segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A CIDADANIA, OS CAMINHOS DA ÁGUA E AS INUNDAÇÕES E ALAGAMENTOS

“Os caminhos da água

Vejo com preocupação a chuva cair e “torço” para que as bocas de lobo não funcionem tão bem. A televisão mostra boca de lobo jogando água para cima. Ouço o comentário de que não está dando conta da enxurrada. Em verdade, quem comenta não percebe que ela não está entupida, mas devolvendo a água que vem de ponto mais alto da galeria. Por que minha “torcida” contra as bocas de lobo? Porque sei que, se os mais bem posicionados dividirmos parte do incômodo do excesso de água com os mal posicionados, talvez contribuamos para salvar vidas ou economias precariamente protegidas.

Desde que as cidades passaram de dez quilômetros de diâmetro, perdeu o sentido insistirmos em descarregar todas as águas pluviais por um só caminho, o dos cursos d’água. Tenho insistido num ponto: a gestão urbana da água tem 12 campos que devem ser objeto de gestão integrada para serem mutuamente solidários. Esses campos, reconhecíveis por lógica, dispensando trabalhosa pesquisa científica, são: quatro fontes de água (superficiais, subterrâneas, servidas e pluviais) vezes três dimensões de gestão (suprimento, processos hidrogeodinâmicos, controle de poluentes e contaminantes) são iguais a 12 campos de gestão.

As cidades trabalham com apenas dois ou três campos, destacando-se o do suprimento, baseado quase exclusivamente nas águas do campo, e o processo hidrogeodinâmicos, baseado quase exclusivamente na drenagem, que, em verdade, não livra toda a cidade das inundações, mas apenas 99% dela, expondo mais o restante. É preciso introduzir o conceito de vazão admissível.

Explicar os 12 caminhos seria inoportuno aqui, mas podemos falar de alguns deles, simples e eficazes, sem complicar a questão: agregar ao suprimento as águas subterrâneas é importante por duas razões ambientais; alivia o patrimônio hidrológico do campo e estimula a infiltração urbana, reduzindo as inundações. Incluir águas pluviais na dimensão suprimento retira de circulação parte das águas que hoje erodem e inundam. Sem uma só canaleta e boca de lobo, a estrutura urbana já promove a drenagem por bloquear a passagem do nível da edificado para baixo. Para neutralizar ou reduzir esse efeito, podemos introduzir as águas pluviais dos telhados diretamente no sedento aquífero superficial (que em alguns lugares não viu uma gota d’água dessa chuvada toda porque a placa não deixa); e colocar aterros de resíduos sólidos porosos em vales, voçorocas e outras depressões do terreno pode capturar quantidades colossais de água. Avenidas e ruas com greides muito baixos criaram rigidezes urbanísticas localmente insuperáveis. Cidades são estruturas complexas. Leis de ordenamento mal interpretadas mais ampliam problemas do que os evitam. Leitura técnica legítima delas deve ser no sentido de fazer o que determinam ou o que seja melhor (regra áurea para o bem da sociedade). Agir de modo diverso é negar a ela esse benefício.”
(EDÉZIO TEIXEIRA DE CARVALHO, Engenheiro geólogo, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,edição de 21 de dezembro de 2011, Caderno O.PINIÃO, página 19).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de dezembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 5, de autoria de OSVALDO FERREIRA VALENTE, Engenheiro florestal, especialista em hidrogeologia e manejos de pequenas bacias hidrográficas, professor aposentado da Universidade Federal de Viçosa, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Inundações e alagamentos

Apesar de serem fenômenos hidrológicos distintos, as inundações e os alagamentos, principalmente em áreas urbanas, provocam conseqüências quase sempre semelhantes, causando desconfortos, prejuízos materiais, ferimentos e mortes. As inundações são resultantes de extravasamentos de bloqueios das enxurradas em determinados pontos, normalmente em partes baixas de grotas com encostas declivosas e impermeabilizadas.

O encontro de tais fenômenos com as imprevidências humanas acaba provocando os desastres comuns nas épocas de chuvas. E aí surgem as críticas, as cobranças e as promessas de soluções, que não vingam depois de cessadas as chuvas. Falta-nos a tradição do planejamento e sobra-nos o encantamento com soluções mirabolantes, escolhidas muito mais por interesses eleitorais do que por fundamentos científicos e técnicos.

