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quarta-feira, 21 de março de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA DA SUPERAÇÃO DAS DESIGUALDADES E A QUALIFICAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NA SUSTENTABILIDADE


“A crise e o temor da pobreza
        Para falar sobre este assunto é necessária uma breve análise da economia nos últimos três anos, porque uma crise econômica faz estragos em todas as atividades e não somente na chamada cadeia produtiva e segmentos financeiros. Essa crise brasileira atual, que começa a dissipar-se, ainda timidamente, é, certamente, a mais grave de toda a nossa história, não só pela velocidade espantosa como que ela nos atingiu, mas, sobretudo, pela sua magnitude. O PIB brasileiro, em 31;12/2014, era de US$ 2,456 trilhões. Fazendo a conversão para o real, como o dólar estava baixo, cotado a R$ 2,65, tínhamos um PIB de R$ 6,508 trilhões. Em 31/12/2017, o PIB acusou US$ 1,595 trilhão. Convertendo em reais, pois o dólar estava mais alto, cotado a R$ 3,33, tínhamos um PIB de R$ 5,311 trilhões. Acontece que a diferença é ainda maior porque o dólar sofre uma inflação de cerca de 2,5% ao ano, e o Brasil teve inflação, nesse período, de 10,67% em 2015, 6,29% em 2016, e 2,95% em 2017. Deixando de lado a inflação, o PIB brasileiro, em três anos, recuou R$ 1,197 trilhão (R$ 6,508 trilhões/R$ 5,311 trilhões).
         Essa pancada na economia gerou a pior consequência: 12 milhões de desempregados. Entretanto, há que se pensar no outro lado da moeda. Os chineses, que estudam há milênios os opostos, defendem que na vida não há ganho, como também não há só perda. O dinheiro quando é farto, a primeira impressão é que ele só traz ganhos, mas não, ele pode fazer sérios estragos na alma. Como disse Santo Agostinho: “O dinheiro, é a maior evidência de que o diabo existe”. Temos visto, como frequência, o mal que ele a endinheirados e famosos, sobretudo jogadores de futebol e artistas, que, sem preparo humano, não se sentem felizes e escorregam nas regras sociais mais elementares. Estudo inglês mostra que nas crises, como a nossa, aumentam os casos de alcoolismo, depressão, problemas psiquiátricos, desintegração familiar, e até suicídios. As vítimas que sofrem maior impacto são os ricos, executivos e empresários, porque o tombo é maior. Acostumados aos luxos entram em pânico ao primeiro sinal de perda de status e risco de uma vida modesta.
         Em uma empresa, começa pelos sócios e vai até o mais humilde empregado, que teme pelo emprego. Uma breve consequência dessa insegurança, portanto, é a síndrome da pobreza, que causa medos em todos aqueles que só veem segurança no dinheiro. Esses medos, grande parte, são irreais. Quanto mais se tem, mais se quer e mais sujeito ao temor de ser pobre. A sabedoria budista nos ensina que quem deseja mais do que pode sofre. Quem deseja aquilo que pode, vive. Quem deseja menos do que pode, vence. Em tese, essa crise não poupou quase ninguém, porque ela se espalhou, silenciosamente. A origem de tudo está na ganância de muitas pessoas que surrupiaram o país sem escrúpulos. Dessa forma, o primeiro a trilhar é ver o outro lado, sustentado em pensamentos sólidos e genuínos, para transformar as perdas de agora em ganhos futuros. Desejar menos, quem sabe, é a melhor saída. Para os pobres, entretanto, a vulnerabilidade é cruel, porque eles dependem totalmente do emprego e, é claro, dos governos que, hoje, estão sem rumo.”.

