Mostrando postagens com marcador Educação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Educação. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A CIDADANIA, OS DIREITOS HUMANOS E O APRENDIZADO DO VIVER MELHOR

“Aprender para viver melhor

Em muitos países, a pirâmide demográfica está atualmente se modificando e há uma crescente população idosa, que demanda serviços de saúde com custos cada vez maiores.

A carga sobre a população economicamente ativa, para sustentar os custos dos sistemas de saúde, de previdência social e de aposentadorias, tende a crescer e a provocar o colapso dos orçamentos públicos.

Numa perspectiva de longo prazo, do ciclo da vida humana, da concepção à gestação e ao nascimento, daí à infância, à adolescência, à vida adulta e à velhice, é preciso considerar que em cada fase são necessários cuidados com a saúde, preventivos e corretivos. A ignorância quanto aos hábitos alimentares adequados, os hábitos e práticas de respiração e no que diz respeito a posturas corporais levam, na história individual, a deformações e a doenças na idade adulta e na senilidade, com custos crescentes sobre os sistemas públicos de previdência social e de saúde. Tal déficit de conhecimento cultural sobre práticas de alimentação, de respiração, de higiene e posturas corporais que têm importância preventiva onera progressivamente tais custos.

Crianças e jovens de hoje que tenham acesso a práticas de educação para a saúde física e mental adequadas nos campos da alimentação, da respiração, da higiene e das posturas corporais, daqui a 50 anos, serão adultos e idosos que poderão onerar de modo menos pesado os serviços públicos de saúde, pois terão incorporado hábitos saudáveis ao longo de sua história de vida.

Na ausência de tais práticas difundidas pela cultura e pela educação, os problemas se acumulam e, anos ou décadas depois, resultam em doenças que demandam tratamentos custosos, com dores e sofrimento. Ao longo da vida o corpo registra a história pessoal, seus traumas e cicatrizes, tensões, adaptações deformadoras. Ele se entorta, acumula tensões nos músculos e adapta-se para se proteger da dor. Se não é bem mantido e cuidado, o corpo chama a atenção para si, por meio da dor e da doença. Assim, desde a primeira infância, deveria haver o aprendizado sobre respiração, alimentação, hábitos corretos de posturas corporais. Caso cuidado diária e preventivamente, o organismo é menos vulnerável a doenças e menor atenção precisa ser dedicada a cuidados preventivos.

Atualmente, muitas práticas de reeducação se disseminam: a reeducação alimentar, para que a dieta deixe de ser apenas um hábito herdado e reproduzido de geração em geração para se tornar um hábito cotidiano consciente de seus impactos; a reeducação postural global (RPG), que relembra o indivíduo da importância de postar-se corporalmente de modo harmonioso, que não cause ou agrave deformações que danificam a coluna e outras partes do sistema ósseo; a respiração consciente, que também trata esse hábito vital como uma questão cultural, passível de ser aprendida e exercida de modo consciente.

Interessante observar que, nesses três casos, a ioga milenar atuou, demonstrando que havia na antiga civilização védica indiana a consciência sobre a importância desses cuidados com o corpo, que repercutem também na mente e nas emoções. Assim, por exemplo, a respiração consciente pode levar à harmonização física e a um estado de consciência relaxado, sem tensões e estresses.

Além desses, outros cuidados de reeducação são importantes, como por exemplo a educação para a saúde bucal, que preserva a dentição e evita focos de infecções.

Todas essas práticas levam a uma melhor manutenção da saúde física, com resultados benéficos ao indivíduo quando se torna adulto ou idoso, momento em que se manifestam muitos dos problemas de manutenção corporal, muitas dores e o organismo dá sinais de que está para vencer o seu prazo de validade.

MENTAL E EMOCIONAL A educação para a saúde física dos alunos em escolas desde a creche e a educação infantil pode ser uma iniciativa valiosa, juntamente com a educação para a saúde mental e emocional, de modo a manter a integridade e a harmonia corporal, com saúde, beleza e simetria. Nas escolas, práticas esportivas e artísticas tais como a música e a dança – que atua sobre o corpo, a respiração e os movimentos – são meios para difundir a consciência do corpo e para atuar preventivamente no sentido da manutenção da integridade e da harmonia corporal. A educação escolar precisa colocar ênfase em motivações, no controle emocional, na disciplina, nas capacidades de interação social, no intangível, no imensurável, no imaterial e não apenas naquilo que pode ser medido por meio de testes objetivos e padronizados.

Tal aprendizado pode fazer-se, ainda e principalmente, por meio da comunicação, por meio da cultura, na família e na socialização de crianças. Na atual sociedade midiática, a imprensa é um dos meios de comunicação pelos quais se aprende. Do mesmo modo como o merchandising inserido sultil ou ostensivamente nas novelas, em filmes e no entretenimento é feito com fins comerciais, ele pode incluir mensagens que transmitam conhecimento de educação para a saúde e induzam exercícios e práticas saudáveis para o corpo. Nesse processo, é crucial a consciência de artistas, roteiristas, formadores de opinião, que influenciam modos de vida e valores.

Ações preventivas de incorporação de tais conhecimentos em todas as formas de transmissão cultural e educacional são a base para construir sistemas de saúde e de previdência sustentáveis, num mundo cuja idade média tem-se alongado, com maior proporção de idosos na população.”
(MAURÍCIO ANDRÉS RIBEIRO, que é autor de Ecologizar. http://www.ecologizar.com.br/, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de dezembro de 2011, Caderno PENSAR, página 2).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de ROBSON SÁVIO REIS SOUZA, Professor e coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas, membro do Fórum Mineiro de Direitos Humanos e da Comissão Pastoral de Direitos Humanos da Arquidiocese de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Direitos humanos

Comemora-se hoje o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Urge refletirmos sobre a efetividade das conquistas da cidadania ao longo dos últimos anos, no Brasil e no mundo. Uma discussão fundamental na atualidade está relacionada à primazia do capitalismo financeiro global, que subjuga os governos, ameaçando as políticas de bem-estar social em diversos países. Observa-se, cada vez mais, que a economia precede a política e os direitos na composição de sociedades altamente excludentes. Governos e sociedades verdadeiramente democráticos precisam recolocar os direitos humanos e a política como fundamentos das relações sociais, reposicionando a economia em seu devido lugar.

No caso brasileiro, o processo histórico de colonização, desenvolvimento humano e econômico não favoreceu na dimensão necessária de uma cultura de direitos humanos. A desigualdade social, que não obstante o crescimento econômico dos últimos anos campeia em nosso país, é a expressão visível desse processo. A superação das violações sistemáticas dos direitos, assim como a proteção a segmentos vulneráveis da sociedade e a promoção de outros espaços da cidadania, exige esforços e participação de toda a sociedade e de todas as instâncias de governo, de forma permanente. Afinal, as conquistas, quando ocorrem, não são imediatas, mas têm que ser perseguidas lenta e gradualmente.

A Constituição de 1988 estabeleceu a mais precisa e detalhada carta de direitos de nossa história, que incluiu a identificação de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, além de um conjunto preciso de garantias constitucionais. Esse fato significou enorme avanço conceitual e jurídico para a promoção dos direitos humanos.

A partir dos direitos constitucionais conquistados formalmente, mas que carecem de se efetivarem no cotidiano da maioria do nosso povo, novo arcabouço legal e programático surgiu no Brasil. Com isso, os direitos humanos tornaram-se um compromisso de toda a sociedade e dos governos, passando a ser conduzidos como política pública a partir da aprovação do primeiro Programa Nacional de Direitos Humanos, em 1996.

Questões como o acesso a Justiça, que a Constituição Federal estabelece como direito fundamental, ainda precisam ser mais bem discutidas e implementadas. É necessário explicitar que o acesso à Justiça não significa somente a possibilidade de levar ao Poder Judiciário uma determinada demanda ou o direito de recorrer à Defensoria Pública quando não se tem dinheiro para pagar um advogado.

O direito de acesso à Justiça é essencial para a concretização do Estado democrático de direito. E acesso à Justiça significa, por exemplo, conhecer os papéis do Ministério Público; reconhecer que todo cidadão carente tem direito a um advogado pago pelo Estado, o defensor público; ter consciência de que qualquer pessoa pode recorrer ao Judiciário caso seu direito seja violado; poder usufruir de uma política de segurança pública que garanta os direitos de todos, indistintamente.

Políticas públicas de direitos humanos que pretendem ser inclusivas e universais devem levar em conta alguns pressupostos: primeiro, o direito a ter direitos, ou seja, políticas públicas que possibilitem a abertura de canais de participação social, transparência administrativa, accountability etc. Segundo, mecanismos de proteção de direitos: canais que facilitem a denúncia de más práticas na administração pública e mecanismos internos de apuração e punição de agentes públicos envolvidos com ações de desrespeito aos direitos individuais, sociais, econômicos. Terceiro, políticas de defesa de direitos possibilitando o acesso a órgãos e serviços públicos, garantindo integridade física e moral dos cidadãos.

Finalmente, programas de promoção de direitos, que são políticas públicas positivas que estimulem o acesso à Justiça, o acesso a bens e serviços públicos e garantam o exercício pleno da cidadania, voltados principalmente para populações vitimadas pelas várias formas de exclusão social e econômica. Fundamental é que os agentes públicos e os beneficiários das políticas de direitos humanos tenham canais permanentes de discussão, acompanhamento e avaliação de tais ações, visando à criação de estratégias que garantam a perenidade dos programas de defesa, proteção, reparação e promoção dos direitos humanos.”

Eis, portanto, mais páginas contendo SÉRIAS, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA necessidade de PROFUNDAS e URGENTES transformações em nosso PENSAR e AGIR, objetivando a inserção do PAÍS no rol das POTÊNCIAS mundiais MODERNAS, DESENVOLVIDAS, SOBERANAS, LIVRES e DEMOCRÁTICAS...

Assim, também IMPRESCINDÍVEL se torna a imediata e fecunda PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS, como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL e, entre seus PERVERSOS efeitos, o ABISMO cada vez maior entre segmentos SOCIAIS e REGIÕES, minando nossa já frágil capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, já ultrapassando o ASTRONÔMICO montante de R$ 200 BILHÕES anuais, a título de ENCARGOS e SERVIÇOS, exigindo URGENTE e competente, qualificada e transparente AUDITORIA...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDADE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A CIDADANIA, OS JORNAIS SAUDÁVEIS E A QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

“A saúde dos jornais

Algumas críticas ao jornalismo, amargas e corrosivas, têm a garra do pessimismo ou a mordida do cinismo. Irritam-se, alguns, com a força da mídia e vislumbram interesses espúrios no sucesso empresarial. O jornal, como qualquer outro negócio, não existe para perder dinheiro. A crítica procede de quem perdeu o bonde da história ou, pior que isso, não sabe o que é enfrentar o batente. Ganhar dinheiro com informação não é um delito. Estou cansado de repetir. É um dever ético. O lucro legítimo decorre da credibilidade, da qualidade do produto. E a qualidade é o outro nome da ética.

