão por volta de 2030 e 2035, então, os profissionais de educação precisam oferecer as condições necessárias para que dominem as ferramentas das quais necessitam para atuar em um mundo muito diferente daquele no qual vivemos hoje, que demanda cada vez mais autonomia para ler e escrever de modo crítico e com autoria.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 271,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,48%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        




segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS GRAVES DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DO ENSINO E A TRANSCENDÊNCIA DA MORALIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Desastre do ensino
        Catastrófico. Assim pode ser classificado o desempenho dos estudantes que concluíram o ensino médio em escolas públicas do Brasil no ano passado. São cerca de 70% de alunos prontos para entrar nas universidades que apresentaram conhecimentos considerados  completamente insuficientes em matemática e português. Por incrível que possa parecer, não estão preparados para resolver utilizando as operações elementares de soma, subtração, multiplicação e divisão. Mais: também não aprenderam o considerado básico em português, o que significa que saem da escola incapacitados em reconhecer o tema de uma crônica ou identificar a informação principal de uma reportagem. Constatação que assusta pelo que representa para o crescimento do país.
         A verdade é que o ensino médio encontra-se praticamente estagnado, o que tem contribuído quase nada para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes brasileiros. A baixa qualidade do ensino médio, ao prejudicar a formação dos discentes, acaba atrasando o desenvolvimento socioeconômico do Brasil – o tema é recorrente e desperta infindáveis discussões em toda a sociedade, particularmente nos meios educacionais, tendo sofrido, recentemente, polêmica reformulação.
         Os dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), colocam o país no nível 2, numa escala de zero a 10, nas duas disciplinas. A situação desastrosa na formação educacional dos jovens é comprovada pela frieza dos números. Em português, os estudantes atingiram 268 pontos e em matemática 270 pontos, o que os posiciona no nível 2 da escala. Até o nível 3, o aprendizado é tido como insuficiente; a partir do nível 4 é considerado básico; e do nível 7 em diante, adequado.
         O levantamento do Saeb aponta, claramente, as desigualdades sociais no Brasil. Mostra que, na média, 43 pontos separam os estudantes que pertencem ao grupo dos 20% do nível mais baixo, em português, colocando os mais ricos no nível 3 (mais alto, mas ainda tido como insuficiente) e os mais pobres no nível 2 (insuficiente). Em matemática, a diferença entre os dois grupos aumenta, ficando em 52 pontos, com os mais ricos no nível 4 (básico) e os mais desfavorecidos no nível 2. O Distrito Federal registra, entre os entes da federação, a maior diferença entre os dois grupos.
         As desigualdades regionais, assunto sempre em alta na época de campanhas eleitorais, também ficam demonstradas no estudo. A maior parte dos estados do Norte e do Nordeste, além do Mato Grosso, teve desempenho inferior à média nacional. Pernambuco é o único estado das duas regiões que apresenta média superior à nacional, ficando ao lado dos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
         A dramática situação de âmbito nacional pode ser medida pelas palavras do próprio ministro da Educação, Rossielli Soares, que considera “um desastre” o ensino médio brasileiro. O governo mostra disposição em reverter quadro tão preocupante na educação quando lança programas como o Novo Ensino Médio, Base Nacional Comum Curricular e Mais Alfabetização. Mas de nada adiantam iniciativas tidas por alguns como bastante avançadas se não houver apoio integral a essas ações para que os resultados positivos apareçam o mais rapidamente possível.”.

