sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A CIDADANIA, A ENERGIA DA LUZ PARA A HUMANIDADE E UM NOVO OLHAR PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE

“No decorrer da vida deve-se perceber quando uma etapa se encerra
         
         Um dos motivos pelos quais a vida nova não se implantou ainda na Terra é o fato de os homens não saberem estar sem lutas, sem conflitos, sem caprichos e desejos. Uma pérola sagrada não tem seu verdadeiro valor reconhecido se aquele a quem ela é entregue não está desperto.
         Antes que a nova vida possa emergir de modo mais pleno no planeta ou em um ser, são necessárias algumas condições como: amar acima de tudo a Luz, tendo esse amor como alento, alegria, paz e preenchimento; ter olhos abertos para reconhecer a tarefa que cabe à consciência, cumprindo-a sem restrições; não fugir das tribulações, mas estar diante delas com paciência e fé; nutrir laços com o núcleo interior que existe em cada ser, núcleo de energia ígnea, como fogo ardente capaz de dissipar tenazes resistências, de erguer o ser e acender nele o ardor da persistência.
         Muitos indivíduos que vivem nesta época trazem uma energia que desvela novos rumos. Manifestam disponibilidade para assumir tarefas que intimidariam outros, pelas dificuldades que podem apresentar. Esses seres são fundamentais na atual situação planetária; com os caminhos abertos por pioneiros anteriores, aproxima-se o momento da concretização de uma nova vida e essa energia desbravadora poderá ser canalizada para setores mais amplos e profundos do Plano Evolutivo – o Plano de Deus.
         A humanidade deve atingir padrões de conduta mais elevados. Para tanto, vem sendo preparada há milênios. E em meio ao caos externo que se expande atualmente, é possível perceber algo diferente, essencial para que caminhos corretos possam ser trilhados. Esse algo, humilde e silencioso, é o fogo que trará o novo dia
         Sábios são os que encontram a si mesmos e, do seu mais profundo centro, obtêm os sinais de que necessitam. Não querem atingir ponto algum nem permanecer onde estão. Não interrompem sua jornada, mas não têm ansiedade por chegar ao final dela.
         Todos têm uma meta a atingir, passos a dar, degraus a galgar; e uma inquietude leva hoje as consciências a buscarem algo que vá ao encontro de suas necessidades internas. E mesmo que forças materiais tentem envolver os indivíduos, muitos já sabem que não é por meio delas que encontrarão a paz.
         Por isso, é necessário perceber quando uma etapa realmente se encerra no próprio ser, desencadeando a transferência da energia para um plano mais interno. É um momento delicado que requer silêncio, entrega e ausência de expectativas. Esse salto interior só pode ser dado pelo próprio ser.
         A clareza de intenções e a determinação para prosseguir de modo firme e com alegria devem estar presentes. Sublime é a conjuntura interna que apoia os seres abertos ao serviço incondicional pelos seus semelhantes, pela Natureza e pelo planeta. A gratidão transforma-os em tochas ardentes, irradiadoras de luz.
         O coração dos pioneiros transborda quando tocado pela luz e aqueles que já superaram as ilusões sabem que, assim como a luz vem, ela se vai e se recolhe. Na presença da luz, que o ser mergulhe no mar de sabedoria, amor e poder. Na sua ausência, que procure estar disponível para que, quando ela voltar, encontre as portas abertas.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de fevereiro de 2014, caderno O.PINIÃO, página 18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de fevereiro de 2014, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de FREI BETTO, que é escritor, autor de A mosca azul – reflexão sobre o poder (Rocco), entre outros livros, e que merece igualmente integral transcrição:

“Desafios à Celac
        
         Em nenhuma outra região há, nas últimas três décadas, mudanças tão significativas quanto na América Latina e no Caribe. A II Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac), reunida em Havana, em 28 e 29 de janeiro, refletiu esse processo renovador e os desafios que se apresentam aos 33 países – 600 milhões de habitantes – que integram o organismo criado, oficialmente, em Caracas, em 3 de dezembro de 2011.
         Cuba propôs fortalecer a luta contra a pobreza, a fome e a desigualdade, e declarar o continente “zona de paz”, livre sobretudo de armas nucleares. A Celac condenou o criminoso bloqueio dos EUA a Cuba; apoiou a soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas; e respaldou a independência de Porto Rico e seu posterior ingresso no organismo.
         Como instituição de articulação política, a Celac tem o mérito de excluir a participação dos EUA e do Canadá, que sempre trataram a América Latina e o Caribe como seu quintal. Após o fracasso do Tratado de Livre Comércio entre os EUA e o México (Nafta), e o Chile como associado, e a rejeição da proposta da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) pela maioria dos países do continente, este iniciou seu percurso por um caminho próprio. A América Latina e o Caribe atingiram, enfim, a sua maioridade.
         Muitos fatores contribuíram para esse avanço. Primeiro, a resistência, a persistência e a permanência da revolução cubana, que não sucumbiu frente às agressões dos EUA nem em consequência da queda do Muro de Berlim e do esfacelamento da União Soviética. Vieram, em seguida, a rejeição eleitoral aos candidatos que encarnavam a proposta neoliberal e a vitória daqueles identificados com as demandas populares, em especial dos mais pobres: Chávez, Daniel Ortega, Lula, Bachelet, Kirchner, Mujica, Correa, Morales etc.
         Vários organismos foram criados para fortalecer a integração continental: Alba, Unasul, Caricom, Aladi, Parlatino, Sica etc. Muitas dificuldades, entretanto, se configuram no horizonte. Nessa economia globalizada e hegemonizada pelo capitalismo neoliberal, a crise de moedas fortes, como o dólar e o euro, afeta negativamente os países do continente. Embora haja avanços no combate à extrema pobreza, ainda hoje a região abriga 50 milhões de miseráveis; os salários pagos aos trabalhadores são baixos frente aos custos inflacionados das necessidades vitais; a desigualdade social cresce vertiginosamente (dos 15 países mais desiguais do mundo, 10 se encontram no continente).
         Na Europa, onde a crise econômica desemprega 30 milhões de pessoas, a maioria jovens, já não há uma esquerda capaz de propor alternativas. O Muro de Berlim desabou sobre a cabeça de partidos e militantes de esquerda, quase todos cooptados pelo neoliberalismo. Nos países da Celac, a história dependência de suas economias ao mercado externo dá indícios de uma crise que tende a se agravar. Os índices de crescimento do PIB caem; a inflação ressurge; e se agravam a desindustrialização e o êxodo rural com a consequente  expansão do latifúndio.
         Não basta ter discursos e políticas progressistas se não encontram correspondência e adequação nos programas econômicos. E nossas economias continuam sob pressão de países metropolitanos; de organismos inteiramente controlados pelos donos do sistema (FMI, Banco Mundial, OCDE etc.); de um sistema de tarifas, em especial do preço de alimentos, intrinsecamente injusto, e segundo o qual os lucros privados do mercado têm mais importância que a vida das pessoas. Este dado da Oxfam, divulgado em 16 de janeiro, retrata o mundo em que vivemos: 85 pessoas no planeta possuem, juntas, uma fortuna de US$ 1,7 trilhão, a mesma renda de 3,5 bilhões de pessoas – metade da população mundial.
         Todos os governos progressistas que, hoje, se congregam na Celac sabem que foram eleitos pelos movimentos sociais e pelos segmentos mais pobres que constituem a maioria da população. No entanto, será que há um efetivo trabalho de organizar os segmentos populares? Há uma metodologia que vá além de meras “palavras de ordem” (consignas) e que imprima senso revolucionário nos cidadãos? Os movimentos sociais são protagonistas de políticas de governos ou meros beneficiários de programas de caráter assistencialista e não emancipatório de combate à pobreza?
         A cabeça pensa onde os pés pisam. Nossos governos progressistas correm o sério risco de se verem sucumbidos pela contradição entre política de esquerda e economia de direita, caso não mobilizem o povo para implementar reformas estruturais.
         Como dizia Onelio Cardozo, as pessoas têm “fome de pão e de beleza”. A primeira é saciável; a segunda, infindável. Isso significa que o desejo humano, que é infinito, só deixará de ser refém do consumismo e do hedonismo – tentáculos do neoliberalismo – se tiver saciado sua fome de beleza, ou seja, de sentido à existência, de emulação moral, de valores éticos capazes de moldar o homem e a mulher novos.
         Isso não se alcança apenas com mais feijão no prato e mais dinheiro no bolso. E sim com uma formação capaz de imprimir em cada cidadão e cidadã a convicção de que vale a pena viver e morrer para que todos tenham a vida, e vida em abundância, como disse Jesus (João, 10,10).
         Retornamos, assim, à questão da educação política. Por natureza, o ser humano é egoísta. Porém, ninguém nasce reacionário, preconceituoso, machista ou racista. Tudo depende da educação recebida. É a educação que desperta em nós o altruísmo, a solidariedade, o amor, o senso de partilha e a disposição de sacrifícios em função dos outros.
         À proposta de Raúl Castro de combater a miséria, a fome e a desigualdade, eu acrescentaria a urgência de também combater a “pobreza de espírito” e “saciar a “fome de beleza”, cultivando metodologicamente nas novas gerações e nos movimentos sociais o anseio de construção de um mundo de homens e mulheres novos.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas transformações em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 639 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abismais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São gigantescos desafios, e bem o sabemos, mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!...            