A ética informativa não é um dique, mas um canal de irrigação. A paixão pela verdade, o respeito à dignidade humana, a luta contra o sensacionalismo, a defesa dos valores, enfim, representam uma atitude eminentemente afirmativa. A ética, ao contrário do que gostariam os defensores de um moralismo piegas, não é um freio às justas aspirações de crescimento das empresas. Suas balizas, corretamente entendidas, são a mola propulsora das verdadeiras mudanças. O jornalismo de escândalo, ancorado num provincianismo aético, é cada vez mais freqüente. Recaídas ocasionais são objeto de críticas e discussões internas.

O jornalismo brasileiro, não obstante suas deficiências, tem desempenhado papel relevante. Ao lancetar os tumores da corrupção, cumpre um dever ético intransferível. A mídia, num país dominado por esquemas cartoriais, assume significativa parcela de responsabilidade. O Brasil, graças à varredura da imprensa, está mudando. Para melhor. Ministros caem como cartas de baralho. Reagem às denúncias com declarações do tipo “tudo não passa de armação da imprensa”, “sou vítima de linchamento moral”, “não sei”, “não vi”. A perseverança da mídia faz com que a força dos fatos acabe prevalecendo. E o governante vai para casa. Já é um grande avanço. Esperemos que chegue o dia em que o ônus político seja acompanhado da devolução do dinheiro público e da necessária punição criminal.

A “macdonaldização” dos jornais, no entanto, é um risco que convém evitar. A crescente exploração do entretenimento em prejuízo da informação de qualidade tem frustrado inúmeros consumidores de jornais. O público da mídia impressa não se satisfaz com o hambúrger jornalístico. Trata-se de uma fatia qualificada do mercado. Quer informação aprofundada, analítica, precisa e confiável.

É preciso investir na leveza formal. Sem dúvida. O recurso à infografia, o investimento em didatismo e valorização da fotografia (o arrevistamento das primeiras páginas tem provocado reações de surpresa e aprovação) são, entre outras, algumas das alavancas do crescimento. Mas nada disso, nada mesmo, supera a força do conteúdo. Qualidade editorial e credibilidade são, em todo o mundo, a única fórmula para atrair novos leitores e anunciantes. Outro detalhe: os jornalistas precisam escrever para os leitores. É preciso superar a mentalidade de gueto, que transforma o jornalismo num exercício de arrogância. Cadernos culturais dialogam consigo mesmo. O leitor é considerado um estorvo ou um chato.

O jornal precisa moldar seu conceito de informação, ajustando-o às necessidades do público a que se dirige. Outro detalhe importante, sobretudo em épocas de envelhecimento demográfico: a tipologia empregada pelos jornais tem de levar em conta os problemas visuais dos seus consumidores. Falando claramente: os jornais precisam trabalhar com letras grandes.

Apostar em boas pautas (não muitas, mas relevantes) é outra saída. É melhor cobrir magnificamente alguns temas do que atirar em todas as direções. O leitor pede, em todas as pesquisas, reportagem. Quando jornalistas, entrincheirados e hipnotizados pelas telas dos computadores, não saem à luta, as redações se convertem em centros de informação pasteurizada. O lugar do repórter é a rua, garimpando a informação, prestando serviço ao leitor e contando boas histórias. Elas existem. Estão em cada esquina das nossas cidades. É só procurar. O jornalismo moderno, mais do que qualquer outra atividade humana, reclama rigor, curiosidade, ética e paixão. É isso que faz a diferença.”
(CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Diretor do master em jornalismo, professor de ética e doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de novembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 12 de novembro de 2011, Caderno PENSARBRASIL - DOSSIÊPRIORIDADE UM –, páginas 16 e 17, de autoria de EDDA CABRAL MARTINS DA COSTA, que é formada em letras pela UFMG e é professora da rede municipal de ensino de Belo Horizonte, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Saber é o caminho

Nos últimos 30 anos, o Brasil passou por uma transformação imensa. Saímos de uma época de inflação alta a estagnação econômica que marcou os anos 1980 e a metade dos anos 1990, para um novo período de euforia, algo semelhante aos anos dourados da era JK. Nos anos 80 e 90, a fome, o desemprego, a inflação alta e a falta de perspectivas corroíam nossos sonhos. Hoje, ocorre exatamente o contrário. Vivemos uma nova era de prosperidade e otimismo: sobram empregos, os indicadores de crescimento são sempre positivos, as pessoas, as pessoas estão tendo maior poder de compra; enfim, vivemos num Brasil que está farto de ofertas.

Até mesmo na educação as coisas tomaram um novo rumo. Há escola para quase todos. O governo federal ampliou o acesso às universidades públicas. Ao mesmo tempo, houve um aumento considerável no número de vagas em instituições particulares de ensino superior. E, cada vez mais, a escolaridade tem sido colocada como condição para que as pessoas possam ter ascensão na carreira ou mesmo o acesso ao primeiro emprego.

Em resumo: o Brasil de hoje está farto de ofertas; empregos, escolas, oportunidades. Vivemos a era da quantidade. Porém, o Brasil, por mais que esteja em evidência no cenário mundial, ainda é um país que está por ser feito. Temos cidades, indústrias, hospitais, aeroportos, escolas. Mas temos favelas, produtos com baixa produtividade, filas em hospitais públicos e um sistema educacional que precisa ser aprimorado. E muito.

Um produto sem competitividade não encontrará mercado; em hospitais com filas, as pessoas padecerão para conseguir o atendimento. Com aeroportos cheios, as pessoas e cargas não chegarão ao seu destino no tempo preciso. E sem uma educação de qualidade? Sem uma educação de qualidade, nosso salto em direção ao futuro irá morrer no primeiro passo. Estaremos cegos. Iremos viver apenas para o presente. Não teremos como projetar escolas, hospitais, estradas. Tampouco poderemos pesquisar medicamentos ou processos que melhorem a saúde de nosso povo ou lhe deem mais conforto. Não haverá como projetar o futuro.

Nos anos 1980 e 1990, a educação brasileira deu um passo importante ao garantir vagas para todas as crianças e jovens em idade escolar. Ou seja, todos foram colocados para dentro da escola. Agora, precisamos pensar um novo modelo de educação, no qual a qualidade seja o principal objetivo a ser perseguido. Além da valorização do professor, é fundamental que haja uma mudança de paradigma na relação entre o aluno e a escola.

De modo geral, no Brasil, as escolas são boas no que se refere à sua infraestrutura. Porém, é importante que a relação paternalista seja substituída por um outro modelo, no qual o aluno também seja cobrado para que forneça sua contrapartida àquilo que lhe é dado. Qualidade rima com responsabilidade. Acredito que o Brasil depende muito dos cidadãos comuns para alavancar este crescimento. Por isso, devemos apostar na capacidade do cidadão comum de, a partir do que lhe é ofertado, construir o futuro com responsabilidade e habilidade.

Mirem-se no exemplo da Coreia, que hoje nos abastece com seus automóveis e televisores de avançada tecnologia. A Coreia tem uma economia que triplica de tamanho a cada 10 anos. Desde os anos 60, sua renda per capita cresceu 19 vezes. Lá, praticamente não há mais analfabetismo e 82% dos jovens chegam à universidade. No embrião da revolução coreana está o investimento maciço em um novo modelo de educação. Um modelo que oferece, mas cobra resultados. Que garante ao aluno todas as condições de que precisa para o seu pleno desenvolvimento, mas também cobra desempenho. Isto é substituir um modelo de educação centrado na quantidade por um outro, que privilegie a qualidade. O grande salto em direção ao futuro promissor que hoje vislumbramos no horizonte passa pela educação com qualidade.”

Eis, pois, mais páginas contendo RICAS, PEDAGÓGICAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA necessidade de PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS para a inserção do PAÍS no rol das POTÊNCIAS mundiais DESENVOLVIDAS, entre outras:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, em razão mesmo das DINÂMICAS da SOCIEDADE;
c) a CORRUPÇÃO, que CAMPEIA sem freios por TODAS as esferas da vida NACIONAL;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, a consumir também MONSTRUOSAS somas de RECURSOS;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, que já atinge o INSUPORTÁVEL montante de R$ 2 TRILHÕES e seus decorrentes ENCARGOS e SERVIÇOS na mesma proporção e, também, a exigir uma ESTRITA, TRANSPARENTE, QUALIFICADA e urgente AUDITORIA...

Neste mister, salta-nos ainda, de caráter imprescindível, a RELEVÂNCIA e OPORTUNIDADE também da “saúde dos jornais”...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS os DESAFIOS mas, NADA, NADA mesmo, ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, SOBERANA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTIAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2104, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das INSTITUIÇÕES, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVA TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A CIDADANIA E AS BASES DA PRIMAVERA DA EDUCAÇÃO

“A primavera do ensino

A consciência consentânea ao conhecimento foi a grande mola propulsora dos movimentos surgidos nas universidades de todo o mundo nos anos 1960. Entre as manifestações da saudável rebeldia daquela inquieta juventude, a Primavera de Praga, como ficou conhecida a romântica e heróica reação popular da então Tchecoslováquia aos grilhões soviéticos, merece ênfase pela adesão de toda a sociedade à tese libertária nascida na academia. Naquela efervescente década, por mais que o reacionarismo de então pudesse condenar a saga estudantil, a verdade é que o ensino, muito mais acessível do que na primeira metade do século, mudara o mundo. E havia muito a ser consertado. A começar pela guerra fria e a ameaça, a ela intrínseca, de hecatombe nuclear, até os regimes totalitários e truculentos de esquerda e de direita, cujo radicalismo embaçava as perspectivas de desenvolvimento de um capitalismo democrático assentado, sim, nas leis de mercado, mas sensível ao social.

O mundo avançou muito, embora o novo século em que vivemos ainda apresente imensos desafios à plenitude da paz e a um modelo de desenvolvimento global sustentável quanto ao meio ambiente, à preservação dos insumos naturais da produção e à erradicação da miséria. Os principais elementos dessa equação complexa são os seguintes: o passivo social, o crescimento demográfico e a expansão dos meios de produção em índices proporcionais ao atendimento das duas primeiras demandas.

Em outubro, em uma emblemática primavera para nós, os 190 milhões de brasileiros, e para o planeta em que vivemos, o mundo alcançará a marca de sete bilhões de habitantes, segundo projeção que acaba de ser anunciada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Até 2050, deverão ser nove bilhões de pessoas. Em meio às assimetrias regionais, o desafio é prover empregos (inclusive nos Estados Unidos e Europa, ainda afetados pela crise de 2008), saúde, salubridade ambiental, alimentos, água potável e cidadania plena (aqui entendida como acesso às condições mínimas para uma vida com dignidade).