(GILSON E. FONSECA. Sócio diretor da Soluções em Engenharia Geotécnica (Soegeo), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de março de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de RONALDO MOTA, chanceler da Estácio, e que merece igualmente integral transcrição:

“Economia e educação
        Vivenciamos grandes transformações, rápidas, profundas e em todos os setores. O motor principal que impõe tal velocidade e que define o nível de radicalidade das mudanças está associado à migração, ainda em curso, em direção a uma sociedade em que a informação se torna totalmente acessível, instantânea e basicamente gratuita.
         Os hábitos e os costumes se moldam também a partir de novos pressupostos, despertando a necessidade de os interpretarmos sob diferentes ângulos. Em resumo, algo está acontecendo, é de grande monta e a todos afeta, permitindo ser visto sob qualquer ponto de vista.
         Como referência ilustrativa, adota-se aqui um aspecto específico, a capitalização de mercado, que é somente uma das medidas do tamanho de uma empresa. Trata-se do valor de mercado total das ações em circulação de uma empresa, também conhecido como limite de mercado.
         Durante o século passado, as maiores empresas do mercado acionário estiveram associadas à energia (basicamente petróleo), à indústria automobilística e ao setor bancário. Na virada do século, há apenas 17 anos, entre as cinco primeiras aparecia, de forma inédita, uma empresa do mundo da informática, a Microsoft. Neste caso, dividindo as primeiras colocações com duas de energia (Exxon e GE), um banco (Citi) e uma empresa de varejo (Walmart).
         O quadro atual, conforme descrito no Relatório 2017 da respeitável PricewaterhouseCoopers, lembra pouco aquele anterior. A empresa que atualmente é, pelo sexto ano seguido, a número um do ranking (Apple) nem seque constava entre as cinco maiores no começo deste século. Além disso, a única que ainda sobrevive nesse restrito clube é a Microsoft. Desnecessário chamar a atenção para o fato de que atual, todas, sem exceção, estão diretamente associadas ao mundo das tecnologias digitais. Por outro lado, empresas como a GE já não constam entre as 100 maiores.
         Atualmente, empresas baseadas em tecnologias digitais representam a maioria, acompanhadas, com certa distância, por aquelas do setor financeiro e, na sequência, companhias do setor de varejos. Os Estados Unidos, ao contrário do que possa parecer aos incautos, têm aumentado sua participação (hoje em 55%) entre as 100 maiores e é a sede das 10 principais empresas. É cada vez mais notável a presença crescente de empresas chinesas, como era de se esperar, e a Europa, que detinha 36% do mercado há 10 anos, agora detém somente 17%. A título de comparação, o Brasil, em 2009, tinha três companhias listadas entre as 100 maiores, hoje resta somente uma.
         As transformações na economia impactam, bem como são afetadas pelos cenários educacionais vigentes. As tecnologias digitais invadem as escolas e impregnam o seu entorno, em especial no que diz respeito aos cidadãos e profissionais que nelas se formam. Elas transcendem os espaços de aprendizagem e também ocupam e definem as oportunidades de novos empregos e de negócios inovadores.
         Assim, as consequências educacionais são complexas, múltiplas e ilimitadas. Uma delas, a mais simples e direta, é que os modelos educacionais e as estratégias de ensino e aprendizagem fortemente influenciados pelos referenciais Fordistas/Tayloristas, dominantes no século 20, já não são mais suficientes. Ou seja, a escola tradicional, que desempenhou, com competência e pertinência, papel central em tempos recentes, está distante de atender plenamente às demandas do mundo contemporâneo.
         Se no século passado a capacidade de memorizar conteúdo e a aprendizagem de técnicas e procedimentos eram centro, atualmente, o amadurecimento dos níveis de consciência do educando acerca de como ela aprende torna-se gradativamente mais relevante. Em termos mais simples, aprender a aprender passa a ser tão ou mais importante do que aquilo que foi aprendido.
         Explorar esta nova realidade, em que todos aprendem, aprendem o tempo todo e cada um aprende de forma personalizada e única, é o maior de todos os desafios do mundo da educação.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2018 a ainda estratosférica marca de 327,92% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,70%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em fevereiro, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




          

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS GRAVES DESAFIOS DAS REFORMAS E A FORÇA DAS CAPACIDADES COMPUTACIONAIS NA SUSTENTABILIDADE