Em cidades como Belo Horizonte, e são muitas espalhadas por todo o país, temos os dois fenômenos hidrológicos, com origens semelhantes. As ocupações começam pelas partes baixas, próximas dos córregos, ribeirões e rios, e avançam pelas encostas, à medida que vai aumentando a pressão populacional. As ruas são asfaltadas, as calhas jogam sobre elas todo o volume de chuva recolhida pelos telhados e lajes e os terreiros e pátios são total ou parcialmente impermeabilizados. Há uma cultura de se livrar rapidamente das águas nos domínios privados e lançá-las nas ruas. As prefeituras que tomem conta delas.

Outra coisa comum são as ruas e avenidas que se desenvolvem ao longo dos fundos dos vales, drenando o trânsito, mas drenando, também, as enxurradas que descem das encostas e se acumulam em seus leitos. Um exemplo disso em Belo Horizonte é a Avenida Francisco Sá; ela nasce no centro da grota onde está o Bairro Gutierrez e avança pela parte baixa do Bairro Prado. Em chuvas fortes e com duração de 30 minutos ou mais, as redes de drenagem pluvial não dão conta de suportar os volumes de água recebidos, as bocas de lobo passam a esguichar água para a rua, ao contrário do que deveriam fazer, e os alagamentos são inevitáveis na parte mais baixa da Francisco Sá. O fato se agrava porque ela termina numa rua transversal, que ajuda no bloqueio do fluxo.

Em hidrologia aplicada a pequenas bacias hidrográficas, dizemos que a área descrita é torrencial, com as partes mais altas do Gutierrez funcionando como produtoras de grande volume de enxurradas e a Avenida Francisco Sá atuando como canal de escoamento. O fenômeno vem se agravando nos últimos anos com o aumento de construções nas partes mais íngremes das encostas, fazendo com que os volumes de chuvas recebidos sejam, na sua maior parte, transformados nas temidas enxurradas.

Situações como a do Gutierrez se repetem em inúmeras outras pequenas bacias hidrográficas distribuídas pela Região Metropolitana de Belo Horizonte, intensamente habitadas. Essas pequenas bacias, ao convergir para os ribeirões Arrudas e Onça, por exemplo, provocam inundações em suas margens, que foram imprudentemente indadidas, com a conivência dos governantes municipais.

A solução não está na construção de novas redes de drenagem, com mais capacidade, nem na canalização de córregos e ribeirões, como os muitos que estão escondidos debaixo de várias ruas. A solução está no uso de tecnologias já existentes para reter os volumes de chuvas nos pontos de queda, evitando ao máximo que eles se transformem em enxurradas. São reservatórios em casas e prédios, valas de infiltração para água de telhados, lajes e calçadas, rede de drenagem com fundo poroso etc., tudo feito com base em estudos geotécnicos prévios. Mas para isso, é fundamental a participação dos poderes Legislativo e Executivo. O primeiro aprovando as premissas legais para que o segundo possa exigir o uso das estruturas apropriadas a cada caso. Tudo com fundamentos científicos e técnicos sobre os quais serão geradas as alternativas a serem analisadas e escolhidas pelos poderes políticos e pelas comunidades envolvidas.”

Eis, portanto, mais páginas contendo GRAVES, ORIENTADORAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nosso modo de PENSAR, GERIR e AGIR em nossas estruturas EDUCACIONAIS, POLÍTICAS, SOCIAIS, ECONÔMICAS, CULTURAIS e AMBIENTAIS de modo a promovermos a inserção do PAÍS no rol das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE a necessidade também de PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) o COMBATE – vigoroso e sem TRÉGUA – a três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos, que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, com o objetivo de trazê-la e mantê-la em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INESTIMÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de desembolso do ASTRONÔMICO montante de R$ 1 TRILHÃO a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO da DÍVIDA, a exigir também uma IMEDIATA, ABRANGENTE e QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Torna-se, pois, absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que principalmente MINA nossa ECONOMIA e nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA, e mais GRAVE ainda, afeta a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, ao lado de sempre crescentes NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS...

