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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A CIDADANIA, A CAUSA DO POVO E A GESTÃO EDUCACIONAL (26/34)

(Agosto = Mês 26; Faltam 34 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

“Onde é a casa do povo?

A resposta a essa pergunta inclui muitas referências importantes, por tratar-se do povo. Numa sociedade, nada mais é importante do que o povo, sua cultura, seus valores, suas demandas e necessidades. Tem importância fundamental a sua casa. É referência ao respeito que o povo merece e o compromisso com a própria vida. Revela o seu equilíbrio e o horizonte que a aspira na Justiça, no respeito ao direito e no apreço irrestrito à dignidade humana, com o compromisso de organização e de funcionamentos que permitam e garantam a conquista da paz verdadeira.

Onde é a casa do povo? No rol de referências incontestáveis estão o Parlamento da nação, as assembléias legislativas, bem como as câmaras municipais. São também casa do povo os lugares todos onde serviços relevantes e imprescindíveis como educação, saúde, lazer são prestados, visando a garantias no âmbito dos direitos e necessidades – compromisso com uma vida qualificada, cidadã, entrelaçando homens e mulheres na luta pelas condições adequadas para a vida da família, dos grupos, associações e segmentos todos de uma sociedade.

A casa do povo não é lugar de discriminação e preconceito, e está na contramão de todo tipo de marginalização ou despersonalização provocadora de prejuízos irreversíveis. O povo precisa de casa e deve sentir-se em casa – um elemento agregador na própria identidade e no fortalecimento da participação cidadã. A Igreja, com suas comunidades, é importante casa do povo. Incontestável e necessária, revela na sua configuração, traços advindos dos valores sustentadores do equilíbrio indispensável para a vida das pessoas e sua inserção numa sociedade de valores. A Igreja com sua rede de comunidades, pelo serviço da espiritualidade essencial para a vida de todos, com o serviço social, a educação e outros programas e projetos, pauta seu funcionamento na dinâmica da comunhão e da participação. As diferenças, em razão de funções, responsabilidades e outras ações, não suplantam nunca a radical igualdade entre todos, pela condição batismal, a filiação divina. Todos são iguais, filhos e filhas de Deus, discípulos e discípulas de Jesus Cristo.

A dinâmica própria da vivência dessa fé e o próprio dessa convivência remetem a todos e a cada um a sua real condição de necessitado de mudança e conversão, não cabendo a boçalidade de se pensar, mesmo por feitos e conquistas, mais importantes do que o outro, do que qualquer outro. Quando assim acontece, e se acontecer, este ou esses se põem em rota de colisão com a verdade mais genuína do amor que define a condição cristã. Isso porque o ideal de santidade, horizonte máximo cultivado como programa e compromisso, se quer ser autêntico nessa cada do povo, situa a todos como iguais nas diferenças, diante do único Deus – único porque é santo e ama sem reservas ou condições. Aí está uma dinâmica com força redentora que a política, por exemplo, não tem. Essa espiritualidade alavanca uma visão em que a responsabilidade moral é exercício primordial nessa casa do povo.

É incontestável que uma igreja, na sua comunidade de fé, longe do horizonte que compreende um templo como lugar de culto para angariar adeptos que endinheiram projetos e até pessoas, longe também daquela compreensão milagreira que atrai e até convence muitas vezes, é uma importante casa do povo. Indispensável para garantir e sustentar processos educativos de espiritualidade, arte, cultura e cuidado social, exercitando consciências para comprometimentos lúcidos e corajosos com a vida de todos, particularmente dos pobres, em vistas a superação de déficits que são atentados permanentes contra a vida de muitos.

Na Igreja com sua rede de comunidades, uma catedral é a casa do povo. Esse é o projeto para a Catedral Cristo Rei, em Belo Horizonte, numa linha de fidelidade ao sentido mais genuíno de catedral na história do ocidente. A catedral é a igreja-mãe na rede de comunidades. Casa do povo não num sentido meramente laico, mas reivindicativo. É o lugar onde o povo gosta de se reunir, encontra sentido, se fortalece. Um locutório, lugar do cultivo da intimidade com Deus, sem medo, fecundando alianças e sentido de pertença na fraternidade geradora de solidariedades.

Casa do povo, a catedral é um lugar ao seu alcance. Lugar dos eruditos e dos simples, de ensinamentos morais e religiosos, do cultivo da esperança, do desabrochar da cidadania. Recinto da beleza, da oração, das variadas formas de arte, da música como o canto gregoriano, na contramão das vulgaridades. A Catedral Cristo Rei, inteligente monumento à fé, com a participação de todos, contando com a colaboração de cada um, pretende ser para todos a casa do povo.”
(DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de julho de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, edição de 28 de julho de 2011, página, 7, de autoria de ELDO PENA COUTO, Diretor do Colégio Magnum Cidade Nova, que merece igualmente INTEGRAL transcrição;

“Gestão educacional

Atualmente, a maioria das empresas trabalha com metas, independentemente do seu setor de atuação. Elas são adequadas às necessidades e atividades de cada um dos setores, como financeiro, marketing, produção, recursos humanos e outros. Contudo, antes de definir tais atribuições e começar a prever objetivos a serem atingidos, é de extrema importância que a organização desenvolva o chamado planejamento estratégico.

Como lidamos com um mundo corporativo cada mais competitivo e globalizado, até mesmo as instituições de ensino, e, diga-se de passagem, não somente as privadas, mas também as públicas, devem trabalhar com ações que contribuam para a perenidade da sua escola. Dessa maneira, ela poderá se firmar no mercado educacional como referência, seja qual for o foco do seu produto – educação infantil, ensino a distância, ensino técnico, vestibular – que cabe a cada uma escolher. Peter Drucker, o pai da administração moderna, escreveu uma frase que se aplica bem aos que ainda não estão atentos a essa nova realidade: “A melhor maneira de predizer o futuro é criá-lo”.

Para muitos colégios, cultivar uma cultura de resultados é algo novo. Isso porque boa parte da educação acontece na iniciativa pública e nas escolas privadas por meio de subsídios e outros incentivos fiscais. Por esse motivo, uma fatia significativa das instituições atuantes no mercado ainda não têm esse olhar. Mas agora é preciso que elas desenvolvam a consciência e se empenhem em um planejamento estratégico que minimize prejuízos, esforços desnecessários, reduza riscos e aloque pessoas, recursos humanos, financeiros e tecnológicos, aspectos que realmente fazem a diferença na trajetória da instituição.

Ao contrário de outros segmentos, as escolas lidam diretamente com o ser humano em formação. Portanto, antes de se apegarem a termos como receita, lucro líquido, satisfação do cliente e outros índices de avaliação de desempenho, todos os envolvidos nelas devem estar cientes e familiarizados com a missão, os princípios, os valores e a visão. O que a princípio pode parecer pouco importante é crucial para que haja rumo estratégico coerente. Afinal, se nem ao menos aqueles que dependem do negócio estão alinhados com ele, torna-se inviável elaborar e verificar a eficiência das ações planejadas.

A fim de desenvolver uma gestão eficiente, é necessário que quem esteja à frente da escola dedique tempo considerável a tarefas como a capacitação dos professores responsáveis por coordenar cada uma das áreas e instrução dos gestores para que aquele planejamento, surgido por meio da visão estratégica, seja seguido à risca e acompanhado de perto atentamente. Drucker diria que “as únicas coisas que evoluem por vontade própria em uma organização são a desordem, o atrito e o mau atendimento”.

Nas instituições de ensino, de maneira geral, o plano de ação deve seguir como resposta para a seguinte pergunta: “Aonde queremos chegar?”. Todas as ações definidas representam atitudes a serem tomadas. Implantar tarefas viáveis, com chances reais de serem bem-sucedidas e contribuírem para o crescimento da escola, deve ser considerado uma das mais árduas etapas do planejamento, mas, ao mesmo tempo, fundamental, já que a qualidade das ações que surgem são responsáveis por determinar o sucesso do seu plano ou ocasionar mudanças em seu escopo.

Para o acompanhamento do planejamento estratégico, existe um leque de técnicas e metodologias a serem aplicadas. A própria tecnologia já se encarregou de desenvolver softwares que permitem esse acompanhamento. Entretanto, a peça-chave para o sucesso desse planejamento é manter o alinhamento de todos os envolvidos – o que pode acarretar uma reavaliação da estrutura da organização – e a persistência dos líderes. Como bem acrescenta Drucker, “gerenciamento é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento e força por cooperação”.

Portanto, para que uma instituição de ensino ocupe um papel de destaque no atual cenário educacional, em qualquer um dos segmentos que compõem, é preciso que haja uma união de todos estes elementos: alinhamento de todos os envolvidos com a escola com a missão, princípios e valores; gestores capacitados responsáveis por monitorar e orientar de perto funcionários de todas as áreas e, sem dúvida, o desenvolvimento de uma planejamento estratégico, do qual fazem parte ações com objetivos específicos, que definem de forma clara os rumos pretendidos para aquela determinada organização.”

Eis, portanto, mais páginas contendo ADEQUADAS e SÉRIAS abordagens e REFLEXÕES acerca da muito ESPECIAL e exigente CAUSA DO POVO e IMPERIOSA e URGENTE necessidade de, uma vez por todas, ABRAÇARMOS a ABSOLUTA PRIORIDADE de ação e de POLÍTICAS PÚBLICAS: a EDUCAÇÃO, e de QUALIDADE, em toda sua ABRANGÊNCIA, como condição “sine qua non” para o ACESSO ao concerto das NAÇÕES DESENVOLVIDAS, CIVILIZADAS e SUSTENTÁVEIS do primeiro mundo...

Ao lado da superação de outros GIGANTESCOS DESAFIOS, encontramos o vigoroso ÂNIMO e ENTUSIASMO que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS em 2012, a COPA DA CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigência do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A QUALIDADE E A LITERATURA

“Brasil literário

Participei, entre dias 6 e 10, da nona edição da Festa Literária de Paraty (Flip). No Brasil, há cerca de 80 eventos literários por ano. Eis uma boa notícia.

Quem lê aprende a pensar, discernir, optar e escrever. A TV mostrou, há dias, jovens diplomados na universidade, versados em inglês, porém reprovados em exames de seleção profissional por não saberem dominar o idioma português. Numa simples carta, erros gritantes de ortografia e concordância!

A Flip ainda é cara nos preços dos ingressos, da hospedagem e da alimentação em Paraty. Ainda bem que, em torno dela, se multiplicam os eventos alternativos, todos gratuitos. Isso permite o contato mais direto entre leitores e autores.

Na conferência de abertura, uma dupla de peso: Antonio Candido e José Miguel Wisnik. Falaram da vida e obra de Oswald de Andrade.

Antonio Candido, como único intelectual vivo que conheceu o autor de Serafim Ponte Grande, descreveu-o mineiramente, amenizou a virulência com que Oswald de Andrade atacava autores em suas críticas literárias, sem poupar ênfase na cor da pele e até na deficiência física de alguns escritores. Mas sublinhou que o homenageado jamais guardava mágoa e foi capaz de tomar a iniciativa de se reconciliar com o próprio Antonio Candido, após esculhambá-lo num texto crítico.

Wisnik, intelectual de múltiplos talentos que trafega com autoridade entre literatura e música, fez uma descrição mais erudita das ideias de Oswald de Andrade.

Meu primeiro contato com a obra de Oswald de Andrade foi em 1966, quando José Celso Martinez Corrêa, diretor do Teatro Oficina, me convidou para assistente de direção da montagem de O rei da vela. A peça me parece melhor que o texto. Marcou o ápice do movimento tropicalista, uma forma irreverente de reação à ditadura militar.