“Brasil travado
        Não é preciso ser nenhum especialista, apenas ter um pouco de senso de observação para ver que o Brasil, infelizmente para todos nós brasileiros, ainda terá grandes dificuldades para deslanchar economicamente. Sem superávit primário é impossível reverter os estragos feitos na economia nos últimos anos, ao contrário do que dizem todos os governantes que entram e saem. No momento que está governando, a maioria, recorrendo a todo tipo de superlativos e hipérboles, diz que os anos seguintes serão melhores. Os milhões de desinformados e outros contaminados pela esperança, Brasil afora, vão acreditando nas promessas vazias. Também, porque fomos educados, por princípios religiosos e filosóficos a sempre esperançar. O lado negativo é que, procedendo assim, enxergamos a realidade fracionada ou pela metade.
         As reformas estruturais, como a tributária, fiscal e previdenciária, que dariam dinâmica à gestão e à economia, enfrentam uma ferrenha defesa de interesses escusos da classe política. A reforma trabalhista, depois de um longo parto, ainda foi tímida. A triste consequência é a crônica concentração de poder e riqueza que não prioriza as potencialidades e talento de cada indivíduo e, beneficia só os espertalhões. A renda per capita de US$ 9.500 por ano seria baixíssima se excluídos os rendimentos dos 10% mais ricos. Vários empresários já possuem patrimônio acima de US$ bilhão. Banqueiros, empresários de mineração, siderurgia, energia, construção pesada, cimento e telefonia amealham grande parte das riquezas geradas, enquanto micro e pequenos empresários, maiores geradores de empregos, sofrem com a perversa tributação. Além disso, só as grandes empresas podem contar com os bancos de fomento para obtenção de financiamento de capital de giro.
         Economia e política são irmãs siamesas, precisam andar juntas e defender interesses coletivos. A concentração de poder faz tanto mal quanto a corrupção, pois trava os projetos socioeconômicos. A falta de oposição aos governantes facilita os apadrinhamentos e conchavos. O Brasil anda preso aos interesses corporativos, oligopólios e cartéis, porque há abrigo nas casas legislativas executivas. Essas circunstâncias ferem de morte a melhor distribuição de renda. E é ela que pode destravar o Brasil, porque nossa economia é sabidamente ancorada no consumo interno que, hoje, chega aos 60% PIB. Na outra ponta de geração de riquezas, falta-nos competência para a exportação que poderia ser consideravelmente maior. O superávit na balança comercial, neste ano, aparece mais pela baixa nas importações, consequência da falta de investimentos. Se emprego e renda caem e o endividamento aumenta, os consumidores somem. O governo tem recorrido a paliativos para gerir a economia, como redução de IPI aqui e acolá, mas nosso PIB continua refratário ao crescimento. Muitos estrangeiros estão vindo para cá, porque nos falta qualificação, tecnologia e competitividade, pois a educação, base de tudo e tão cobrada, continua sem atenção dos governantes. As eleições que aconteceram, a cada dois anos, só aumentam nossas decepções: continuam eleitos os espertalhões e corruptos.”.

(GILSON E. FONSECA. Diretor e sócio da Soluções em Engenharia Geotécnica Ltda – Soegeo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de outubro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de FREDERICO SILVA PERPETUO, professor do Colégio ICJ, e que merece igualmente integral transcrição:

“Jovens com DNA digital
        Na atualidade, cada vez mais cedo, crianças e adolescentes entram em contato com computadores, celulares, jogos digitais e redes sociais. Contudo, parece imperar uma cultura da banalização, na qual esses jovens usuários, em sua grande maioria, fazem uso irrefletido dessas tecnologias, utilizando-as apenas como passatempo ou lazer. É daí que nasce uma nova demanda e um novo desafio: trazer a informática para a sala de aula, não apenas como entretenimento, mas como conhecimento sólido e refletido, do qual os alunos possam se apropriar e, a partir dele, deixar de ser meros usuários e se tornarem protagonistas na produção de novas tecnologias. Como fazer isso? Simples, trazendo o ensino das linguagens de programação para a sala de aula.
         Códigos, algoritmos e dados ganham a atenção de estudantes e provocam uma verdadeira revolução no cenário educacional. Tal realidade reflete a preocupação com os anos futuros, baseados essencialmente na tecnologia, na inteligência artificial e na internet das coisas. É um caminho sem volta e, por isso, a escola precisa extrapolar os muros e possibilitar o desenvolvimento lógico ao ensinar à geração atual a trabalhar de forma organizada e estruturada, refletindo em ideias criativas.
         O jovem exposto à linguagem de programação adquire habilidades que repercutem diretamente na sua capacidade de pensar, pois ele desenvolve o raciocínio lógico e matemático, aprende a lidar com desafios cognitivos e a pensar de maneira sequencial e lógica, melhora a escrita, ganha fluência na língua inglesa, é favorecido na organização pessoal e aumenta, consideravelmente, a clareza, a rapidez e a fluidez dos pensamentos. Não nos esqueçamos do trabalho em equipe, uma vez que programar é, também, colocar-se em contato com outras pessoas, para resolver problemas e lutar por uma causa comum. Na escola, esses benefícios sociais são importantíssimos. No Colégio ICJ, por meio do “Matrix out Project”, proporcionamos o ensino de programação para estudantes, fortalecendo o vínculo deles com o mundo digital.
         É preciso formar alunos digitais, com capacidade de criar soluções e resolver problemas. O mundo pede isso. As empresas querem isso, seja em escritório de advocacia, uma clínica médica, uma entidade sem fins lucrativos ou uma gigante, como a Apple. Por menor que seja, o ambiente corporativo precisa de rede funcionando, de softwares, entre outros. Hoje, as operações bancárias podem ser realizadas no sofá de nossas casas, mudança estrutural e de comportamento que se deve, também, ao empenho de programadores. Um exemplo da importância de fomentar a linguagem de programação desde os primeiros anos de escolarização é o florescimento de startups, que, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABS), já são mais de 4,2 mil em nosso país. Os estudantes têm o DNA desse modelo de negócio – caracteristicamente enxuto, colaborativo e altamente tecnológico. Não é sem motivo que, no ICJ, vimos um empreendimento desse tipo nascer, a “The Life Project – Soluções Tecnológicas”, fundada por alunos do ensino médio com foco no setor esportivo.
         A decisão de contemplar o ensino de programação de computadores na grade curricular garante maior conscientização e melhor presença de crianças e adolescentes no ciberespaço. Enquanto educadores, temos a missão de debater questões importantes, como os prejuízos de hackers e a exposição indevida de fotos de terceiros, por exemplo. A codificação é tão importante quanto disciplinas como português, matemática, química e física.
         É um novo jeito de pensar, uma nova relação entre homem e máquina. Mesmo as escolas com baixo orçamento e dependentes de recursos públicos podem incluir a programação nas aulas e formar alunos mais preparados para o mundo moderno. Muitos sites disponibilizam gratuitamente materiais de apoio com diversas atividades off-line. A democratização desse tipo de conhecimento é perceptível ao passo que todos os professores, seja no ensino do espaço e das formas geométricas ou no processo de alfabetização e letramento, podem lançar mão de recursos da programação. Independentemente da forma, o importante é atribuir à linguagem computacional uma nova forma de expressão e uma maneira de aumentar a aproximação e o envolvimento do aluno com todos os tipos de conhecimento.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em setembro, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

 


  


sexta-feira, 23 de junho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DO PATRIMÔNIO HUMANO E A LUZ DA LIBERDADE E DA ALEGRIA NA SUSTENTABILIDADE

 “Patrimônio humano das corporações
        É senso comum de que o maior bem das empresas é seu contingente humano, já que as máquinas não trabalham sozinhas. As mais modestas percepções empresariais, já há muito tempo, por influências negativas, tanto na extraordinária queda da qualidade de ensino, em todos os níveis, e na moral e ética pelos desmandos políticos que contaminam a população, indicam um olhar mais cuidadoso na qualidade funcional de seus empregados. O ex-presidente francês François Miterrand disse que “nada contamina mais do que o exemplo”. O poeta e escritor português Luiz Vaz de Camões ainda foi mais longe ao falar: “O fraco rei faz fraca a forte gente”. Dessa forma, como nunca, as empresas têm que complementar a formação dos seus funcionários, seja por meio de cursos, palestras e outros recursos. A contratação, hoje, também exige análises mais cuidadosas, porque o enfraquecimento do caráter, pelos maus exemplos, é uma constatação triste.
         Planejar é, essencialmente, prever e preencher as lacunas que se apresentam e interferem no bom funcionamento da corporação, sobretudo, na produtividade. Resolver a melhoria da eficiência do quadro dos colaboradores, partindo para a guerra tirando funcionários dos concorrentes, a experiência tem mostrado que, na maioria das vezes, não é uma boa estratégia. Além da animosidade que essa circunstância cria, avilta os salários e esses novos empregados, sem amor à camisa, nem sempre oferecem o mesmo grau de comprometimento com os novos empregadores.
         Dedicar à formação, com a visão de que essa conta não é despesa e sim investimento, ainda é uma das boas saídas. Recorrer a estagiários e trainees de boas escolas pode ajudar muito, porque forma o funcionário desde o início, e revela quem tem aptidão para essa ou aquela função. Não há derrota maior para o empresário do que ver máquinas paradas por falta de operadores ou recusar trabalho por não ter gente suficiente para cumprir contratos.
         Diante dessa realidade, não é nenhum exagero imaginar que o valor de mercado de uma empresa, nos dias de hoje, deve ser examinado não só pelos números, patrimônio líquido, seu passivo, valor nominal das ações ou pela conta clientes. Seu ativo contábil, agora, deve incluir o ativo humano. A empresa que tiver pessoal especializado em toda escala funcional, melhor desempenho e mesmo valor de mercado terá, porque dispondo desses preciosos recursos, custos de produção menores e a qualidade do produto final, seja de bens ou serviços, será muito maior, além da melhor chance de cumprir compromissos e permanecer no mercado. O que se espera é que a experiência de hoje modifique as relações do capital e do trabalho e que todo planejamento contemple ações humanas multiformes, sem a arrogância das chefias em achar que só os empregados dependem da empresa.”.

