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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O GRAVE DESAFIO DA INOVAÇÃO E A TRANSCENDÊNCIA DA POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Inovação desde a seleção
        No meu dia a dia, converso com vários empresários e empreendedores e algo em comum entre todos é a preocupação com a inovação. Essa deve começar desde o processo de seleção dos colaboradores, mas nem sempre é isso o que acontece.
         Pensar fora da caixa e fazer diferente têm sido um grande desafio. Vejo que muitas empresas ficam presas no círculo vicioso de sempre buscar o mesmo, pois é mais seguro, em vez de investir no novo e correr o risco de “perder dinheiro”. Com esse pensamento, acabam ficando em experiências técnicas em vez das competências de cada um. Existe uma célebre frase que diz: “A definição de insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes”.
         As organizações deveriam levar para o dia a dia lições importantes sobre a maior crise brasileira: o momento é de reinventar, deixar de lado o que deu errado e trilhar um modo empreendedor e inovador. No livro Pense simples, do empreendedor Gustavo Caetano, ele reforça a ideia de se fazerem testes e executar projetos levando em conta os pilares better, cheaper and faster ou “melhor, mais barato e mais rápido”, e caso um deles obtenha sucesso, você pode ter encontrado o caminho para o seu negócio.
         Em um mercado atual com diversos profissionais em busca de recolocação, vejo organizações divulgando suas oportunidades com a premissa de um tempo exigido no setor de atuação. Buscar um profissional de outro mercado ou área traz oxigenação para o negócio e, assim, uma probabilidade maior de criação e sucesso. Este é o momento para diversificar e investir em novas possibilidades para os negócios. Alguns vão dizer: “Mas o risco de contratar dessa forma é maior”. Pois bem, um dos principais conceitos de investimento é: quanto maior o risco, maior a probabilidade de retorno.
         Uma das técnicas possíveis são os chamados hackatons, no qual o candidato se junta a uma equipe para desenvolver um produto ou solução a partir de um desafio e então é traçado um perfil. Existem também análises quânticas para avaliação do perfil do candidato e, principalmente, a avaliação por competências. O presidente do conselho de administração da Starbucks, Howard Schultz, disse uma vez que “contratar pessoas é uma arte, e não uma ciência. Os currículos não podem dizer se alguém se encaixa na cultura de uma empresa”. O importante neste processo é atrair públicos diferentes. Ou seja, o primeiro passo para as organizações é a quebra de padrão.
         No nosso escritório da Câmara Americana do Comércio (Amcham), em Belo Horizonte, contratamos profissionais de diversas áreas, como administração, publicidade e propaganda, relações internacionais, direito e design para cargos nem sempre da sua “função”. Há o caso de um profissional de relações internacionais empregado na área comercial, inicialmente, e que hoje ocupa um cargo de liderança em uma multinacional alimentícia, na área de vendas.
         Na busca incessante por talentos, é necessário que a empresa deixe algumas barreiras de lado como o medo de errar, a dificuldade de lidar com o diferente, os métodos e comunicação arcaicos e engessados.
         As empresas devem buscar a mudança, mas o profissional também precisa desempenhar seu papel. Vejo pessoas se formando sem analisar o que o mercado pede. Ou seja, cada pessoa deve ir além da sua capacitação, pois ter ensino superior hoje não é o único critério de escolha. É necessário se reciclar e procurar novos aprendizados.
         O momento econômico se mantém difícil, mas o mercado tem se comportado com um ânimo um pouco melhor. Ainda é hora de manter os cintos apertados e fazer nossa lição de casa. Entretanto, devemos estar preparados, pois bons ventos logo chegarão.”.