São, e sabemos bem, GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) neste ano; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A CIDADANIA, O LEGADO DO ANO NOVO E A FELICIDADE

“O legado do ano que começa

“De tudo ficam três coisas: a certeza de que estamos sempre começando, a certeza de que precisamos continuar e a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar. Portanto, devemos fazer da interrupção um caminho novo, da queda, um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro” (Fernando Pessoa). Certos anos nunca terminam: 1968 foi um deles, e este escriba era do adolescente de 17 anos à época daquela transformação social empreendida pelo babyboomers com o woodstock, e a tríade sexo, drogas e rock n’roll. 2001, com o ataque e destruição das Torres Gêmeas, foi outro ícone. E 2010, 10 anos depois, com a crise econômica do mundo desenvolvido, somado à Primavera Árabe, nos transmite a mesma sensação de que um novo tempo de mudanças está apenas começando.

Uma era de oportunidades e de transformações que nos colocam desafios como nação, que enumero: primeiro, realizar uma revolução educacional; segundo, uma revolução sanitária, em paralelo com a revolução sociológica que a partir de reformas estruturais desaguarão na implantação da igualdade social (as reformas tributária, política e fiscal), pois não queremos repetir a Grécia de 2011. Em terceiro, seria desejável a construção de um marco de gestão ambiental no país, como benchmarking para o mundo, aproveitando nossas vantagens comparativas inatas. Sobre esse tema é relevante lembrar a Rio + 20, que se realizará em 2012 com temas caros para o mundo, como as medidas necessárias para evitar maiores desastres climáticos com o aumento da temperatura da Terra.

Vale lembrar que a construção de Belo Monte vai em sentido contrário a esse paradigma, haja vista seu planejamento ter acontecido antes da agudização dos eventos do clima. E não será agora, depois de este governo ter jogado goela abaixo da sociedade essa obra, cujos impactos sociais e ambientais sequer são conhecidos em sua totalidade, que grupos econômicos ligados à mídia impressa e eletrônica queiram calar o debate, que deveria ter acontecido democraticamente antes de se tomar a decisão da construção. Infelizmente a maior parte da inteligência nacional não foi ouvida para proporcionar inovações e opções melhores que essa solução do século passado, e com custos menores. Há que se lutar pela consolidação da reforma do Judiciário, não permitindo retrocessos no controle externo desse poder pela Procuradoria do CNJ. É preciso aplicar a Lei da Ficha Limpa.

Se quisermos, poderemos fazer em cinco anos a principal revolução necessária ao país, a educacional, e para isso precisaremos de menos recursos e energia do que estamos devotando a Fifa para a realização da Copa de 2014, vide os acordos ora realizados no Congresso Nacional para a votação de leis específicas, muitas delas deletérias ao arcabouço institucional e jurídico da nação, como o favorecimento de acionistas de cervejarias através de venda de álcool em estádios. Tudo isso para uma entidade transnacional amoral e metida em escândalos de corrupção.

A revolução sanitária é simples de ser feita e, com ela, deixaríamos de gastar vários bilhões de dólares por ano com o SUS. Basta sanearmos as cidades brasileiras, construindo estações de tratamento de água e esgoto, além de aterros sanitários. Essas metas estratégicas farão girar a economia e os resultados ficarão para sempre como marcos favoráveis às atuais e futuras gerações de brasileiros, em vez dos elefantes brancos em que se converterão vários estádios de futebol agora construídos.”
(JOSÉ CARLOS NUNES BARRETO, Professor, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 4 de janeiro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE, ALVISSAREIRA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de FREI BETTO, Escritor, autor, em parceria com Leonardo Boff, de Mística e espiritualidade (Vozes), entre outros livros, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Feliz 2012

Desejo um feliz ano novo em que, se Deus quiser, todas as crianças, ao ligarem a TV, recebam um banho de Mozart, Pixinguinha e Noel Rosa; aprendam a diferença entre impressionistas e expressionistas; vejam espetáculos que reconstituem a Balaiada, a Confederação do Equador e a Guerra dos Emboabas; e durmam depois de fazer suas orações. Quero um ano novo em que, no campo, todos tenham seu pedaço de terra, onde vicejem laranjas e alfaces e voejem bem-te-vis entre vacas leiteiras. Na cidade, um teto sob o qual haja um fogão com panelas cheias, a sala atapetada por remendos coloridos, a foto do casal exposta em moldura oval sobre o sofá.