(GILSON E. FONSECA. Sócio-diretor da Soluções em engenharia geotécnica Ltda. – Soegeo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de junho de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de junho de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Santo da liberdade e da alegria
        Quem teve, como eu, a experiência de conhecer um santo sabe que certas datas têm o condão de despertar muitas lembranças e imensa saudade. Segunda-feira, 26, a Igreja celebra a festa de São Josemaria Escrivá.
         Há 43 anos, em maio e junho de 1974, São Josemaria visitou o Brasil e se apaixonou com o que viu: a diversidade de raças, o convívio aberto e fraterno, a alegria, a musicalidade da nossa gente. Apalpa-se no Brasil, dizia ele comovido, todas as combinações que o amor humano é capaz de realizar. Liberdade, tolerância e cordialidade, traços característicos de nosso modo de ser, atraíram profundamente do Opus Dei.
         A figura amável de São Josemaria e a força de sua mensagem tiveram grande influência em minha vida pessoal e profissional. Aproveitando a efeméride, quero compartilhar com você, amigo leitor, algumas ideias recorrentes na vida e nos ensinamentos de São Josemaria: seu amor à verdade e sua paixão pela liberdade. Trata-se de convicções que constituem uma pauta permanente para todos os que estamos comprometidos com a tarefa de apurar, editar, processar e transmitir informação.
         “Peço a vocês que difundam o amor ao bom jornalismo, que é aquele que não se contenta com rumores infundados, com boatos inventados por imaginações febris. Informem com fatos, com resultados, sem julgar as intenções, mantendo a legítima diversidade de opiniões, num plano equânime, sem descer ao ataque pessoal. É difícil que haja verdadeira convivência onde falta verdadeira informação; e a informação verdadeira é aquela que não tem medo à verdade e que não se deixa levar por desejos de subir, de falso prestígio ou de vantagens econômicas.” A citação, extraída de uma das entrevistas do fundador do Opus Dei à imprensa, é um estímulo ao jornalismo de qualidade.
         Sua doutrina se contrapõe a uma doença cultural do nosso tempo: o empenho em confrontar verdade e liberdade. Impõe-se, em nome da liberdade, o que se poderia chamar de dogma do relativismo. Essa relativização da verdade não se manifesta apenas no campo das ideias. De fato, têm inúmeras consequências na prática jornalística.
         A tendência a reduzir o jornalismo a um trabalho de simples transmissão de diversas versões oculta a falácia de que a captação da verdade é um sonho romântico. Com efeito, se a verdade fosse impossível de ser alcançada, a simples apresentação das versões (ouvir o outro lado) representaria o único procedimento válido. Josemaria Escrivá rejeita essa atitude míope e empobrecedora. “Informar”, diz ele, “não é ficar a meio caminho entre a verdade e a mentira”. O bom jornalista é aquele que aprofunda, vai atrás da verdade que, como dizia o grande jornalista Claudio Abramo, frequentemente está camuflada atrás da verdade aparente. É, sobretudo, aquele que não se esconde por trás de uma neutralidade falsa e cômoda.
         Ao mesmo tempo que defende os direitos da verdade, São Josemaria não deixa de enfatizar o valor insubstituível da liberdade humana – particularmente da liberdade de expressão e de pensamento – contra todas as formas de sectarismo e de intolerância. E ao contemplar o dogmatismo que, tantas vezes, preside as relações humanas, manifesta uma sentida queixa: “Que coisa triste é ter mentalidade cesarista e não compreender a liberdade dos demais cidadãos, nas coisas que Deus deixou ao juízo dos homens.” Para ele, o pluralismo nas questões humanas não é apenas algo que deve ser tolerado, mas, sim, amado e procurado.
         São Josemaria, um santo alegre, carismático e otimista, olha a vida com uma lente extremamente positiva: “O mundo não é ruim, porque saiu das mãos de Deus”. O autêntico cristão não vive de costas para o mundo, nem encara o seu tempo com inquietação ou nostalgia do passado. “Qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é para os homens e mulheres do mundo coisa oposta à vontade de Deus”. A luta do nosso tempo, com suas luzes e suas sombras, é sempre o desafio mais fascinante.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio/2017 a ainda estratosférica marca de 345,10% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 301,45%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 3,60%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 