(Editorial do jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO, página 6).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Moralidade, peso de ouro
        A sociedade brasileira precisa estar convicta de que a moralidade é o “ouro primeiro” de todos os processos. Nem mesmo inteligências estratégicas, procedimentos bem-articulados e as soluções para os graves problemas são capazes de resistir à falta de tradição moral, fundamental para a construção do bem comum, que precisa ser respeitado e promovido.
         Isso porque o equilíbrio e a identidade de uma nação dependem, fundamentalmente, de um conjunto de normas, valores e costumes que constituem o tesouro de uma rica tradição moral. Assim, a sociedade deve se conduzir pelos princípios de sua carta maior, a Constituição Federal, que reúne referências normativas com o objetivo de garantir a justiça e fomentar a construção de uma cidadania solidária.
         A letra da norma, aquilo que está explícito na lei, resulta de processos interpelativos e de desdobramentos socioculturais e religiosos. Processos capazes de inspirar os seres humanos – congregados em povos e culturas – a leituras e entendimentos que possibilitem a configuração de uma tradição moral que ordene vivências, convivências, procedimentos e funcionamentos.
         Assim, uma sólida tradição moral não se configura a partir de simples recursos de subjetividades ou de ideologias. É fruto da interação dos seres humanos que se articulam na importante tarefa de edificá-la pela essencialidade do relacionamento entre pessoas e pela referência dos valores morais e princípios éticos, inegociáveis e intocáveis – cláusulas pétreas.
         Uma exemplar singularidade entre essas cláusulas é a inviolabilidade do dom e do direito à vida, que tem de ser respeitada em todas as suas etapas – da fecundação ao declínio, com a morte natural. Toda legislação em contrário fere e desestabiliza o tecido da tradição moral, com graves prejuízos para todos. Mas preservar o bem comum não é tarefa fácil, exige cuidado e atenção, uma verdadeira luta no interno da sociedade. Não se pode desconsiderar a tendência de se buscar, simplesmente, o interesse pessoal.
         O egoísmo tem força para fazer passar o interesse de um ou de determinado grupo e segmento em prejuízo do outro ou do bem comum. A perda da tradição moral representa grave comprometimento da autoridade. Nesse horizonte, a prioridade deve ser o investimento na formação de condutas pautadas no respeito a valores ético-morais – não se fala aqui, absolutamente, de moralismos e conservadorismos, mas de rever condutas e comportamentos.
         É preciso investir na recuperação da moralidade, em todos os setores, envolvendo o conjunto dos cidadãos, para alavancar projetos de desenvolvimento integral, de qualificação da cidadania. Esse percurso de formar, recompor e manter a tradição moral, indispensável a uma nação, não pode ser fruto de subjetivismo ou imposição ideológica. Os processos educativos, formais, familiares e nas diferentes circunstâncias e processos que compõem a vida cotidiana, têm séria responsabilidade por contribuir, significativamente, para que esse tecido erodido por muitas causas e razões se recomponha.
         O comprometimento do tecido moral, particularmente quando considerados os esquemas de corrupção e depredação do erário, o modo irresponsável com que é tratado o bem público requerem a ação de bons gestores, que representem o povo nas suas instituições, e cidadãos honestos nas relações do dia a dia, nas mais comuns circunstâncias.
         O atendimento a essa demanda urgente exige que se considere a importância do tesouro em que a moralidade está inscrita, especialmente neste ano eleitoral, quando a credibilidade dos candidatos está em questão. A tradição moral na política está sucateada e por isso o preço do descrédito é grande. O mesmo ocorre na esfera religiosa e não menos, de modo preocupante, no mundo do judiciário e em outros tantos segmentos da sociedade. Assusta muito ver decisões, frutos de interpretações de leis e normas, com favorecimentos por conivência, por poder ou até mesmo por mediocridade em razão da pouca competência, não só acadêmico-científica, mas, sobretudo, pelo distanciamento de sólidas tradições morais.
         É necessário assimilar a convicção de que a moralidade é a alavanca única que pode sustentar, dar consistência e empurrar na direção certa. A sociedade precisa, em todos os ambientes e segmentos, contar com cidadãos e cidadãs que, acima de tudo e prioritariamente, considerem, vivam e testemunhem a moralidade a peso de ouro.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 271,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,48%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        


            