Espero um ano novo em que as igrejas abram portas ao silencio do coração, o órgão sussurre o cantar dos anjos, a Biblia seja repartida como pão. A fé, de mãos dadas com a justiça, faça com que o céu deixe de concentrar o olhar daqueles aos quais é negada a felicidade nesta terra. Um feliz ano novo com casais ociosos na arte de amar, o lar recendendo a perfume, os filhos contemplando o rosto apaixonado dos pais, a família tão entretida no diálogo que nem se dá conta de que o televisor é um aparelho mudo e cego num canto da sala.

Desejo um ano novo em que os sonhos libertários sejam tão fortes que os jovens, com o coração a pulsar ideais, não recorram à química das drogas, não temam o futuro nem expressem-se em dialetos ininteligíveis. Sejam, todos eles, viciados em utopia. Espero um ano novo em que cada um de nós evite alfinetar rancores nas dobras do coração e lave as paredes da memória de iras e mágoas; não aposte corrida com o tempo nem marque a velocidade da vida pelos batimentos cardíacos.

Um ano novo para saborear a brevidade da existência como se ela fosse perene, em companhia de ourives de encantos, cujos hábeis dedos incrustam na rotina dos dias joias ternas e eternas. Quero um ano novo em que a cada um seja assegurado o direito ao trabalho, a honra do salário digno, as condições humanas de vida, as potencialidades da profissão e a alegria da vocação. Um ano novo capaz de saciar a fome de pão e de beleza. Rogo por um ano novo em que a polícia seja conhecida pelas vidas que protege e não pelos assassinatos que comete; os presos reeducados para a vida social; e que os pobres logrem repor nos olhos da Justiça a tarja da cegueira que lhe imprime isenção.

Um ano novo sem políticos mentirosos, autoridades arrogantes, funcionários corruptos, bajuladores de toda espécie. Livre de arroubos infantis, seja a política a multiplicação dos pães sem milagres, dever de uns e direito de todos. Espero um ano novo em que as cidades voltem a ter praças arborizadas; as praças, bancos acolhedores; os bancos, cidadãos entregues ao sadio ócio de contemplar a natureza, ouvir no silêncio a voz de Deus e festejar com os amigos as minudências da vida – um leque de memórias, um jogo de cartas, o riso aberto por aquele que se destaca como o melhor contador de piadas.

Desejo um ano novo em que o líder dos direitos humanos não humilhe a mulher em casa; a professora de cidadania não atire papel no chão; as crianças cedam o lugar aos mais velhos; e a distância entre o público e o privado seja encurtada pela ponte da coerência. Quero um ano novo de livros saboreados como pipoca, o corpo menos entupido de gorduras, a mente livre do estresse, o espírito matriculado num corpo de baile, ao som dos mistérios mais profundos.

Desejo um ano novo em que o governo evite que o nosso povo seja afetado pela crise do capitalismo, livre a população do pesado tributo da degradação social, e tome no colo milhões de crianças precocemente condenadas ao trabalho, sem outra fantasia senão o medo da morte. Espero um ano novo cujo principal evento seja a inauguração do Salão da Pessoa, onde se apresentem alternativas para que nunca mais um ser humano se sinta ameaçado pela miséria ou privado de pão, paz e prazer. Um ano novo em que a competitividade ceda lugar à solidariedade; a acumulação à partilha; a ambição à meditação; a agressão ao respeito; a idolatria por dinheiro ao espírito das bem-aventuranças.

Aspiro a um ano novo de pássaros orquestrados pela aurora, rios desnudados pela transparência das águas, pulmões exultantes de ar puro e mesa farta de alimentos despoluídos. Rogo por ano novo que jamais fique velho, assim como os carvalhos que nos dão sombra, a filosofia dos gregos, a luz do sol, a sabedoria de Jó, o esplendor das montanhas de Minas, a música gregoriana. Um ano tão novo que traga a impressão de que tudo renasce: o dia, a exuberância do mar, a esperança e nossa capacidade de amar. Exceto o que no passado nos fez menos belos e bons.”