Tentei gostar dos demais livros de Oswald de Andrade. Não consegui. Considero-os anárquicos demais para para o meu gosto. Penso que o autor causou mais furor que os próprios livros. Talvez seja essa a razão por que Candido e Wisnik realçaram o homem e suas ideias e deixaram de lado a obra dele.

Aplaudi entusiasmado a dupla Bartolomeu Campos de Queirós e Ana Maria Machado, na mesa do Movimento Brasil Literário. Bartô frisou que a escola não educa, adestra. Cobrativa, impede que os alunos de usufruírem da liberdade que a literatura requer. Não há leitura proveitosa se o objetivo do professor é conferir o quanto e como se leu. Não por acaso, lembrou ele, alunos castigados são, às vezes, remetidos à biblioteca.

A biblioteca deve ser o espaço de diálogo e não apenas de consulta, sugeriu Bartô. O livro não é apenas um texto que se lê, é também um texto que o leitor, dialoga como ele, muda sua ótica da vida, interpela e faz sonhar. “Não há problemas novos na vida humana. Há, sim, novas maneiras de encarar os mesmos problemas”, acrescentou o autor de Vermelho amargo.

O papel da literatura é ampliar o nosso campo de visão, aprofundar nossa consciência crítica e dilatar nosso potencial onírico. Viver sem sonhar é mero sonanbulismo.

Atraiu interesse, na Flip, o debate entre o neurocientista Miguel Nicolelis e o filósofo da religião. O primeiro, otimista; o segundo, cético. Nicolelis investiga a capacidade de o cérebro comandar aparelhos, de modo a mover membros mecânicos de um tetraplégico.

Tomara que, Brasil afora, se multipliquem festas e feiras literárias. São espaços de debate de ideias e opiniões.”
(FREI BETTO, é escritor, autor, em parceria com Domenico de Masi, de Diálogos criativos (Sextante), entre outros livros, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de julho de 2011, Caderno CULTURA, página 10).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na Revista VEJA, edição 2225 – ano 44 – nº 28, de 13 de julho de 2011, páginas 108 a 112, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Precisamos de educação diferente de acordo com a classe social

No fim do artigo do mês passado, lancei aos nossos congressistas uma sugestão: que façam uma lei determinando que toda escola pública coloque uma placa de boa visibilidade na entrada principal com o seu Ideb. A lógica é simples. Em primeiro lugar, todo cidadão tem o direito de saber a qualidade da escola que seu filho frequenta. Hoje esse dado está “escondido” em um site do Ministério da Educação. É irrazoável achar que um pai que nem sabe o que é Ideb vá encontrar esse site. Já que o dado existe e é de grande relevância para a vida do aluno e de sua família, não vejo nenhuma razão pela qual ele não seja divulgado para valer. Em segundo lugar, acredito que essa divulgação pode colaborar para quebrar a inércia da sociedade brasileira em relação às nossas escolas. Essa inércia está ancorada em uma mentira: a de que elas são boas. Os pais de nossos alunos, tanto das instituições públicas quanto das particulares, acham (em sua maioria) que a escola de seus filhos é muito melhor do que ela realmente é (em outra oportunidade falarei sobre as escolas particulares). Não é possível esperar uma mobilização da sociedade em prol da educação enquanto houver esse engano. Ninguém se indigna nem se mobiliza para combater algo que lhe parece estar bem. E não acho que seja possível a aprovação de qualquer reforma importante enquanto a sociedade não respaldar projetos de mudança, que hoje são sempre enterrados pelas pressões corporativistas.

A sugestão desencadeou dois movimentos rápidos, enérgicos e antagônicos. Por um lado, houve grande acolhimento da ideia entre os reformistas. Ela deu origem a dois projetos de lei no Congresso, dos deputados Edmar Arruda e Ronaldo Caiado, que já chegaram à Comissão de Educação da Câmara, na qual será relatados por Lelo Coimbra. Já foi aprovada como lei municipal em Teresina, em projeto de Ronney Lustosa, e tramita como lei estadual no Piauí e em Mato Grosso. Está em discussão em outras cidades, entre elas São Paulo, onde o vereador Floriano Pesaro e o secretário de Educação, Alexandre Schneider, desenvolvem o projeto de lei. Depois que lancei a idéia nas páginas de VEJA, vários veículos de mídia já a apoiaram: a Folha de S. Paulo, o Grupo RBS, o Grupo ORM e o jornal O Globo. Nizan Guanaes cedeu o talento do seu Grupo ABC para trabalhar na formatação gráfica e na normatização da placa.

Ao mesmo tempo, a proposta vem sofrendo resistências. As críticas são interessantes: escancaram uma visão amplamente difundida sobre os nossos problemas educacionais que não podemos mais ignorar ou tentar contornar. Precisam ser endereçadas. São compartilhadas por gente em governos, na academia, por jornalistas e ongueiros. É uma mistificação inclusiva, que acolhe pessoas de todas as idades, geografias, níveis de renda e intelectual.

Disporia essa visão em três grupos, que postulam o seguinte: 1. para o aluno pobrem o objetivo principal é estar na escola; se aprender, é um bônus; 2. a finalidade da escola deve ser o bem-estar do professor; 3. é impossível esperar que o aluno pobre, que mora na periferia e vem de família desestruturada, aprenda o mesmo que o de classe média ou alta. Claro, ninguém diz isso abertamente, mas é o corolário do seu pensamento. Vejamos os exemplos.

Grupo 1: o secretário da Educação do Rio Grande do Sul, José Clovis de Azevedo, declarou, em evento oficial em que falou como palestrante, a respeito de uma escola que tem o mais baixo Ideb da Grande Porto Alegre, que “o importante desse escola não é o Ideb, mas o fato de ser uma escola inclusiva”, pois recebe alunos de áreas de baixa renda etc. Essa é apenas uma manifestação mais tosca e descarada de um sentimento que você já deve ter encontrado em uma roda de conversa quando, por exemplo, alguém defende a escola quando, por exemplo, alguém defende a escola de tempo integral porque tira a criança da rua ou do contato com seus amigos e familiares. É como se os pobres fossem bárbaros e a função da escola fosse civilizar a bugrada. O próprio MEC utiliza o conceito de “qualidade social” da educação, em contraposição a “qualidade total”, esta última representada pelo aprendizado dos alunos. Não conheço nenhuma definição acurada e objetiva do que seria essa “qualidade social”, então utilizo a de um site da UFBA: “A Qualidade Social da Educação Escolar, para o contexto capitalista global em que se encontram nossas escolas, diz respeito ao seu desempenho enquanto colaboradora na construção de uma sociedade mais inclusiva, solidária e justa”. A minha visão de educação é de que a inclusão social se dará justamente por meio do aprendizado dos conteúdos e das competências de que esse jovem precisará para ter uma vida produtiva em sociedade: todas as pesquisas indicam que gente mais (e bem) instruída recebe maiores salários, e é através desse ganho de renda que as populações marginalizadas se integrarão aos setores não marginalizados da sociedade e romperão o ciclo secular de pobreza e exclusão. Acho criminoso contrapor essa “qualidade social” ao aprendizado ou usá-la como substituição deste, porque sob nenhuma condição o ignorante e despreparado poderá triunfar no mundo real. Muitos educadores acham que seu papel é suprir as carências – de afeto, higiene, valores de vida etc. – manifestadas pelos alunos. Podem não conseguir alfabetizá-los ou ensinar-lhes a tabuada, mas a “educação é muito mais que isso”, e há uma grande vantagem: o “muito mais que isso” não é mensurável e ninguém pode dizer se a escola está fracassando ou tendo êxito nessa autocriada missão.

Outra secretária, Rose Neide, de Mato Grosso, é boa representante do grupo 2. Ao comentar a proposta de lei em palestra recente, Rosa afirmou ser contrária a ela, pois sua aprovação traria grande dificuldade à secretaria, que se veria atolada de pedidos de alunos de escolas ruins querendo ir para escolas boas, e também causaria grande estigma aos professores das escolas ruins. É uma visão ecoada por muita gente boa que, sempre que ouve alguma medida da área educacional, se pergunta como isso impactaria seus profissionais. Parte das pessoas que pensam assim o faz por cálculo político: quer ficar “bem na foto” com os “coitados” professores, ou pelo menos não tomar as bordoadas destinadas àqueles que não se submetem à sua cartilha. Parte o faz por reflexo espontâneo: a discussão sobre o tema no Brasil foi de tal maneira dominada, nas últimas décadas, pela corporações de seus profissionais que eles se tornaram nossa preocupação número 1. Ouvimos a todo instante sobre a necessidade de “valorizar o magistério” e “recuperar a dignidade do professor”, que é um adulto, que escolheu a profissão que quis trilhar e é pago para exercê-la. Apesar de o aluno ser uma criança e de ser obrigado por lei a cursar a escola, nunca vi ninguém falando na valorização do alunado ou na recuperação de sua dignidade. Por isso, faz-se necessário dizer o óbvio: a educação existe para o aluno. O bom professor (assim como o diretor e os demais funcionários) é uma ferramenta – importantíssima – para o aprendizado. Mas ele é um meio, não um fim em si. Se o professor estiver satisfeito e motivado e aluno ainda assim não aprender, a escola fracassou. O lócus das nossas preocupações deve ser, em primeiro lugar, o aluno. Em segundo, o aluno. E em terceiro, aí sim... o aluno.

