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sexta-feira, 3 de junho de 2016

A CIDADANIA, A ENERGIA DO AMOR MAIOR E AS LUZES DO HUMANISMO

“Uma nova vida surge no planeta 
e é percebida por muitos
       Pouco compreendida foi a afirmação: “Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.” (João 6,53); Com a encarnação do Cristo há dois mil anos, a energia do Amor Maior, penetrou no mundo, atingindo até os seus níveis mais densos. Esse Amor aumentou grandemente a capacidade de a vida de superfície da Terra responder aos impulsos divinos. Não fosse isso, o mundo não poderia prosseguir em seu movimento evolutivo.
          Existe uma grande parcela de indivíduos que resistem ao contato com estas energias superiores. A elas Jesus disse: “Vim em nome de Meu Pai, mas não me recebeis.” (João 5,43). Mas aos que acolheram essas energias foi dito: “Conheceis o Espírito da Verdade, porque ele habita convosco e estará em vós.” (João 14,17).
          Hoje, a energia do Amor Maior volta a permear o mundo, de maneira especial, e brilhará ainda mais visivelmente do que o fez até agora. Conforme anunciado, “como brilha um relâmpago de uma extremidade do céu, até a outra, assim será com o Filho do homem no seu dia (dia de seu retorno).” (Lucas 17,24).
          Uma nova vida já se prenuncia no planeta, e pode ser percebida por muitos indivíduos. O campo para a semeadura está preparado, as sementes lançadas. É preciso apenas acolhê-las.
          Dentro de cada indivíduo vive uma Luz que luta por expressar-se, criada à imagem d’Aquele que sustém os universos. Mantém-se ocultada pelos véus da ilusão, mas tem a possibilidade de revelar-se na maioria por intermédio de cada expressão pura do Espírito. Reflete-se até mesmo nas rochas que espelham de forma visível a perfeição da criação divina.
          O mundo passa por convulsões, devido à agitação que se estabelece no planeta como um todo; em cada partícula que insiste em manter-se mas trevas, o bem se choca com o mal. Mas há sinais na terra, no ar, nas águas, no vento e nas folhas das plantas que tentam voltar-se à Luz.
          Portas abrem-se, revelando fronteiras distantes que um dia deverão ser cruzadas. Chispas de amor do coração do Pai incendeiam tudo o que tocam, mergulhando o universo numa luz infinita.
          Novos tempos marcam este Tempo; novas luzes prenunciam a Grande Luz. Promessas dos Céus aos indivíduos são agora cumpridas. Uma aurora de inefável beleza rasga o céu da Terra. Palavras não são capazes de revelar à pequenina consciência dos indivíduos a aproximação dessa grandiosa era de Paz.
          A redenção do planeta anuncia-se e quando mais plenamente realizada, permitirá à humanidade uma existência harmoniosa, de paz e de serviço ao Criador. Poucos serão os vestígios do seu passado conflituoso ante a grandiosidade do que viverá. Os traumas dos tempos confusos serão curados pelo confronto de Amor e Vida que a Fonte única, desde agora, derrama sobre a Terra.
          A humanidade futura não mais se apresentará como um conjunto de grupos conflitantes como nos dias de hoje. Os indivíduos irão reconhecendo a sua unidade com a vida suprema, e a ela devotarão suas energias. Silenciosamente, a alma de cada indivíduo liberto dirá aos seus irmãos que se dirigem a essa união com o Espírito: “Vós conheceis o caminho para ir aonde vou.” (João 14,4).
          Não há êxito sem luta, não há Amor sem entrega, nem Paz sem o encontro com o Amor. Este é o caminho dos que, no silêncio, voltam-se para o Absoluto: seja feita a Vossa Vontade!”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de maio de 2016, caderno OPINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de maio de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Francisco, um provocador
       O papa Francisco é um comunicador de mão cheia. Intuitivo. Simples. Direto. Seu estilo é surpreendentemente solto e provocador. Seu discurso é coloquial e próximo. É um papa falante, alegre, com jeito laico. Um papa diferente. Mas é o papa. E tem plena consciência do seu ministério e de sua autoridade. Não pode ser interpretado pela metade. Ele demanda contexto. Francisco dá boas manchetes. Mas é preciso ir ao cerne do seu pensamento. Caso contrário, cria-se a síndrome da esquizofrenia informativa: um papa fala na manchete, mas outro discursa no conjunto da matéria.
          Suas entrevistas no avião papal suscitam títulos com pegada e costumam render boas suítes, sugestivos desdobramentos do noticiário. O rebuliço é intenso. Sobra versão. Falta, frequentemente, fazer a lição de casa básica: ler a íntegra da entrevista. Francisco não mexerá nas doutrinas da Igreja Católica. É seu fiel depositário. Mas, sem dúvida, promove a mudança de tom.
          O papa, creio, quer provocar uma ruptura com uma agenda negativa e reativa. “Não podemos insistir somente sobre questões ligadas ao aborto, ao casamento homossexual e ao uso de métodos contraceptivos. Isso não é possível. Eu não falei muito dessas coisas, e me censuraram por isso. Mas, quando se fala disso, é necessário falar num contexto. De resto, o parecer da Igreja é conhecido, e eu sou filho da Igreja, mas não é necessário falar disso continuamente. A proposta evangélica deve ser simples, profunda, irradiante. É dessa proposta que vêm as consequências morais”, sublinha o papa.
          Francisco, por óbvio, não minimiza a gravidade dos equívocos morais. Sua defesa da vida, por exemplo, desde o momento da concepção, é clara, forte, sem qualquer ambiguidade. A doutrina é transparente. O papa está preocupado não apenas com a atuação pública da Igreja, mas com o cuidado pastoral das pessoas concretas. Que erram. Que sofrem. Que se arrependem. Seu foco não são os processos, mas as pessoas. Quer uma Igreja mais compassiva. E isso é cativante.
          Francisco insiste muito na essência da mensagem cristã: o carinho, o acolhimento, a compaixão de Deus. Por isso, decretou o Ano da Misericórdia. A “plataforma moral” da Igreja não pode ser erguida sobre os alicerces do legalismo, mas em cima dos sólidos pilares de um projeto de salvação. Sem isso, e sem o exercício da liberdade humana, o edifício da Igreja “corre o risco de cair como um castelo de cartas, de perder a frescura e o perfume do Evangelho. A proposta evangélica deve ser mais simples, profunda, irradiante. É desta proposta que vêm depois as consequências morais.”
          Impressiona, e muito, o tom positivo que permeia todos os discursos do papa. Impressiona igualmente a transparência de Francisco em suas entrevistas aos jornalistas. É um papa sem tabus. Ele tirou a Igreja do córner. Francisco rasga um horizonte valente e generoso. Deixa claro que os católicos não são antinada. E o que cristianismo não é uma alternativa negativa, encolhimento medroso ou mera resignação. É uma proposta afirmativa, alegre, revolucionária. Os discursos do papa não desembocam num compêndio moralizador, mas num desafio empolgante proposto por uma pessoa: Jesus Cristo. Os jovens entendem o recado e mostram notável sintonia com Francisco.
          Os que apostam na descontinuidade vão perder o jogo. João Paulo II, Bento XVI e Francisco tocam a mesma música, embora com gingado diferente.
          A eleição meteórica de Bergoglio foi, no fundo, uma forte manifestação da unidade e da continuidade.
          O pontificado de Francisco está sendo um testemunho de fé, convicção e coragem. Ao contrário dos que dentro da Igreja Católica cederam aos apelos da secularização, Francisco sempre acreditou que a firmeza na fé e na fidelidade doutrinal acabarão por galvanizar a nostalgia de Deus, que domina o mundo contemporâneo. Acredita que o esgotamento do materialismo histórico e a frustração do consumismo hedonista prenunciam um novo perfil existencial. Na visão do papa, o terceiro milênio trará o resgate do verdadeiro humanismo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)    a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 435,6% para um período de doze meses; e mais ainda em abril, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 9,28%, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 308,7%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)    a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  