Eis, pois, mais páginas contendo RICAS, ALENTADORAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nosso PENSAR e AGIR, de modo a promovermos a INSERÇÃO do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Destarte, URGE também a árdua missão de PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) o COMBATE – vigoroso e sem TRÉGUA – dos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, com vistas ao seu enquadramento em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL, com ralos de todas as dimensões; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO de 2012, do desembolso do ASTRONÔMICO montante de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO da DÍVIDA...

Torna-se, portanto, absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA de nossa ECONOMIA, que ainda MINA nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE, afeta a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, ao lado de uma ampla gama de NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS, a exigir AMPLIAÇÃO e MODERNIZAÇÃO de áreas como: INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); MOBILIDADE URBANA (transportes, trânsito e acessibilidade); EDUCAÇÃO; SAÚDE; ASSISTÊNCIA SOCIAL; PREVIDÊNCIA SOCIAL; SEGURANÇA PÚBLICA; SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL; FORÇAS ARMADAS; SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto TRATADO, resíduos sólidos TRATADOS, logística REVERSA; MACRODRENAGEM urbana); MEIO AMBIENTE; COMUNICAÇÃO; ENERGIA; LOGÍSTICA; EMPREGO, TRABALHO e RENDA; HABITAÇÃO; CIÊNCIA e TECNOLOGIA; PESQUISA e DESENVOLVIMENTO; QUALIDADE (eficiência, economicidade, produtividade e competitividade); CULTURA; ESPORTE e LAZER...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS mas, NADA, NADA mesmo, ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMETO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) neste ano; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO E OS PROFESSORES SEM LASTRO

“Educação para um país mais justo e solidário

A educação está para o jovem como este está para a vida: em estado de urgência. O emaranhado de questionamentos e mudanças comuns na fase da adolescência não deveria impedir o jovem de ter uma certeza na vida: a de que a educação é o único caminho que ele deve trilhar até o fim – a única plataforma para uma vida melhor e mais digna. Só que o Brasil ainda não alcançou padrões aceitáveis, em termos educacionais, para um país com aspirações de potência mundial.

Veja-se, por exemplo, o relatório divulgado recentemente pelo Unicef sobre a situação escolar dos jovens brasileiros. O documento revela que cerca de 20% dos adolescentes entre 15 e 17 anos estão fora da escola – um dado mais do que alarmante –, identificando a pobreza na origem dessa realidade. A extrema pobreza, por exemplo, afeta 11,9% de meninos e meninas de 12 a 17 anos num país onde vivem 21 milhões de jovens de jovens nessa faixa etária.

Para quebrar o ciclo vicioso da pobreza e da desigualdade, devemos aproveitar os próximos anos de esperado crescimento econômico para ampliar a inclusão educacional dos jovens provenientes dos estratos sociais menos favorecidos. É preciso investir cada vez mais na universalização do ensino de qualidade, na qualificação profissional e na valorização dos professores.

Com uma educação melhor e mais inclusiva, o Brasil terá cada vez mais condições de formar cidadãos aptos a viver em sociedade. Assim, estaremos criando as bases para construir um país mais justo e solidário.”
(GILBERTO ALVAREZ, Professor, em artigo publicado no jornal O TEMPO BELO HORIZONTE, edição de 31 de dezembro de 2011, Caderno L.LEITOR, página 18).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de EDITORIAL do jornal ESTADO DE MINAS, publicado na edição de 31 de dezembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Professores sem lastro

Na Antiguidade, na Grécia dos pensadores, a educação era levada extremamente a sério. As famílias entregavam a tutela de seus filhos aos professores, que ficavam responsáveis por sua formação cultural e moral. A aceitação dessa prática pelos pais se fundamentava na consciência de que a cultura era o bem mais valioso que poderiam presenteá-los. A transmissão dela devia ficar a cargo dos mais qualificados e sábios homens. Como resultado, a sociedade grega deu ao mundo Sócrates, Platão, Aristóteles e dezenas de outros ícones que fincaram os alicerces da filosofia, arte, arquitetura, astronomias, ética etc.