Mas sem dúvida a oposição mais comum vem dos membros do grupo 3, que usam a seguinte palavra mágica: contextualizar. Escreve Pilar Lacerda, secretária da Educação Básica do MEC: “Divulgar o Ideb é necessário. Mas o contexto onde está a escola faz muita diferença nos resultados. Por isso é perigoso (sic) uma comparação ‘fria’ dos resultados”. Quer dizer: não é possível avaliar a escola de alunos pobres e ricos da mesma maneira. Não se pode esperar que pobres aprendam o mesmo que ricos, por causa da influência do meio sobre o aprendizado. De forma que colocar uma placa com o aprendizado em uma escola sem atentar para o contexto social em que ela está inserida seria dar uma falsa impressão da verdadeira qualidade daquela escola e do esforço de seus profissionais. Essa visão é caudatária de um mal que acomete grande parte dos nossos compatriotas: o de achar que o esforço importa mais que o resultado. Ela pode dar algum conforto para os tropeços que alguém sofre em sua vida pessoal, mas na vida pública de um país, especialmente quando lidamos com gente com dificuldades, acho que devemos ser radicais: o esforço é absolutamente irrelevante, só o que importa é o resultado. Nesse caso, o aprendizado dos alunos. Tanto para o aluno quanto para o país. Porque aquele aluno, quando sair da escola e for buscar um emprego, não vai poder dizer: “Eu não sei a tabuada, não falo inglês nem sei o que é pretérito imperfeito, mas o senhor deveria me contratar, porque eu nasci numa favela, meu pai me abandonou quando eu tinha 2 anos”. Da mesma forma, se exportamos um produto mais caro e de menor qualidade que seus concorrentes, não poderemos esperar que o consumidor final decida comprar o nosso produto por ele conter uma etiqueta que diga: “Atenção, produto fabricado em país que só aboliu a escravidão em 1888 e foi vitimado por secular colonialismo predatório”. O que importa é aquilo que o aluno aprende. É mais difícil fazer com que esse aluno, nesse contexto, aprenda o mesmo que outro de boa família? Sem dúvida! Mas o que precisamos fazer é encarar o problema e encontrar maneiras de resolvê-lo. O problema dessas escolas não é como os seus resultados ruins são divulgados, se serão servidos frios, quentes ou mornos: o problema são os resultados! E, quando começamos a querer escamotear a realidade, a aceitar desculpas, quem sofre é o aluno. Dados do questionário do professor da penúltima Prova Brasil tabulados pelo economista Ernesto Faria para a Revista Educação mostram que mais de 80% dos mestres dizem que o baixo aprendizado “é decorrente do meio em que o aluno vive”. Mais de 85% dos professores também apontam “o desinteresse e a falta de esforço do aluno” como razões para o insucesso da escola. A China mostra que a ideia de que não pode haver educação de alto nível em cenário de pobreza é balela: no último Pisa, o teste de educação mais conceituado do mundo, sua província de Xangai, que tem nível de renda per capita muito parecido com o brasileiro (11 118 dólares versus 10 816 dólares no Brasil), apareceu em primeiro lugar em todas as disciplinas estudadas, enquanto o Brasil não ficou nem entre os cinquenta melhores. Relatório recente da OCDE (disponível em twitter.com/gioschpe) mostra que nosso país também fica na rabeira na recuperação de seus alunos pobres: é que nosso sistema educacional não sabe como ensiná-los, e está mais preocupado em encontrar meios de continuar não enxergando essa deficiência do que em solucioná-la. Por isso eu digo: precisamos, sim, de ensino e padrões diferentes para ricos e pobres. Mas é o contrário do preconizado pela maioria: precisamos que a escola dos pobres ensino mais do que a dos ricos. É difícil? Muito. Mas deve ser a nossa meta. Porque, se não for, não estaremos dando igualdade de oportunidades a pessoas que já nascem com tantos déficits em sua vida. E, se o Brasil como um todo não melhorar seu nível educacional, jamais chegará ao Primeiro Mundo. Esse é o non sequitur desse pensamento dos “contextualizadores”: seria necessário nos tornarmos um país de gente rica para que pudéssemos dar educação de qualidade a todos. Mas a verdade é que o salto da educação precisa vir antes: sem educação de qualidade, não teremos desenvolvimento sustentado. Podemos nos enganar com um crescimento econômico puxado pela alta de valor das commodities, mas em algum momento teremos de encarar a realidade: um país não pode ser melhor, mais rico e mais bem preparado do que as pessoas que o compõem.”

Eis, portanto, mais páginas contendo SÉRIAS, GRAVES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES, que acenam para a PRIORIDADE ABOSULA das POLÍTICAS PÚBLICAS: a EDUCAÇÃO, e não há outro jeito, de QUALIDADE e para TODOS... e este é apenas mais um dos GIGANTESCOS DESAFIOS que estão a nos ESPREITAR, na caminhada rumo ao PRIMEIRO MUNDO... Não se pode CONTORNAR a VERDADE, se o que se QUER é CONHECER... e EDUCAR...

Porém, NADA, NADA mesmo, nos ABATE e ARREFECE nosso ÂNIMO, nosso ENTUSIASMO e nosso OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS, previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁRIAS (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO em 2104, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigência do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIV ERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO E OS DEVERES DE CASA E DE ENSINAR

“Dever de casa
Os alunos brasileiros, com raras exceções, passam pouco tempo na escola. Este é um dos principais motivos da péssima posição do país nas avaliações do Programa Internacional de Avaliação Comparada (Pisa). Na China, na Coreia do Sul, no Japão e na Finlândia, países que se destacam nessas provas seguidamente, os estudantes ficam nos colégios o dia todo. Seu desempenho, portanto, é proporcional ao tempo que dedicam aos estudos. Por isso, é necessário que nossos alunos compensem esse pouco tempo passado na escola estudando em cada. Uma das maneiras de fazer isso com eficiência é realizar bem o dever de casa.

É muito importante que os professores passem todos os dias deveres de casa. Eles constituem um importante recurso para orientar o aluno a estudar sozinho, a desenvolver o senso de organização em relação a horário e tempo de estudo e a se autodisciplinar. Ao compreender a relevância de realizar bem seus deveres de casa, o aluno desenvolve o hábito de estudo diário. É necessário também que o professor oriente o aluno a se organizar em relação aos deveres de casa, já que sua realização se dará fora da escola. Assim, precisa garantir que sejam anotados na agenda, que sejam dosados adequadamente, que evidenciem coerência em relação aos conteúdos estudados em sala de aula e reflitam aplicabilidade nas avaliações. Cabe ao professor desenvolver mecanismos de verificação desses deveres e garantir sua correção.

Pesquisas comprovam que os alunos com melhores resultados dedicam um bom tempo em casa, fazendo todos os deveres. Ao fazer as tarefas de casa, o estudante fixa o conteúdo, identifica dúvidas para solucionar na aula seguinte e, principalmente, aprende a planejar seus estudos. Quanto mais dever de casa o aluno faz, mais ele estuda, mais aprende e, consequentemente, melhores resultados alcança. Como o dever é feito em casa, cabe aos pais colaborarem, a fim de que os filhos contem com as condições necessárias para realizá-lo. Desse modo, precisam garantir um espaço adequado à concentração, devem verificar se o tempo dedicado às tarefas é adequado à sua plena realização, além de avaliar o real compromisso dos filhos com o dever de casa. Pesquisas comprovam que os pais têm um papel importante na formação do hábito de estudo diário dos estudantes. Famílias que dedicam tempo exclusivo para acompanhar o estudo dos filhos em casa expressam suas expectativas em relação aos resultados que deles esperam colaboram diretamente para o sucesso escolar. De acordo com Cláudio Moura e Castro, “aprender só é leve e divertido depois que se toma gosto de lidar com os assuntos entendidos. Antes, é suor. O papel dos pais é colaborar nesse processo, por mais árduo que seja”.

É importante que a escola e os pais trabalhem juntos, em harmonia. Os pais precisam deixar claro para os filhos que entendem a função do dever de casa, que não é punitivo, mas que é uma forma que a escola tem de ajudá-los a aprender mais e, consequentemente, alcançar melhores resultados. Os filhos precisam perceber claramente que o dever de casa é uma obrigação deles enquanto estudantes e que a família entende e valoriza essa estratégia da escola. Portanto, é necessário um esforço conjunto entre escola e família. Se cada uma das partes cumprir bem sua função, o grande vencedor será o aluno, pois contará com uma formação que lhe possibilitará vencer os inevitáveis desafios que terá pela frente e realizar-se como profissional competente e pessoa proativa na sociedade em que vier a atuar.”
(CLÁUDIA NAVES INNECCO, Assessora pedagógica do Colégio Magnum, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de junho de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, página 9, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Diretor do Master em Jornalismo, professor de ética e doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O dever de ensinar

Recentemente, a imprensa noticiou que, para evitar discriminações, o Ministério da Educação (MEC) quer renunciar ao dever de ensinar. Por exemplo, entende que pode promover o preconceito a explicação em sala de aula de que a concordância entre artigo e substantivo é uma norma da língua portuguesa. Dessa forma, o MEC aconselha relativizar. Segundo o ministério, a expressão “os carro” também seria correta. A sociedade, quando se deu conta do que o MEC estava propondo, foi unânime na sua indignação. Afinal, a oportunidade de aprender bem a sua língua deve ser um direito de todos.

Nesse caso, no entanto, penso que está em jogo mais do que a norma culta da língua portuguesa. Implicitamente, o MEC nos diz: na busca por um “mundo mais justo” (sem preconceitos) pode ser aconselhável dizer algumas mentiras. Na lógica do ministério, o conhecimento é munição para a discriminação.

Vislumbra-se aí uma visão de mundo, na qual o critério político prevaleceria sobre a realidade das coisas, sobre a verdade. E aqui reside o ponto central, cuja discussão é incômoda para uma sociedade que não deseja utilizar o conceito “verdade”. Este seria apropriado apenas para uma agenda conservadora; os contemporâneos já não deveriam utilizá-lo mais.

Mas, por que será que a “verdade” é tão incômoda? Porque ainda estamos imersos no sofisma moderno que confunde “ter um conhecimento certo sobre algo” com “ser dono da verdade”. O engano está em equiparar “conhecimento limitado” – que é onde sempre estaremos – com “todo conhecimento é inválido”.

Outro influente motivo para evitar o uso do conceito “verdade” é a aspiração por liberdade. As “verdades” tolheriam a nossa autonomia, imporiam uns limites indesejáveis, no mínimo acabariam diminuindo a nossa liberdade de pensamento. O MEC – de fato – entende assim: numa sociedade plural, não se poderia ter apenas uma única norma culta para a língua portuguesa. Deixemos os nossos alunos “livres” para escolher as versões.

Não será que ocorre exatamente o contrário? Quem conhece bem a língua

portuguesa tem a liberdade de escolher qual forma – num texto literário, por exemplo – expressa melhor a sua ideia; e pode inclusive abrir mão da norma culta, num determinado momento. Só terá a segurança dessa escolha quem conheça a norma culta; caso contrário, serão tiros no escuro.

Entre liberdade e verdade não vige uma relação dialética. Elas andam juntas. O que pode provocar um antagonismo com a liberdade é uma versão absolutista de verdade, encarnada pelo sujeito que entende ser o “dono da verdade”. Já não será hora de superarmos a disjuntiva moderna e estabelecer uma relação amigável com a “verdade”? Não significa fazer um pacto “espiritual” com o universo ou assinar uma espécie de declaração de alienação, abdicando do uso da inteligência e da crítica. A proposta que aqui se faz nada mais é do que buscar uma relação de honestidade intelectual com a realidade e com os outros.

Penso que essa relação de honestidade intelectual está na origem da cultura ocidental, ainda lá com os gregos. É um processo de aprendizagem, que a leva a reconhecer os próprios erros, a revisar as condutas, e, ainda que não retilíneo, trouxe indubitáveis bens (ainda não plenamente alcançados, mas que indicam a meta): o reconhecimento da dignidade da pessoa humana, o respeito e a valorização da mulher, a rejeição da escravidão, a democracia como expressão dessa dignidade, a tolerância, a compreensão etc.

Aquilo do qual mais nos orgulhamos não foi alcançado brigando com a “verdade”, dizendo que tudo era relativo, que dava na mesma A ou B. Nessa lógica aparentemente ampla – mas que no fundo é estreita (porque não está aberta à realidade e aos outros: impera o subjetivo) –, quem ganha é o mais forte. Já não existe um referencial adequado para o diálogo. Ficam as versões. Ficam os discursos. E ficamos à mercê dos Sarneys e, agora, dos Paloccis.

Ministério da Educação: os alunos saberão fazer bom uso das regras de português. Não lhes impeça o acesso ao conhecimento e, principalmente, não lhes negue um dos principais motores para o crescimento pessoal: a confiança.”

Eis, pois, mais páginas contendo SÉRIAS e EDIFICANTES abordagens e REFLEXÕES acerca daquela que, e como CLAMAMOS, a que DEVE ser a PRIORIDADE ABSOLUTA das POLÍTICAS PÚBLICAS: a EDUCAÇÃO, de QUALIDADE, patamar privilegiado do mundo CIVILIZADO e DESENVOLVIDO...