sexta-feira, 6 de junho de 2014

A CIDADANIA, A ÉTICA E A QUALIDADE NO TRABALHO E NA EDUCAÇÃO

“Ética e qualidade no trabalho
        
         Outra dia, caminhando pela calçada de uma avenida central da cidade, vi uma senhora levar um tombo feio. Ajudei-a a levantar-se e comentamos a situação que provocara o acidente. Tudo por culpa de uma recente reforma feita em todo o piso, mas de forma tão precária que estava se desfazendo completamente. Quem fez o serviço foi irresponsável e não se importou com o que viria depois. Quem devia fiscalizar a obra, atuou da mesma forma. Tudo teria de ser totalmente refeito. Retrabalho, novos gastos e perda de tempo com algo que, se fosse realizado corretamente, representaria uma economia vital de recursos e aborrecimentos.
         Pena que isso não é uma exceção, não é mesmo? Todos os dias nos deparamos com coisas assim e não gostamos. O problema é que muitos dos se queixam também acabam fazendo o mesmo em inúmeras outras situações. É que se tornou um lugar comum ser pouco profissional, fazer errado, atrasar, prometer e não cumprir, assim como ser conivente ou indiferente com o problema. Isso nos leva depois, como pessoas e como povo, a ter de aceitar o mal feito em todos os níveis. Perdemos assim a autoridade para reclamar contra a corrupção, injustiças, preconceitos, mau uso dos recursos e tudo mais de feio que vemos por aí.
         Em particular no Brasil, ainda não temos uma cultura de qualidade no trabalho. Não temos o hábito de cuidar dos detalhes, de fazer melhor, de ter uma postura profissional e social responsável. Ainda insistimos em ser o país do jeitinho, onde sempre se improvisa, onde as coisas são feitas pelas metades, às pressas, onde vale tudo, onde o mau exemplo vem de cima, onde ganha o mais esperto, onde a oportunidade é uma tradição antiga. Geralmente, não consideramos quesitos como durabilidade, bom acabamento, beleza, conforto e segurança. Não nos colocamos no lugar de quem vai usar e não avaliamos os resultados para corrigir e melhorar.
         Prevalece o lucro a todo custo, o imediatismo, o interesse mesquinho, o egoísmo de quem só olha para o próprio umbigo. Não tem aquela de ganha-ganha. Daí o cliente ainda não ser uma prioridade na ordem das coisas e o mau atendimento se espalha como uma praga por todas as partes. É claro que, vez por outra, nos surpreendemos ao encontrar o contrário de tudo isso. Mas é uma rara exceção e não regra geral. Para completar, ainda vem depois a turma que picha, depreda, suja, estraga e destrói o pouco de bom que foi feito.
         Ao contrário de lugares mais desenvolvidos, aqui a distância social entre as pessoas infelizmente favorece a ideia de que existem vários tipos de brasileiros e que direitos e deveres são diferentes para cada grupo. Em consequência, não nos importamos com o todo, não nos vemos como nação e também não exigimos posturas éticas de governantes, organizações e concidadãos. Isso mostra uma clara falta de valores comuns. Em países melhores, tudo o que é público é de todos e eles cuidam desse patrimônio. Aquilo que é público é de ninguém e é tratado com descaso. Daí muitos políticos serem desonestos com o dinheiro público, as empresas estarem longe de fazer os clientes felizes e as pessoas jogarem papel na rua ou picharem paredes e monumentos. No fim das contas, todos nós sofremos as consequências dessa triste situação, que só tem se agravado nos últimos anos.
         No universo do trabalho, podemos ver que alguns profissionais estão atentos ao seu comportamento só para se sentirem bem consigo mesmos. Outros já atuam melhor por hábito da educação que receberam. Porém, a maioria age corretamente simplesmente por medo das consequências, situação que não oferece nenhuma garantia. Antes de exigir dos outros, cada trabalhador deve desenvolver em si mesmo as competências técnicas e humanas que necessita, numa busca constante para aprimorar seu nível de capacitação.
         Atualmente, quem aspira uma carreira longa, respeitada e sólida deve observar as significativas mudanças nesse novo mercado tão competitivo e globalizado, que não está mais aceitando posições sem compromisso com a qualidade e a ética. Curiosamente, o que faz falta cresce como demanda. Aquela velha lei da oferta e da procura que nunca sai de moda.
         Certo é que os verdadeiros juízes dessa questão são os consumidores, cada vez mais bem informados e exigentes. Eles irão premiar ou punir, na hora da compra, o comportamento de profissionais e organizações. Isso significa uma clara transição de poder de quem vende para quem compra. Mais que qualquer outro argumento, a sanção social é pior que a sanção legal, muitas vezes ineficiente, parcial e permissiva.
         Qualquer dúvida é só observar o que ocorre nas redes sociais. A lógica econômica funciona então como um motor para melhores atitudes e procedimentos, melhores produtos e serviços. Assim todos ganham: os clientes são capazes de obter o que desejam, os trabalhadores amadurecem e os empresários aumentam a margem de sucesso do seu negócio. Aquele que não compreendem essa nova relação de forças estão fadados a desaparecer.”