Essa cultura é diametralmente oposta ao conteúdo do Projeto de Lei 220/10, que pretende flexibilizar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDEN) para permitir às universidades a contratação de docentes sem título de pós-graduação, em regime de trabalho temporário renovável. Em favor da ignorância, apresenta-se o argumento da dificuldade de contratação pelos universidades de docentes titulados. Quais os interesses por trás disso? Seriam os grandes grupos privados de educação, que pretendem com isso baratear o custo de mão de obra no setor.

Em suas respectivas áreas de atuação profissional, um mestre ou doutor pode ser remunerado na faixa de R$ 500 a R$ 1 mil por hora/aula. Para esses profissionais a docência decorre da convicção, de uma satisfação pessoal, ou mesmo da opção por devolver à sociedade o conhecimento duramente construído, e que deve ser valorizado. Prover seu sustento e o de sua família como uma remuneração de R$ 150 por hora/aula é razoável para um docente titulado em regime de exclusividade. Mas a grande maioria das universidades avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC) paga não mais que R$ 20 por hora/aula. Algumas ainda exigem do docente dedicação exclusiva, o que espanta mentes mais qualificadas. O PL 220/10 pretende ainda formalizar esse serviço como trabalho temporário, o que reduzirá o impacto do custo das obrigações sociais da universidade.

Muitas universidades Brasil afora formam profissionais despreparados para o exercício do ofício pretendido. A última prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reprovou 88% dos candidatos. Considerando que as universidades tradicionais aprovam, em média, mais de 80% dos seus alunos, conclui-se que diversas delas apresentam índices de aprovação que beiram o inacreditável. Enquanto o Poder Legislativo continuar cedendo às pressões dos grupos econômicos ao sacrifício da cultura do conhecimento continuará sobressaindo a mediocridade. Professores desqualificados fingem ensinar e alunos despreparados simulam aprender. A educação brasileira carece de mestres e doutores, bem como o Congresso Nacional.”

Eis, portanto, mais páginas contendo GRAVES, PEDAGÓGICAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de MUDANÇA PROFUNDAS em nossas estruturas POLÍTICAS, EDUCACIONAIS, SOCIAIS, CULTURAIS e ECONÔMICAS que permitam a inserção – e DEFINITIVA – do PAÍS no rol das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE a aprofundada PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS à travessia HISTÓRICA pretendida, como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) o COMBATE – vigoroso e sem TRÉGUA – aos maiores e mais devastadores INIMIGOS do PAÍS: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DITURNA vigilância, de forma a se inserir e se manter em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO montante de R$ 1 TRILHÃO – a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFIANCIAMENTO da DÍVIDA –, a exigir igualmente uma AUDITORIA, que seja IMEDIATA, ABRANGENTE e QUALIFICADA...

Destarte, torna-se absolutamente INÚTIL lamentar FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA em nossa ECONOMIA, que além de MINAR nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA, afeta a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, acarretando INESTIMÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem...

São, e sabemos bem, que são GIGANTESCOS os DESAFIOS mas, NADA, NADA mesmo ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) neste ano; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A CIDADANIA, A CORRUPÇÃO E OS BROTOS DA ESPERANÇA (31/29)

(JANEIRO/2012 = Mês 31; Faltam 29 meses para a COPA do MUNDO de 2014)

“Intelectuais e a corrupção

O nível de corrupção no Brasil é impressionante e envolve intensamente a área pública, por meio dos poderes Executivo e Legislativo. E alguns grandes empresários ligados ao poder público. Não vejo corrupção nas pequenas e médias empresas brasileiras, que são maioria no país, e que empregam muita gente. Pelo contrário, vejo que esses empresários pagam impostos mais que excessivos, até mesmo massacrantes, que são direcionados para manter uma máquina governamental inoperante e muitas vezes corrupta. A situação atual é insustentável. Entretanto, destaco aqui o pensador Vilfredo Pareto, que nasceu em Paris, em 1848, em família da aristocracia italiana, que por volta de 1876 disse: “Não existe arquitetura institucional capaz de manter indefinidamente uma elite no poder, e a história política é descrita por esse motivo como um cemitério de aristocracias”. Já o pensador Gaetano Mosca, que nasceu em Palermo, na Sicília, em 1858, ressaltava que ministros e deputados, ligados por obscuras redes de reciprocidade, conduziriam a vida política por um caminho alheio ao interesse público, uma vez que as maiorias parlamentares providenciadas aos ministros para o livre curso de seus projetos políticos seriam trocadas por cargos e favores pessoais a deputados.