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A CIDADANIA, O FÓRUM DE DAVOS, O PAPA FRANCISCO E O EXIGENTE DESAFIO DA EDUCAÇÃO

“Fórum de Davos e o papa Francisco
        
         O papa Francisco, em mensagem ao presidente executivo do Fórum de Davos e apresentada aos participantes pelo cardeal Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, conclamou para que o encontro seja ocasião para uma reflexão mais aprofundada sobre as causas da crise econômica mundial. Em tempos difíceis para a economia, durante os quais muitos empresários sofrem as consequências da crise – que reduziram profundamente os resultados das empresas, colocaram em risco a sobrevivência  de muitas e ameaçaram muitos empregos –, o papa mantém a esperança de que a política e a economia devam trabalhar na promoção de uma abordagem inclusiva que tenha em conta a dignidade de cada pessoa humana e do bem comum.
         Quando os homens de negócios e as economias de mercado funcionam corretamente, e estão focados no serviço do bem comum, contribuem grandemente para o bem-estar material e até espiritual da sociedade.
         A crise mundial desencadeada em 2008 ainda perdura e trouxe à tona pensamentos, estudos e teorias de que é preciso repensar o modelo econômico praticado nos dias atuais, em que o capital se sobrepõe ao trabalho, a especulação se sobrepõe à produção, e o dinheiro tem mais valor do que as relações humanas.
         Assim, iniciativas que visam a rearranjos econômicos e novas formas de relacionamento entre empresa, mercado e sociedade se fazem necessárias. Essas práticas devem recolocar o ser humano no centro das decisões, resgatar a dignidade humana e valorizar a dimensão espiritual, indispensável para formação da consciência individual e coletiva e para o equilíbrio na convivência entre os stakeholders.
         Muitos problemas globais ainda não foram resolvidos e até mesmo se agravaram. Ganância, perturbações econômicas, escândalos na política e nos negócios causaram erosão na confiança. O individualismo e a falta de solidariedade levaram à injustiça e à desigualdade social.
         Preocupa-nos o frágil equilíbrio social em países com altas diferenças de renda e padrões de vida. Um desafio para a atual e as próximas  gerações. Assim, a Igreja, especialista em humanidade, sempre defendeu a dignidade do ser humano e se preocupou com as condições da vida na Terra. A mensagem é clara: o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, deve ser o centro das atenções do mundo político e do mundo econômico, que devem estar a serviço desse homem, trabalhando para a sua promoção e propiciando o bem comum.
         Daí a importância da mensagem do papa Francisco no Fórum de Davos. O pontífice destacou a necessidade de não se tolerar que milhares de pessoas morram diariamente de fome, embora existam à disposição grandes quantidades de alimentos muitas vezes simplesmente desperdiçados – e a indiferença com muitos refugiados em busca de condições de vida minimamente dignas.
         Tomando as palavras de Bento XVI, Francisco ressaltou que a equidade não deve ser apenas econômica, mas deve ser baseada numa visão transcendente da pessoa, de modo que se possa obter uma distribuição mais equitativa das riquezas, a criação de oportunidades de emprego e uma promoção integral dos pobres que ultrapasse a mera assistência.
         A mensagem do papa em Davos traduz-se num forte apelo para fazer com que a riqueza esteja a serviço da humanidade e não que a governe, na ótica de uma ética verdadeiramente humana, levada a cabo por pessoas de grande honestidade e integridade, guiadas pelos altos ideais de justiça, generosidade e preocupação pelo autêntico desenvolvimento da família humana.”

(SÉRGIO FRADE. Presidente da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE MG), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de fevereiro de 2014, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de VIVINA DO C. RIOS BALBINO, que é psicóloga, mestre em Educação, professora da Universidade Federal do Ceará e autora do livro Psicologia e psicologia do escolar no Brasil, e que merece igualmente integral transcrição:

“Analfabetismo e avanços
        
         Uma das maiores potências econômicas, mediano no IDH e na educação, o Brasil tem alguns índices educacionais lamentáveis. No Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos – Unesco 2005 a 2011, o Brasil aparece em 8º lugar entre os países como maior número de analfabetos adultos entre 150 países. São 13,9 milhões de analfabetos adultos. Índia, China, Paquistão, Bangladesh, Nigéria, Etiópia e Egito compõem esse grupo. No Fórum Mundial de Educação realizado em 2000, 164 países, incluindo o Brasil, 35 instituições internacionais adotaram o Marco de Ação de Dacar para otimizar esforços necessários para melhorar a educação até 2015. Os objetivos traçados são: expandir os cuidados na primeira infância e na educação; universalizar o ensino primário; promover as competências de aprendizagem e de vida para jovens e adultos; reduzir o analfabetismo em 50%; alcançar a paridade e igualdade de gênero e melhorar a qualidade da educação.
         Segundo, a Unesco, a situação da educação global não é positiva, pois 57 milhões de crianças estão fora da escola. Falta de acesso e de qualidade é o que mais compromete a aprendizagem. Para alcançar a meta até 2015 é preciso intensificar a universalização do ensino fundamental e a redução dos níveis de analfabetismo dos adultos. Em todo o mundo, a taxa de alfabetização de adultos passou de 76% para 82%. Há 774 milhões de adultos que não sabem ler nem escrever, dos quais 64% são mulheres. Índices bem abaixo da média estão na Ásia Meridional e Ocidental e na África Subsaariana, com aproximadamente 60%. Nos Estados Árabes e no Caribe, as taxas estão em cerca de 70%.
         Além dos 13,9 milhões de analfabetos adultos, o Brasil tem 33 milhões de analfabetos funcionais (cerca de 18% da população) e 16 milhões de maiores de 15 anos não alfabetizados. Segundo a coordenação da Unesco, o Brasil dificilmente alcançará a meta: “Além da redução no analfabetismo, o Brasil precisa alcançar uma melhor qualidade de ensino e corrigir as distorções idade/série”. No Brasil, o gasto anual por aluno da educação básica é de cerca de R$ 5 mil. Nos países ricos, esse valor é três vezes maior.
         O Brasil não deveria valorizar mais a educação fundamental e o salários dos educadores? Penso ser importante reavaliar os gastos públicos e prioridades no Brasil. O piso nacional salarial do educador é de apenas R$ 1.697,37, mas muitos profissionais nos três poderes recebem até acima do teto constitucional de R$ 28.059,29. Por que tanta disparidade salarial e por tantas mordomias para alguns? O Brasil gasta R$ 10,7 bilhões nos três poderes só com transferência de pessoal, auxílio-moradia e acomodação dos profissionais do alto escalão. É preciso diminuir as desigualdades salariais, valorizar a educação, eliminar as mordomias e extinguir funcionários fantasmas.
         Dados de 2011 mostram que o país investe 6,1% do PIB na educação. Mas qual a prioridade que o ensino fundamental e qualificação dos educadores têm? Atualmente, menos de 10% dos professores estão fazendo cursos de formação custeados pelo governo federal, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). O recente programa do MEC “Quero ser cientista, quero ser professor”, para incentivar nas escolas públicas o estudo de disciplinas como matemática, física, química e biologia.
         Com certeza, a médio e longo prazo essa política educacional terá impacto positivo na qualidade dos ensinos fundamental e médio e no aumento do interesse pelas licenciaturas nas universidades brasileiras. Dados positivos do Brasil o atual relatório são: o país investe 10 vezes mais do que a Índia por criança na educação primária; prioriza escolas da área rural com maior ênfase nos grupos indígenas marginalizados; aumenta matrícula e aprendizagem na Região Norte, e concede bônus coletivos a escolas que se destacam na aprendizagem. No ensino superior, são inegáveis as políticas de incentivo como Prouni, Fies e Sistema de Seleção Unificada (Sisu) com base na adesão de candidatos ao Enem, e o Ciência sem Fronteiras, criado em 2011, que disponibiliza 101 mil bolsas em quatro anos para intercâmbios  com grandes centros acadêmicos mundiais, incentivando a ciência, tecnologia e inovação e a competitividade brasileira. A alfabetização de qualidade de crianças e adultos com certeza é o maior desafio da educação brasileira.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, adequadas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas transformações em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação  universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especilização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis  (por exemplo, quando o IBGE e a Conab estimam a safra brasileira 2013/2014 em 196 milhões de toneladas, na outra ponta, são previstas em cerca de 20% as perdas envolvendo as fases de plantio à pré-colheita; colheita; transporte e armazenamento...);

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e intolerável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 639 bilhões), a exigir imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...
Isto posto, torna-as absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; assistência social; previdência social; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A CIDADANIA, O LAMAÇAL DA SEGURANÇA PÚBLICA E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO E DA INOVAÇÃO