(RONALDO NEGROMONTE. Palestrante e consultor em desenvolvimento de pessoas e organizações, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de junho de 2014, caderno MEGACLASSIFICADOSADMITE-SE, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado na revista VEJA, edição 2375 – ano 47 – nº 22, de 28 de maio de 2014, página 24, de autoria de Claudio de Moura Castro, economista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Mexíveis e imexíveis
        
         ‘A escola é tão boa quanto seus professores.’ Raras afirmativas encontram tanto consenso entre leigos, pesquisadores, ideólogos e agnósticos. Infelizmente, eles concordam por ser excessivamente vaga, cada um pondo suas próprias interpretações. Sendo eu um incurável pesquisador, vejamos o que dizem os estudos.
         Primeiro, há que traduzir: professor bom é aquele cujos alunos aprendem mais. Portanto, o caminho das luzes consiste em perguntar que características dos professores estão associadas ao maior aprendizado dos alunos.
         Seja no Brasil, seja alhures, sabemos o que não explica quanto os alunos aprendem: a experiência do professor, sua idade e nível de escolaridade – mesmo mestrado. Nada disso se correlaciona com  a qualidade do ensino. Não posso deixar de tocas em um vespeiro zangado: o salário dos professores. As pesquisas tendem a mostrar ausência de associação com  qualidade. Uma correlação simples, entre estados brasileiros, mostra que salários mais altos ou mais baixos não se associam ao Ideb de cada um. Mas essa assombração não é o nosso tema.
         O essencial em tais características é serem imexíveis. Não se pode mudar a idade do corpo de professores, sua formação prévia ou sua carreira acadêmica. Só com décadas  isso se faz. No mundo da fantasia, o salário pode até dobrar. Mas quebram o Fisco os aumentos que melhorariam a qualidade.
         Maurício M. Fernandes e Claudio Ferraz (da USP e PUC-RJ) realizaram uma pesquisa econométrica muito cuidadosa, usando funções de produção para testar o impacto de várias características dos professores (http:www.econ.puc.rio.br/uploads/adm/trabalhos/files/td620.pdf). Com dados do Estado de São Paulo, buscaram testar o impacto de duas variáveis críticas sobre o ensino na 8ª série: 1) o domínio da matéria ensinada (usando as provas da Secretaria de Educação, aplicadas aos professores) e 2) as práticas adotadas em salas de aula. Ambas são “mexíveis”, pois é possível aperfeiçoar o conhecimento dos mestres e, ainda mais factível, melhorar suas técnicas de ensino.
         Alvíssaras! Os resultados são memoráveis. Como em outros países, os professores que melhor dominem o assunto ensinado têm alunos que aprendem mais. Do ponto de vista estatístico, esse resultado é robusto.
         Contudo, a análise demonstra que as práticas de sala de aula têm impacto bem maior do que o conhecimento da matéria. Ou seja, qualquer professor que adotar práticas hoje recomendadas terá alunos que vão aprender muito mais. São técnicas simples, que não requerem equipamentos nem malabarismos metodológicos. No caso, obtêm melhores resultados os professores que passam e corrigem o dever de casa, explicam a matéria até os alunos entenderem, mostram para que serve o aprendido e indicam livros de literatura.
         Em pesquisas desse tipo, apenas se consegue medir dimensões relativamente simples do que acontece na sala de aula. Muita coisa importante fica de fora. Mas já é um grande avanço quando se logra desenhar uma pesquisa que associe resultados a medidas confiáveis dessas variáveis. E foi isso que fizeram os autores. Além disso, foram capazes de controlar estatisticamente – ou seja, manter constantes – variáveis que poderiam explicar diferenças de aprendizado. No caso, demonstrar que os resultados não se devem a amostras viciadas, a características do diretor ou ao que os alunos já sabiam, de séries anteriores.
         O miolo das análises estatísticas é demasiado complicado para explicar em poucas palavras. Mas os resultados são perfeitamente compreensíveis. Mostram que, no caldeirão econométrico, as técnicas de sala de aula passaram à frente de todas as outras variáveis lá despejadas. E são práticas fáceis de aprender e adotar.
         Portanto, a notícia não poderia ser mais bem-vinda. Trata-se de uma pesquisa brasileira, conduzida por autores de bom pedigree e cujos resultados são difíceis de ser contestados. Os procedimentos são de fácil incorporação em sala de aula e seu impacto é maior do que tudo o mais que conhecemos. Pode ser difícil convencer alguns professores a mudar suas práticas. Mas, pelo menos, isso está no campo do possível, em contraste com as alternativas imexíveis.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, pedagógicas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de astronômico e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 654 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...