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS DOS PROCESSOS EVOLUTIVOS E OS DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO (12/158)

(Outubro = mês 12; faltam 158 meses para a Primavera Brasileira)

“Requisitos para a pura entrega 
do ser para a evolução de todos
        Não se pode assegurar que ao começar a colaborar com o Plano Evolutivo o ser seja de imediato canal para manifestação de leis superiores em sua vida. Porém, a possibilidade de essas leis se expressarem em fatos positivos por seu intermédio existe, e nelas está fundamentada a reestruturação da Terra.
Em geral, grande é a distância entre o que se passa nos níveis internos de um ser e o que ele exprime externamente. A tarefa dos que assumem a senda evolutiva é reduzir essa distância para que um canal direto de comunicação entre o mundo interior e o exterior se firme com pureza e cristalinidade.
         A fim de que o contato do ser com as leis suprafísicas se estenda a sua vida diária e ao seu serviço, é preciso ausência de julgamento e de críticas. É necessário também um coração puro. Isso significa reconhecimento e vivência da fé, preciosa energia emanada pelo espírito e dinamizada pela alma. Aquele que se doa ao Plano Evolutivo, ao reconhecer o valor e a importância dessas atitudes, torna-se capaz de remover de si e dos seus semelhantes os obstáculos à realização interior. Isso ele faz pela silenciosa prática das leis espirituais e pela própria disponibilidade ao serviço.
         Nesta época, em que as energias de síntese se fazem tão presentes e atuantes na Terra, não são necessárias complexas disciplinas para se atingir o controle do pensamento. O indicado é a decidida atenção ao centro do ser, dirigir-se com firme querer para o núcleo interno da consciência.
         A concentração excessiva nos níveis materiais da vida torna-se obstáculo ao verdadeiro serviço à ascensão do ser. Esses níveis serão curados, redimidos, transformados e transmutados pela atuação de energias sobrenaturais, pela intercessão de forças cósmicas de potência inimaginável.
         Cada vez que com pura entrega um ser humano se volta para o próprio interior, uma energia curadora aproxima-se dos estratos materiais e os permeia com maior intensidade. A cada instante da sua vida é-lhe facultado aderir a essa energia ou renegá-la. Pode contatá-la e irradiá-la para o mundo, ou pode afastá-la de si. Por isso a vigilância é imprescindível aos que percorrem a senda do serviço e da libertação.
         Àqueles que buscam servir é pedido simplesmente entrega, despojamento de si e cumprimento imediato das tarefas evolutivas que lhes forem dadas, por pequenas e humildes que sejam.
         Para que o serviço tenha qualidade, é bom que a pessoa renuncie às próprias tendências humanas, preferências e até boas intenções. Fazer o melhor significa cumprir fielmente o que lhe é transmitido a partir do interior. Suas limitações e suas qualidades são conhecidas por Aqueles que guiam nos níveis internos da vida, e já estão levadas em conta quando uma tarefa lhe é atribuída. Portanto, não há razão para que se oferta ao serviço preocupar-se consigo mesmo; é preciso, sim, que se dedique de corpo e alma à realização da parcela que lhe cabe no Plano Evolutivo.
         A premência desta época reflete-se no grau de aspiração do servidor e na sua presteza em colaborar na realização do propósito evolutivo. Seu esforço está em manter acesa a chama que o impulsiona a expressar as qualidades da Vida Divina. O verdadeiro colaborador do Plano é fiel a essa Vida, que silenciosamente verte suas energias sobre o planeta. Para isso deve manter firme a decisão de prosseguir e lembrar-se de que já não está em tempos normais.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de outubro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de setembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ADEMAR PEREIRA, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), e que merece igualmente integral transcrição:

“Alfabetizar em qual idade?
        Durante a finalização do processo de revisão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), observamos um impasse quanto à questão da idade certa para a alfabetização de nossas crianças. O Conselho Nacional de Educação (CNE), responsável por analisar e aprovar o documento, defende o atual critério no qual o término do ciclo de alfabetização se dá ao final do 3º ano, fase em que as crianças têm 8 anos. Já o Ministério da Educação (MEC) propôs a antecipação desse limite para o 2º ano, quando os alunos estão com 7 anos. Mas, afinal, o que é o melhor para as nossas crianças? Quando os alunos devem estar alfabetizados?
         A revisão da BNCC tem sido discutida no CNE e em audiências públicas nos estados, e a previsão é de que o novo documento seja finalizado até novembro deste ano. O acordo para tal impasse seria de que o ciclo de alfabetização se mantenha em três anos, mas garantindo que o letramento seja em dois. O MEC deverá fazer a avaliação nacional de alfabetização ao final do 2º ano, e não no 3º, como é atualmente. Como não há base nacional no Brasil, os padrões estão estabelecidos pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNA-IC) e pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelecem a conclusão da alfabetização das crianças até o fim do 3º ano do ensino fundamental, em escolas públicas e privadas. O MEC acertou ao tentar adiantar o fim do ciclo de alfabetização para o segundo ano, mas o ideal seria que isso ocorresse ainda no primeiro ano. Assim, em cinco anos teríamos reduzido drasticamente o número de analfabetos funcionais no Brasil.
         A decisão de antecipar o término do ciclo de alfabetização do terceiro para o segundo ano nos remete a uma posição realista, do ponto de vista social, indo além da questão apenas educacional. Ocorre que as crianças devem ser alfabetizadas no primeiro ano, e as poucas que não conseguem atingir a alfabetização precisam ser mantidas nesse processo de aprendizagem para que amadureçam. Nessa idade – com um bom trabalho na educação – teremos, ao fim do primeiro ano, não mais do que 10% de estudantes que chegam sem ler a esta fase. Deste pequeno percentual, temos crianças que, em sua maioria, são imaturas, ou nascidas no final do ano. E, ainda, temos de considerar alguns casos em que já é possível identificar manifestação de alguma das mais de 25 síndromes ou transtornos humanos.
         O grande problema social da educação básica que enfrentamos é que, com o término do ciclo de alfabetização ao final do terceiro anos, temos aumentado significativamente o número de analfabetos funcionais, pois as avaliações têm demonstrado que aproximadamente 50% dos nossos estudantes chegam ao 5º ano do ensino fundamental sem conseguir ler um texto de cinco linhas e contar o que entendeu. Aí residem as consequências desta decisão de se deixar para depois, de empurrar todas as crianças para as séries seguintes, mesmo que sem condições e despreparadas para assumir a nova fase escolar. Fundamentalmente, passar o aluno do primeiro para o segundo ano, sem que ele esteja devidamente alfabetizado, é uma desumanidade com o futuro das nossas crianças, pois com essa atitude comprometemos a vida escolar de um grande número de estudantes.
         Além do analfabetismo funcional como consequência desse adiamento da alfabetização, temos de observar que, na segunda etapa do ensino fundamental, temos um grande número de abandonos. E a explicação é muito simples! Nessa etapa, em todas as disciplinas, os conhecimentos são apresentados em forma de problema ou enunciado. Para compreender o que se pede, o estudante precisa, necessariamente, saber ler e interpretar. Entretanto, como mais de 50% não estão devidamente alfabetizados, as escolas acabam minimizando a profundidade dos conteúdos e conhecimentos, para não ter um grande número de reprovação, acima do aceitável. Com isso, prejudicamos todos os estudantes com este nivelamento inferior, e mantemos o “pacto da mediocridade” na nossa educação.
         Soma-se a isso o grande medo de prefeitos e governadores de que não conseguem manter – ou de terem diminuídas – as médias (que já são baixas) de suas regiões nas avaliações de ensino. Então, notamos que é mais fácil manter as aparências, e continuamos empurrando nossa juventude para a escuridão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,46%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!...