Mas, NADA, NADA mesmo, ARREFECE e ABATE o nosso ÂNIMO, o nosso ENTUSIASMO, o nosso OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS, previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTIAS (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A CIDADANIA, A VIDA MODERNA E SEUS SABERES

“Vida moderna
A vida moderna tem nos acrescentado muitos conhecimentos e experiências decorrentes de uma verdadeira revolução científica e tecnológica. Com tantas opções, o tempo fica curto e as pessoas se estressam, cada vez mais, para conseguir realizá-las. A verdade é que o ser humano nunca foi tão exposto a tantas novas tecnologias, hábitos e estresses como hoje: inúmeras atividades diárias, alta competitividade na escola, no trabalho, alto consumismo e adaptações a tantos novos hábitos. Ser extremamente ativo e altamente competitivo em tudo significa ter saúde e boa performance.

A vida moderna parece exigir estresse e, absurdamente, parece que certas pessoas sentem prazer em dizer que estão estressadas. Estresse seria um novo inusitado vício? Mas, de acordo com estudos, o estresse representa dois terços das queixas daqueles que freqüentam os consultórios médicos. Ele diminui a nossa qualidade de vida e gera inúmeras doenças, que podem ser simples dor de cabeça ou mal-estar, perda de sono, cansaço, úlceras, amnésia, ata ques cardíacos, derrames, depressão e até suicídio. Dormir pouco é outro resultado da vida superagitada. Em 2010, pesquisadores da Universidade de Warwick e da Universidade de Medicina Federico 2º descobriram que dormir menos de seis horas por noite aumenta em 12% os riscos de problemas de saúde e diminuição da expectativa de vida.

Importante destacar que além da duração, a qualidade do sono é fundamental. O sono saudável proporciona menor batimento cardíaco, melhor circulação sanguínea e maior oxigenação em todo o organismo. Infelizmente, com tantas exigências e performances múltiplas na sociedade moderna, o descanso, equivocadamente, tem significado ociosidade. Estudar e dominar múltiplos idiomas, produzir e ganhar muito dinheiro, correr, dirigir e enfrentar trânsito, trabalhar, malhar, viajar, assistir muito à TV, conectar-se à internet e passar horas no computador tem sido a nossa agenda. Até que ponto a tecnologia tem movido os indivíduos? Como analisar a corrida desenfreada para comprar e esgotar momentaneamente estoques de novidades tecnológicas lançadas, como IPhone, IPad, tablets, TV LED Full HD, Stimy Pad, smart TV, entre outras? Consumismo e vícios preocupantes. O fato ocorre com adultos e jovens. Pesquisa recente com 3,5 mil adolescentes na Universidade de Yale (EUA) mostrou que um em cada 25 jovens fica muito tenso longe do computador e mostra correlação entre alto uso de internet a casos de depressão, uso de drogas e comportamentos agressivos.

Depois de muitos estudos, dados recentes e preocupantes divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam para a correlação entre o uso excessivo de celular e a maior incidência de câncer, especialmente no cérebro. Espantosamente, o Brasil tem mais de 207,5 milhões de assinantes da telefonia celular. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 17 estados brasileiros registraram a marca de mais de um celular por habitante. Há pessoas que têm até quatro celulares fala-se ao celular até no trânsito! A poluição sonora e os efeitos constantes das ondas eletromagnéticas no organismo precisam ser reavaliados. Com certeza, há que se repensar os riscos de tantas tecnologias.

O cérebro trabalha sempre acelerado e, claro, também o coração e todo o organismo. Nesse frenesi por viver e experimentar modismos, onde fica o descanso? Aprender a dar pequenas pausas e relaxar é fundamental. Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Harvard mostram que o relaxamento profundo aumenta a imunidade e aciona genes que proporcionam bem-estar e protegem o organismo especialmente contra pressão alta, dores e artrite reumatóide. Importante ter um tempinho para relaxar todos os dias e obter serenidade. Importante também saber preservar a nossa própria identidade para além de tantos modismos e repensar os custos de tantas tecnologias e estresses. Buscar o equilibro em tudo isso, com certeza denota inteligência e capacidade de decidir sobre os nossos melhores comportamentos e hábitos.”

(VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação, professora da Universidade do Ceará, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de junho de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, edição de 17 de junho de 2011, página 11, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A vida e seus saberes

É simples, mas ao mesmo tempo desafiador, concluir que a vida se conduz e se sustenta de saberes, que são muitos, fonte de poder e até de dominação. Sabido pode ser entendido como aquele que consegue, com palavras e artimanhas, ludibriar os outros. Encontrar saídas e passagens, fazer valer e alcançar seus objetivos e metas, até quando são espúrios e distantes do que se entende e é cidadania. Já vão se tornando obsoletas, e até ridículas, frases ou atitudes que caracterizaram a sagacidade política. Por exemplo, a arte de engambelar os outros, prometer e não cumprir, dar tapinhas nas costas para agradar ou fazer afirmações – até contrárias à própria convicção – para garantir simpatias e resultados positivos para pretensões, mesmo distantes, em projetos próprios.

É esperançoso ver desmoronar, ainda que lentamente, esse traço antipático na cultura e nas posturas, fruto da projeção que a exigência e o gosto pela transparência e a verdade emolduram na vida social e política. Os saberes científicos alargam horizontes, corrigem descompassos, realimentam a esperança de conquistas e momentos novos mais propícios para a vida. Esses saberes constituem um tesouro que expressa a magnificência da inteligência humana, os engenhos admiráveis das pesquisas que modificam perspectivas. Abrem possibilidades e configuram esperanças e boas condições para o viver humano e tratamentos mais racionais da natureza. Dão iluminação diferente ao sentido da vida, ao grande e crucial desafio da existência.

Está localizada na gama complexa e fascinante dos saberes – ciência, política, arte, tecnologia – a referência, sem igual, do saber que é a sabedoria. Vale lembrar o tesouro da palavra de Deus, no Livro bíblico da sabedoria, referência insubstituível e coluna de sustento na vida do povo de Deus, a compreensão da sabedoria como virtude e companheira. No oitavo capítulo dessa obra, ela é tida como um amor que se procura desde a juventude. Quem quer ser sábio deve buscá-la com a pretensão de fazê-la sua esposa, compreendendo que ela é conhecedora da ciência de Deus, é quem seleciona as obras do Criador, é artífice do bom senso para tudo o que existe. Essa obra recorda que o amor à justiça é fruto da sabedoria, pois ela ensina a temperança e a prudência, a fortaleza – os bens mais úteis na vida.

Uma experiência vasta, como capacidade de conhecer o passado e entrever o futuro, conhecendo a sutiliza das palavras e as soluções dos enigmas, brota e se mantém pela força da sabedoria. Sem seu saber e o sabor, o bem se compromete, a justiça não é prioridade e a vida fica mais difícil de ser vivida. Perde facilmente o sentido genuíno de dom. Aquele que se empenha, em meio aos embates, para se apropriar de saberes que sustentam o exercício profissional, abre caminhos para ganhos e sustentos da vida, por fazer da sabedoria a sua esposa. “Nela tem uma fiel conselheira para o bem, o conforto nas preocupações e tristezas”, assevera a literatura sapiencial mais genuína do Israel antigo. Por causa dela é que se podem conquistar louvores diante da multidão; o jovem ser honrado pelos anciãos e nos julgamentos se reconhece a perspicácia. De volta para casa, nela se encontra descanso, pois sua companhia não traz amargura nem tédio a sua convivência, mas sim alegria e contentamento.

Os saberes todos têm sua dinâmica e lugar de produção, destinação e atendimento de demandas próprias. O saber da sabedoria não está simplesmente no ar. Ele se produz e se sustenta também em lugares e por dinâmicas. As obras de infraestrutura em instituições ou cidades são de extrema importância. A queixa mais lamentável é a defasagem no atendimento de demandas, com retardamentos que esgotam a paciência, com escândalo de sacrifícios impostos, em especial sobre os mais pobres, com a complicação advinda da falta de mão de obra especializada e de objetividade e honestidade na gerência de processos.

As instituições e cidades precisam também de obras, lugares de produção da sabedoria, certamente o tesouro mais precioso para a vida de cada um, que pode amalgamar diferenças e com elas construir tempos novos. Garantir sentido para a vida, que se não for autêntico e profundo não tem gosto e torna-se campo aterrador de batalhas, disputas, desgostos e vaidades que enjaulam a vida entendida e vivida no efêmero, que está no que é espetacular. É preciso ter obras como lugar, referência símbolo permanente de beleza e ensinamentos, a busca e a súplica, como o sábio Salomão dirigia a Deus, a fonte inesgotável da sabedoria. “Dá-me a sabedoria que se assenta contigo no teu trono, pois ela tudo conhece e compreende e me guiará com prudência.”

Eis, pois, mais PRECIOSAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para os GIGANTESCOS DESAFIOS que estão colocados, exigindo, de ESTADO, GOVERNO E SOCIEDADE a acolhida da EDUCAÇÃO como PRIORIDADE ABSOLUTA e, assim, estabelecermos os PILARES de SUSTENTAÇÃO de uma VIDA que seja DIGNA, HONRADA, ALEGRE, FELIZ e FECUNDA... para TODOS...

Porém, NADA, NADA mesmo, ARREFECE e ABATE o nosso ÂNIMO e o nosso ENTUSIASMO nestra grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXRTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) EM 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

A CIDADANIA, OS RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO E PARA O BRASIL CRESCER

“Verbas da educação

Educação é fator maior de inclusão social e desenvolvimento e o Brasil investe mais na área. Mas, infelizmente há desvio de verbas, corrupção e mau uso o dinheiro público. Segundo a Controladoria Geral da União, o repasse de verbas para a educação representou 30,16% do total em 2010 e 62% das operações em parceria com a Polícia Federal. Escândalos recentes com bolsas o Programa Universidade para Todos (Prouni) e desvios de merenda escolar são inadmissíveis. A merenda escolar receberá R$ 3 bilhões em 2011, isso precisa ser fiscalizado. Mais e 4 mil alunos já foram expulsos o Prouni e outros casos estão sendo analisados. A isenção e impostos das faculdades passa por revisões, assim como o repasse automático. O gasto com a educação no Brasil está próximo os padrões internacionais.

Estudiosos afirmam que o Brasil não investe pouco na educação. O Brasil gasta anualmente 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB), face a 5,7% do PIB aplicados, em média, pelos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O dispêndio brasileiro é maior que o Japão (4,9% o PIB). O Brasil investe R$ 1,9 mil por ano em cada estudante do ensino fundamental e R$ 13 mil em cada estudante de ensino superior. Em sete anos, o número de matrículas na educação superior brasileira aumentou de 3,5 milhões para 5,9 milhões. As universidades investem em ensino, pesquisa e extensão. Mas quais os grandes impactos de pesquisas e grandes projetos socialmente importantes das universidades? O etanol é um exemplo. Temos uma rede pública de ensino superior excepcional e com certeza é fundamental que ocorram grandes retornos sociais para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Apesar dos grandes investimentos, infelizmente no último censo Times Higher Education nenhuma universidade brasileira incluída nas 100 melhores do mundo.

No ensino fundamental, o relatório Education at a Glance mostra que o Brasil é um dos países que menos investem, ganhando apenas a Turquia. Nos últimos anos, o país colocou 95% das crianças de 5 a 14 anos nas escolas, o que é muito importante. Porém, há acesso, mas ainda falta boa qualidade de ensino e boas políticas públicas para reter os alunos na escola. A evasão é grande. No projeto Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o governo já repassou R$ 17,1 bilhões a governos estaduais e municipais desde a criação do projeto em 2007. Sem fiscalização rigorosa, inúmeras irregularidades, que vão desde licitações fraudulentas e apresentação de notas frias até o desvio de dinheiro, ocorrem. Na educação básica, a meta é acabar com o analfabetismo e aumentar a qualidade do ensino. A aplicação recente do importantes piso nacional salarial do professor em R$ 1.187 dignifica a profissão do educador brasileiro. O teto salarial ainda é baixo comparado com outras profissões, mas com certeza dará maior incentivo e poderio aos profissionais.