O BRASIL TEM JEITO!...
    

   

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A CIDADANIA, O MAL-ESTAR DO MUNDO, A ALEGRIA E A FORÇA DA FRATERNIDADE

“Em meio ao mal-estar do mundo, ainda há lugar para a alegria
         
         No meio do inegável mal-estar mundial, irrompeu, surpreendentemente, em 2013, uma figura que nos devolveu esperança: o papa Francisco. Seu primeiro texto oficial leva como título “Exortação Pontifícia ‘Alegria do Evangelho’. Ele vem perpassado pela alegria, pelas categorias do encontro, da proximidade, da misericórdia, da centralidade dos pobres, da beleza, da “revolução da ternura” e da “mística do viver juntos”.
         Tal mensagem faz contraponto à decepção e ao fracasso face às promessas do projeto da modernidade de trazer bem-estar e felicidade para todos. Na verdade, a modernidade está colocando o futuro da espécie em risco por causa do assalto avassalador que continua fazendo sobre os bens e serviços escassos da mãe-terra. Bem diz o papa Francisco: “A sociedade técnica multiplicou as possibilidades de prazer, mas tem grandes dificuldades de engendrar alegria” (Exortação, n. 7). Prazer é coisa dos sentidos. Alegria é coisa do coração. E nosso modo de ser é sem coração.
         Essa alegria brota de um encontro com uma pessoa concreta que lhe suscitou entusiasmo, lhe produziu enlevo e simplesmente o fascinou. É a figura de Jesus de Nazaré. Não se trata daquele Cristo coberto de títulos de pompa e glória que a teologia posterior lhe conferiu. Mas é o Jesus do povo simples e pobre, que trazia palavras de frescor e de fascínio. O papa Francisco testemunha o encontro com essa pessoa. Foi tão arrebatador que mudou sua vida e lhe criou uma fonte inesgotável de alegria e de beleza. Para ele, evangelizar é refazer essa experiência, e a missão da Igreja é resgatar o frescor e o fascínio pela figura de Jesus.
         O papa Francisco não entende o cristianismo como uma doutrina. Mas sim como um encontro pessoal com uma pessoa, com sua causa, com sua luta, com sua capacidade de enfrentar as dificuldades sem fugir delas.
         Na evangelização tradicional, tudo passava pela inteligência intelectual (“intellectus fidei”) expressa pelo credo e pelo catecismo. Em sua versão, papa Francisco defende que a evangelização passa pela inteligência cordial (“intellectus cordis”), porque aí tem sua sede o amor, a misericórdia, a ternura e o frescor da pessoa de Jesus.
         Pois é desse cristianismo que precisamos, capaz de produzir alegria, pois tudo o que nasce verdadeiramente de um encontro profundo e verdadeiro gera a alegria, que ninguém pode tirar.
         Falta-nos em nossa cultura midiática e internética esse espaço do encontro. Para isso, temos que realizar “saídas”, palavra sempre repetida pelo papa. Saída de nós mesmos para o outro, saída para as periferias existenciais (as solidões e os abandonos), saída para o universo dos pobres.
         Assim, nada melhor que lembrar o testemunho de F. Dostoiésvski ao “sair” da “Casa dos Mortos”, na Sibéria: “Às vezes, Deus me envia instantes de paz; nestes instantes, amo e sinto que sou amado; foi em um desses momentos que compus para mim mesmo um credo, onde tudo é caro e sagrado. Esse credo é muito simples. Ei-lo: creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais humano, de mais perfeito do que o Cristo; e eu o digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e nem pode existir. Mais do que isso: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se encontra nele, prefiro ficar com Cristo a ficar com a verdade”.
         O papa Francisco faria suas essas palavras de Dostoiésvski. Não é uma verdade abstrata que preenche a vida, mas o encontro vivo com uma pessoa, com Jesus, o Nazareno. É a partir dele que a verdade se faz verdade. Se 2014 nos trouxer um pouco desse encontro, então teremos cavado uma fonte de onde jorra alegria, que é infinitamente melhor do que qualquer prazer induzido pelo consumo.”