(RAFAEL DANTAS. Gerente da Câmara Americana do Comércio (Amcham), em Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de agosto de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 10 de agosto de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de ELDO PENA COUTO, diretor do Colégio Magnum Cidade Nova, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação política
        É próximo à desolação o sentimento despertado em mim por comentários de alunos, inspirados no noticiário político divulgado pela mídia diariamente. Vejo estudantes idealistas com a fisionomia transformada pela preocupação ao analisarem as declarações e atitudes de nossos representantes nos poderes Legislativo e Executivo. Isso me preocupa, pois as consequências negativas do comportamento de nossos políticos exercem e exercerão influência na formação de milhões de crianças e jovens em todo o país.
         Nas salas, os professores percebem atitudes semelhantes por parte dos adolescentes, que são praticamente unânimes em qualificar os políticos, em geral, como pessoas não idôneas. Assim, o discurso que ouvem nas aulas, dando ênfase à responsabilidade que os eleitores devem ter ao eleger seus representantes, acaba esvaziando-se tristemente, pois os alunos argumentam que não adianta querer separar o joio do trigo na hora de votar: a realidade demonstra que só há, praticamente, joio.
         Desse modo, não só a descrença generalizada em relação aos políticos, mas, ainda mais grave, a identificação dessa classe com o comportamento antiético e corrupto gera o sentimento de que as instituições brasileiras são pouco confiáveis. O maior temor dos educadores é que essas novas gerações acabem por descrer de princípios e valores fundamentais, sem os quais uma sociedade civilizada não pode subsistir.
         Numa época em que até crianças dispõem de comunicação instantânea em seus celulares e tablets, alunos já me procuraram algumas vezes para comentar vídeos que trocam entre si, mostrando políticos e autoridades de outros países indo trabalhar de bicicleta, morando em apartamentos ou casas simples, cultivando hábitos modestos, recebendo vencimentos próximos aos de grande parte da população. A realidade bem diferente se verifica no Brasil, onde políticos e autoridades dispõem de carros oficiais e motoristas pagos com o dinheiro dos contribuintes, viajam em jatos exclusivos, ostentam luxo, criam leis que lhes concedem privilégios vergonhosos, enquanto a maioria da população enfrenta, dia a dia, as maiores dificuldades na dura batalha pela sobrevivência, deixa-os indignados.
         Essa desilusão tão precoce não pode ser benéfica para estudantes tão jovens, pois é próprio da sua idade exatamente o oposto: o idealismo e a inquietude, que as boas escolas procuram canalizar positivamente, a fim de levá-los a exercer, no futuro próximo, o importante papel de transformadores da sociedade.
         Assim, é inegável que cabe às escolas assumir também a missão de ajudar os pais a educar as crianças e jovens que lhes são confiados, promovendo ações que visem também à educação política dos alunos. Os estudantes brasileiros precisam conscientizar-se de que a política é um importante avanço na história da humanidade, a ponto de filósofos terem dedicado a ela estudos até hoje grande relevância. Aristóteles, há mais de 2.300 anos, já havia ensinado: “O homem é um animal político”. Seu contemporâneo Platão escreveu o conhecidíssimo livro A República, que continua sendo lido e estudado até a atualidade.
         Desse modo, penso que as escolas podem contribuir significativamente para mudar o desolador quadro da política brasileira. Ações aparentemente corriqueiras, como a escolha de representantes de turma e a interação dos colegas com eles na vivência escolar, podem dar oportunidade de se vivenciar uma prática democrática relevante para a formação política de crianças e adolescentes. O mesmo se aplica à eleição e atuação dos grêmios estudantis, sempre uma oportunidade não só de formar lideranças, mas também de despertar a consciência da importância das escolhas que o voto individual possibilita.
         Deve-se considerar que, hoje, a escola assume uma nova configuração. Ao privilegiar o raciocínio e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, a escola pode dar atenção a atividades que visam incrementar ações relevantes para a formação de atitudes que interferirão positivamente no comportamento interpessoal. Isso poderá contribuir para formar, nas novas gerações, uma consciência política que deletará o atual modelo, motivo de constrangimento nacional e exposição negativa internacional.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho/2017 a ainda estratosférica marca de 399,05% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 321,30%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,71%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        

 





sexta-feira, 2 de junho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O IMPRESCINDÍVEL PRIMADO DA ÉTICA E A TRANSCENDÊNCIA DA ESCOLA NA SUSTENTABILIDADE (8/162)

(Junho = mês 8; faltam 162 meses para a Primavera Brasileira)