Aspecto comum a essas distintas variáveis e fator condicionante ao sucesso da humanidade no enfrentamento de todas essas demandas é a educação. Sem democratizar seu acesso e a qualidade do ensino ministrado será impossível ampliar a produtividade da Terra em proporções suficientes para atender as necessidades de uma população 134% maior do que os três bilhões de habitantes que a habitavam nos anos 60. Impõe-se a Primavera do Ensino, que precisa ser ainda mais influente nas transformações históricas do que a de Praga e dos movimentos correlatos daquela época.

Sem conhecimento, o mundo será insustentável. Somente a adequada escolaridade (da infantil e fundamental à pós-graduação, MBA e educação continuada) pode produzir novas gerações conscientes sobre a ecologia, planejamento familiar e saúde; trabalhadores capacitados à nova dimensão das atividades produtivas e a ocupar vagas não preenchidas, para evitar o apagão de mão de obra como ocorre hoje no Brasil; cientistas e pesquisadores competentes; lideranças políticas e empresariais capazes de gerir a escassez, em um planeta desafiado pelo imperativo de harmonizar produção e preservação ambiental.

É imensa, portanto, a responsabilidade das políticas públicas e dos gestores das instituições de ensino de todos os graus, particulares e estatais. Afinal, a viabilidade e a qualidade do futuro de nossa civilização começam a ser delineadas nas salas de aula.”
(JOÃO GUILHERME SABINO OMETTO, Engenheiro (EESC/USP), vice-presidente da Fiesp e coordenador do Comitê de Mudanças Climáticas da entidade, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de setembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 9 de junho de 1992, Caderno SEGUNDA SEÇÃO, página 2, de autoria de DARCY RIBEIRO, que é senador da República pelo Rio de Janeiro, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A nova Lei da Educação

Nada poderia ser mais desastroso para a educação brasileira do que a promulgação de uma Lei de Diretrizes e Bases meramente reiterativa, que congelasse o precaríssimo sistema educacional que temos, como é o caso do projeto em discussão na Câmara dos Deputados.

Efetivamente, se pode comprovar por números que nossa escola pública primária forma mais analfabetos que alfabetizados, tão grande e até maioritária é a proporção de crianças que a freqüentam por quatro a seis anos, sem alcançar a quarta série primária. Vale dizer, sem a capacidade elementar de ler, escrever e contar, só alcançável naquele nível e que constitui o requisito fundamental do exercício lúcido da cidadania e da integração no mundo do trabalho, com possibilidades do progresso pessoal.

Não me refiro à educação nas regiões mais pobres do Brasil. Refiro-me a São Paulo ou ao Rio. Se me referisse a áreas mais carentes, diria que a maior parte de seu alunado não completa a segunda série primária. Sua instrução se reduz a desenhar o próprio nome. Essa é, aliás, a condição da maioria dos brasileiros em idade adulta. São analfabetos funcionais. São iletrados, porque incapazes de receber ou de dar qualquer informação escrita.

Se isso sucedesse há um século, seria lamentável. Como ocorre hoje, num tempo em que o grosso da juventude das nações mais avançadas já se matricula na escola de nível superior, chega a ser calamitoso. Acresce que toda a legislação vigente e também o projeto de Lei de Diretrizes e Bases em discussão na Câmara dos Deputados só tendem a consolidar este sistema educacional responsável pela produção em massa de analfabetos, por sua incapacidade de alfabetizar as crianças brasileiras.

As famílias brasileiras, mesmo as mais carentes, já despertaram para a necessidade de dar educação a seus filhos. Noventa por cento deles estão matriculados nas escolas que lhes oferecemos – eles as freqüentam por quatro anos; sessenta por cento chegam a seis anos de estudo. Em vão, a maioria deles sai da escola sem o domínio da leitura.

Como se vê, a escola pública que temos e impomos à infância brasileira é uma mistificação, que apenas simula ensinar. Nada adianta mantê-la, e muito menos multiplicá-la, por sua incapacidade intrínseca exaustivamente comprovada de educar o povo brasileiro. Ela só serve, de fato, para perpetuar a ordem política e social, fazendo da educação básica mais um privilégio monopolizado por minorias, como instrumento de poder.

Sua função social real é demonstrar ao aluno pobre que ele padece de uma deficiência básica que o torna inepto para o estudo. A própria família também passa a vê-lo como inapto, porque, havendo dispensado por anos a ajuda que poderia dar na manutenção da casa, verifica que ele não tira nenhum proveito da escola.

O certo é que a maioria das nossas crianças sofre a escola como uma experiência frustrante em que é punida, porque fala sua língua materna; é discriminada, porque anda descalça e se veste pobremente; é humilhada, porque não pode comprar o material didático exigido pela professora; e, por fim, é sucessivamente reprovada, sem mesmo saber o que é isso.

A professora, por sua vez, participa desse processo como sua segunda vítima. Primacialmente, porque se vê condenada a exercer seu ofício, sem condições mínimas de alcançar eficácia, em razão de sua precaríssima formação docente. Também é vítima, porque se viu degradada profissionalmente pela deterioração da própria carreira do magistério. O é, ainda, porque está envolvida e alienada por uma pedagogia antipopular, em grande parte inexplícita, mas muito eficaz como mecanismo de rejeição social.O espantoso é que há uma cegueira generalizada das camadas mais influentes com respeito à nossa realidade educacional. É possível, até, afirmar que uma das características remarcantes da sociedade brasileira é sua resignação com a péssima escola que temos. Ninguém estranha que ela seja tão ineficiente. Ninguém se exalta diante do pouco esforço que ela faz para superar-se. Ninguém fica indignado contra a atrocidade com que ela distrata a imensa maioria da infância brasileira, que a procura esperançosa de progredir pela educação. O que se vê, freqüentemente, é o contrário da indignação, como ocorre até com personalidades social e politicamente prestigiosas, que atuam como se não houvesse nada de importante a fazer, porque o sistema educacional acabaria por corrigir-se por seu próprio funcionamento. Mas não é assim. Sua atitude só se explica por estarem contentes com o Brasil tal qual é, e em matéria de educação, só quererem nos manter atados ao sistema educacional precaríssimo que temos e que condena nosso povo à ignorância e ao atraso.

Nenhum país do mundo conseguiu integrar-se na civilização industrial, sem alçar, previamente, o seu povo ao domínio instrumental da leitura. E já estamos diante de uma nova civilização, muitíssimo mais exigente quanto aos níveis de escolaridade necessários para que uma sociedade dela participe autonomamente dominando o saber e a tecnologia em que ela se funda. Como ignorar, nessas circunstâncias, que estamos desafiados a realizar um imenso esforço para sair da condição de atraso educacional em que nos afundamos? Como negar que isso põe em risco a própria soberania nacional?

Seria diferente, acaso, a situação do ensino médio e do ensino superior? Não. É perfeitamente correspondente. Ambos também estão em situação da calamidade. O ensino médio reduzido a três anos de estudos, nominamente profissionalizantes, deteriorou gravemente todo o sistema educacional brasileiro. Por um lado, nos fez perder os níveis de eficácia que havíamos alcançado na formação do magistério, o que resultou numa decadência visível da nossa escola primária. Por outro lado, manda às escolas de nível superior uma juventude cada vez mais despreparada, não só quanto à formação científica pré-universitária, mas até no simples domínio instrumental da língua vernácula.

Não menos grave é a situação do ensino superior. Costumo dizer que, na maioria das nossas faculdades, o professor simula ensinar e o estudante faz-de-conta que aprende. Assim é, efetivamente. Qualquer curso estrangeiro, por correspondência, é melhor que aquele que se dá em algumas escolas particulares brasileiras. Naqueles cursos, não só se proporciona ao aluno os materiais necessários para estudar, mas se cobra dele o aprendizado, através de exames de verificação. Em muitas de nossas escolas se estabeleceu uma prática de conivência, em que pouco ou nada se ensina e nada se cobra do aluno, como prova de aprendizado. Para fazer face à situação de calamidade em que está fundado o sistema educacional brasileiro, apresentei ao Senado, juntamente com os senadores Marco Maciel e Maurício Correia, um novo Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

É um projeto simples e funcional, cujo primeiro objetivo é estabelecer as bases e os fundamentos da ação que permitam criar uma escola elementar, ajustada às condições da infância brasileira e capacitada a prepará-la para a cidadania, para o trabalho e para a solidariedade. Seu segundo objetivo é a implantação de uma escola média capaz de formar contingentes de trabalhadores preparados para operar as tecnologias novas e dotados da capacidade de continuar aprendendo vida afora. A nova lei criará, também, as bases de uma educação superior apta a dominar, cultivar e transmitir o saber erudito, sobretudo o cientifico e tecnológico, para formar os corpos de profissionais competentes de que não pode prescindir uma sociedade moderna.”

Eis, pois, mais páginas contendo SÉRIAS, PERTINENTES, PEDAGÓGICAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROBLEMATIZAR questões CRUCIAIS, que permitam a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais DEMOCRÁTICAS, SOBERANAS e DEMOCRÁTICAS, como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância e competente GESTÃO;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia desenfreada por TODAS as esferas da vida NACIONAL;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, já atingindo DESEMBOLSO insuportável de cerca de R$ 200 BILHÕES, ao ano, a exigir também uma rigorosa e qualificada AUDITORIA...

São cifras MONSTRUOSAS que vão anualmente para os RALOS, minando nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA, além de provocar EROSÃO irrecuperável no nível de CONFIANÇA da população e INESTIMÁVEIS comprometimentos de ordem ÉTICA e MORAL, afetando CONDUTAS e embaçando o amor PÁTRIO...

Mas NADA, NADA mesmo ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, SOBERANA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A CIDADANIA, A JUVENTUDE, A EDUCAÇÃO, A ÉTICA E A DEMOCRACIA (29/31)

(Novembro = Mês 29; Faltam 31 meses para a COPA DO MUNDO de 2014)

“Educação, ética e democracia

Considerando haver a presidente Dilma Rousseff sancionado a lei que incluiu o nome do cidadão Pedro Aleixo na galeria dos que foram ungidos pela nação brasileira para a Suprema Magistratura”, faz-se oportuno relembrar as atitudes cívicas do homenageado e que inspiraram aquela decisão. Coerente com seus princípios republicanos, Pedro Aleixo tornou-se a única voz destoante na reunião do Conselho de Segurança Nacional a protestar contra a edição do famigerado AI-5, que se faz instrumento para perseguições políticas, prisões arbitrárias e mesmo torturas; por isso teve seu mandato cassado e chegou a ser preso por sustentar, perante os ministros militares da época, que, tendo oportunidade, revogaria o execrando instrumento legal. Toda sua vida foi uma constante de honestidade, absoluto zelo pela coisa pública e desapego às coisas materiais.