(LEONARDO BOFF. Teólogo, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 3 de janeiro de 2014, caderno O.PINIÃO, página 14).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, mesma edição, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, que é arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Mensagem do papa Francisco
        
         Em sua primeira mensagem de 2014, no Dia Mundial da Paz, o papa Francisco trata de um tema importante: “Fraternidade, fundamento e caminho da paz”. O texto é fruto de um zelo apostólico que desenha um horizonte luminoso para a humanidade, em busca de rumos novos para a história. A partir de preocupações pastorais, e balizado por sensibilidade missionária, o papa Francisco argumenta sobre a importância fundamental da fraternidade como condição insubstituível para a construção da paz. Resgata e indica o anseio irreprimível pela fraternidade que se hospeda no coração de cada homem e de cada mulher. Um anseio que, em razão de desgastes e de dinâmicas na contramão da solidariedade – como os cenários de violência e corrupção –, fica sepultado no mais recôndito dos corações. E nessa condição impede que cada pessoa seja instrumento da paz pela força do amor fraterno.
         Por sua constituição própria, o coração humano possui um dinamismo que conduz ao caminho da comunhão, superando o sentido inaceitável de ver o outro como concorrente ou inimigo. Imprescindível e prioritário é recuperar a fraternidade como dimensão essencial de cada pessoa, cultivando cotidianamente o exercício que reforça, em cada um, o sentido relacional que define o ser humano. Assim, desenvolve-se a capacidade de tratar cada pessoa como verdadeiro irmão e irmã. Esse exercício, o papa sublinha, se faz primeiramente no seio da família, graças, sobretudo, às funções responsáveis e complementares de cada um dos seus membros, particularmente do pai e da mãe.
         Na mensagem, o papa Francisco afirma categoricamente que “a família é a fonte de toda a fraternidade, sendo, por isso mesmo, também o fundamento e o caminho primário para a paz, já que, por vocação, deveria contagiar o mundo com seu amor”. Esse entendimento é um convite irrecusável a cada membro de cada família, sobretudo para o pai e a mãe, a pensar muito seriamente em seu papel, seu modo de conduzir a vida em família. Não se pode querer construir a paz sem compreender e sem se comprometer com o próprio núcleo familiar. Cada família tem um papel decisivo na configuração da fraternidade universal. Todos precisam investir nesse núcleo celular, convencidos de que daí vem uma força notável, decisiva na formação da consciência relacional que é condição para se alcançar a paz.
         O papa Francisco cita Bento XVI que, em certa oportunidade, lembrou que a globalização torna cada um vizinho do outro sem, necessariamente, converter essa proximidade em sentimentos fraternos. Há uma permanente luta a ser travada contra ideologias que reforçam o individualismo, egocentrismo e o consumismo materialista, que debilitam laços sociais e alimentam a mentalidade do descartável. Essas ideologias conduzem ao desprezo e abandono dos mais fracos, daqueles que, nessa distorcida visão de mundo, “são considerados como inúteis”.
         É urgente, portanto, multiplicar, pela célula familiar, experiências – pequenas, grandes, simples, cotidianas – de práticas que permitam a aprendizagem e a criação do gosto por uma ética que capacite cada pessoa a produzir e a manter vínculos. Sem essa prioridade, nem mesmo com outras ações, projetos e programas, não se poderá desenhar um cenário de paz. As lamentações aumentarão, os absurdos hediondos de todo tipo continuarão a acontecer, o medo vai empurrar todo mundo cada vez mais para dentro de guetos de segregação, desconfiança e preconceitos. Comprometida estará, cada vez mais, a fraternidade universal. Não se alcançará um nível razoável de solidariedade, com força para mudar o que faz parte de uma ladainha interminável de reclamações, necessidades e reivindicações.
         Esse exercício de construir vínculos pode começar por uma interrogação que deve interpelar a consciência de cada um –aquela pergunta de Deus a Caim, querendo saber de Abel: “Onde está teu irmão?” Uma pergunta que, respondida, reforça a convicção que salvará o mundo e fará dele um lugar de paz. “Somos todos irmãos”, ensina a mensagem do papa Francisco.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e intolerável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 639 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação;cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional – , transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...

O BRASIL TEM JEITO!...
  


quarta-feira, 30 de maio de 2012

A CIDADANIA, A ESPERANÇA E O VIGOR DA PARTICIPAÇÃO

“Quando até a esperança quer morrer

Contrariando o que nossos antepassados diziam: “a esperança é a última que morre”, ando ouvindo uma série de queixas e lamúrias que vão desde a perda da fé, a falta do sentido da vida, o quanto tudo está sem graça, em preto e branco, um certo cansaço de viver, mas eis que escuto de uma comadre:

- Olha doutor, sabe porque meu apelido é Maria Esperança? É porque a vida inteira fui alto astral, ativa, de colocar todo mundo para cima, e quando falavam que queriam morrer, eu lascava um “deixa disto” menina. Esperança que é a última, não tá nem pensando nisso, e ela é mais velha que o mundo, vê se levanta a cabeça e dá a volta por cima. Deu um tempo, chorou com a baixa e arrematou: “Mas dessa vez, eu só penso em morrer...”