“Em direção ao futuro
        A imprescindível ética no convívio diário do povo de uma nação, tão necessária de forma a se evitar, ou pelo menos minimizar, a corrupção sempre recorrente e susceptível da velha natureza humana, que muitos veem como questão de fundo apenas moral, e, por isso, relacionado com uma falsa casca de religiosidade ultrapassada e fora de moda, em verdade é muito mais do que tal reducionismo faz parecer. É uma questão central de eficiência econômica e de engenharia social totalmente vital ao perfeito funcionamento de toda a sociedade.
         Para o desenvolvimento de uma nação que tenha por alvo servir a todos os seus cidadãos, lhes concedendo oportunidade de crescimento, segurança e saúde, torna-se imprescindível que todos os relacionamentos próprios da vida civilizada sejam os mais eficientes possíveis. E para que isso ocorra, é necessário que o sistema das relações sociais seja exercido com o mínimo de desgastes e perdas.
         Quando o sistema legal de uma nação, ao não punir adequadamente, de acordo com as leis em vigência, fruto de um Judiciário frouxo e leniente, um indivíduo ou uma empresa corrupta, sinaliza para a população que tais procedimentos errôneos não só devem aceitos, como devem servir de paradigma positivo de esperteza a ser copiada. Então, aumenta a ineficiência de todo o sistema relacional existente no país. E isso é demasiadamente prejudicial, não apenas ao presente, tanto quanto ao futuro da nação.
         Pois as sociedades humanas vivem baseadas em expectativas. Entretanto, se elas indicam que a ética é virtude apenas aos abobalhados e ingênuos, afinal, os espertos não a obedecem e nem pagam por não a obedecerem. Então, a sociedade que será construída sobre tal argumento será de uma barbárie dinossáurica total, sendo ineficiente e o oposto de uma sociedade civilizada, de regras claras e duras para seus infratores.
         Não seria essa a justificativa para o que está ocorrendo hoje nesses dias pós-modernos? Não seria quase tudo falta de punição exemplar aos infratores?
         E tudo isso se aplica ao Brasil. Onde o delicado momento de desilusão da população, em relação aos seus políticos e a todo o setor público, seja o ponto de partida para uma profunda reflexão sobre um modo mais benéfico e transparente do exercício democrático. Onde ocorra, urgentemente, a redução drástica desse comprovado ineficiente setor e, consequentemente, a completa supressão dos incontáveis parasitas que nele se locupletam. Fechar os ralos por onde se escoa o escasso dinheiro do contribuinte é imprescindível. Nem que para isso seja necessário rever, também, o funcionamento de todo o sistema político partidário e até mesmo da própria Constituição.
         Tivessem, hoje em dia, as autoridades e servidores consciência que o trabalho honesto, além de dignificá-los, capacitaria a nação mais facilmente a prover os meios de amparo para as classes realmente mais necessitadas, pois certamente os escassos recursos públicos sobejariam, então o Brasil não se encontraria nesse lamaçal atual.
         Infelizmente, mudar mentalidades é bem mais difícil do que criar leis. Entretanto, se as leis realmente alcançassem a todos, de modo indistinto, então já seria um grande passo para a efetiva reconstrução de futuro digno a toda a nação.”.

(JOÃO DEWET MOREIRA DE CARVALHO. Engenheiro agrônomo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de RONALDO MOTA, reitor da Universidade Estácio de Sá, e que merece igualmente integral transcrição:

“O mal da escola sem fim
        As raízes mais remotas da escola, tal como nós a conhecemos hoje, estão depositadas na Grécia Antiga, especialmente referenciadas, ao redor do século 5 a.C., na academia de Platão e do liceu de Aristóteles. A escola nasce com o objetivo de formar os futuros dirigentes de Atenas, indo além dos sofistas, à medida que estabelecia um espaço comum permanente, frequentado de forma regular por mestres e discípulos, atores fixados no mesmo objetivo de repassar e receber conhecimentos.
         Passados quase dois milênios e meio, escola viria a atingir seu apogeu na fase mais madura da Revolução Industrial, no século 20, onde a demanda em grande escala por mão de obra especializada foi atendida com enorme competência e maestria. Nesses milênios, a educação foi favorecida pelo surgimento do livro moderno no século 15, pela consolidação do método científico no século 17, pela máquina a vapor e outras tecnologias no século seguinte e, especialmente, pela Revolução Industrial nos tempos que se seguiram.
         Os níveis extremos de compatibilidade e de pertinência das organizações educacionais, incluindo as metodologias e os modelos de gestão escolares adotados, fizeram delas das mais bem sucedidas e respeitadas instituições do mundo moderno. A escola, no sentido amplo, contribuiu significativamente para grandes avanços em termos de ampliação do acesso a serviços e a produtos de qualidade. Foi dentro dos seus muros que foram gerados os conhecimentos que resultaram no aumento da expectativa de vida e, principalmente, produziram as condições para a grande revolução decorrente das tecnologias digitais, as quais estão a transformar, num processo ainda em curso, o mundo contemporâneo.
         A escola tem cumprido várias funções, entre elas, a de ser o espaço de transmissão de conhecimento, formando cidadãos que dominam certos conteúdos e profissionais específicos. Nesta concepção, os níveis escolares refletem etapas formativas com diferentes graus de profundidade e os respectivos diplomas e certificados atestam os conhecimentos adquiridos e as respectivas competências e habilidades associadas a cada uma das áreas do saber.
         Todas as instituições e setores contemporâneos estão sendo e serão profundamente afetados pelas tecnologias digitais, em especial a escola, dado que a marca dos novos tempos é a emergência de uma sociedade na qual a informação está plenamente disponível, imediatamente acessível e essencialmente gratuita. Assim, as instituições educacionais, por sua relação orgânica com a informação e conhecimento, demandam ser especialmente reconceptualizadas. Elas devem ser repensadas à luz de um cenário onde mais relevante do que o que foi aprendido é aprimorar a capacidade de aprender a aprender. Informação, em si, passa a ser o mais disponível e vulgar dos produtos.
         Aprendemos, a partir de agora, dentro e fora da escola, a qualquer tempo e por qualquer meio, e o fazemos, principalmente, como meio de ampliar nossa consciência acerca dos mecanismos segundo os quais ampliamos nossa capacidade de aprender a aprender. A escola que marcava suas etapas pelos diplomas e certificados atestando os conhecimentos adquiridos, nas formas de conteúdos, técnicas e procedimentos, dá espaço a um novo conceito, onde as etapas correspondentes, da creche ao pós-doutorado, se caracterizam, essencialmente, pelos níveis diversos da capacidade de aprender continuamente em um mundo de educação permanente ao longo da vida.
         Há uma essência perene nas funções da escola e do professor, mas certamente ela não está em seus prédios ou nos modelos de gestão, tampouco nas atuais metodologias e abordagens educacionais. Enfim, é rica e bela a história da escola, uma instituição que se pensava sem fim e que hoje, promissoramente, se prepara para se reconfigurar plenamente.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 

        

         

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS FACES DE UMA NOVA POLÍTICA E OS LÍDERES PARA A SUSTENTABILIDADE

“Uma reflexão sobre a reforma política
        É atribuída a Sófocles a expressão “o poder revela o homem”. Aristóteles, ao enveredar por esses caminhos, constrói a narrativa de que o homem é um animal político. Discípulo de Platão, Aristóteles é mais afeito às questões do mundo real que do mundo imaginário. O famoso quadro de Rafael A escola de Atenas, mostra os dois. Enquanto Platão contempla o céu, Aristóteles olha a terra.
É na terra chamada Brasil que há uma urgência de compreensão de uma filosofia prática que nos ajude a olhar o que tem de ser feito hoje em busca do amanhã. Aqueles que exercem o poder precisam saber que tudo passa. Foucault dizia que o poder é processo e não coisa. Que é dinâmico. Que é mutável. O poder em si não existe. O que existe são relações de poder. O poder é um serviço. O poder, sob a égide da ética, é um serviço, que visa ao bem. E, voltando a Aristóteles, o exercício do poder requer virtudes, requer compromisso com o bem-comum.
         A política é uma excelência moral. Recordou, recentemente, o papa Francisco, que “a política é uma elevada forma de caridade”. Mas por que então essa aversão à política? O político é aquele que deixa os seus interesses próprios por compreender que é preciso cuidar do todo, do coletivo. É o que renuncia a uma parte da própria vida para cuidar de tantas outras. Mas são essas outras vidas que hoje não querem os políticos. Por quê? Fala-se em reforma política. E não é de hoje. É razoável um país ter mais de 35 partidos políticos e outros 50 em pedidos de registro? O que é um partido político?
         Na teoria, é uma parte da sociedade que comunga de ideias e que se une para governar com base nesses princípios. É por isso que os partidos têm documentos, têm compromissos. São diferentes uns dos outros. Mas com essa quantidade de partidos será possível identificar a diferença entre eles? O que pensam? Como agirão se estiverem no governo? Como agem os legislativos?
         Há outras questões. Os partidos têm processos internos democráticos ou têm donos? Como são financiados? Como usam esses recursos? Um vereador de uma cidade do interior e um prefeito de uma outra cidade, de um outro canto do país, do mesmo partido, têm projetos comuns? Evidentemente, as pessoas são diferentes, mas se estão no mesmo partido é porque há algo que as une. Ou não? E as coligações? Respeitam quais fundamentos? Buscam quais objetivos?
         A proibição do financiamento empresarial foi um passo importante. Por que não ir além? Se as campanhas forem financiadas apenas com recursos públicos, haverá maior liberdade para que os eleitos possam agir, respeitando os princípios do próprio partido. Com menos partidos, isso será possível?
         O poder revela o homem. Revela se o homem está maduro ou não para o seu exercício. Se tem serenidade ou se busca o aplauso fácil. Seja um juiz, seja um promotor, um deputado, um ministro, um governador, um prefeito, cada um exerce o poder. E a forma de exercê-lo será exemplo correto ou incorreto para os que hoje não se sentem representados, nem ouvidos, e, talvez por isso, rejeitam a política e o poder.”.