Esta a razão primordial que leva os diretores da Fundação Instituto Pedro Aleixo (Fipa), no zelo natural e indesviável de preservar o nome de seu patrono, à imperiosa necessidade de não admitir que sejam veiculadas notícias que possam de qualquer forma maculá-lo e espancar dúvidas ou meras suspeitas que possam comprometê-lo.

Lamentavelmente, foi divulgada notícia, alardeada com as cores vivas de escândalo, de que a fundação recebera vultosa importância proveniente de emenda parlamentar de deputado do Rio de Janeiro e que a mesma importância “viajara 400 quilômetros para financiar sua campanha naquele estado”, notícia que se provou falsa como, também, a de que tenha sido qualquer diretor da instituição procurado para esclarecimentos. Anote-se, por primeiro, que, se nada recebeu, nada poderia devolver. A diretoria da Fipa nunca recebeu um centavo que fosse proveniente de emendas parlamentares; ao reverso, pugna pela exclusão de tais procedimentos, que se prestam, quase sempre, para mascarar a compra de votos, o que, além de afrontar elementares valores éticos, constitui-se em caracterizada ação criminosa. No caso do deputado mencionado, o financiamento não poderia ocorrer, pois, além de violar as finalidades da fundação – veja-se o absurdo – , teria que contar com a anuência do Ministério Público, que, de tudo já foi cientificado pela direção da Fipa para tomar as medidas que entender cabíveis.

A Fipa tem por finalidade, exclusivamente, promover cursos, simpósios, conferências e publicações de formação cívica, política, democrática, pluralista e republicana, além de promover a educação, fornecendo bolsas d estudo e material didático, preferencialmente a estudantes necessitados e de bom desempenho, assim como patrocinar pesquisas e cursos de caráter político e divulgar trabalhos relevantes em conformidade com os objetivos do social cristianismo e nada mais! Assim, fiel a seus propósitos e considerando o atual quadro político nacional, faz a diretoria da Fipa registrar que desaprova, enfaticamente, o número absurdo de cargos públicos – cerca de 25 mil! – de livre escolha e nomeação do governo federal. Se as funções são essenciais, promova-se o concurso público para o seu preenchimento pelos mais capazes; caso contrário, sejam extintos.

Desaprova, da mesma forma, o surpreendente número de ministérios – cerca de 37! – a estimular, como no caso anterior, o fisiologismo, em que a disputa do acesso às verbas milionárias de seus orçamentos, dando causa a seguidos escândalos que espoucam a todo instante.

Por derradeiro, na busca da moralização dos costumes políticos, defende, ardorosamente, a aplicação da “ficha limpa” em todos os níveis, como único meio de sanear a vida pública, infestada pela presença de ineptos e ate condenados pela Justiça em cargos da maior responsabilidade. É tempo de se dar, a tudo isso, um definitivo basta.”
(MAURÍCIO ALEIXO, Presidente do Instituto Pedro Aleixo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Diretor do máster em jornalismo, professor de ética e doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Juventude seqüestrada

O crescimento da Aids, o aumento da violência e a escalada das drogas castigam a juventude aqui e na velha Europa. A crise econômica, dramática e visível a olho nu exacerba o clima de desesperança. Para muitos jovens, os anos de adolescência serão os mais perigosos da vida. Desemprego, gravidez precoce, aborto, doenças sexualmente transmissíveis, Aids e drogas compõem a trágica equação que ameaça destruir o sonho juvenil e escancarar as portas para uma explosão de violência. A juventude não foi preparada para a adversidade. E a delinquência e, frequentemente, a manifestação visível da frustração.

A situação é reflexo de uma cachoeira de equívocos e de uma montanha de omissões. O novo perfil da delinquência é o resultado acabado da crise da família, da educação permissiva e do bombardeio de setores do mundo do entretenimento que se empenham em apagar qualquer vestígio de valores. Tudo isso, obviamente, agravado e exacerbado pela crise econômica e a ausência de expectativas.

Se a crescente falange de adolescentes criminosos deixa algo claro é o fato de que cada vez mais pais não conhecem os próprios filhos. Não é difícil imaginar em que ambiente afetivo se desenvolvem os integrantes das gangues juvenis. As análises dos especialistas esgrimem inúmeros argumentos politicamente corretos. Fala-se de tudo. Menos da crise da família. Mas o nó está aí. Se não tivermos a firmeza de desatá-lo, assistiremos, acovardados e paralisados, a uma espiral de violência sem precedentes.

Certas teorias no campo da educação, cultivadas em escolas que fizeram uma opção preferencial pela permissividade, também estão apresentando um amargo resultado. Uma legião de desajustados, crescida à sombra do dogma da educação não traumatizante, está mostrando sua face criminosa. Ao traçar o perfil de alguns desvios da sociedade norte-americana, o sociólogo Christopher Lach (autor do livro A rebelião das elites) sublinha as dramáticas consequências que estão ocultas sob a aparência da tolerância: “Gastamos a maior parte da nossa energia no combate à vergonha e à culpa, pretendendo que as pessoas se sentissem bem consigo mesmas.” O saldo é uma geração desorientada e vazia. A despersonalização da culpa e a certeza da impunidade têm gerado uma onde de superpredadores.

O inchaço do ego e ao emagrecimento da solidariedade estão na origem de inúmeras patologias. A forja do caráter, compatível com o clima de verdadeira liberdade, começa a ganhar contornos de solução válida. A pena é que tenhamos de pagar um preço tão alto para redescobrir o óbvio.

O pragmatismo e a irresponsabilidade de alguns setores do mundo do entretenimento estão na outra ponta do problema. A era do mundo do espetáculo, rigorosamente medida pelas oscilações do Ibope, tem na violência uma de suas alavancas. A transgressão passou a ser a diversão mais rotineira de todas. A valorização do sucesso sem limites éticos, a apresentação de desvios comportamentais num clima de normalidade e a consagração da impunidade têm colaborado para o aparecimento de mauricinhos do crime.

A transformação da internet num descontrolado espaço para a manifestação de atividades criminosas (a pedofilia, o racismo e a oferta de drogas, frequentemente presentes na clandestinidade de alguns sites, desconhecem fronteiras, ironizam e ameaçam o Estado de direito democrático) está na origem de inúmeros comportamentos patológicos.

É preciso ir às causas profundas da delinquência. Ou encaramos tudo isso com coragem ou seremos tragados por uma onda de violência jamais vista. O resultado final da pedagogia da concessão, da desestruturação familiar e da crise da autoridade está apresentando consequências dramáticas na Europa. Escarmentemos em cabeça alheia. Chegou para todos a hora de falar claro. É preciso pôr o dedo na chaga e identificar a relação que existe entre o medo de punir e os seus efeitos antissociais.”

Eis, pois, mais páginas contendo GRAVES, PERTINENTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para as grandes TRANSFORMAÇÕES em curso no PAÍS e no mundo, a desafiar TODAS as nossas ESTRUTURAS tanto EDUCACIONAIS, como INSTITUCIONAIS, SOCIAIS, POLÍTICAS, de SAÚDE, ECONÔMICAS, AMBIENTAIS, de SEGURANÇA PÚBLICA, SEGURANÇA ALIMENTAR e NUTRICIONAL, de EMPREGO, TRABALHO e RENDA, de ASSISTÊNCIA SOCIAL...

São, portanto, GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 20124, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A CIDADANIA, A LIDERANÇA E A GESTÃO NA EDUCAÇÃO, QUE É DE OURO

“A liderança na gestão educacional

No século 21, a gestão tornou-se tema de grandes debates no cenário mundial, principalmente no setor de educação, em que as ações, iniciativas e projetos focados nesse desenvolvimento ainda são insuficientes. Precisamos avançar a passos largos no Brasil, se quisermos alcançar a sonhada excelência educacional.

Pensar em gestão na área é não negligenciar questões fundamentais, como liderança, planejamento estratégico, valores, processos, metas, informações e, essencialmente, as pessoas, sejam profissionais, alunos, família, parceiros e até mesmo o poder público. Somente a análise desse conjunto de fatores mostra a realidade escolar e ressalta o papel dos gestores em sala de aula.

Quantos de nós conhecemos escolas ou secretaria de Educação que contam com infraestrutura e pessoas necessárias para fazer uma história de sucesso e, no entanto, não conseguem obter resultados satisfatórios na aprendizagem dos estudantes por causa de um gestor que não se compromete com o ensino e considera sua considera sua função puramente burocrática?

A liderança deve ser praticada diariamente no segmento educacional, sendo preciso se reinventar em todos os momentos, trocar velhas crenças e instituir novos métodos. Um verdadeiro líder possui características peculiares e aos poucos se transforma em um exemplo de inspiração para as pessoas. Esse profissional coloca a mão na massa e não apenas ordena a execução de tarefas.

Liderar pela motivação das pessoas também é qualidade indispensável ao líder. Mandar e fiscalizar emitindo a sensação de comando e controle não é a força motriz para que a circunstância realmente mude. Delegar mais e interferir menos torna a equipe cada vez mais autônoma e responsável.

O bom líder vive conforme os preceitos éticos da sociedade e da instituição em que atua. Ao longo dos anos, adquire uma visão sistêmica e não fragmentada do trabalho, averigua o ambiente e considera cada item que o compõe, porque uma gestão de liderança está sempre em busca de soluções e não de levantar problemas (ou culpados). Por receio de não ser popular, fingir que nada está acontecendo, postergar uma decisão ou considerar que o universo definirá os dilemas nada resolve. Um líder encara a situação e considera as diferentes possibilidades com agilidade e simplicidade.

As pessoas ao redor do líder devem estar envolvidas com a missão e a visão institucional, sentir-se protagonista das contribuições singulares e não meros executores, afinal o reconhecimento é a força motriz para aumentar o desempenho. Ouvir, absorver e gerenciar as expectativas, satisfações e idéias é fundamental na tomada de decisões.

Estabelecer um canal aberto para renovações e enxergá-las como oportunidade faz toda a diferença. O líder deve ser o primeiro a acreditar que as modificações são necessárias para o ritmo que o planeta hoje impõe e para fazer ajustes de percurso, afinal mirar no futuro e inovar são atividades contínuas. Para exercer uma gestão com liderança ainda é imprescindível conhecer os fundamentos da educação e ter como base três premissas básicas, citadas por um dos grandes executivos norte-americanos, Jack Welch: senso de humor, prazer no trabalho e entusiasmo.”
(VIVIANE RAQUEL RIBEIRO, Gerente de projetos do Projecta – melhor escola, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de OLAVO MACHADO, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Sistema Fiemg), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Educação de ouro

O Worldkills Competition, maior torneio de educação profissional do mundo, acaba de confirmar o elevado estágio em que se encontra o ensino profissionalizante no Brasil. Criado há 61 anos, o torneio é realizado a cada dois anos, reunindo alunos e profissionais de até 23 anos, de todo o mundo, que trocam experiências e conhecimentos técnicos e tecnológicos. Na 41ª da competição, no começo do mês, em Londres, alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), instituição integrante do Sistema Indústria, conquistaram seis medalhas de ouro, três de prata, duas de bronze e sete certificados de excelência.