Valorizando o ensino médio, com o recente Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), o governo promete aplicar R$ 1 bilhão e criar mais 200 escolas técnicas até 2014. R$ 700 milhões para bolsas de estudo e R$ 300 milhões para financiamento estudantil. Com isso, o governo espera reduzir um problema crônica para o crescimento dos serviços e da indústria nacional: a falta de mão de obra qualificada. É um projeto ambicioso, que poderá contribuir para o emprego e a inclusão e milhões de brasileiros, mas precisa ter gestão de 100% do gasto público empregado. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelos programas do livro didático, repõe 16% das publicações. São cerca de R$ 87 milhões aplicados em reposição de livros didáticos para serem distribuídos a alunos do ensino fundamental e médio das escolas públicas do país. Aprimorar o projeto? Sim, mas é necessário que haja vigilância rigorosa e permanente da Controladoria Geral da União, Tribunais de Contas, Ministérios Públicos, Polícia Federal e do próprio Ministério da Educação para fiscalizar e punir com rigor os desvios de dinheiro público na educação brasileira.”

(VIVINA DO C. RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação e professora da Universidade Federal do Ceará, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, vem de artigo publicado na Revista VEJA – edição 2216 – ano 44 – nº 19, de 11 de maio de 2011, e autoria de GUSTAVO IOSCHPE, que é economista, e merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O que o Brasil quer ser quando crescer?

Você sabe qual é o plano estratégico para o Brasil? Quais são as nossas metas, aonde queremos chegar? Que tipo de país queremos ser no futuro? Eu confesso não saber. Os slogans e prioridades dos últimos governos não apontam para um programa positivo, sobre nossos anseios e planos, mas sim para uma agenda negativa: sabemos aquilo que não queremos ser. Não queremos ser um país excludente, mas sim “um país de todos”. Queremos a perseverança – “sou brasileiro e não desisto nunca” –, apesar e não estar claro qual o objetivo da persistência. Dilma agora fala na “erradicação da miséria” como seu grande objetivo. Ainda que nobre, tampouco aponta um rumo, apenas indica o que não queremos ser. Há inúmeras maneiras de ser um país de todos e em que não há miséria. A Suécia nos dias que correm, por exemplo. A Alemanha também seria uma boa candidata. Mas esses dois países são bastante diferentes, e chegaram a esse ponto por caminhos distintos. Qual será o nosso? Seremos o celeiro do mundo? Tentaremos quebrar a escrita e nos tornar a primeira nação a alcançar o patamar o Primeiro Mundo através da exportação de commodities? Seremos um centro industrial? De baixa tecnologia ou alta? E a nossa economia política? Manteremos essa pseudossocial-democracia que vem imperando por inércia? Que nível de desigualdade de renda toleraremos, que peso o estado terá? Sucumbiremos ao apelo do consumismo, à la EUA, ou privilegiaremos o tempo livre e a exploração cultural, como faz a França? As questões se acumulam e eu, pessoalmente, não conheço nenhuma liderança política ou intelectual que tenha esboçado um projeto completo e país para a geração e nossos filhos e netos. Pode ser que esse improviso dê certo. Pode ser que tropecemos no modelo ideal à medida que fizermos o caminho. Mas creio que estamos mais propensos a validar o antigo ditado chinês segundo o qual não há bons ventos para quem não sabe aonde quer chegar.

Uma das áreas que mais sofrem com essa indecisão é a educação. Há uns cinco anos, fiz uma consultoria para o Ministério da Educação em que analisei o trajeto de países que, no passado ou atualmente, tiveram grandes avanços em sua educação. Foram examinados dez países que podiam dar algumas lições ao Brasil: Alemanha, Argentina, Austrália, Coreia, Chile, China, Espanha, Irlanda, Inglaterra e Tailândia.

Uma das conclusões do estudo (disponível na íntegra em twitter.com/gioschpe) foi que, nos países em que os saltos educacionais acompanharam saltos de desenvolvimento, a modelagem do sistema educacional estava profundamente atrelada ao projeto estratégico da nação. Isso se dá de duas maneiras.

A primeira é que a visão e futuro que essas nações perseguem é o elemento primeiro e fundamental a nortear as ações de governantes e lideranças da sociedade civil da área educacional. Assim como a infraestrutura, a tributação, as relações exteriores e muitas das demais áreas que são responsabilidade de governantes, a educação não funciona autonomamente: ela se subordina a um projeto de país.

A segunda é que não apenas o objetivo educacional está atrelado ao objetivo econômico-estratégico, mas também o tipo de educação priorizada é determinado pelo caminho escolhido pelo país para atingir seu objetivo de crescimento. Esse modelo de crescimento, por sua vez, deriva de uma série de características e vantagens comparativas específicas o país em questão. Tanto a China quanto a Irlanda buscam se desenvolver, mas optam por caminhos bastante distintos. A China, com seu enorme território e população, quer ser a fábrica do mundo, começando pelos itens e baixo valor agregado e gradualmente subindo os degraus necessários rumo às indústrias mais desenvolvidas. Seu sistema educacional acompanha e abastece a empreitada: a educação básica da província de Xangai recentemente ficou em primeiro lugar no mundo no teste Pisa, e nas universidades o governo faz um esforço concentrado para repatriar os cientistas de origem chinesa que hoje trabalham nas grandes universidades ocidentais. A China preserva sua indústria, interfere no câmbio e exporta para o mundo. A educação chinesa é rígida, tradicionalista, competitiva.

Já a Irlanda é um país pequeno demais para adotar estratégia semelhante. No fim dos anos 80, transformou-se em uma nação de grande abertura para o mundo e com baixos impostos. Valeu-se de um ativo importante – falar inglês – para atrair empresas globais. Preocupou-se em ter uma população qualificada em todos os níveis: até hoje, tanto no ensino secundário quanto na universitário, o aluno Pode escolher entre uma escola acadêmica, que leva à universidade, e uma escola vocacional/profissionalizante, que leva, também ao ensino superior, a institutos técnicos. O jovem sai do sistema educacional com uma educação de ponta, quer ele vá ser cientista e advogado ou gerente de banco e agente e viagens. Poderá trabalhar, com competência e criatividade, nas empresas estrangeiras que adotam a Irlanda como base europeia.

No Brasil, que tem um dos piores sistemas educacionais do mundo, as coisas são ao contrário. Não temos um projeto de país e a educação é desconectada do país. Não é percebida como um ferramenta estratégica para o desenvolvimento, mas como um fim em si mesmo, como um direito do cidadão e pronto. Quando os educadores se referem à sociedade, o objetivo mais freqüente não é perscrutar-lhe os anseios, mas reclamar. Não fossem os malditos pais dos alunos (que não cooperam, são incultos, bebem, mimam seus filhos, divorciam-se deixando famílias desestruturadas...), a escola brasileira produziria os resultados de uma Finlândia. Pior ainda, o pensamento educacional brasileiro é tão original e autóctone quanto a arquitetura que recria o neoclássico parisiense no topo de espigões às margens de rios fétidos. Somos o pior tipo de colonizados: formalmente livres, mas intelectualmente amarrados às antigas metrópoles, incapazes de pensar sozinhos. Nossa teoria educacional é importada de outros países, porque o que dá gabarito é estar inserido na discussão dos temas candentes na Europa ou nos EUA, mesmo que seja a respeito dos problemas deles, que não têm nada a ver com os nossos.

A sociedade civil precisa recuperar nossa educação e subordiná-la aos interesses nacionais. Precisamos criar uma geração de pensadores que se esqueça dos simpósios em Madri e pense no que funcionará para alfabetizar as crianças de Madureira. E precisamos de um projeto de país – criado aqui, tendo em mente nossa cultura, recursos e instituições – que oriente e catalise todo esse esforço. Enquanto esse projeto não chega, nossa escola deve se mobilizar para construir o primeiro passo, comum a qualquer projeto futuro: toda criança plenamente alfabetizada ao fim da 2ª série.

P.S.: o artigo do mês passado foi para a gráfica no dia da tragédia de Realengo. Pensei em abordar o tema neste mês, mas não há nenhum aprendizado para o país: foi o ato de um doente mental. Lamento muito a trágica e estúpida perda de vida de doze crianças, mas acho que devemos nos ocupar mais dos milhões e anônimos de nossas escolas, que são diariamente massacrados e intelectualmente amputados por um sistema que, sem estardalhaço, lhes suga a possibilidade de uma vida plena e digna.”

Eis, pois, mais RICAS e CONSISTENTES abordagens e REFLEXÕES acerca dos GIGANTESCOS e INADIÁVEIS DESAFIOS que nos ATRASAM, nos INQUIETAM e EXIGEM acurada RESPOSTA: a construção de um PROJETO para o PAÍS, a partir da ALAVANCA MÓR – a EDUCAÇÃO em sua CONCEPÇÃO mais REAL, PROFUNDA e ABRANGENTE... Tudo isso ao lado da MONACAL PROBLEMATIZAÇÃO das questões que são CRÔNICAS e RECORRENTES: a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO, O DESPERDÍCIO e a desgovernada DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRAS, que SANGRAM nossa ECONOMIA e MINAM, entre outros, nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA, cruciais PILARES do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL...

NADA, NADA mesmo,  nos ABATE e nos ARREFECE em nosso ÂNIMO e em nosso ENTUSIASMO, e mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

A CIDADANIA, A PAZ SOCIAL E O MARKETING EDUCACIONAL

“PAZ

Para leitor, educação é ferramenta básica

‘A paz social é algo que todas as nações buscam. Não cai do céu, não surge de repente à sua frente, nem aparece com um estalar de dedos. Para alcançá-la, deve-se trabalhar , diuturnamente, vários que, somados, vão permitir que se atinja tão nobre objetivo. Um deles é a educação formal das crianças. O comportamento do ser humano é reflexo do que ele vê, vivencia e aprende. Quanto mais cedo for transmitida essa cultura para as crianças, mais facilmente serão incorporados pelas futuras gerações os valores desejados. É assim que se forma um cidadão, que a cidadania é construída. Via educação, pode-se trabalhar os pequeninos ensinando-lhes o que é respeito, justiça, lazer, responsabilidade, carinho, trabalho e cidadania. Países desenvolvidos não medem esforços por uma boa educação. Investimentos maciços são destinados a esse setor da sociedade. Na Coreia do Sul, o cargo de professor é altamente almejado e, por isso, a disputa é acirrada para exercer essa profissão, tão valorizada social e financeiramente por lá. Nos Estados Unidos, estão as melhores universidades do mundo. No Japão, que virou um caos depois do tsunami, a ordem prevaleceu e não houve ocorrência de furtos país afora. A sociedade que investe desde cedo na educação de suas crianças dá um passo precioso e mais próxima estará da tão sonhada harmonia social.’

(MÁRCIO MÁRIO DE ALMEIDA, em carta à Redação do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10).