(GABRIEL CHALITA. Presidente da Academia Paulista de Letras, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de novembro de 2016, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Painel de escolhas
        O painel de escolhas que afetam e desafiam a subjetividade humana no mundo contemporâneo, é de tamanho imensurável. Essa realidade oferece novas possibilidades para discernimentos, mas, ao mesmo tempo, os tornam ainda mais complexos. Uma complexidade que incide também nas relações entre grupos, pessoas e sociedades. É muito forte o fluxo da cultura globalizada, que, sem deixar de apresentar novos valores e possibilidades, produz fragmentações e fragilidades, processos que, frequentemente, desqualificam subjetividades. Por isso, são urgentes as medidas que permitam recuperar a interioridade humana.
         A carência de líderes capazes de conduzir processos sociais, culturais, políticos e religiosos com propriedade para dar novos rumos à sociedade é consequência dessa fragilidade no âmbito da subjetividade, enfraquecido nas dimensões humana e espiritual. Os desdobramentos são os atrasos nas dinâmicas conjunturais, com a desfiguração e a falência de muitas instituições. Sem líderes e agentes capazes de garantir o adequado funcionamento institucional, é estabelecida uma ambiência confusa, onde as pessoas não reconhecem o próprio papel, o serviço que devem oferecer e as prioridades.
         Diante desse quadro que atinge os recursos humanos, as instituições não conseguem se adequar às necessidades do mundo contemporâneo e, por isso, não são capazes de oferecer contribuições à sociedade. Tornam-se prisioneiras de um tipo de marasmo egoísta que incapacita pessoas, permanentemente indispostas para assumir compromissos e, por isso mesmo, apenas preocupadas em manter o “tempo livre”. Essa situação cria indisposição para posturas altruístas, que requerem dois componentes indispensáveis: a motivação e o objetivo prioritário de se promover o bem do outro.
         A esse marasmo acrescenta-se ainda a ânsia pelos resultados imediatos, um mal contemporâneo. Busca-se uma velocidade que desconsidera os necessários processos para se alcançarem certos objetivos. Essa ansiedade gera sensação de fracasso e de desânimo. Mas grave, ainda, é o pessimismo estéril que precisa ser vencido com um “não” radical. O derrotismo apenas aprisiona as pessoas em uma permanente sensação de desencanto, tornando-as lamurientas. Esse quadro, indiscutivelmente, é reflexo da falta de uma espiritualidade profunda, déficit que gera uma desertificação interior, o apego e a submissão ao que conta menos. Um mal que domina, faz perder a serenidade e a alegria de servir e de participar dos projetos que ajudam a transformar o mundo.
         As instituições, consequentemente, não conseguem agentes capazes de inovar e abrir novas frentes. Apegam-se apenas à manutenção do que já fazem, inviabilizando as dinâmicas capazes de gerar novas respostas. Mesmo reconhecendo a necessidade de caminhos novos, permanecem amarradas a processos pesados. Respondem às “perguntas de hoje” com as “respostas” de ontem.
         Ao se reconhecer a importância dos funcionamentos institucionais, que se alicerçam no agir de cada pessoa, identifica-se uma urgência: investir nas tarefas educativas que deem aos indivíduos a possibilidade de conquistarem uma subjetividade com envergadura humana, espiritual e moral, condição para que se tornem agentes de mudanças e inovações. Ao mesmo tempo, inadiável é a permanente avaliação das dinâmicas institucionais, para que elas não enjaulem as pessoas e os grupos na mediocridade. Assim, é possível romper o “círculo vicioso” que impede o desenvolvimento humano. A superação desses entraves ajudará no surgimento de líderes e agentes com criatividade para oferecer novas respostas à sociedade do atual painel de escolhas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e também no mesmo período, o IPCA acumulado  chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 



quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A CIDADANIA, A PLATAFORMA DA ALMA, OS SUSERANOS, OS SERVOS E A AGUDA CRISE

“A vida vista pela alma é 
mais abrangente e universal
        Quatro indivíduos queriam ver uma árvore simbólica, muito famosa. Alguém, que a conhecia bem, se ofereceu para conduzi-los até ela, um de cada vez. Levou o primeiro durante o inverno, quando a árvore só tinha tronco e galhos, já que as folhas haviam todas caído. Passado algum tempo, levou o segundo e, como era primavera, as folhas estavam começando a despontar. Depois, no período do verão, levou o terceiro, e esse viu a árvore florida. Finalmente, no outono, levou o quarto, que a viu carregada de frutos.
         Após essas visitas, o guia reuniu os quatro e pediu-lhes que descrevessem a árvore. O primeiro disse ter-se admirado de que fosse tão famosa, pois não vira nada, a não ser galhos nus. O segundo disse que aquela era uma árvore normal, com algumas folhas, mas sem qualidades notáveis. O terceiro disse ser ela uma belíssima planta, com flores cheias de vida, e o quarto disse que a árvore merecia realmente a fama que tinha: seus frutos eram copiosos e de grande valor.
         Há quem se refira a essa história para ilustrar como a mente humana comum vê de forma parcial. A cada momento as coisas mudam e, ainda assim, a mente continua definindo-as segundo o que é capaz de apreender com seus parcos recursos. A alma, por sua vez, sabe que nada é fixo e, quando fala conosco, demonstra a universalidade de suas perspectivas. Quando nos dá sinal sobre algo, o faz como um síntese. No caso da árvore, a alma veria de um só lance os diversos estados da planta completos e depurados do supérfluo.
         Quando estamos livres do controle do cérebro físico e, portanto, em condições de penetrar realidades mais amplas, desaparece a atitude corriqueira com a qual encaramos as situações. Por meio dos sonhos, conhecemos um mundo a que os sentidos comuns não têm acesso.
         Para comunicar-se conosco, a alma utiliza-se de elementos de nossa própria memória. Por isso, um símbolo percebido por um indivíduo em geral é adequado apenas para ele. Se ao ver um símbolo peço a um analista comum que o interprete, posso chegar às mais diversas e interessantes leituras desse símbolo. Todavia, o caminho mais curto e mais certo, sem dúvida, é silenciar-me diante do que vi, voltar-me para o centro do meu ser e aguardar o significado vir de lá. Isso porque, em algumas ocasiões, a alma usa símbolos que dizem respeito à nossa experiência interior, espiritual. Nesse caso, apenas nós mesmos temos acesso ao verdadeiro sentido deles.
         A forma de agir da alma difere da forma de agir da personalidade. A personalidade aquilata com base em sua própria experiência. A alma, por trazer consigo a experiência de um nível elevado, sutil, e a sabedoria do nível em que vive, mostra um quadro, levando em conta uma parte muito mais ampla e abrangente da criação e dos mundos do que a mente pode conceber. Ao mostrar, por exemplo, por meio de um sonho, que uma personalidade está às escuras, a alma o faz sem excluí-la da totalidade da vida e sem nos eximir da responsabilidade pelo que possa estar acontecendo com ela. Sendo a vida uma totalidade, não há situação alheia que não nos diga respeito, e tampouco há ato nosso, físico, emocional ou mental, que não se reflita positiva ou negativamente sobre os demais.
         Esse é o ponto de vista da alma, universal. Se estivermos receptivos a ele, aprenderemos a ser mais abrangentes e compassivos.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 18 de outubro de 2015, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de outubro de 2015, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de WILSON CAMPOS, advogado, presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, e que merece igualmente integral transcrição:

“Suseranos e servos
        Sócrates, o filósofo grego, precursor da ética e do diálogo, já afirmava às portas da democracia ateniense que o homem devia servir à pátria com suas atitudes e agir no interesse coletivo. Além disso, salientava que é dever do Estado formar cidadãos sábios e honestos.
         Na esteira da sabedoria reconhecida por seus contemporâneos, transmitia ao povo o melhor dos conhecimentos, das ideias e da críticas, posto que na imensidão do mundo as fraquezas e qualidade do ser humano se conflitam. E seu aprendiz, Platão, assinalava a necessidade da atuação individual na busca do bem comum, indicando que nenhum governante deve procurar vantagens para si, mas para os governados.
         Muitos não aprenderam a lição. Tantos outros sequer leram ou escutaram de alguém as sábias palavras proferidas por tão ilustres mestres, defensores incansáveis da perfeição moral do homem.
         Ao horror das hostes insolentes e teimosas na malversação da coisa pública, se opõe o enfrentamento cívico de grande maioria da população, que desanima no combate dos apegados ao poder, mas que reanima num rasgo de esperança, quando ressurge na sua independência o impávido Poder Judiciário trazendo para si a responsabilidade de julgar e condenar, proporcionando ao povo o direito a uma biografia limpa e carreando aos poderosos as penas e multas pelos crimes cometidos.
         Os vassalos do mal, aproveitadores contumazes, assistem de cátedra ao desmoronamento dos seus ídolos de barro e ainda gritam pelos cantos a sorte dos destronados. Pobres indivíduos desamparados, agora pranteando incrédulos os seus protetores jogados na lama que eles mesmos chiqueiraram. No entanto, os vassalos do bem, homens e mulheres honrados, persistentes trabalhadores curtidos no sol do batente diário, respiram mais aliviados, na crença do resgate moral dessa fase delinquente.
         Os suseranos, senhores da maioria dos cargos e do dinheiro público por apropriação indébita, acometidos de grandeza intocável e paciência limitada, algozes do contribuinte indefeso e se achando donos do erário, disparam palavrórios impublicáveis quando lhes tocam a túnica empedernida de autoridade que nunca tiveram.
         E a julgar pelo andar da carruagem, agora desgovernada, morro abaixo na avaliação do ético, resta por fim que ela devolva à lama os que dali nunca deveriam ter saído. Irresignados, no repetido diapasão dos companheiros e apadrinhados deserdados, agora atacam a sociedade, os moralistas, os transparentes, a imprensa, o Judiciário e blefam na espera de um perdão do povo. Ora, data vênia, só faltava essa, pedir perdão ao povo que sempre foi alijado nos seus direitos constitucionais.
         A alegada “consciência dos inocentes” rima com o desrespeitoso impropério de chamar de hipocrisia o julgamento dos culpados, o que configura uma afronta à Justiça e, em especial, aos ínclitos ministros que, corajosamente, impõem severas penas aos implicados nos processos. Das hostes e dos suseranos condenados, se espera, além do cumprimento de sentença, o pagamento de multas, a devolução do dinheiro e o banimento da vida pública.
         A Idade Média se foi há séculos, mas os suseranos ainda insistem nos servos aos seus pés, de joelhos, submissos e prontos à entrega da continuidade feudal. Enquanto os estados e municípios passam o pires, fincados na máxima de um pacto federativo desigual, os privilegiados da cúpula amiga do poder se refestelam nos gastos corporativos intermináveis.
         O julgamento dos culpados não é o bastante para saciar a sede de liberdade, igualdade e ética dos brasileiros, nem para satisfazer a sociedade em sua luta contra a impunidade. A missão de moralização precisa continuar, todos os dias, e o povo tem de estar atento às suas prerrogativas garantidas na Constituição da República. Porém, não se iludam. As hostes, os vassalos e os suseranos relutam em abandonar a majestade, restando aos servos o trabalho duro de quitar a fatura. Mas, até quando?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

      a)      a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);

     b)      o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 361,40% ao ano; e mais, também em setembro, o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 9,49%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

     c)       a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2015, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 868 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”