          

segunda-feira, 4 de julho de 2016

A CIDADANIA, OS DESAFIOS DA SAÚDE FINANCEIRA EMPRESARIAL E AS NOVAS EXIGÊNCIAS PARA A ÉTICA E A SOLIDARIEDADE

“Busca da saúde financeira
        Com visão gerencial embaçada, parece que a maior dificuldade ainda encontrada por alguns empresários brasileiros é se adaptarem aos novos tempos, onde paradigmas como modernização, economia globalizada, tendências mercadológicas e, sobretudo, produtividade, têm que ser muito bem administradas. Entre os erros mais comuns, está na empresa encantar-se com a produção (faturamento) e não conhecer toda rede de custeio que vai revelar sua produtividade real. Muitas corporações aumentam a produção e, ainda assim, têm prejuízos, exatamente porque não deram a devida atenção ao controle dos custos, ou o fez em segmento errado, como dispensa de pessoal especializado. Controlá-los exige velocidade, pois a inércia pode causar sérios danos à saúde financeira e até mesmo ao fechamento de empresas. São muitas as lacunas a preencher, inclusive saber que, em tempos de crise, o comprador também se torna mais exigente e agressivo. No produto final posto à venda, seja ele de bens ou serviços, pode ser fatal descuidar-se do binômio qualidade e preço.
         É intrigante ver como empresários, sejam da indústria, do comércio ou da prestação de serviço, jogam suas energias no aumento da produção e venda. Às vezes, é mais importante saber comprar seus insumos do que vender seus produtos. A venda, normalmente, é regulada pelo mercado, mas o custo da produção depende diretamente de uma eficiente gestão de compra de matéria-prima. Outro descuido comum é ficar preso, por sentimentalismo, a um ou dois fornecedores sem maiores pesquisas de mercado e, por comodismo, comprar tudo por telefone ou internet. Dependendo do volume, a compra presencial quase sempre será mais vantajosa.
         Com o sistema bancário leonino como o brasileiro, deveria ser meta de todos limitarem a dependência de financiamentos ou, mesmo, independer deles. A sabedoria do caipira, do interior de Minas, já alertava: “Só compro com o cobre no bolso”. Além de fugir de dívidas, o dinheiro no Brasil é um dos mais caros do mundo. Não é por acaso que há uma constante migração de investidores estrangeiros para cá. Mesmo com risco maior, resultante da crise político-econômica atual, não se constata fuga expressiva desses investidores, porque a remuneração do capital, dentro de um risco calculado, ainda é muito atrativa. Chega-se a ganho real (juros-inflação) a 4% ao ano, enquanto em vários países não há remuneração do capital, isto é, ela é igual ou menor que a inflação. Mas como no mundo corporativo é quase impossível trabalhar sem apoio bancário, uma boa saída é procurar bancos públicos de fomento, como o BNDES ou BDMG, onde as taxas são menos onerosas.
         Hoje, está e continuará tendo maiores problemas quem não olha para dentro e fica culpando a crise. Ninguém pode negar que ela surpreendeu muito pela sua magnitude, mas como as crises são cíclicas, os erros de agora, se bem gerenciados, poderão ser transformados em sucesso amanhã. É o momento de buscar a saúde financeira saudável da empresa, além de dar atenção aos aspectos abordados, não se descuidar de formar uma boa carteira de ativos, financeiros ou não, e preservar capital para o giro e produção. Só assim é possível permanecer no mercado.”.