As classes políticas, dizia Mosca, garantiriam seus interesses em detrimento das expectativas de seu eleitorado. Bom, a semelhança com o universo político brasileiro é óbvia.

A propósito, leio artigos nos jornais mineiros e brasileiros, assinados por intelectuais das mais diversas áreas, fazendo críticas ao governo. Entretanto, percebo a limitação deles, pois circulam em um meio elitista e pequeno numericamente. Aliás, sempre questionei o papel de alguns intelectuais do país, com uma vaidade doentia e que usam do mundo pobre em que a maioria vive no Brasil para escrever suas teses de doutorado, fechados em seus círculos acadêmicos, sem nenhum pragmatismo. Eu disse alguns, pois existem aqueles que primam pelo idealismo e real interesse nos caminhos da sociedade.

Mas aonde eu quero chegar? Alguns artigos veiculados nos jornais brasileiros são muito bons, outros nem tanto, outros ainda são uma conversa mole para boi dormir, pela total falta de foco. Entretanto, todos valem como algum tipo de reflexão. Esses intelectuais fariam uma boa movimentação afinada com os interesses da sociedade levando às ruas homens e mulheres de suas áreas de influência para as manifestações, que começam a ocorrer pelo país contra a corrupção no governo. Imagine, cada articulista participando de uma manifestação na Praça da Liberdade ou na Avenida Paulista, levando centenas de pessoas. Claro, muitos têm rabo preso, pois se beneficiam ou se beneficiaram de bons cargos públicos. Mas esses não fazem nenhuma falta, pois são inúmeros os que estão libertos dessas relações. Então, vamos lá! Tal como Brasília e as “primaveras” que pipocam pelo mundo, essas mobilizações contra a corrupção assustam muito os políticos corruptos do Brasil. Vamos lá!”
(LUIZ FRANCISCO CORRÊA, Jornalista, diretor da Associação Palavra Bem Dita e da Via Comunicação, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de dezembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 5).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 30 de dezembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 5, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Brotos da esperança

É tradição fazer a retrospectiva do ano que passou, sempre no fim de dezembro. Uma prática indispensável para quem quer conduzir a vida balizada por valores morais e assume o compromisso de ser bom, de desempenhar bem suas responsabilidades e missão. A cidadania ganha muito de quem faz um balanço de seus atos, conduta, palavras e escolhas. Tem muito a ver com a dinâmica do exame de consciência diário que a espiritualidade cristã católica indica. Essa prática é um caminho indispensável, condição de superação de arbitrariedades, perda de rumos que comprometem a ordem moral e traz grandes prejuízos para a vida familiar, profissional e política. O limiar da contagem dos últimos momentos de 2011 deve ser propício para uma retrospectiva dinâmica de exame de consciência.

A tradicional retrospectiva veiculada na TV é interessante, pois proporciona uma visão de conjunto de tudo o que se viveu e ocorreu mundo afora. É uma retomada de acontecimentos que incluem as catástrofes e fracassos na política, na economia, momentos de alento mostrando a saudade de celebridades que partiram ou o apogeu de desportistas, artistas e alguns outros. Um enfoque incluído é aquele dos resultados negativos e das perdas causadas pela violência, pelo narcotráfico e pela dependência química, pelas artimanhas políticas e interesseiras. No conjunto desse cenário aparecem aqui e acolá brotos de esperança para alentar a passagem do ano e inspirar novos propósitos, tão indispensáveis para que se possa viver melhor.

Inquestionável é a necessidade de conhecer essa retrospectiva com a ajuda de imagens que impactam e reavivam na memória do coração razões de lágrimas, sorrisos, alegrias de conquistas e ternura indispensável. Mas é importante também fazer a própria retrospectiva, na individualidade da conduta cidadã, da experiência da fé e do sentido dado à própria vida. Esse momento é um exame de consciência capaz de fazer brotar um espetáculo que não se esvai facilmente como a meia hora de shows pirotécnicos da noite de réveillon.