Apertei suas mãos desgastadas pelo tempo, era visível o carisma, o dom de agregadora e líder nata, que mesma murchinha na minha frente, enfim, deixaria que alguém cuidasse dela. Pois cuidadores dos outros, esquecem de si mesmos. E sem energia, até a esperança fica fraquinha. Que mundo estamos criando, consumista, materialista, acelerado, que atropela sentimentos, aprisiona emoções e esvazia esperanças? Eu preciso de sonhos para me estimular a cada minuto, desafios que me levem a agir (experimentem trocar a palavra problema por desafio e como melhora o dia a dia), mas confesso que ando meio ressabiado quanto a esperança. Percebam que é uma palavra, um conceito que deriva de espera.

Sei que lá vem outro provérbio: “quem espera, sempre alcança”, mas sigo com a pulga atrás da orelha. Será que não estamos muito passivos? Esperando que o governo faça isso ou aquilo, que o patrão aumente salário, que ganhe na Mega Sena, que o filho melhore o comportamento, que o marido pare de beber, que surja um remédio para perder peso milagroso, que um príncipe bata na porta e acabe com sua carência e baixa autoestima?! Ando pensando que prefiro algo do tipo “é devagar que se vai ao longe”. Me parece que nesse caso há movimento, inexiste ansiedade, há sabedoria, sem pressa de chegar, curte-se mais o caminho.

Vejo que o mundo é de quem age, pois, esses constroem. Os imaturos e pobres de espírito reagem, e, assim, tem o dom de destruir. Que pena, eternamente infelizes. Toda construção começou do primeiro tijolo. Todo sonho na primeira ação. Então, disse para minha comadre Maria Esperança que bom que ela caiu, fraquejou, agiu em direção a ela mesma. Afinal, nunca entendi as depressões, angústias, sofrimentos de alma, como fim de nada, ausência de expectativas, fim do caminho. Ao contrário, é o início de um novo tempo!

Há que se mudar, pois até aquele momento usou muito erradamente as energias que regem a mente humana: o pensar, o sentir e o agir no mundo! Sei que é triste, comadre, mas de bonzinho, consultórios de psiquiatras andam cheios. Falar o que não pensa, expressar o que não sente, fazer o que não quer, tem como preço as disfunções depressivas apenas para começar. Deus é justo. Se funcionamos errado, a conta chega, e aí não há fé ou esperança que dê conta. Pare de esperar, aja, recicle, construa uma nova vida!”
(EDUARDO AQUINO, que é escritor e neurocientista, em artigo publicado no jornal SUPER NOTÍCIA, edição de 27 de maio de 2012, Caderno CIDADES, página, da série Reaprendo a viver – pequenas lições sobre comportamento, relacionamento e a mente humana).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de maio de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS), doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Ganha a cidadania

Boas notícias vão fechando o semestre. Duas delas, certamente, podem mudar a cultura da cidadania: Lei da Ficha Limpa e Lei de Acesso à Informação Pública.

Em decisão história, o Supremo Tribunal Federal (STF) barrou os candidatos fichas-sujas nas eleições deste ano. “Uma pessoa que desfila pelo Código Penal ou pela Lei da Improbidade Administrativa não pode se apresentar como candidato”, afirmou o ministro Carlos Ayres Britto.

Quem quiser ser candidato não pode, por exemplo, ter sido condenado por um colegiado da Justiça ou por órgão profissional como a Ordem dos Advogados do Brasil e Conselho Federal de Medicina, mesmo que ainda possa recorrer da decisão. Nem pode ter renunciado ao mandato para escapar da cassação, Também ficam impedidos de participar da eleição os políticos que tiveram contas rejeitadas (decisão que pode ser inviabilizada por projeto aprovado terça-feira na Câmara dos Deputados) e os demitidos do serviço público.

A decisão evidencia a importância do trabalho da imprensa no combate à corrupção. É difícil encontrar um único ficha-suja cuja nudez não tenha sido iluminada pelos holofotes da imprensa de qualidade. Reportagens consistentes estão na origem de inúmeros processos judiciais. É o papel inestimável dos jornais nas sociedades democráticas.

É dever ético da imprensa promover uma ampla conscientização popular da relevância que os cargos públicos têm e da importância de que pessoas absolutamente idôneas os ocupem. O eleitor tem o direito de conhecer os antecedentes dos candidatos, sua evolução patrimonial, seu desempenho nos cargos anteriores etc. Impõe-se, também, um bom levantamento das promessas de campanha. É preciso mostrar eventuais descompassos entre o discurso e a realidade. Trata-se, no fundo, de levar adiante um bom jornalismo de serviço.

Agora, completando os bons prognósticos da Lei da Ficha Limpa, entrou em vigor a Lei de Acesso à Informação Pública. A partir de agora, qualquer cidadão tem o direito de solicitar, sem precisar explicar sua motivação, todo e qualquer documento público, como arquivos, planos de governo, auditorias, prestação de contas e informação de entidade privada que recebe recursos de poder público. União e Estados têm o dever de publicar todos os dados elementares sobre despesas, receitas, contratos, licitações e recursos humanos.