Mais uma IMPORTANTE, OPORTUNA e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SÉRGIO MARTINS, Sócio-Diretor da Carvalho Martins Comunicação, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Marketing educacional


Hoje é o Dia da Educação, uma ótima oportunidade para refletirmos sobre como está o marketing educacional em relação a estatísticas, nível de aprendizagem nas escolas brasileiras e maquiagem de dados para garantir melhores índices de divulgação. O termo marketing educacional significa gestão e planejamento de ações em comunicação integrada para gerar um posicionamento/discurso de instituições com público. Essa especialidade, que para muitos passa despercebida, responde por um mercado em franca expansão e demanda questionamentos como que tipo de mensagem publicitária uma instituição de ensino deve comunicar para despertar o interesse de famílias, prospects e alunos sobre sua proposta? O marketing educacional utilizado pelo governo federal movimentou cerca de R$ 900 mil em março, permitindo imaginar o quanto é investido por instituições privadas de ensino por todo um ano. É bem verdade que o discurso publicitário é, em sua essência, superlativo, mas o cuidado com o exagero nos argumentos deve ser dobrado neste segmento. A cobrança do público é natural e as conseqüências de uma frustração em relação à promessa de uma propaganda com discurso mal calibrado podem causar estragos grandes na imagem institucional. Além disso, o risco de perder alunos e até mesmo gerar incoerências na formação dos estudantes ao tornar comum a eles um discursos apenas quantitativo, em contraste com o que se espera da escola: qualidade.

Atualmente, para fugir da comodidade que ameaça o segmento, algumas instituições investem em mídia, buscando uma comunicação diferenciada para conquistar clientes e não somente para se tornar visíveis. Há também uma linha de ação mercadológica mais conexa ao objetivo e a finalidade da educação: uma proposta de comunicação que se preocupa, primeiramente, em envolver seus alunos – público interno e principal propagador da marca – em algo crível e real. Normalmente, as instituições que trabalham com essa visão de marketing 360 graus são aquelas que não tratam o aluno como um número, mas, sim, como ser único na experiência diária do aprendizado. Por consequência , esse tipo de comunicação engajada reflete um posicionamento mercadológico marcado por um discurso mais consistente que explora conteúdos relacionados à experiência que os estudantes têm na escola e que repassarão às futuras gerações.

A educação é fundamental para o processo de socialização dos princípios da cidadania e valores humanos, ou seja, os maiores diferenciais a serem oferecidos por uma escola focada em formar mais que robôs aptos somente a passarem em vestibulares e provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A família moderna demanda uma escola com que possa dividir a responsabilidade em formar cidadão em contexto mais amplo e social. Entretanto, essa visão das instituições ainda é nova no Brasil, sendo presente apenas em algumas escolas com tino ampliado de seu negócio. O que se percebe na comunicação desse segmento é o uso de muitas frases de efeito e imagens bonitas, mas sem consistência. É importante que os atributos reais da instituição não sejam menosprezados em detrimento de invenções, maquiagem ou adjetivos. Empresas atentas a essa necessidade estão obtendo êxito em sua comunicação. Com a grande concorrência e a demanda da sociedade por uma postura ética, é correto avaliar que o marketing educacional deverá atingir um novo patamar no Brasil em breve, com discursos consistentes e em harmonia com as necessidades da sociedade, alunos e escola.”

Eis, pois, mais e novas ABORDAGENS e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de um AMPLO e PROFUNDO comprometimento com a PRIORIDADE ABSOLUTA do PAÍS: a EDUCAÇÃO, em todas as suas manifestações, o que exige, entre outros ATRIBUTOS, uma INQUEBRANTÁVEL e estóica CORAGEM...

São GIGANTESCOS DESAFIOS, que NÃO nos ABATEM mas sim, e ainda mais, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMNTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA RIO + 20 em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A CIDADANIA BUSCA A MELHORIA DA EDUCAÇÃO E DA GESTÃO PÚBLICA

"EDITORIAL

Um vexame na educação


Em matéria de números, a educação continua preocupar os brasileiros que costumam colocar o futuro do país acima do discurso oficial. Os dados mais recentes são de um levantamento realizado por especialistas a partir de um relatório elaborado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Num ranking de 36 países, o Brasil é simplesmente o último colocado em percentual de pessoas entre 25 e 64 anos com formação acadêmica de nível superior. O levantamento concluiu que, nessa faixa de população, apenas 11% dos brasileiros têm diploma universitário. Para quem pretende ter papel relevante no cenário político internacional e precisa aumentar sua capacidade de competir no campo econômico com países desenvolvidos e com os demais emergentes, essa proporção é preocupante, pois sinaliza dificuldades quase intransponíveis ante a exigência cada vez maior de base cultural e conhecimento tecnológico até do mais simples operário.

De fato, comparado com países considerados emergentes, o universo de cidadãos com formação superior no Brasil configura situação constrangedora: está a menos da metade da média de 28% de universitários encontrados nesses países. No caso da Rússia, perdemos de muito, já que esse concorrente do grupo emergente tem percentual de 54% de graduados. Mas nem é preciso ir tão longe. Fazemos feio mesmo em comparação com vizinhos, como o Chile, país com população 10 vezes menor do que a do Brasil e economia menor do que a do estado de São Paulo. Lá, os maiores de 25 anos e menores de 64, com diploma universitário, representam 24% da população, mais que o dobro do percentual brasileiro para a mesma faixa. O governo, por meio do Ministério da Educação (MEC), responde que tem havido avanços na redução dessa desvantagem do Brasil e que o Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece meta de chegar ao percentual de 33% da população de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior em 2020. É muito pouco e, o que é pior, desconsidera a desoladora realidade das desistências de milhares de estudantes que não conseguem concluir o curso superior no qual se matricularam.

Um olhar mais atento aos dados da pesquisa da OCDE ora revelada levou especialistas em educação à conclusão de que, na maioria dos países, está entre as pessoas de 25 a 34 anos a maior concentração de graduados . Na Coreia do Sul, um dos campeões mundiais em esforço de preparação dos jovens para o mercado de trabalho, chega a 58% a concentração de diplomados nessa faixa etária, caindo para apenas 12% entre os mais velhos, de 55 a 64 anos. No Brasil essa variação é mínima, o que demonstra o sucesso do esforço coreano realizado nas últimas décadas e a estagnação e a falta de prioridade concedida à educação pelos governos brasileiros em igual período. Os primeiros sinais do preço a pagar por esse atraso já são visíveis no aumento da importação de mão de obra qualificada. Passa da hora, portanto, de a sociedade e o governo brasileiros entenderem o risco de a fragilidade da educação no país comprometer o processo de crescimento e deixar de se contentar com pouco, pelo menos nesse campo.”

(EDITORIAL do jornal ESTADO DE MINAS, publicado na edição de 26 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, Caderno ECONOMIA, página 14, na coluna BRASIL S/A, de autoria de ANTÔNIO MACHADO, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Para fazer melhor


A formalização do convite ao industrial Jorge Gerdau para liderar uma instância consultiva para a reforma da administração federal e formulação de ações visando aumentar a competitividade da economia destaca a intenção da presidente Dilma Rousseff de superar o arroz com feijão gerencial dos governos. E quebra um dos tabus do PT.

Embora sem cargo formal, Gerdau já vinha auxiliando a presidente desde janeiro a rever os processos gerenciais da rede hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o braço operacional das políticas sanitárias.

Presidente do Conselho de Administração do grupo siderúrgico que leva o nome de sua família e coordenador-geral da Ação Empresarial – entidade coletiva do setor privado, reunindo comércio, finanças, indústria e agricultura, voltada ao encaminhamento de temas comuns ao empresariado, como reforma tributária e melhoria da educação (o grifo é meu) –, Gerdau tem atuação plural desde a Assembleia Constituinte de 1987.

Tornou-se um evangelista do empreendedorismo e crítico combativo das barreiras que cerceiam a expansão dos negócios e a criação de empregos, genericamente chamadas de “custo-Brasil”, militando com outros empresários, consultorias e mesmo centrais sindicais, como a CUT e a Contag, em torno do Movimento Brasil Competitivo (MBC).

Entre as iniciativas do MBC, uma em especial atraía a atenção de Dilma desde a chefia da Casa Civil no governo Lula: o “Programa Modernizando a Gestão Pública”, grande bandeira de Gerdau.

Com metodologia eclética, indo da atualização profissional dos gestores públicos à implantação de programas de reducação de custos e aumento das receitas, da criação de indicadores de desempenho à desburocratização, o programa começou em Minas Gerais, em 2003, no primeiro governo de Aécio Neves, e se estendeu a vários estados e municípios governados pelo PSDB, PMDB, PT, PSB, DEM e PDT. Não se conhecem críticas de governadores e prefeitos aos resultados.

Hoje, segundo o site do MBC, dez estados e oito municípios têm o apoio da entidade para eventos de melhoria da gestão pública. Ela mobiliza apoio empresarial para custear o trabalho de consultoria, em boa parte realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), de Belo Horizonte – consultoria privada criada por Vicente Falconi Campos, que tem entre os seus entusiastas dois acionistas controladores da AmBev, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. É esta retaguarda que Dilma passa a dispor com o apoio de Gerdau.


Burocracia negativa

“A partir do investimento de R$ 74,4 milhões”, diz o MBC ao expor os resultados do programa de gestão pública, “o projeto gerou, até dezembro de 2010, ganhos acumulados de R$ 14 bilhões”, entre ações de racionalização de custo e modernização de processos em estados, municípios e órgãos estatais assistidos, como a Polícia Federal.

“A relação custo-benefício do Programa”, acrescenta, “aponta que para cada R$ 1 investido o retorno global foi de R$ 188,28”. Mas o maior retorno, segundo o governador de Minas, Antônio Anastasia, é mais ilustrativo: combate à “burocracia negativa”, definida como o conjunto de óbices à prestação eficiente de serviços à sociedade.


Intenção recorrente

A busca de eficiência da administração pública tem sido intenção recorrente à maioria dos governos em vários momentos da história. Vai e vem em ondas, normalmente no bojo de coalizões políticas ou reformistas ou atentas não só às questões da macroeconomia. Não se tem ainda tais diretrizes no governo Dilma, embora tenha prometido em campanha melhorar a eficiência e a produtividade do governo.

É o que se imagina deva ser o escopo do fórum, conselho ou câmara de gestão que Gerdau vai liderar. O formato continua incerto, pois o anúncio oficial ainda não aconteceu. Mas se sabe o que não será.


Reforma sem choques

Não tem nada a ver com reformas do estatuto do funcionalismo ou a diminuição do papel do Estado na sociedade, temor de uma parte dos sindicatos de servidores. Muito menos se destina a transplantar ao setor público modelos de gestão privada, embora incorpore técnicas universais à boa administração, sobretudo a gestão de resultados.

Melhoria de gestão não tem ideologia. É uma das grandes metas do atual plano quinquenal da China. O ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, a defende desde o governo Lula. Como Lula não apreciava o termo “choque de gestão”, usado por Aécio em Minas, o programa foi esquecido no governo federal. Ressurge agora com Dilma, com chance de vir a ser uma das principais realizações de seu governo.”

Eis, portanto, mais páginas contemplando abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de uma RADICAL MUDANÇA no pensamento e nas práticas governamentais, que possam ancorar, a partir da EDUCAÇÃO DE QUALIDADE e da MODERNIZAÇÃO da GESTÃO PÚBLICA, o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL do PAÍS, e que CERTAMENTE trará em seu BOJO a criação de adequada INFRAESTRUTURA, competente implementação de POLÍTICAS PÚBLICAS e extremo esforço para EXPANSÃO dos INVESTIMENTOS e consolidação da cultura de POUPANÇA...

Todos esses GIGANTESCOS DESAFIOS, longe de ABATER o nosso ÂNIMO e ENTUSIASMO, mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A CIDADANIA, O RESPEITO E O DIÁLOGO NA FAMÍLIA

"Respeito para que?