“Contas de chegar e de sair
        
         Não é de hoje que o Brasil vive o dilema de administrar duas contas: a de chegar e a de sair. A primeira abriga repertório, programas e atos que impulsionam o país, garantindo uma escalada crescente na esfera das nações, o que lhe confere respeito, credibilidade para levar a cabo metas e aspirações.
         A segunda reúne o acervo de demandas e carências, erros, falhas e ausências do Estado no exercício de suas funções constitucionais, que mancham a imagem do país na paisagem internacional e, por consequência, o impedem de ostentar a marca de grandeza. Exemplo, os recentes episódios no presídio de Pedrinhas, no Maranhão. Uma vergonha.
         Afinal, a maior ambição brasileira na esfera da política internacional não é ter assento permanente no Conselho de Segurança da ONU? Mesmo que reunisse condições para tal, é irrefutável que uma nação democrática precisa demonstrar compromisso com sólida política de segurança interna. Não é o nosso caso.
         Um território inseguro, assolado pela violência, estaria confortável numa cadeira do órgão que define diretrizes para a segurança mundial?
         Somos uma potência emergente, com elevado papel nos fóruns de decisão política e econômica graças ao desenvolvimento obtido nas últimas décadas. O Brasil encontrou o fio da meada, pagou a dívida ao FMI, exerce papel de liderança entre os países da América do Sul, tem razoável influência na América Central e ajuda países da África.
         Nossa democracia dá sinais de vitalidade. A população anima-se na trilha da mobilização.
         Nosso sistema de consumo se expande sob o empuxo de políticas de redistribuição de renda. Dispomos de moderna estrutura de produção. O país conquistou, mais recentemente, o comando da Organização Mundial do Comércio, tem a China como principal parceiro comercial, sinaliza expansão na política multilateral e vontade de fortalecer vínculos com os Estados Unidos e a Europa.
         Essa é a base da conta de chegar para disputar espaços de mando e influência na textura das nações.
         O que falta, agora, é estreitar a conta de sair, ou seja, atenuar as tintas que enfeiam a paisagem dos nossos campos e cidades, a começar por declives e despenhadeiros nos vãos da segurança pública. O país tem afundado nesse lamaçal.
         As projeções são sombrias. Frágeis índices de escolaridade, desigualdade, tortura em delegacias e centros de detenção, quadros policiais muito violentos, execuções extrajudiciais, superlotação das prisões, impunidade, salários vergonhosos de policiais, pobreza, ausência de espaços de lazer, falta de treinamento, desaparelhamento de estruturas arrematam a descosturada malha da segurança e elevam às alturas os índices de violência.
         O corpo das águas destoantes transborda. Os direitos humanos são hasteados nos mastros da cidadania, mas o vento das ruas rasga os discursos. Ora, o velho barão de Montesquieu já lidava com esse mote, dizendo: “Quando vou a um país, não examino se há boas leis, mas se são executadas as que há, pois há boas leis por toda parte.”

(Gaudêncio Torquato. Jornalista e professor (USP), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de janeiro de 2014, caderno O.PINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de janeiro de 2014, caderno OPINIÃO, página 9, de RONALDO GUSMÃO, que é presidente do Ietec, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação e inovação
        
         No último Programa Internacional de Avaliação de Aluno (Pisa), realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que mede a capacidade de leitura e aprendizado de matemática e ciências dos estudantes de 15 anos em 65 países, o Brasil ocupou a vergonhosa 55ª posição em leitura, 59º em ciências e 58º em matemática.
         Dos 18 mil alunos brasileiros que fizeram o exame, 67,1% estão abaixo do nível de aprendizagem considerado bom ou adequado em matemática, e somente 1,1% estão num nível elevado. Enquanto na média geral dos alunos examinados da OCDE, somente 23,1% estão abaixo do nível e 12,6º estão num nível elevado. Em leitura, somente 0,5% dos estudantes brasileiros estão num nível elevado. Em ciências – ah, para que mesmo serve a ciência hoje em dia? –, somente 0,3% dos nossos alunos estão num nível elevado. Como faremos inovação com esse nível de conhecimento?
         Segundo a OCDE, no ritmo atual de desempenho levaremos 25 anos para alcançar as médias dos alunos dos países pesquisados. Isso, levando-se em consideração que os outros países ficarão com as médias estacionadas, algo improvável, o que indica que esse número deverá ser ainda maior.
         E mais, a média de pontos em matemática dos estudantes examinados foi de 494, enquanto a dos brasileiros foi de 391 pontos, com uma taxa de crescimento anual de 4,1 pontos nos últimos 12 anos. Em ciências, a média dos examinados foi de 50l pontos e a dos brasileiros foi de 405, com taxa de crescimento anual de 2,3 pontos. Portanto, levaremos 41 anos para alcançar a média da OCDE. E fica ainda pior quando comparamos ao nível de leitura: serão 71 anos para alcançar a mesma média. É de perder o fôlego!
         A classe média brasileira, há muito tempo, não está conformada com a qualidade do ensino público fundamental. Prova disso é que 41% estão com seus filhos em escolas particulares. Mas, agora que descobriram que esse ensino não é lá essas maravilhas, irão reagir?
         Uma outra pesquisa, “indicadores de desenvolvimento sustentável-2012” (PNAD 2011), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mediu a taxa de escolaridade do brasileiro, que representa a média de anos de estudo da população com idade a partir de 10 anos. A média nacional foi de 7,3 anos de estudo, com crescimento de somente 1,8 anos nos últimos 16 anos. Nesse ritmo, levaremos 50 anos para alcançar a taxa de escolaridade dos países mais avançados: a média dos Estados Unidos é de 12,4 anos; Alemanha tem 12,2; Coreia do Sul tem 11,6; e Japão tem 11,5 anos. No Brasil, somente 24,5% da população com mais de 25 anos tem 11 anos ou mais de estudo.
         O Brasil ainda tem 8,7% da população de analfabetos absolutos, sem falar dos funcionais, que têm capacidade mínima de leitura e escrita. Mas, o mais importante não é o valor percentual, e sim o valor absoluto: são 12,9 milhões de pessoas nessa situação, segundo a mesma pesquisa.
         Antes de ser um problema econômico, como é tratado por grande parte do poder público, essa é uma questão de justiça social, de ética e moral de toda a sociedade brasileira, representada pelos inúmeros governos ditatoriais e democráticos das últimas décadas. Temos que trocar a taxa de retorno econômico pela inclusão social. Aliás, não devemos nem usar taxa de inclusão, pois temos que tratar as pessoas individualmente, e não como número dentro de uma estatística.
         Traçando uma relação com outra pesquisa realizada também pelo IBGE, vemos que a falta de pessoal qualificado para 72,5% das empresas pesquisadas é um gargalo para o avanço da inovação. A pesquisa de inovação tecnológica (Pintec), realizada pelo IBGE e divulgada no final de 2012, mostrou que entre as 128,68 mil empresas pesquisadas, 45,9 mil implementaram um produto e/ou processo novo entre 2009 e 2011, ou seja, 35,6% das empresas pesquisadas haviam sido inovadoras. O que chama a atenção é o segmento de serviços de engenharia e arquitetura, em que somente 29,6% foram inovadoras. Como alcançar o desenvolvimento dessa forma?
         As 45,9 mil empresas inovadoras empregavam 103,3 mil pessoas nas atividades internas de pesquisa e desenvolvimento, isto é, 2,24 profissionais por empresa, quantidade muito pequena. E somente 11 mil profissionais era pós-graduados.
         O mundo está a cada dia mais complexo, exige pessoas mais instruídas, com capacidade de adquirir informações por conta própria, que saibam fazer suas escolhas e cobrar resultados, comprometimento e decência. Como um país pode ser próspero sem ser inovador? Como  ser inovador sem ter uma população educada, com seus alunos com proficiência em leitura, matemática e ciências? A educação é a base para o desenvolvimento humano e econômico de qualquer nação.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
     