A conquista é importantíssima. Mas sua eficácia vai esbarrar na presumível resistência dos que cresceram à sombra da cultura do secretismo. A transparência não faz parte dos nossos costumes. Segundo o pesquisador da Fundação Getúlio Vargas Fabiano Angélico, mais que produzir resultados imediatos, a nova Lei de Acesso à Informação é um marco para um regime de transparência pública e de democratização.

Vale a pena festejar? Claro. Mas com os pés bem plantados na realidade. O problema não se resolve com a entrada em vigor da nova lei, mas com sua implementação. Autor de estudos sobre leis de acesso no mundo, o cientista social canadense Gregory Michener mostra certa dose de ceticismo. Michener vai ao ponto. “Implementar uma lei com abrangência de três níveis de governo e nos três poderes em seus meses é impossível. Especialmente pelos recursos que o governo brasileiro está alocando. A Controladoria Geral da União (CGU) tem 11 pessoas trabalhando, o Instituto Federal de Acesso à Informação do México, por exemplo, tem mais de 100 numa instituição independente do governo. No Brasil, além de não ter competência específica para tratar do acesso à informação pública, a CGU é vinculada diretamente ao governo e à Presidência.

Uma primeira análise produz pessimismo. Tem-se a sensação de que a autoridade tenta contornar a demanda de transparência da cidadania com u jogo de faz de conta. Pode ser. Mas é algo. E o sucesso de toda lei é o seu uso. Cabe aos cidadãos, a todos nós, não deixar a peteca cair. E cabe à imprensa não desviar o foco. Duas leis podem mudar a cara do Brasil: a Lei da Ficha Limpa e a Lei de Acesso à Informação Pública. Você, leitor, exercendo seus direitos, pode colaborar para que a lei pegue. Vale a pena.”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de MORAL, de ÉTICA, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, CIVILIZADAS, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais AVASSALADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS e INTOLERÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também a ocasionar INESTIMÁVEIS perdas e danos, inquestionavelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INSUPORTÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÕES e REFINANCIAMENTO, igualmente a exigir uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Destarte, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que DILAPIDA o nosso já escasso DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa ECONOMIA e a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE, a HONESTIDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado de extremas e sempre crescentes necessidades de AMPLIAÇÃO e MODERNIZAÇÃO de setores como a GESTÃO PÚBLICA; a INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos); a MOBILIDADE URBANA (trânsito, transportes, acessibilidade); EDUCAÇÃO; SAÚDE; SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto TRATADO, resíduos sólidos TRATADOS, ar TRATADO); MACRODRENAGEM urbana, logística REVERSA); MORADIA; ASSISTÊNCIA SOCIAL; PREVIDÊNCIA SOCIAL; SEGURANÇA PÚBLICA; SEGURANÇA ALIMENTAR e NUTRICIONAL; FORÇAS ARMADAS; POLÍCIA FEDERAL; DEFESA CIVIL; EMPREGO, TRABALHO e RENDA; ESPORTE, CULTURA e LAZER; AGREGAÇÃO DE VALOR ÀS COMMODITIES; MINAS e ENERGIA; CIÊNCIA, TECNOLOGIA e INOVAÇÃO; PESQUISA e DESENVOLVIMENTO; SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL; COMUNICAÇÃO SOCIAL; TURISMO; MEIO AMBIENTE; QUALIDADE (planejamento, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade), entre outros...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, CIVILIZADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR com TODAS as BRASILEIRAS e com TODOS os BRASILEIROS suas EXTRAORDINÁRIAS e abundantes RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS em EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) em junho; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇAO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo da JUSTIÇA, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A CIDADANIA, UMA REALIDADE INCÔMODA E MAIS DESAFIOS

“Realidade incômoda

Acostumada a se envaidecer com a expansão da economia brasileira nos últimos anos – já é a sétima do mundo –, muita gente ficou irada com a recente divulgação do último relatório sobre a evolução do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Mesmo tendo melhorado de posição, o Brasil não foi além do 84º, conforme ranking de 187 países organizado pelo Programa Nacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Mas os dados oficiais do censo 2010, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não deixam dúvida de que os festejados avanços da economia ainda significam muito pouco para milhões de brasileiros. A pobreza, a falta de serviços públicos essenciais e o analfabetismo compõem, segundo revelou o censo, a manutenção de atrasos e de desigualdades sociais e regionais incompatíveis com o que se entende por país desenvolvido.

Se a baixa escolaridade da população impediu o país de ocupar colocação menos constrangedora no ranking do IDH, o censo de 2010 confirma que temos andado com lentidão na erradicação do analfabetismo. É verdade que a proporção de analfabetismo em relação à população maior de 15 anos caiu nos últimos 10, baixando de 13,6% para 9,6%. Mas esse índice coloca o Brasil no mesmo nível de países africanos em más condições de desenvolvimento. E nem se falou do analfabetismo funcional e da baixa qualidade do ensino no país, como comprova a atual escassez de mão de obra qualificada. Nem mesmo o aquecimento da economia, com a festejada incorporação de milhões de pessoas ao mercado de consumo, tem sido suficiente para tornar menos grave as desigualdades. O censo constatou que a maior parcela da renda vai para os que mais – 42,8% dos rendimentos domiciliares, enquanto os 10% mais pobres têm apenas 1,3% desses rendimentos. No Nordeste, a concentração de renda é maior: os 10% mais pobres não conseguem ficar nem com 1% da renda (0,9%). Minas continua replicando esse quadro nacional, com a manutenção de regiões ainda deprimidas no Norte e no Nordeste do estado, o que contribui, assim como acontece com o país, para baixar a média estadual da renda familiar, apesar dos inegáveis bolsões industrializados.