É uma vitória de peso, obtida numa competição com 944 alunos de cursos técnicos de 51 países. Com os resultados obtidos pelos estudantes brasileiros, inclusive do Senai de Minas Gerais, o Brasil ficou à frente do Japão, Suíça, Cingapura e de inúmeros outros países desenvolvidos – o maior número de medalhas foi para a Coreia do Sul. O Brasil foi representado por 28 estudantes – 23 do Senai e cinco do Senac –, que competiram em 25 ocupações. A boa notícia, além das medalhas conquistadas, é que o WorldSkills de 2017 poderá ser realizado no Brasil, conforme proposição do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

Na verdade, o compromisso com a educação está no DNA da indústria brasileira, como resposta a grandes desafios, e foi isso, com certeza, que levou o nascente setor dos anos 1940 a criar o Sesi e o Senai. Primeiro o Senai, em 1942, no auge da Segunda Guerra Mundial. Sua missão: formar mão de obra qualificada para atender a incipiente indústria de base, convocada a fabricar, aqui, produtos para substituir importações inviabilizadas pela guerra e também para abastecer países aliados. O Senai nasceu para servir à indústria, que o criou, e também ao país. Quatro anos depois, nascia o Sesi, para ser o braço social da indústria brasileira, preocupada com a qualidade de vida do trabalhador, de sua família e, também, com a integração entre as empresas industriais e a sociedade. Por sua história, missão e valores, o Sesi está, com certeza, na origem e na raiz da moderna responsabilidade social empresarial, que hoje, mais de seis décadas depois, mobiliza a preocupação da população mundial.

Desde sempre mantidos financeiramente pelas próprias empresas industriais e geridos pelo Sistema Indústria – em Minas, pela Fiemg –, segundo valores de competência, eficácia e eficiência próprios da iniciativa privada, o Senai e o Sesi apresentam números expressivos. O Senai coloca à disposição dos industriários, e da comunidade mineira, 86 unidades fixas em 72 municípios e 31 unidades móveis, 30 laboratórios de prestação de serviços para a indústria, 122 mil matrículas até setembro de 2011 e 209.557 atendimentos em serviços técnicos e tecnológicos às empresas. O Sesi está presente em 73 municípios mineiros, com 94 unidades, 14.502 alunos (ensino regular), 11.372 (Ensino de Jovens e Adultos), 4.303 (educação continuada), 870 (ensino articulado Sesi/Senai e 23.892 em suas escolas de esporte.

Este ano, dois novos e importantes projetos foram iniciados. O programa Escola Móvel Sesi/Senai, com o objetivo de resgatar a antiga e tão bem-sucedida prática de ensinar aos jovens brasileiros a arte do ofício, que, historicamente, sempre foi a melhor porta de entrada para o mercado de trabalho – muitos, depois, se formavam em cursos superiores, outros se desenvolviam na própria profissão. O que o projeto Escola Móvel se propõe a fazer é exatamente formar mão de obra profissional básica para a inclusão imediata dos alunos no mercado de trabalho, desenvolvendo habilidades que lhes possibilitem gerar renda. Do ponto de vista do estado e de sua economia, o objetivo é contribuir para reduzir a carência de mão de obra qualificada, aumentando a capacidade de produção e estimulando o desenvolvimento social no entorno das indústrias, atendendo jovens e adultos em localidades carentes e se constituindo, portanto, em eficaz instrumento de transformação e inclusão social.

O segundo projeto, igualmente importante, é a parceria entre o Senai e o Cetec, da qual resulta a criação do mais avançado centro de desenvolvimento tecnológico do Brasil: o Cetec-Senai. É, com certeza, a união de dois gigantes na área da inovação, do desenvolvimento tecnológico, da formação e qualificação de recursos humanos em nível de excelência. É, também, um trabalho que está em pleno andamento e se apóia, sobretudo, na valorização do capital humano do Cetec e do Senai, patrimônio de valor incalculável constituído por técnicos e cientistas que se destacam entre os mais qualificados do país. O compromisso maior, sempre, é com a competitividade de Minas Gerais e de sua indústria.”

Eis, pois, mais páginas contendo EXPRESSIVAS, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para as grandes TRANSFORMAÇÕES que o PAÍS e o mundo vivem, tornando IMPERIOSA e URGENTE a PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossa POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODOS os setores da vida nacional, numa parceria PROMÍSCUA entre DINHEIRO PÚBLICO x INTERESSES PRIVADOS;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, a exigir COMPETÊNCIA e TRANSPARÊNCIA no seu CONTROLE, já atingindo o ASTRONÔMICO montante de R$ 2 TRILHÕES...

Sabemos que são GIGANTESCOS DESAFIOS, mas NADA, absolutamente NADA, ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A CIDADANIA, A HEGEMONIA DA EDUCAÇÃO E A PRIORIDADE DA ÉTICA

“Tributo ao professor

A criança levanta de manhã, veste seu uniforme, coloca a pasta cuidadosamente arrumada nas costas, carrega a tiracolo a merendeira preparada com carinho pela mãe e dirige-se à escola. O adolescente despensa da cama, ajeita o cabelo e a blusa do colégio, joga a mochila carregada de livros, cadernos escolares e deveres de casa sobre os ombros e vai para a escola. O adulto, depois de um dia extenuante de trabalho, reúne os textos, as anotações e os livros, respira fundo e encara mais uma jornada, certamente prazerosa e sobretudo necessária, nos bancos da escola. Todos eles têm em comum, a figura do professor diariamente presente em suas vidas. Independentemente da classe social, etnia ou credo, sem considerar ganho mensal ou qualquer tipo de predição, o cidadão tem garantido, constitucionalmente, o direito de acesso à educação de qualidade. Nos últimos 10 anos, a sociedade assistiu a um aumento do número de matrículas em cursos de ensino superior em instituições privadas de ensino, de estudantes pertencentes às classes menos favorecidas.

Todos têm um anseio: aprender. O professor é, em todas essas histórias, o protagonista. É o professor que se propõe, a despeito de toda a tecnologia que permite o acesso a bilhões de terabytes de informação, a desfazer o emaranhado de conceitos e de ideias pertencentes ao senso comum nas mentes de estudantes. É o professor que divide com uma turma repleta de pessoas de todos os tipos, suas crenças e convicções, certezas e, acima de tudo, incertezas sobre o que passou e o que está ainda por vir. É o professor que se compraz em assistir, diariamente, ao momento mágico de insight do aluno, instante em que o olho brilha, a dúvida se desfaz e a aprendizagem acontece. É o professor que tem o privilégio de ver nascer um conceito, uma ideia que faça sentido, que tenha significado para aquele que aprende. É o professor que tem a alegria de poder cativar diariamente crianças, jovens e adultos sedentos por conhecimento e, muitas vezes, carentes de modelos de conduta e retidão. O professor tem o dever de ensinar ao aluno que fazer perguntas é mais valioso do que saber respostas, pois são as perguntas que fazem o mundo evoluir.

Acima de tudo, o professor deve conscientizar-se da importância do seu papel de educador na formação de seres humanos. O professor tem uma vantagem ímpar: estar cercado, diariamente, de mentalidades absolutamente novas e arejadas e, por isso, poder renovar-se a cada ano. Estar conectado com o que há de mais atual no gênero humano é fabuloso. Compartilhar o que se sabe é humanizar-se à medida que se humaniza o outro. Faz-se necessário, portanto, enaltecer a figura daquele que contribui, invariavelmente, para o aprimoramento de pessoas, nos âmbitos cognitivo, emocional e relacional. É preciso valorizar quem tem a nobre missão de formar a futura parcela economicamente ativa de um país que almeja ingressar no concerto das nações desenvolvidas. É imperioso reconhecer o professor como agente de transformação da sociedade que queremos um dia”
(JOÍSA DE ABREU, Coordenadora pedagógica do Colégio Magnum Cidade Nova, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 14 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A prioridade da ética

Dois tipos de manifestações estão surgindo no coração da sociedade como reclamações urgentes. De um lado, estão se encorpando os protestos contra a corrupção. Não se pode calar diante de desmandos e de atos que corroem o bem de todos. Por outro lado, cresce a reclamação diante da avalanche legislativa enlouquecedora. Noticia-se que, nas últimas duas décadas, 4,2 milhões de leis foram criadas no Brasil. O grande número, junto com as dificuldades de interpretação que podem ser explicadas pela predominância de um texto excessivamente rebuscado, prejudica o usufruto da legislação. Também dificulta o próprio respeito às regras pelos cidadãos.

Apesar de todo esse arcabouço legislativo, sente-se falta de procedimentos legais que regulamentem esferas de grande importância para a vida em sociedade e possam garantir a indispensável transparência, remédio contra a corrupção. Por exemplo, pergunta-se por que está para a tramitação da lei de transparência que obriga o governo a divulgar as informações sobre a execução de contratos com empresas privadas. Sem uma resposta, é possível concluir que o sistema tem leis em abundância, mas, ao mesmo tempo, carece de regulamentação. Uma necessidade evidente ao se considerar a complexa e múltipla realidade contemporânea, com suas marcas globais e com suas múltiplas possibilidades de intercâmbio e participação.

Voltando, no entanto, ao movimento de combate à corrupção, contracenando com a avalanche legislativa, um desafio para a interpretação e a prática, parece sempre oportuno remeter a reflexão à questão da ética. Ora, não se pode dispensar o foro privilegiado da consciência presidindo condutas, garantindo respeito aos direitos, o sentido de legalidade e a exigência primeira de fidelidade à verdade, à justiça e ao amor. Não se pode pensar que toda a estrutura legislativa por si só será suficiente para a conquista da transparência e o combate à corrupção. É preciso priorizar a dimensão ética. A relativização dessa prioridade nos processos formativos, de diferentes níveis e para os diversos públicos, certamente compromete o exercício da cidadania.

O raciocínio é que a formação técnica, por exemplo, para atender demandas do mercado de trabalho, com suas diferentes expertises –, possibilidades interessantes e indispensáveis – não pode ser considerada como suficiente. A ética é uma aprendizagem necessária que precisa ser priorizada no contexto sociopolítico contemporâneo. É composição insubstituível na configuração dos processos educativos. Não se consegue manter o controle apenas porque existe uma lei. As leis são muitas, mas o respeito à legislação não tem sido proporcional à conta amarga que se paga pelos atentados contra o erário e a vida, não raramente de modo irreversível.