Atualmente, encontramos um momento político, social e jurídico no qual nos vemos na necessidade de revisitar conceitos e institutos, visto que atingimos a pós-modernidade, mas com os olhares voltados para trás. Lembro-me, ainda na época como acadêmico do curso de graduação em direito, da tão decantada ideia da crise do direito em geral, na acepção de que ele se encontrava totalmente à margem das grandes transformações sociais e tecnológicas do momento, visíveis nos dias de hoje. Portanto, por mais que escute tal assunto há bastante tempo, ele ainda é atualíssimo e, me parece, sem solução. Agora, pouco mais maduro e experiente, entendo que a crise do direito não está adstrita aos mecanismos ou aos afins a que se destina, sendo ocorrência de uma própria crise nas relações intersubjetivas.

Para que haja uma ordem social pacífica e igualitária, não basta instruir um verdadeiro arsenal jurídico positivista no qual se afirmem as diferenças e estabeleçam igualdade material a todos, quando, na verdade, o que bastaria para isso somente o retorno a padrões comportamentais e manifestação de virtudes que há muito deixaram de ser objetivos centrais de qualquer entidade familiar. Hoje, é muito comum alguém elogiado ou diferenciado de outros pelo fato de ser honesto, evidenciando esse adjetivo como uma verdadeira qualidade, quando de fato deveria ser algo inato a qualquer ser humano. E o respeito humano? Para que serve? O respeito é inato ou é algo que se conquista e se perde? Se for conquistado, o que é preciso fazer para obtê-lo?

Em busca de uma resposta a essas indagações, encontrei uma breve lição do padre Antônio Vieira (1608-1693), que diz: “O não ter respeito a alguns, é procurar, com a morte, a universal destruição de todos”. Refletindo sobre esse ensinamento, vejo que a crise das relações humanas, consequentemente a crise do direito, prepassa a total falta de respeito (consideração ou respeito à opinião pública) entre os cidadãos, o que acarreta ingerência, desigualdade, arbitrariedade, abusos, lesão, dano, esperando-se que o Poder Judiciário seja o verdadeiro salvador e mantenedor da ordem pública, uma vez que a partir desse desrespeito surgem os conflitos de interesses, cuja solução é atividade-fim dessa função.

Por sua vez, o Judiciário repleto, atolado, assoberbado de tarefas (infindáveis processos nos quais a sua eclosão se dá pelo desrespeito de alguém em detrimento de outrem), não consegue, obviamente, emitir uma resposta rápida a tais situações, por mais que se clame por celeridade e efetividade. Então, o que fazemos? Passamos a desrespeitar o próprio Judiciário, pois temos o direito de exigir uma atividade jurisdicional célere e efetiva. Essa ótica não se aplica somente ao caso acima narrado, mas também em qualquer outra esfera. Portanto, o respeito serve para que possamos conviver humanisticamente entre nós. É condição essencial para o operador do direito, para o acadêmico de direito, para o cidadão em suas relações sociais. Enfim, o respeito é essencial para a vida harmônica, justa, igual e feliz que todos esperam, mas que se julgam impossíveis, pelo simples desrespeito ao respeito.”
(MARCU ANTÔNIO G. DA SILVA FILHO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de fevereiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de fevereiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Diálogo entre pais e filhos

A importância da família na educação dos filhos é fundamental. Pesquisa recente realizada na Universidade de San Diego, Califórnia (EUA) confirma, mais uma vez, esse grande impacto positivo. Crianças e adolescentes que têm uma refeição diária ou um momento diário para diálogos e interação familiar amistosa podem ter diminuídas em até 80% a chance de se envolverem em atos de violência, agressões, drogas e prostituição. Isso é fantástico e precisa ser cultivado. A família é o primeiro grupo social da criança e atitudes de carinho, atenção e estimulação sensorial e motora são fundamentais para o desenvolvimento infantil saudável em todos os aspectos: afetivo, psicomotor, sentimentos, comunicação, fala e o cognitivo. É exatamente nessa primeira fase do desenvolvimento infantil até a pré-escola que se processam as maiores e decisivas transformações do cérebro e no comportamento. Grandes traumas ou grandes problemas de saúde podem originar graves problemas na vida adulta. É importante que os pais saibam da importância que eles têm na criação desse repertório comportamental básico dos seus filhos.

Desde o nascimento e certamente por toda a vida, os pais são elementos de suma importância para os filhos: exemplo, compromisso e atenção constante são fundamentais para a formação de qualidade dos filhos. A velha e verdadeira educação de berço ainda é atual e importante. Dessa forma, assumir com responsabilidade e compromisso a educação dos filhos deve ser uma prioridade para os pais. Acho até que deveria existir um pequeno curso para ser pai e ser mãe. Talvez seja essa a nossa tarefa mais complexa na vida – educar bem os nossos filhos! Será que todos os pais estão preparados para essa missão, principalmente na sociedade atual com graves problemas sociais e uma verdadeira revolução nos costumes, valores e atitudes? Consumismo exacerbado, alta competitividade profissional, inclusão cada vez maior da mulher no mercado de trabalho, luta da mulher pela divisão do trabalho doméstico, revolução tecnológica com tantos atrativos, que podem induzir a equívocos e desvios, a precoce escolarização da criança e as tantas atividades extracurriculares a que são submetidas. É um tema abordado pelos psicólogos mundo afora. Até que ponto o excesso de cobrança da criança, principalmente na pré-escola e escolarização precoce podem afetar negativamente o seu desenvolvimento?

Faz sucesso nos Estados Unidos um importante documentário feito por uma mãe e advogada Vicki Abeles intitulado Race to Nowhere (Corrida para lugar nenhum), que questiona e faz fortes críticas à cultura da “alta performance” que impera nos subúrbios de classe média alta norte-americana. Segundo o trabalho, ao longa das últimas décadas, a corrida da população endinheirada para pôr os seus filhos numa universidade de elite cresceu mais do que a oferta de vagas e o resultado é uma competição acirrada com altas cobranças de excelência em notas e múltiplas atividades extracurriculares para entrar por exemplo em Harvard. Ela chama a atenção para os riscos de doenças psicossomáticas, evasão escolar, envolvimento com drogas, agressões, depressão e até suicídio. Com certeza, é um importante alerta para todos os pais e, embora seja uma realidade nos EUA, sentimos que essa tendência de “alta performance” existe também no Brasil e no mundo todo, principalmente a precoce escolarização e múltiplas atividades extracurriculares. Diante de tantas cobranças, ainda há espaço para as crianças brincarem livremente? Será que não estamos impondo uma agenda muito apertada aos nossos filhos e que essa escolarização precoce também não “esconderia” certo comodismo dos pais ao transferir a responsabilidade da educação dos filhos à escola? Uma excelente reflexão para esse início de ano letivo. Educação de qualidade na família e na escola, mas dentro dos limites.”

Eis, mais OPORTUNAS e PEDAGÓGICAS ponderações e REFLEXÕES acerca da implantação DEFINITIVA em nosso PAÍS de uma EDUCAÇÃO que leve à CULTURA da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, da MODERAÇÃO, do RESPEITO MÚTUO, da FRATERNIDADE e,sobretudo, da ÉTICA em TODAS as nossa RELAÇÕES...

E tudo isso é que nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

NA CIDADANIA, PRIORIDADE ABSOLUTA À EDUCAÇÃO (19/41)

(Janeiro/2011 = Mês 19; Faltam 41 meses para a COPA DO MUNDO de 2014)

“Capital humano

Nunca em todo o período da história houve demanda tão elevada por profissionais qualificados. Também nunca foi tão difícil manter esses profissionais dentro das corporações. Eles agregam valores às empresas e são considerados o principal capital. Porém, essa visão ainda faz parte de um grupo seleto. A maioria dos gestores, até o momento, não enxergou o valor desse capital humano e trata com desdém esse assunto. Muitos executivos atribuem o sucesso profissional à sua capacidade de escolher a pessoa certa para atuar no seu grupo. O sucesso de outros executivos deve-se à capacidade de manter sua equipe ordenada e produzindo harmoniosamente.

De fato, é muito difícil escolher a pessoa certa. Às vezes, você se depara com situações muito complicadas quando, por exemplo, um amigo está precisando de uma recolocação no mercado. Você sabe que aquele profissional não é a pessoa certa para atuar na sua equipe, mas, por outro lado, você é posto no paredão por si próprio e expõe a dúvida no ar: se eu posso ajudar o amigo, por que não dar uma chance? Por que não ajudar e tentar torná-lo o profissional ideal para a equipe, treinando-o e reciclando seus conhecimentos? Mas, não é bem assim que as coisas funcionam. Às vezes, a amizade é confundida com a hierarquia e, quando você tem de chamar a atenção por qualquer motivo, sua atitude não é bem aceita e a amizade começa a ser posta em jogo. Existe um velho ditado que se encaixa perfeitamente: “Amigos, amigos, negócios à parte”.


O time deve estar satisfeito, harmonioso e bem recompensado. De fato, quando você vê publicações sobre as melhores empresas para trabalhar, um dos itens avaliados é a harmonia interna da equipe em relação ao resultado. Quem avalia a melhor empresa são os próprios funcionários e, se o ambiente de trabalho não é harmonioso, isso recai sobre a empresa. Para chegar ao estágio de satisfação, houve primeiro a seleção da equipe. Não importa qual seja o seu negócio, seu produto, sua estratégia ou seu serviço, tudo é feito por pessoas que têm de ser escolhidas a dedo.

Quanto maior for o nível de qualificação profissional, maior é a produtividade e menor é o custo dos produtos e serviços gerados. Vem agora a parte também difícil: a manutenção de tudo isso. Para manter os bons profissionais, as pequenas e médias empresas oferecem, em primeiro lugar, benefícios; em segundo, vem a remuneração e, por último, investem em treinamento. Já as grandes – entenda, nem todas são assim – trazem, num pacote, só os benefícios, a remuneração e os treinamentos. Palavras como satisfação, motivação e reconhecimento fazem parte do vocabulário da área chamada de gestão de pessoas.”
(REINALDO GOMES, Especialista em gestão corporativa e de pessoas e economia, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de janeiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de EDITORIAL publicado no mesmo veículo, edição de 31 de dezembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 8, que também merece INTEGRAL transcrição:

Prioridade à educação

O próximo Plano Nacional de Educação (PNE) vai fixar uma meta de investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) na área. Essa foi a proposta apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) à Casa Civil no início do mês. Em 2011, começa a tramitação do projeto no Congresso Nacional. Dados referentes a 2009 mostram que hoje o país investe 5% do PIB em educação. Nos últimos cinco anos, o crescimento foi de 0,2 ponto percentual anualmente. O próximo PNE vai definir as metas que o Brasil deve atingir em educação nos próximos 10 anos. Segundo Haddad, o patamar de investimento de 7% do PIB deve ser atingido na próxima década, “mas quanto antes melhor”. As bases do PNE foram traçadas durante a Conferência Nacional de Educação (Conae), que reuniu em abril, em Brasília, cerca de 3 mil representantes de movimentos sociais, governos, pesquisadores, estudantes, professores e pais para discutir as prioridades do setor. O documento final da Conae recomendou que o investimento em educação seja elevado a 7% em 2011 e atinja 10% em 2014.