     a)     a educação  universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção  para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e intolerável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 639 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente e qualificada auditoria...

Isto posto, torna-se absoluta inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda,  afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor à commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que permita a partilha de suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das empresas, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A CIDADANIA, O AMOR À VIDA SUPERIOR E AS RAÍZES ECOLÓGICAS PARA A SUSTENTABILIDADE

“O poder desconhecido de uma vida dedicada 

ao Plano de Deus
        
         Ao longo de sua existência, o ser humano recebe cuidados e atenção para que possa amadurecer e atuar coligado à própria Luz interna, à alma, em momentos de maior necessidade, como esses que hoje vivemos. A energia que o Alto dispensa ao despertar dos indivíduos assemelha-se aos cuidados daquele que leva algo delicadíssimo nas mãos. Existem, portanto, as possibilidades para a vida interior tornar-se consciente e passar a ser a linha delineadora dos novos rumos da humanidade.
         O amor que se dedica à vida superior traz, àquilo que se vive externamente, a energia que a Fonte desse amor inspira, transformando um arbusto seco em uma árvore florida. Se o homem conhecesse  o poder de uma vida dedicada à Lei Suprema, à Lei Maior, não se distrairia tanto com coisas passageiras.
         A travessia, a nado, de grandes extensões, a escalada dos mais altos picos e cordilheiras, e o salto de imensas alturas, exemplificam a vontade íntima do homem de transcender seus próprios limites. Com essas proezas ele tenta superar fronteiras e tocar o desconhecido.
         Para que novos horizontes possam surgir na vida dos indivíduos, é preciso que cada um se disponha totalmente à tarefa que lhe foi confiada, e que se dedique à execução das atividades prioritárias, sem dispersar energia com coisas supérfluas.
         Dois caminhos aparentemente opostos se aproximam e se complementam: o da libertação material e o do serviço prestado nos planos materiais. Sem  busca por libertação não se pode servir e sem serviço não há campo que o indivíduo trilhe o caminho libertador.
         A reconstrução dos níveis materiais de um planeta degradado pelo que a humanidade gerou em sua superfície deve contar com meios adequados para isso. Se houvesse mãos suficientes para executar o que a vida interior indica, as energias que descem do Alto para os planos materiais, como a energia do Amor, ficariam liberadas para tarefas mais amplas.
         No caminho da purificação, o ser humano deve deixar de agir em proveito próprio, passando a servir aos demais. Porém, ele deve dedicar esse serviço unicamente à Lei Suprema, que conhece as necessidades de todos.
         A cada ser cabe uma tarefa, e somente a entrega à sua alma pode dinamizar o potencial que permitirá a cada um cumpri-la adequadamente, segundo o que for indicado pelo Plano Maior, de Deus.
         No caminho espiritual, a percepção interna, que vem da alma, é como a bússola para os navegantes: indica-lhes o rumo a seguir. Para que se estabeleça uma relação consciente com o mundo interior é preciso devotar-lhe obediência. Muitas vezes contatos internos importantes não são percebidos por simples falta de atenção. É como se uma orientação superior chegasse a se manifestar, mas não fosse acolhida por pura displicência.
         Basta que um indivíduo olhe outro imparcialmente para saber o que ele realmente necessita. Tal possibilidade deve ser considerada, lembrando-se, contudo, de que a percepção interior não pode ser forçada ou induzida artificialmente. A serena atenção ao próprio ser e a oferta de si com desapego pelos resultados são requisitos para que os contatos internos sejam percebidos, o que se torna essencial nesta época e neste mundo, já tão desorientado pelo personalismo e pelo movimento instintivo dos corpos físico, emocional e mental.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de fevereiro de 2014, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de fevereiro de 2014, caderno PENSAR, página 3, de autoria de MAURÍCIO ANDRÉS RIBEIRO, que é autor dos livros Ecologizar, Tesouros da Índia e Meio Ambiente e evolução humana, e que merece igualmente integral transcrição:

“Raízes ecológicas

DA REVOLTA
        
         Entre 2006 e 2013, ocorreram 843 protestos pelo mundo, em 87 países, nas esteira dos desdobramentos da crise econômica e financeira global. Em 2012 e 2013, houve protestos no Brasil, na Turquia, no Egito e na Tunísia, bem como revoltas na Espanha, Grécia, França e Estados Unidos. A maioria dos movimentos foi liderada por jovens, sem medo e autonomamente. Em todos os países, os manifestantes dos movimentos de protesto são pessoas comuns da classe média, bem-educadas e com expectativas crescentes. Sindicalistas, ativistas sociais em geral e idosos também constituíram parte significativa de tais manifestações.
         Os métodos de protesto consistiram majoritariamente de marchas pré-agendadas em grandes cidades e ocupação de ruas, bloqueios de vias, pequenos incêndios e barricadas, desobediência civil e ação direta de vazamentos de informações por hackers, com amplo uso das redes sociais. Os protestos foram acelerados pelo uso da internet e muitos desapareceram de repente, do mesmo modo como apareceram.
         Especialistas mostram as diferenças e semelhanças entre eles. Moisés Naim escreveu que os protestos na Tunísia, Chile, Turquia e Brasil revelam cinco aspectos surpreendentemente semelhantes: pequenos incidentes se tornam grandes, os governos reagem mal aos movimentos, não há líderes ou cadeia de comando, não há ninguém nem grupo específico com quem negociar ou a quem prender, e é impossível prever consequências. A prosperidade desses países não se fez acompanhar da estabilidade. Naim citou a observação de Samuel Huntington, segundo a qual, nos países em desenvolvimento, as demandas por serviços públicos crescem mais rápido do que a capacidade dos governos para satisfazê-las.
         Ademais, os protestos foram mais ativos nas democracias do que em regimes autoritários, que os reprimem e inibem. Aventa-se que a gestão das democracias tornou-se mais difícil devido às dificuldades para obter e alocar os recursos entre grupos com interesses concorrentes.
         A maior parte da violência nas manifestações sociais ocorreu nos países de menor renda. Violência e vandalismo ocorreram em 9% das manifestações. Entretanto, sua percepção é amplificada e parece que a violência é mais generalizada. Aqueles que perdem a paciência com a prática de modelos pacíficos apelam para a destrutividade como forma de dar visibilidade mais rápida a suas causas. Assim, não é incomum nestes contextos que tais atores queiram tornar-se visíveis por meio da quebradeira, da agressividade e da destruição. A radicalização e a polarização tornam-se métodos para se fazer ouvir, para se fazer enxergar, exigir cuidado, obter atenção.
         No Brasil, por mais de 20 anos não se viam movimentações nas ruas como as que ocorreram em junho de 2013. Em geral, elas foram pacíficas, mas em vários episódios, grupos maiores ou menores de manifestantes acreditam que sem violência não há possibilidade de mudanças. Provoca-se a violência com incêndios de veículos, depredações de bancos, invasões e pichações de prédios históricos, saques em lojas.
         Eventos tão díspares como a insatisfação de grupos com a gestão  de uma universidade, o ativismo de libertação animal, a comemoração da vitória de um time de futebol, ou até mesmo contra a intervenção policial bem-sucedida no sentido da coibição do tráfico de drogas têm levado a um desfecho comum: a destruição do patrimônio público e privado.