(GILSON E. FONSECA. Sócio e diretor da Soluções em Engenharia Geotécnica Ltda-SOEGEO, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de julho de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Exigências nas crises
        A adoção de novas práticas é exigência que desafia permanentemente todos na superação das crises enfrentadas pela sociedade. Na contramão desse caminho, o que se verifica é um arriscado afrouxamento, incompatível com as demandas de outras dinâmicas culturais. Basta um pequeno sinal de alguma melhora – mesmo ilusória – para se dirigir ao território da zona de conforto. Um lugar que abriga as justificativas e a inércia, adiando as ações mais efetivas rumo às mudanças. É comum a tendência de se pensar ter feito o necessário, embora, muitas vezes, as soluções alcançadas sejam apenas paliativas: não representam audaciosa intervenção nos funcionamentos, gastos, prioridades. A esperada e urgida superação da crise não pode ceder espaço para as comodidades conquistadas, muito menos para benefícios particulares adquiridos no interno de instituições e segmentos da sociedade.
         Certamente, crise não são superadas sem os sacrifícios necessários para o benefício de todos. Assim, espera-se, de quem tem mais recursos, o gesto altruísta de abrir mão de algumas benesses. Porque o que se percebe é a indisposição para sacrifícios. A antífona para analisar e emitir juízos de valor a respeito dos muitos problemas não cessa. Porém, na prática, promovem-se reduções, cortes e novas configurações no modo de produzir e trabalhar, buscando aumentar a própria produção para acumular mais vantagens e riquezas. Não se vê, na frequência esperada, atitudes de oferta e de partilha dos que ganham bem. As dificuldades dos que precisam de ajuda pouco afetam as consciências e as atitudes de quem pode mais. Assim, diante das crises, age-se apenas a partir da expectativa de que a situação melhore para si, desconsiderando o outro.
         Uma nova cultura é a grande exigência para superar os muitos problemas sociais. Isso significa que, além das indispensáveis mudanças nos funcionamentos institucionais, é preciso rever prioridades, renovar condutas pessoais. Na prática, essas transformações devem corrigir descompassos que incluem o desperdício – e não se medir, em importância e reconhecimento, apenas pelo tamanho da própria remuneração – postura que alimenta seguranças ilusórias e tem como parâmetro a idolatria do dinheiro.
         Por tudo isso, fica evidente que a superação das crises não pode reduzir-se às intervenções sobre os rumos da economia, conforme os ditames, orientações e opções das instâncias financeiras e de controles. Não conseguir abandonar hábitos e funcionamentos pautados pela idolatria ao dinheiro – que se desdobra na quase patológica necessidade de aumentar benefícios – é contribuir para acelerar processos de desumanização. É querer superar as crises sem sair da própria zona de conforto. A exigência é a partilha e a adoção de outras lógicas, baseadas na generosidade. Porém, o que se percebe é a postura de “fechar as mãos”, por medo de perder o que se tem.
         Essa e outras fragilidades no tecido da cultura põem a expectativa da superação das crises, particularmente a econômica, restrita à melhora de índices relacionados à circulação de bens de consumo. Trata-se de estreiteza que inviabiliza uma reforma financeira adequada e terapêutica, pois deixa de lado novos parâmetros éticos que poderiam promover mudanças de atitudes. Com esses parâmetros, seria mais comum ver ricos ajudando pobres. O papa Francisco, na sua exortação sobre a alegria do Evangelho, sublinha a importância do aprendizado de uma solidariedade desinteressada e a conversão da economia e das finanças a uma ética propícia ao ser humano. Eis o caminho para superar muitas crises da sociedade. Um percurso longo e doloroso, por exigir mudanças profundas na cultura. Transformações capazes de derrubar a defesa que encouraça o cidadão na indisposição de inserir-se em um projeto comum, que vá além de benefícios e de desejos pessoais.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 471,3% para um período de doze meses; e, ainda em maio, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 9,32%, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 311,3%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...