A remuneração dos professores no Brasil tem que fazer o país reconhecer que dificilmente vamos chegar às metas de 2021 sem enfrentar essa questão de maneira decisiva. Nenhum país de alto desempenho educacional paga aos seus professores um salário menor do que a média das outras profissões de nível superior. No Brasil, o salário do professor é 40% menor do que qualquer outra profissão equivalente. O problema educacional no Brasil persiste há cinco séculos, desde o descobrimento, mas precisa ser resolvido logo, senão ele engole o país (o grifo é meu). A situação na educação é grave e fica mais clara quando mais da metade da população brasileira compõe a classe média – tem mais dinheiro, é mais exigente, quer o melhor para os filhos. E todos sabem que, sem uma educação eficiente, não há mãos de obra qualificada, o que resulta em salários baixos.

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) do ano passado, avaliado por uma entidade europeia, depois de uma comparação entre todos os países que participam do sistema, chegou à conclusão de que somente os países que priorizam o salário conseguem auferir melhores resultados. Para os educadores brasileiros, não é novidade alguma. Em qualquer setor, o melhor salário atrai os que se destacam e, com isso, fica facilitada a expansão dos negócios (produtividade maior, produção com menor custo e aumento de vendas). Não há mágica: quando o salário é o menor, só enfrenta mesmo o mercado quem aceita fazer bico ou tem esperança de um dia melhorar. Aos olhos do mundo é incompreensível como um país como o Brasil, uma das 10 maiores economias do planeta, não consegue sair desse atoleiro em que se vê o ensino. O novo PNE para o próximo decênio vem aí. Lula adiantou que o professor será prioridade máxima. Só que ele deixa o governo amanhã. Esperemos que sua sucessora, Dilma Rousseff, cumpra a promessa do padrinho eleitoral.”

Eis, portanto, lançado o DESAFIO da década: alçar a EDUCAÇÃO ao posto de PRIORIDADE ABSOLUTA, resgatando, dessa maneira, DÍVIDA de CINCO séculos. A grandiosidade da TAREFA de forma alguma ARREFECE nosso ÂNIMO, mas nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS E POTENICIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A CIDADANIA BUSCA COMO MELHORAR A EDUCAÇÃO BRASILEIRA – PARTE 2

EDUCAÇÃO: ELA NOS INTERESSA?

[...] Não vejo muitos governos, líderes de verdade querendo um povo educado, isto é, informado. Pois quem se informa, quem sabe das coisas, questiona a situação da sua comunidade, seu estado, seu país. Questiona sua própria condição. Não vai mais querer morar em cima de velhos lixões, mal disfarçados, ver seus filhos comendo restos, brincando com água de esgoto, morrendo por falta de cuidados essenciais.

Quem se educa, isto é, pode ler e entender melhor as coisas, não vai mais aguentar calado – distraído com alguns dinheirinhos a mais, estimulados até a comprar o que não poderia, pois não vai conseguir pagar a próxima prestação – que seus velhos não tenham assistência, que a aposentadoria, quando existe, seja de fome, que as crianças morram em corredores de hospital, ou precisem ser levadas horas a fio até o posto de saúde mais próximo – que pode estar fechado por falta de médicos ou até de remédios. Nós não somos assim. Não aceitamos morrer de sujeira, doença, fome, falta de assistência, de informação, de dignidade. Quem se informa e sabe das coisas não vai mais achar que a corrupção nos altos escalões é assim mesmo, a política é assim, não tem jeito, “a casa já caiu, temos de nos conformar”, como disse um resignado homem numa entrevista.

Um povo educado é como um filho positivamente rebelde que não aceita injustiças, gritos, brutalidade ou humilhações em casa. Um povo educado reclama. Um povo educado elege diferente. Um povo informado – que teve escola, lê jornal, conhece livros, assina sabendo o que está naquele papel, interpreta o que vê na televisão ou escuta no rádio – ambiciona para seus filhos algo mais do que viver na rua e morrer na esquina. A educação nos faz enxergar com outros olhos o que acontece no país e no exterior – sim, pois a gente sabe o que se passa em outros lugares – e sair da resignação mortal para o desejo ativo de que as coisas melhorem. E começa a colaborar para que elas mudem. E vai reclamar de quem mentiu, prometeu e não cumpriu, foi corrupto, ficou impune, pensou em mais poder, e não na sua gente. Assim, devagar, usando de firmeza e inteligência, sem violência, sem agressão, quem se educou vai começar a mudar seu país. E por isso não me importo de repetir, repetir e repetir: a gente pode ser mais feliz. A gente pode ser mais gente. A gente precisa, com urgência, de verdade, que a educação seja prioridade de todos para todos, nesta nossa terra.”
(LYA LUFT, em artigo publicado na Revista VEJA – edição 2196 – ano 43 – nº 51, de 22 de dezembro de 2010, página 26).

Mais uma IMPORTANTE e igualmente OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, páginas 88 e 89, de autoria de GUSTAVO IOSCHPE, que é economista, e que merece INTEGRAL transcrição:

“Como melhorar a educação brasileira – Parte 2

Conforme falamos aqui no mês passado, há muito que nossos professores podem fazer, em sala de aula, para melhorar a qualidade do ensino. Mas não nos iludamos: enquanto eles continuarem recebendo a formação que hoje obtém na universidade, seus alunos terão fraco desempenho.

Atualmente, temos poucos dos chamados professores leigos – 93% dos nossos mestres do ensino básico nas grandes capitais têm diploma universitário. Mas a formação costuma errar na ênfase, no conteúdo e na prática.

A pesquisa mostra que os alunos se beneficiam quando o professor estudou a área que ensina. No Brasil, porém, há maior ênfase nos aspectos genéricos do ensino do que na formação em áreas específicas. Isso acaba provocando uma falta de professores qualificados em algumas áreas. O último censo escolar revelou que só um em cada quatro professores de física é formado na área. Em química, pouco mais de um terço.

Mesmo dentro dos cursos de matérias específicas, a situação é desalentadora. Estudo de equipe liderada por Bernardete Gatti analisou os cursos de formação de professores de centenas de faculdades. Cinco problemas chamam atenção. Em primeiro lugar, o caráter excessivamente teórico dos cursos. Nossa universidade, criada para ser formadora de pensadores de elite e pesquisadores, não está focada na capacitação de professores para encarar a realidade de uma sala de aula. Segundo, há uma desconexão entre os ensinamentos pedagógicos e os conteúdos específicos da matéria. Assim, quem cursa a área de matemática aprende bastante matemática e também pedagogia, mas não aprende a fazer a ponte entre ambas: como unir o conhecimento das duas áreas em uma técnica que resulte em ministrar aulas competentes. Outro problema importante é o viés ideológico de muitos desses cursos, que estão mais preocupados em formar os batalhadores de vanguarda da criação da nova sociedade, e não “reles” ensinadores de matéria. Esse não é apenas um fenômeno espontâneo – é também incentivado por nosso governo. Nas diretrizes do Enade de 2008, na área de formação em ciências, o futuro educador é incentivado a entender seu papel como “agente transformador da realidade, compreendendo a ciência como uma atividade social”.

O quarto problema de nossos cursos é o desdém com que é tratada uma parte absolutamente crucial da formação do professorado: o estágio. Esse é um período em que, por lei, o futuro professor deveria passar em escolas, aperfeiçoando sua prática junto a professores experientes. Não é o que acontece. Segundo Gatti e equipe, praticamente não há planos de estágio nem indicações claras de como seria sua supervisão. Parece ser tratado mais como algo destinado a “cumprir tabela” do que a aprimorar o ensino. Finalmente, a academia brasileira vê a área de formação de professores como algo de baixo prestígio e valor. Nossas grandes mentes estão engajadas no desafio de como criar cursos eficazes de formação de professores.

O resultado de tudo isso é que os professores saem das faculdades sem os instrumentos necessários para dar uma aula eficaz. Por isso é que deparamos com dados como estes, expostos na pesquisa que deu origem ao livro A Escola Vista por Dentro: mais de 80% dos professores alfabetizadores afirmam ter aprendido o ofício “na prática” ou “com a experiência”. Mas alfabetizar é algo que exige saberes que não se na prática, conforme demonstra o alunado: o mesmo estudo mostrou que só um em cada cinco matriculados na 1ª série teria condições efetivas de passar de ano.

O que fazer para alterar esse quadro? Basicamente, o oposto do que fazemos hoje. Precisamos direcionar nossos cursos de formação de professores para a realidade prática de sala de aula, dando menos ênfase à teoria. Devemos não apenas aprofundar o ensino de conteúdos de cada disciplina, como também melhorar a ligação entre o conteúdo e a didática, transformando o conhecimento em práticas de sala de aula. Temos de encarar o estágio como o elemento fundamental desse processo, em que esse ensino aplicado é testado, com supervisão rigorosa. Precisamos de uma campanha para elevar a importância dos cursos de formação de professores dentro das universidades brasileiras, dando status e reconhecimento aos que se dedicam a essa área. Devemos abolir o viés ideológico e ter certeza de que, antes de formar futuros revolucionários, nossos professores consigam ao menos formar gente que saiba ler, escrever e fazer as operações matemáticas básicas. Precisamos tornar os cursos de formação de professores mais exigentes, mais difíceis. Outra ferramenta importante, que vem sendo continuamente referendada pela literatura empírica, é a certificação de professores: exigir que todos os futuros professores passem por um teste que meça seus conhecimentos e preparos para a docência, garantindo que não teremos mais em sala de aula gente totalmente despreparada. Além de assegurar padrões mínimos de qualidade, a criação de um processo de certificação tem servido, em alguns países europeus, para permitir de modo mais simples a entrada na docência de profissionais formados em outras áreas. Alguns países vêm também aliando a certificação teórica com estágios probatórios: o futuro professor precisa demonstrar suas aptidões no estágio em sala de aula para receber seu diploma.

Por que não se faz na disso no Brasil? Por que permitimos que os responsáveis por nossos filhos tenham formação pior do que médicos, advogados e engenheiros? Os coordenadores desses cursos vão lhe dizer que o problema está com os próprios alunos: que só escolhem o magistério por falta de alternativa e que, portanto, não têm dedicação ou interesse por aquilo que estudam. É mentira. Pesquisa do Instituto Paulo Montenegro mostra que apenas 8% dos professores das grandes capitais brasileiras entraram por acaso na profissão. Só 2% dizem ter ido dar aula por não encontrar outro emprego; 78% dizem ter orgulho de ser professor; e 72% se dizem apaixonados pela profissão.

O verdadeiro problema somos nós, a sociedade civil. Para haver uma mudança real na formação de professores, é necessário que a sociedade respalde as lideranças políticas empenhadas na reforma, porque essa reforma significa que os governantes precisarão intervir forçosa e radicalmente nesses cursos nas universidades públicas, alterando-os de cima a baixo. É curioso: nossos governantes criaram coragem para invadir o Morro do Alemão, mas as universidades públicas continuam sendo consideradas território perigoso demais para a ação saneadora do estado. Esculachar bandido armado de metralhadora é mais fácil do que peitar os doutores da academia, que permanecem livres para perpetrar seus delitos intelectuais. Enquanto não houver demanda social por mudanças efetivas, as reformas serão cosméticas. É possível criar uma certificação de professores e posar de moderno e preocupado, mas colocando a exigência em patamar tão baixo que não estimulará ninguém. Nossas elites continuam desconsiderando o problema da educação, achando que ele se restringe à escola pública. É a mesma ilusão do morador de Ipanema que acreditava que a violência do Alemão não o afetaria. Afinal, onde você acha que o professor que dá aula em escola particular se formou? Na Suíça?”

Eis, pois, mais abordagens que nos indicam, com CLAREZA, a URGENTE e IMPERIOSA necessidade de PROBLEMATIZARMOS a questão da EDUCAÇÃO, colocando-a, em DEFINITIVO, como PRIORIDADE ABSOLUTA, e isto nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa permitir a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...