Há um núcleo que precisa ser cuidado. É o núcleo recôndito da consciência. A formação da consciência é uma demanda fundamental. Do contrário, mesmo com as leis – tantas gerando dificuldades de interpretação, execução e, consequentemente, respeito – se legislará sempre mais e se avançará sempre muito pouco. Será mais difícil a conquista da dignidade, do decoro ético e do apreço a uma conduta pautada pela verdade, fiel à palavra dada, aos valores e princípios básicos.

O sucateamento da educação – particularmente no âmbito da escola pública –, que ocorre junto com o avanço da dependência química, da violência, do atentado contra a vida – entre outros horrores –, assim como a crise na vida familiar e profissional, não será revertido sem que a ética se torne prioridade. Não se trata apenas de apresentação de narrativas sobre valores e princípios. O investimento se refere à opção fundamental de cada indivíduo.

Uma decisão que brota do centro da personalidade, do coração – com força de condicionar todos os outros atos, com uma densidade tal que, abrangendo totalmente a pessoa, orienta e dá sentido à sua vida. Essa opção fundamental é a expressão básica da moralidade, que se aprende e se cultiva. Não se localiza simplesmente do lado de fora, na objetividade legislativa ou nos indispensáveis mecanismos de controle. Há uma vida moral que precisa ser sempre almejada e pode ser conquistada, quando a ética torna-se prioridade.”

Eis, portanto, mais páginas contendo RICAS, GRAVES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES, que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de uma profunda TRANSFORMAÇÃO nos pensamentos e práticas transmitidos até agora, buscando a PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODOS os setores da vida nacional, numa ESPÚRIA parceria DINHEIRO PÚBLICO x INTERESSE PRIVADO;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, consumindo, a título de ENCARGOS, o montante ASTRONÔMICO que já ultrapassa os R$ 200 BILHÕES nos últimos DOZE meses...

E, pela frente, DESAFIOS GIGANTESCOS para a transposição para o mundo dos DESENVOLVIDOS, que exigem VULTOSAS somas dos já PARCOS recursos disponíveis: INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos), EDUCAÇÃO, SAÚDE, CULTURA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, PESQUISA E DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO, ASSISTÊNCIA SOCIAL, ESPORTE, LAZER, MEIO AMBIENTE, MOBILIDADE URBANA, LOGÍSTICA, SEGURANÇA PÚBLICA, ENERGIA, SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto TRATADO, resíduos sólidos TRATADOS, macrodrenagem urbana), ABASTECIMENTO, RENDA, TRABALHO e EMPREGO...

Mas, NADA, absolutamente NADA, ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A CIDADANIA EM BUSCA DA ÉTICA, DA TRANSPARÊNCIA E DA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

“Rumo à moralidade

Uma possível análise mostra que a sociedade brasileira encontrava-se em estado de letargia diante da corrupção. Talvez por certo cansaço de lutar contra um mal que tem força hercúlea. No entanto, recentemente, muitos brasileiros se levantaram e foram às ruas para protestar contra o descalabro da corrupção, particularmente na Festa da Independência, inconformados ao ver a corrosão do erário. A tristeza da malsversação de recursos ante as urgências de modernização e a ausência de melhor e mais adequada infraestrutura no atendimento de necessidades básicas como a saúde, o transporte e a habitação perpetuam cenários de déficits comprometedores para o futuro dessa sociedade.

Essa indignação tem razões variadas. Não pode ser outro o sentimento e a conduta senão de repulsa quando se considera a escalada sem igual de escândalos de corrupção e absurdos de imoralidades. Seja a permissividade pela relativização de valores morais, seja pela ganância. O sistema político está atingido frontalmente pela sucessão de escândalos. Por isso mesmo, a reação – que vem como um grito – rejeita as cores partidárias. O partidário muitas vezes, quando na oposição, faz frente à corrupção empunhando a bandeira da transparência e noutra ocasião acoberta situações absurdas.

Os atuais movimentos nos remetem a outros fatos, como a conquista da Lei da Ficha Limpa, de iniciativa popular, vergonhosamente desrespeitada por instâncias do poder, em absolvições coniventes. A indignação não pode ser usada como bandeira eleitoral, cobertura para camuflagens e para perpetuar o discurso inócuo da demagogia. Essa aversão precisa se configurar como indignação sagrada, entendida como aquela que corria no sangue dos profetas de Israel, na condição exemplar de Isaías. Sua veemente crítica social nada tem a ver com um discurso panfletário qualquer que aponta os outros como responsáveis ou profetiza a mudança profunda e radical apenas nas estruturas e nas configurações institucionais.

O início de sua profecia, capítulo primeiro, “vosso país está arrasado, vossas cidades destruídas pelo fogo, e as terras, bem diante dos vossos olhos, devoradas por estrangeiros”, remete à solução, iluminada pela claridade do entendimento da realidade, a uma consciência individual que se desdobra no âmbito social e político. Essa consciência alavanca uma conduta social sustentada pela moralidade. Uma configuração indispensável para se vencer a corrupção. Isaías, então, diz: “Lavai-os, limpai-os, tirai da minha vista as injustiças que praticais. Parai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido, fazei justiça para o órfão, defendei a viúva”.

A conduta ética e transparente é o segredo para que a indignação ganhe lastro de transformação radical nas dinâmicas da sociedade que precisa se livrar de todo tipo de corrupção. O segredo é, pois, pela moralidade que delineia a conduta de cada um. Configuração que alimenta e exige o sentido de respeito em todas as circunstâncias. Uma superação desse mundo de mentiras e enganos que vão construindo situações e circunstâncias que são, na verdade, apenas um faz de conta.

A corrupção se combate com a superação de toda mentira e enganação. Essa indignação precisa ganhar corpo com práticas individuais e coletivas que possam substituir o interesse espúrio pela transparência e sinceridade. Nessa hora, somos chamados a cultivar valores e princípios. E também a retomar o sermão da montanha, diariamente, como oração e meditação, capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus. Será, sem dúvida, um grande exercício de correção e conversão que pode, com êxito, fazer desse movimento dos brasileiros um caminho rumo à moralidade.”
(DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de setembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na Revista VEJA - edição 2235 – ano 44 – nº 38, 21 de setembro de 2011, página 98, de autoria de CLAUDIO DE MOURA CASTRO, que é economista, e merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Ensino médio com sabor de jabuticada

Ainda que tardiamente, universalizamos o ensino fundamental. O ensino médio parecia ir pelo mesmo caminho, mas encruou. Pior, muito antes de atingir uma cobertura aceitável, está encolhendo. Some-se a isso o fato de que os alunos aprendem pouquíssimo. É hoje o nível que traz mais perplexidades. Nossos alunos têm um nível médio de compreensão de leitura equivalente ao de europeus com quatro anos a menos de escolaridade. Ademais, a sua variedade é imensa. Alguns são tecnicamente analfabetos ao entrar no médio. Mas há os geniozinhos de Primeiro Mundo. Uns gostam de teatro, outros de química. Uns de equações do terceiro grau, outros de música. Uns aprendem rápido, outros ainda precisam aprender a ler!

Em busca de inspiração, quem sabe, damos uma espiada no que fazem os outros países? Uma viagem pelos mais avançados vai mostrar dois modelos de organização de ensino médio. Na Europa, o modelo dominante lida com a variedade de interesses e competências dos alunos, mediante a criação de alternativas escolares para cada perfil. Por exemplo, na França há cursos profissionalizantes que dão e que não dão acesso ao superior, sem abrir mão da profissionalização. E há os cursos que levam ao baccalauréat (bacharelado), com vários sabores: os futuros poetas evitam as matemáticas, outros chafurdam nas equações, uns são mais difíceis, outros menos recheados de teorias.

No modelo americano, todos frequentam a mesma escola, mas há uma variedade estonteante de disciplinas, ao gosto do freguês, seja no assunto, seja no nível de dificuldade. Cada um faz seu currículo. E como é a escola que oferecemos? Tomamos o currículo fixo das escolas europeias e a alternativa da escola única dos americanos. Ou seja, escola única com currículo único. E, se só existe no Brasil e não é jabuticaba, será que pode prestar? É estarrecedor que não se critique essa aberração.

Alvíssaras, o MEC pensa em diversificar o ensino médio. Mas como? Há quinze disciplinas obrigatórias (mais o inglês, inevitável). A lei não tirar nenhuma delas. O campo de manobra é ridiculamente estreito para fazer algo parecido com o que existe na França (ou com o que já tivemos). Só dinamitando a legislação tacanha que criou essas reservas de mercado para professores disso ou daquilo. São plausíveis as justificativas de cada disciplina. O problema é que, somadas, elas criam um monstrengo grotesco.

Mas é ainda pior, pois, como se pode ver nos livros, há assuntos demais, dentro de cada disciplina, como se todos fossem gênios e o tempo de aula fosse o dobro. Como nos diz a teoria cognitiva – e Whitehead, lá nos idos de 19l7 –, o que quer que se ensine tem de ser em profundidade. Com a inundação de conteúdos, nada se aprende, mas de tudo se ouve falar. Sabemos que só se aprende quando se aplica, mas falta tempo para lidar com exemplos, projetos e pesquisas. Sem isso, nada feito. Soma-se ao desastre uma jornada escolar excessivamente curta, além das greves e do mau uso do tempo. Aqui não dá para falar do ensino técnico, que soma enguiços e mais mil horas em um currículo já sobrecarregado.

Não bastasse isso, ainda há o vestibular, com perguntas dificílimas, magnetizando o ensino, mesmo daqueles que não pretendem fazê-lo. Para piorar, muitos professores não têm preparação mínima para a disciplina ensinada. Como consertar isso? Vejamos uma dieta mínima, ainda que politicamente impopular: 1 – limitar dramaticamente as disciplinas obrigatórias, ficando o português, matemática e pouco mais; 2 – redefinir as ementas, de forma que as exigências sejam explícitas e estejam ao alcance do aluno real; 3 – variar os níveis de exigência, de acordo com o perfil dos alunos; 4 – diversificar, para atender às preferências dos alunos, pela oferta de “sabores” diferentes (humanidades, ciências naturais, biológicas etc.); 5 – enfatizar a aplicação das teorias em projetos e exercícios práticos (impossível com o dilúvio curricular de hoje). Note-se que não é profissionalização; 6 – simplificar o acesso e mesmo encorajar excelentes profissionais sem licenciatura a ensinar as matérias afins à sua (engenheiros, médicos, advogados, farmacêuticos etc.); 7 – aumentar a jornada escolar, em pelo menos uma hora, para todos os alunos da escola, não apenas para um grupelho.”

Eis, pois, mais páginas contendo RICAS, GRAVES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA viligância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODOS os setores de nossa SOCIEDADES;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, que já atinge a ASTRONÔMICA cifra de R$ 2 TRILHÕES...