O atraso socioeconômico tem outro lado perverso na infraestrutura urbana. O censo revelou que um terço (32,9%) dos domicílios ainda não têm acesso à rede de esgotos ou fossa séptica. Não cessaram, portanto, os motivos que animam milhares de pessoas, especialmente entre os mais jovens, a buscar oportunidades fora do país. O censo identificou quase meio milhão de brasileiros vivendo no exterior, embora o próprio IBGE reconheça a precariedade desse levantamento, já que o Itamaraty estima esse contingente em mais de 2 milhões. O país não pode mais se conformar com seus poucos avanços. O que o censo 2010 nos informa é que ninguém deve se iludir: o Brasil é ainda um país pouco desenvolvido, desequilibrado economicamente e injusto socialmente. Resta assegurar a liberdade de podermos olhar o espelho sem máscaras e a democracia que nos permite buscar a melhor maneira de mudar essa incômoda realidade.”
(EDITORIAL do jornal ESTADO DE MINAS, publicado na edição de 17 de novembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 6).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 18 de novembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9), de autoria de MARCOS CINTRA, Doutor em economia pela Universidade Harvard (EUA), professor titular e vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Ruim para fazer negócios

O Brasil continua fazendo feio no ranking dos países mais propícios para atrair negócios. O Banco Mundial publicou dias atrás o relatório Doing Business 2012 e nele o país aparece na 126ª posição em uma lista com 183 nações. Na edição do ano passado a economia brasileira havia ficado em 120º lugar.

Entre os 10 itens considerados para a classificação de cada país no ranking final a melhor posição do Brasil refere-se à obtenção de energia (51ª colocação). Depois vêm proteção ao investimento (79ª ), obtenção de crédito (98ª), registro de propriedade (114ª), cumprimento de contrato (118ª, abertura de empresas (120ª), comércio internacional (121ª), concessão de alvarás (127ª), resolução de insolvência (136ª) e pagamento de impostos (150ª).

A economia brasileira tem sérios obstáculos que impedem que seu potencial de desenvolvimento possa ser concretizado. O relatório do Banco Mundial identifica há anos questões relevantes que dificultam a produção no país, mas nada anda de acordo com as necessidades e, assim, o Brasil segue perdendo oportunidades.

O maior problema brasileiro continua sendo a complexidade dos impostos. Segundo o relatório, uma empresa no Brasil gasta em média 2,6 mil horas no ano para ficar em dia com suas obrigações tributárias. Na América Latina, o tempo médio anual é de 382 horas, e nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) o empreendedor despende em média 186 horas por ano para atender as exigências do fisco.

A burocracia tributária brasileira é uma praga que exige um sacrifício descomunal do empreendedor e inibe investimentos. É um entrave que gera custos elevados e que compromete a competitividade da produção interna. Muitas vezes a sonegação acaba sendo a saída para uma empresa continuar funcionando em meio a tanta insanidade fiscal.

O Brasil não consegue racionalizar seu sistema tributário. Alguns avanços isolados foram realizados nos últimos anos, como o Simples e a CPFM, mas em seguida o vício burocrático acabou se impondo e a estrutura retrocedeu.

O Simples foi um passo importante para facilitar a vida do empreendedor quando ele foi implantado, em 1997, mas anos depois essa forma simplificada de tributação foi significativamente alterada. Foram criadas várias tabelas, novas alíquotas e outros penduricalhos que fizeram o imposto único das micro e pequenas empresas se tornar confuso e de custo mais elevado quando comparado ao sistema original.

A CPMF foi outro caso que expôs o poder da burocracia fiscal no país. O “imposto do cheque”, o mais simples e mais barato tributo que o Brasil já teve nos últimos anos, foi objeto de sórdida campanha política e acabou sendo extinto em 2007. Mesmo com as qualidades desse tributo sendo evidenciadas, como sua simplicidade e seu baixo custo, ele foi colocado para a sociedade como um vilão a ser combatido na estrutura tributária brasileira. Foi um momento importante que vale a pena ser destacado para mostrar que a complexidade na área dos impostos predomina frente às medidas simplificadoras.

A estrutura de impostos segue prejudicando a produção brasileira e a reforma tributária que o país precisa continua engavetada. Enquanto isso, a burocracia agradece e o trabalhador vai pagando a conta.”

Eis, pois, mais páginas contendo SÉRIAS, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de grandes TRANSFORMAÇÕES em nossas estruturas POLÍTICAS, SOCIAIS, TRIBUTÁRIAS, TRABALHISTAS, PREVIDENCIÁRIAS, ECONÔMICAS e de GESTÃO, que permitam a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS DESENVOLVIDAS e DEMOCRÁTICAS...

Entre as mais PREMENTES, destacamos a exigência de PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, já atingindo o ASTRONÔMICO montante de R$ 2 TRILHÕES, carecendo de TRANSPARÊNCIA e de uma rigorosa e consequente AUDITORIA...

São, e bem sabemos, DESAFIOS GIGANTESCOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA das CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...