LOCAL E GLOBAL Não faltaram, portanto, razões locais e globais para a indignação, a insatisfação social e a revolta. Em outras palavra, não se trata da movimentação de “rebeldes sem causa”. Os motivos para iniciar os protestos variaram: no Brasil, o aumento das tarifas de ônibus teve o papel importante de detonar o início dos movimentos de protesto; na Turquia, foi a ameaça de destruição de um parque urbano; na Indonésia, o preço dos combustíveis; na zona do euro protestou-se contra a imposição do regime de austeridade. Na Índia, a corrupção e a falta de proteção para as mulheres.
         Nos países árabes, protestou-se contra tudo. Contra os governos nacionais, contra a austeridade imposta em períodos de crise econômica, contra o Fundo Monetário Internacional, contra as corporações e as elites, contra as desigualdades, contra os altos preços de alimentos e de energia, contra a corrupção, a falência da justiça. Demanda-se mais transparência, mais justiça econômica e melhoria nos serviços públicos; mais justiça fiscal, mais trabalho e emprego, mais moradia. Demanda-se também mais liberdade de expressão, mais justiça ambiental e mais direitos para grupos indígenas, étnicos, das mulheres, de minorias com as LGBT, de imigrantes, de população carcerária. Luta-se pela reforma da Previdência, pela reforma agrária e por outras reformas.
         Os protestos, de modo geral, evidenciaram e denunciaram a crise de legitimidade e o esgotamento do modelo de representação política. Eles condenaram a falta de ética na política e a corrupção como uma relação desarmônica de parasitismo social e de predação. Condenaram também a ineficiência e a arrogância das autoridades. Todos demandaram políticas para prover mais emprego, serviços públicos decentes e políticas sociais efetivas.
         Os protestos de 2013 mostraram que há crise de representação política tanto em governos autoritários como na democracia representativa, que estaria falida. Muitas pessoas em vários países não se sentem mais representadas nem pelos representantes eleitos, nem pelos partidos políticos existentes. Os manifestantes perderam a esperança e a confiança na democracia representativa e nas instituições democráticas do modo como existem hoje.
         Há percepção crescente de que os políticos não priorizam as demandas da população; há grande frustração com a política usual. Protestou-se em toda parte contra a falta de democracia real, que impede que as demandas econômicas e sociais sejam atendidas. Os governantes, de sua parte, tentam manter a ordem e apaziguar os conflitos, mas, em muitos casos, há carência de instrumentos e de métodos não violentos de processar os conflitos sociais.
         Esta geração de jovens manifestantes parece pressentir o peso que terá que suportar, trabalhando duro para sustentar uma Previdência Social cada vez mais cara, considerando o crescente envelhecimento da população. Presencia a implementação de políticas econômicas de curto prazo, que geram um dívida ambiental e climática crescente que lhes dificultará a vida, tornando-a mais pesada, com menor qualidade e sem facilidades a desfrutar.

AMBIENTE E CLIMA Pode ser valioso situar a insatisfação social num contexto de longo prazo e de encadeamento de causas e efeitos. Aos motivos mais visíveis e manifestados expressamente das insatisfações sociais, é oportuno explicitar que em sua origem muitas remontam a fatores ambientais e climáticos. Jared Diamond, em seu livro Colapso (Editora Record), mostrou que a instabilidade política e a insatisfação social em muitas sociedades decorreram de desequilíbrios ambientais, de destruição da base natural que sustenta as sociedades, da exaustão de recursos naturais.
         O encadeamento de problemas que leva ao colapso começa com a sobrecarga no ambiente, o esgotamento de recursos e da capacidade de suporte, mudanças climáticas, tensão social, empobrecimento econômico, conflitos políticos e finalmente o colapso. A escassez e encarecimento dos alimentos, por exemplo, frequentemente têm origem em secas e eventos climáticos extremos, que tendem a se tornar mais intensos e freqüentes.
         Muitas sociedades estão se tornando incapazes de relacionar-se, de modo duradouro, com a infraestrutura física na qual vivem. Tal incapacidade empobrece a base de riqueza natural, o que, por sua vez, resulta no empobrecimento econômico e no acirramento de conflitos políticos e sociais. Esses processos desagregadores provocam a decadência e o colapso. A cegueira e a surdez dos governantes decorrem em boa medida da falta de compreensão sobre esses encadeamentos de problemas. A ecoalfabetização pode, portanto, ser um modo eficaz de reduzir esse déficit de entendimento.
         As revoltas nas ruas se assemelham a terremotos oriundos do ajustamento das placas tectônicas, com liberação de forte energia. Em tsunamis, tal energia resulta na produção de uma grande onda e de sucessivas ondas menores. Os anos de 1848 (levantes na Europa), 1917 (Revolução Russa) e 1968 (maio em Paris) são historicamente rememorados como períodos de explosão de insatisfação social com violência. A independência da Índia, em 1947, a queda do muro de Berlim, em 1989, as lutas pela igualdade racial lideradas por Martin Luther King nos Estados Unidos, a conciliação promovida por Nelson Mandela na África do Sul e o fim do apartheid são, em contraste, referências relevantes de transformações realizadas de forma não violenta durante décadas.
         Procurar compreender as raízes ecológicas profundas das insatisfações sociais, situá-las como sinais e sintomas de uma crise maior no contexto da evolução social e política da humanidade, pode ser valioso para se participar ativamente ou como observadores conscientes nesses processos que se desenvolvem em nosso tempo.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

    a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se - em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e intolerável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 639 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São gigantescos desafios, e bem o sabemos, mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democráticas, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!...