Assim, é mesmo INÚTIL lamentarmos a FALTA DE RECURSOS para fazer frente à nossa precária INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos etc.), e mlhoria e QUALIDADE de nossa EDUCAÇÃO, SAÚDE, além de SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto TRATADO, lixo TRATADO, macrodrenagem PLUVIAL), MEIO AMBIENTE, MOBILIDADE URBANA, ENERGIA, COMUNICAÇÕES, SEGURANÇA PÚBLICA, ASSISTÊNCIA SOCIAL, ABASTECIMENTO...

São, e bem sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO, nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO, e mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDADES SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012, a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do Século 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, IGUALDADE – com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A CIDADANIA E UM OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SEUS PROBLEMAS

“Um olhar sobre a educação brasileira e seus problemas
Nossa taxa de reprovação é das maiores do mundo

A educação brasileira, como instrumento de elevação espiritual, conquista da cidadania e habilitação profissional, passa por um momento especial, jamais vivida em nosso país. Na verdade, a educação de 3º grau, que apresentou notável expansão quantitativa nos últimos dez anos, ainda não nos colocou no patamar dos países mais desenvolvidos e ainda não nos igualou a países americanos como a Argentina, o México, o Chile e o Uruguai.

Na faixa etária própria, temos menos jovens cursando o grau universitário que aqueles vizinhos, com maior tradição e investimentos no ensino do 3º grau. Ao mesmo tempo, das vagas oferecidas, 2/3 estão em instituições privadas, e os instrumentos do Fies e do Prouni, apesar de relevantes e inovadores, ainda não conseguiram colocar no setor privado de ensino uma massa expressiva de alunos carentes, oriundos da nova classe média que emerge da pobreza.

As cotas para minorias, a dilatação dos prazos do Fies e a redução drástica dos seus juros futuros (e sua eliminação, no caso do magistério) são passos importantes a serem complementados com novas ações, nas quais registro o notável avanço do ensino à distância, tanto no setor privado, como através da Universidade Aberta do Brasil.

Ao se examinarem o conjunto de cursos e áreas de conhecimento a que se dedicam, verificamos que a área tecnológica fica esquecida, criando-se um vazio na oferta de mão de obra qualificada em setores sensíveis e imprescindíveis ao desenvolvimento sustentável do país. Obras civis, comunicações e informática são alguns setores que sofrem com tal carência de profissionais competentes.

No curso de engenharia – e já temos quase 30 especializações no mercado –, formamos apenas 5% ou 10% do total de bacharelandos em países como a Coreia do Sul, China, Índia ou EUA. A prova ABC divulgada neste mês, mostra que 58% dos alunos do 3º ano do ensino fundamental não conseguem resolver problemas básicos de matemática. E, infelizmente, a rede pública apresenta piores resultados; só 43% dos seus alunos aprenderam o esperado em matemática, contra 74% dos estudantes do sistema particular de ensino.

Em testes de leitura e escrita, esse quadro se repete, comprometendo a escola pública, que tem poucas exceções em termos de alta qualidade no ensino. Se não conseguimos romper ainda barreiras como o desenvolvimento pleno da leitura, escrita e da reflexão, que permeia o entendimento científico, é porque falhamos na metodologia, na comunicação ou exposição do conhecimento, provavelmente porque o magistério nunca teve entre nós o valor atribuído a outras profissões ou áreas de atuação.

O mais novo passo do Ministério da Educação pode levar a uma transformação radical em nossa escolas; trata-se de eliminar a repetência até o 3º ano do ensino fundamental, substituindo-a pelo reforço escolar sistemático, a aplicação de mais avaliações periódicas e maior acompanhamento em disciplinas mais complexas.

Em países como o Japão, esse modelo tem obtido sucesso e já temos escolas onde a repetência só ocorre em ciclos maiores, criando espaço para o reaprendizado e o reforço escolar. Nossa taxa de reprovação de 11% é das maiores do mundo e esse é o caminho mais curto para a evasão escolar, de consequências dramáticas para a nossa juventude.

Neste momento, acreditamos que o grande passo é nos voltarmos para o professor, para que ele seja bem-remunerado, socialmente respeitado e admirado como pilar do processo educacional brasileiro.”
(ALOISIO T. GARCIA, Ex-secretário da Educação de Minas Gerais e secretário geral da Academia Mineira de Letras, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 10 de setembro de 2011, Caderno O. PINIÃO, página 18).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na Revista VEJA – edição2234 – ano 44 –nº 37, de 14 de setembro de 2011, página 24, de autoria de LYA LUFT, que é escritora, e merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Educação: reprovada

Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu apenas tente ser uma observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos, ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que encantam particularmente. Uma das grandes preocupações de qualquer ser pensante por aqui é a educação. Fala-se muito, grita-se, escreve-se, haja teorias e reclamações. Ação? Muito pouca, que eu perceba. Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.

Há coisa de trinta anos, eu ainda professora universitária, recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas pelas providências negativas: tiraram um ano de estudo da meninada, tiraram latim, tiraram françês, foram tirando a seriedade, o trabalho: era a moda do “aprender brincando”. Nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Contaram-me recentemente que em muitas escolas não se deve mais falar em “reprovação”, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marcá-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar?

De todos os modos facilitamos a vida dos estudantes, deixando-os cada vez mais despreparados para a vida e o mercado de trabalho. Empresas reclamam da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, médicos e advogados quase não sabem escrever, alunos da universidade têm problemas para articular o pensamento, para argumentar, para escrever o que pensam. São, de certa forma, analfabetos. Aliás, o analfabetismo devasta este país. Não é alfabetizado quem sabe assinar o nome, mas quem o sabe assinar embaixo de um texto que leu e entendeu. Portanto, a porcentagem de alfabetização é incrivelmente baixa. Agora sai na imprensa um relatório alarmante. Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabe ler nem escrever. Não entende para o que serve a pontuação num texto. Não sabe ler horas e minutos num relógio, não sabe que centímetro é uma unidade de comprimento. Quase metade dos mais adiantados escreve mal, lê mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingente de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos.

Naturalmente, a boa ou razoável escolarização é muito maior em escolas particulares: professores menos mal pagos, instalações melhores, algum livro na biblioteca, crianças mais bem alimentadas e saudáveis – pois o estado não cumpre seu papel de garantir a todo cidadão (especialmente a criança) a necessária condição de saúde, moradia e alimentação.

Faxinar a miséria, louvável desejo da nossa presidente, é essencial para a nossa dignidade. Faxinar a ignorância – que é outra forma de miséria – exigiria que nos orçamentos da União e dos estados a educação, como a saúde, tivesse uma posição privilegiada. Não há dinheiro, dizem. Mas políticos aumentam seus salários de maneira vergonhosa, a coisa pública basta nem se sabe direito onde, enquanto preparamos gerações de ignorantes, criados sem limite, nada lhes é exigido, devem aprender brincando. Não lhes impuseram a mais elementar disciplina, como se não soubéssemos que escola, família, a vida sobretudo, se controem em parte de erro e acerto, e esforço. Mas, se não podemos reprovar os alunos, se não temos mesas e cadeiras confortáveis e teto sólido sobre nossa cabeça nas salas de aula, como exigir aplicação, esforço, disciplina e limites, para o natural crescimento de cada um?

Cansei de falas quandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada. Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça. Precisamos de atos e fatos, orçamentos em que educação e saúde (para poder ir à escola, prestar atenção, estudar, render e crescer) tenham um peso considerável: fora disso, não haverá solução. A educação brasileira continuará, como agora, escandalosamente reprovada.”

Eis, pois, mais páginas contendo GRAVES, PEDAGÓGICAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES, que acenam, entre outras, para a necessidade PREMENTE, INADIÁVEL e URGENTE inserção da EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE – como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS e, bem assim, diante da ‘FALTA DE RECURSOS’, PROBLEMATIZARMOS também questões CRUCIAIS, como:

a) a INFLAÇÃO;
b) a CORRUPÇÃO;
c) o DESPERDÍCIO, em TODAS suas MODALIDADES;
d) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, consumindo anualmente, à conta de ENCARGOS, algo em torno de R$ 200 BILHÕES...

Sabemos, e bem que QUESTÕES assim SANGRAM a nossa ECONOMIA, MINAM nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e AFETAM a nossa CONFIANÇA e APOIO, inibindo, entre outros DIVERSOS e IMPORTANTES componentes, a INOVAÇÃO, a CRIATIVIDADE, a PRODUTIVIDADE e a COMPETIVIDADE ao final...

Mas, NADA, NADA mesmo, ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADAN IA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDADES SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO DE 2014; a OLIMPÍADA DE 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A CIDADANIA, A CORRUPÇÃO, A EDUCAÇÃO E A RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIAS E ESCOLAS

“A corrupção tende a diminuir

Ao contrário do que diz o título, a impressão é que a corrupção só aumenta.a julgar pelo tenebroso escândalo no Ministério dos Transportes e por outros mais recentes. Nos últimos oito anos, elevou-se a percepção do fenômeno. No índice da Transparência Internacional (http://www.transparency.org/) o Brasil caiu da 45ª para a 69ª posição entre 2002 e 2010. Empatamos com Cuba e perdemos par Tunísia, Gana e Ruanda.

Uma explicação seria a maior capacidade de detectar a corrupção, que assim apareceria mais em vez de aumentar. Outra seria o maior loteamento de cargos. Indicações políticas podem levar bons quadros para o governo. Em excesso e sem cuidados, pescam gente sem valores e princípios sólidos, que pensa em se locupletar. A piora da corrupção, percebida ou real, não quer dizer que a degradação continue. A corrupção é inerente às organizações e às pessoas. O desafio é construir instituições e ter atitudes para reprimi-la.

A corrupção era endêmica no reinado de Ramsés II, o Grande, faraó egípcio (século XIII a.C.). Contribuiu para o declínio do Império Romano. Motivou a instituição do celibato pelo para Gregório VII (século XI). Ao se subordinarem aos reis, casarem e constituírem família, os padres se tornavam patrimonialistas e corruptos.

Na Europa dos séculos XVI a XVIII, vendiam-se funções públicas para que indivíduos influentes pudessem cobrar tributos para si mesmos. Monarcas corruptos concediam isenções tributárias e outros privilégios a nobres, comerciantes e juízes. Na França, segundo Francis Fukuyama, o governo “era privatizado em suas funções e as repartições se tornavam propriedade privada hereditária”. Processos semelhantes aconteciam na Espanha e na Inglaterra.

A corrupção infesta países em desenvolvimento sem boas instituições, mas também sobrevive nos desenvolvidos. No século XIX, era ampla nos Estados Unidos, como nas concessões de ferrovias. Nos anos 1970, o primeiro-ministro japonês Kakuei Tanaka e o vice-presidente americano Spiro Agnew renunciaram por aceitar propina. Entre 1994 e 1995, ministros belgas caíram com o escândalo Agusta-Dassault, da compra de helicópteros pelo Exército. Em julho passado, uma empresa do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi foi condenada por subornar um juiz na compra de um grupo editorial. Nas escutas ilegais do tablóide inglês New of the World, corromperam-se policiais da respeitada Scotland Yard.

Ao longo dos séculos, a corrupção diminuiu pela conjugação de avanços institucionais com intolerância da opinião pública. Cinco são os fatores básicos que explicam a mudança: (1) democracia, (2) Judiciário Independente, (3) serviço público profissionalizado, (4) imprensa livre e independente e (5) educação. Nos países em desenvolvimento, foram ainda importantes a privatização de empresas estatais e a eliminação do controle de preços e do licenciamento de importações. Mais recentemente, o arsenal inclui os avanços da tecnologia digital, que permite gravar cenas com câmeras e celulares, fazer escutas telefônicas legais e transmitir imagens pela internet.

Mesmo inconscientemente, o corrupto avalia custos e benefícios. O principal custo é mofar na cadeia; o benefício, enriquecer ilicitamente.Ele percebe os riscos quando há instituições e crenças na sociedade que permitem detectar e punir a corrupção. O Brasil está chegando a esse patamar. Já consolidamos a democracia e a imprensa livre. Cada vez mais detectamos a perversão, com a participação decisiva da imprensa. Os corruptos não ficam presos, mas já são expostos à opinião pública. Um novo avanço poderia ser a maior profissionalização do serviço público, incluindo a limitação substancial das indicações políticas. No governo federal, existem espantosos 25 000 cargos desse tipo.

Uma classe média crescente, mais educada e mais informada diminuirá muito a passividade dos brasileiros diante da corrupção, potencializando os respectivos inibidores institucionais e mentais. A melhoria não será súbita, pois tais mudanças são lentas e incrementais. Nem por isso esmoreçamos nem percamos a esperança. A corrupção tende a diminuir. Corruptos irão para a cadeia. É uma questão de tempo.”
(MAÍLSON DA NÓBREGA, é economista, em artigo publicado na Revista VEJA – edição 2229 – ano 44 – nº 32, de 10 de agosto de 2011, página 24).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, ano, número e data, páginas 116 e 117, de autoria de GUSTAVO IOSCHPE, que é economista,e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A tensa relação entre famílias e escolas

O sucesso é multivitelino e o fracasso é órfão. Na educação brasileira, não é diferente. Políticos, “o sistema”, o capitalismo, as elites, a herança escravocrata: cada pessoa tem o seu vilão. Mas os para os educadores brasileiros os culpados preferenciais são os pais dos alunos. Quando se perguntou, em pesquisa da Unesco, quais fatores influenciam a aprendizagem, o item campeão para os nossos professores foi “acompanhamento e apoio familiar”, mencionado por 78%. “Competência do professor” foi citado apenas por 32%; “gestão da escola”, por só 10%. Em livro de Tania Zagury, quando falam sobre a indisciplina do alunado, 44% dos mesmos apontam a “falta de limite” dos alunos como causa. Outros 19% são mais diretos e atribuem o problema à “falta de educação familiar”. A inabilidade do professor não é mencionada nem como hipótese. Em outro livro, A Escola Vista por Dentro, os pais também aparecem como culpados por seus filhos não fazerem o dever de casa, para mais da metade dos professores. No questionário dos professores da Prova Brasil, mais de 80% declaram o baixo aprendizado é “decorrente do meio em que o aluno vive”. Em estudo que deu origem ao livro Repensando a Escola, os pesquisadores escrevem o seguinte: “Chama atenção a frequência com que professores e diretores se referem à questão da família dos alunos: muito do que acontece de bom e ruim na escola é explicado pela origem familiar. Uma pergunta do tipo ‘como você avalia o nível de leitura dos alunos da 4ª série?’ é respondida da seguinte maneira: ‘eles são fracos, não sabem ler muito bem, não gostam de ler, porque em casa ninguém incentiva’”.

É compreensível que assim o seja. O establishment educacional brasileiro culpa os pais não apenas por serem pobres e não apoiarem suficientemente o aprendizado dos filhos – coisa que eles têm reais dificuldades para fazer, já que quase 60% têm ensino fundamental incompleto –, mas também por supostamente transferirem à escola tarefas que deveriam ser da família. A explicação é assim: nós, escola, não conseguimos alfabetizar porque precisamos devotar o tempo que seria do ensino para dar à criança tudo o que lhe falta em casa: afeto, lições de asseio, noções de respeito ao próximo e de ética, cidadania ou meio ambiente. Nossas escolas não conseguiriam realizar uma agenda “mínima” (transmitir conhecimentos e competências) porque estão assoberbadas com uma agenda máxima, que lhe seria imposta pela sociedade.

Essa leitura é duplamente esquizofrênica. Em primeiro lugar, porque os pais não defendem esse papel messiânico para as nossas escolas. Pelo contrário. Pesquisa CNT/Sensus perguntou explicitamente aos pais dos alunos da escola pública se eles preferiam uma escola que ensina a matéria e prepara profissionalmente o filho a uma escola que forma o cidadão. Venceu o grupo dos que querem o ensino das matérias e o foco no trabalho, com 56%. Em segundo, porque esses temas adicionais não são requisições da sociedade que os educadores precisam acatar. Pelo contrário. Os geradores das pressões para a expansão do universo escolar são os profissionais do setor. Porque muitos educadores e pedagogos são, na verdade, ativistas sociais em busca de uma causa. Seu objetivo é mudar o mundo, e os alunos são apenas um veículo. Na enquete da Unesco com os professores, “formar cidadãos conscientes” foi apontada como a finalidade mais importante da educação para 72%. “Proporcionar conhecimentos básicos” foi lembrada por apenas 9%. O resultado final da Conferência Nacional de Educação do ano passado, que filtrou as recomendações dos trabalhadores do setor, foi um documento com 677 (!) emendas aprovadas. (Este e outros documentos estão disponíveis em twitter.com/gioschpe.) É natural que o professor seja atraído à carreira pela possibilidade de conquistas que vão além do ensino. A diferença entre esses países e o Brasil é que lá a maioria dos professores entende que não há melhor maneira de “salvar” uma criança do que dando a ela ensino de qualidade. E, quando não existe essa compreensão, há governantes que arbitram compromissos entre os desejos da sociedade e dos professores em favor do bem social.

O lado mais cruel do nosso ciclo vicioso é que os pais, indiciados pelo fracasso de um sistema sobre o qual não têm responsabilidade, não apenas não se revoltam, como estão satisfeitos com a qualidade do ensino dos filhos. Em pesquisa do Inep, deram nota 8,6 à qualidade do ensino, ainda que o Ideb mostre que o ensino real não alcança a metade disso. Na CNT/Sensus, 63% deram conceito “positivo” à escola do filho e mais 31% “regular”. Se a escola é boa e o filho não aprende, então o culpado só pode ser o filho.

Completamos, assim, o circo dos horrores. As vítimas viram culpados, os aliados dos alunos viram seus algozes, aqueles que sobrecarregam o sistema são vistos como suas vítimas. Os profissionais da educação conseguiram criar o mito ideal para escapar às suas responsabilidades: não conseguem dar conta do mínimo porque a sociedade lhes exige o máximo, e não conseguem dar conta do máximo porque não há como atingi-lo quando “o meio” é tão hostil às virtudes do intelecto e da alma.

Se o país quiser prosperar, precisará de educação melhor. E, se quisermos educação melhor, precisaremos romper essas falácias e recomeçar o diálogo pais-família, baseado em premissas básicas. Primeira: num regime democrático, o povo é soberano, e cada pessoa sabe que tipo de serviço público deseja. Se a maioria da população quer uma escola que forme para o trabalho, essa é a educação que nossos governantes deveriam perseguir. A sociedade, e não os funcionários públicos, estabelece o norte. Segunda: a primeira função da escola é ensinar competências básicas, como ler e escrever. Mesmo que a sociedade venha a demandar uma educação para a formação do cidadão crítico e consciente, não é possível sê-lo enquanto analfabeto. Precisamos concordar em uma agenda mínima, a respeito da qual o insucesso, por parte da escola, é inaceitável. Terceira: algumas responsabilidades familiares são intransferíveis. Cabe aos pais dar aos filhos afeto, cuidar de sua saúde física e psicológica e transmitir-lhes noções elementares de ética e respeito ao próximo. Sim, eu sei, o mundo não é perfeito, e muitos pais – de todas as classes sociais – não cumprem com suas obrigações. Mas atenção: a falência dos pais não transfere ao professor essa responsabilidade. Seria tão absurdo transferir a professores a responsabilidade primeira por transmitir carinho e ética aos seus alunos quanto pedir aos pais que ajudem na alfabetização dos filhos. O estado tem médicos, assistentes sociais e policiais para lidar com os problemas mais graves causados pelos insucessos desses pais. Os menos graves, que afetam o foro íntimo de cada pessoa, não serão sanados por professores, mas talvez por psicólogos. Os professores não podem salvar o mundo. Primeiro porque ninguém lhes outorgou essa incumbência. E segundo porque, mesmo que quisessem, não conseguiriam. Precisamos convencer nossos professores de que transmitir os conhecimentos e capacidades intelectuais que darão ao jovem as condições de exercer plenamente o seu potencial não é um reducionismo, mas uma conquista superlativa. Como diz Felipe González, ex-premiê espanhol, “um outro mundo é possível. Mas este é manifestamente melhorável”.

P.S. – Um dos instrumentos que podem ajudar a mediar um diálogo mais produtivo entre pais e o sistema escolar é o projeto “Ideb na Escola”, defendido aqui nos dois últimos meses. Desde a última coluna, o sistema se espalhou em progresso geométrica, e já foi adotado pelo Rio de Janeiro e por Goiás. Leis tramitam em Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Manaus, Vitória, Búzios e Criciúma, entre outras. A equipe de Nizan Guanaes terminou o desenho das placas que devem adornar as entradas principais das escolas, material que está disponível no site http://www.idebnaescola.org.br/


A PLACA DA VERDADE Na montagem ao lado (página 117), a placa com as notas do Ideb na porta de uma escola: se a lei passar, isso se tornará realidade para todo o país, com ganhos enormes de transparência.”

Eis, pois, mais páginas contendo SÉRIAS, ADEQUADAS e GRAVES abordagens e REFLEXÕES que, entre outras assertivas, ACENAM a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de inserirmos a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE – como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossa POLÍTICAS PÚBLICAS, ao lado da PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a  INFLAÇÃO;
b) a CORRUPÇÃO;
c) o  DESPERDÍCIO;
d) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, cujos ENCARGOS e AMORTIZAÇÃO já beiram a casa dos R$ 200 BILHÕES...

São, sabemos, DESAFIOS GIGANTESCOS, que de forma alguma ABATE o nosso ÂNIMO e ARREFECE o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO, e mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente DEMOCRÁTICA: JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS – há ainda BRUTAIS e inaceitáveis DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...