A explosão da alegria com a chegada do ano-novo pode ser fecundada por uma preparação também pessoal. Um exame individual que pode remeter ao núcleo mais recôndito da consciência para lá viver uma escuta indispensável – antes dos brados de alegria. A escuta faz da interioridade fonte de uma sabedoria que, inteligentemente, reorganiza a vida. É um caminho para a verdadeira felicidade, exercício que sustenta a cidadania e alimenta o gosto pelo bem comum. Uma escuta que gera e mantém o tecido interior de quem acata as exigências do mundo contemporâneo, que pede o fim das práticas cartoriais, de um modo antiquado de fazer política, marcado pelo coronelismo ou pela mesquinhez próprias de senhores de engenho de séculos passados.

É entristecedor conhecer a lista de quem está impedindo avanços mais audazes de projetos que poderiam ajudar instituições a evoluírem. A retrospectiva oportuna nessa preparação para 2012 precisa considerar e cuidar dos brotos de esperança que devem dar sentido à fraternidade como dom. A compreensão desse sentido é uma força para banir as maldades tácitas que perpetuam disputas e mantém tantos como reféns na armadura de uma estatura pessoal minúscula e pouco cidadã.

A passagem de ano é um convite para viver a vida como admirável experiência do dom, vendo o quanto a gratuidade deve estar presente em todas as ações. Assim é possível romper a visão meramente produtiva e utilitarista da existência. O critério para presidir uma retrospectiva adequada é a consideração de que o ser humano é feito para o dom, graças à capacidade para a transcendência, que, cultivada, abre o caminho de superação da condição humana ferida e permite alcançar conquistas, na política, na ação social, na educação, na cultura e nos costumes. Do cultivo dessa capacidade, nascem os brotos de esperança.”

Eis, portanto, mais páginas contendo FECUNDAS, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nosso PENSAR e AGIR, buscando, nessa passagem de ano, FORÇAS, CLARIVIDÊNCIA e ASSERTIVIDADE para a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Mais do que, URGE uma profícua PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS a essa tão sonhada transição, como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) o COMBATE, sem nenhuma TRÉGUA, a: I – INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de modo a se ajustar a patamares CIVILIZADOS; II – CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL; III – DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, a exigir também uma IMEDIATA, ABRANGENTE e QUALIFICADA AUDITORIA, vez que apresenta a projeção deveras INTOLERÁVEL de
R$ 1 TRILHÃO, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO – 2012, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO da DÍVIDA...

São INESTIMÁVEIS os custos, os prejuízos e os comprometimentos de variada ordem, que SANGRAM a nossa ECONOMIA, e MINAM nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA e, mais grave ainda, AFETAM a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, aprofundando em conseqüência as DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS e perpetuando lastimáveis indicadores SOCIAIS...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª CONFERÊNCIA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A CIDADANIA, O SUCESSO E O REINVENTAR DA VIDA

“O segredo do sucesso

Assistindo às apresentações dos atletas no recente campeonato Pan-americano, observei com que afã eles buscam ultrapassar limites. Todos querem chegar na frente. Não há dúvida de que essa tem sido uma aspiração humana desde que existimos como espécime. E no mundo do trabalho é a mesma coisa. Ter sucesso significa conquistar os melhores lugares e recompensas, além da relevância social que vem embutida no pacote.

Mas, afinal, qual o segredo para alcançar o tal sucesso? É bom lembrar que apenas no dicionário a palavra sucesso aparece antes da palavra trabalho. De modo que o caminho mais curto ainda é o trabalho lícito, inteligente, prazeroso, criativo, que acrescenta valores e supera o que foi feito antes. Geralmente, nos encantamos com o sucesso, mas nos esquecemos de toda luta que levou as pessoas até essa privilegiada posição. Daí que se você não puder destacar-se pelo talento, vença pelo esforço. Como diria Tomas Jefferson: “Acredito demais na sorte e tenho verificado que, quanto mais trabalho, mais sorte tenho”.

Não é nosso trabalho que nos enobrece. Nós é que nos enobrecemos nosso trabalho. A melhor recompensa para essa atividade humana não é o que se ganha com isso. O trabalho não pode ser um fim como muitos encaram equivocadamente, investindo nele quase todo seu tempo e energia na busca do lucro financeiro ou social. Mais que isso, ele deve se tornar um meio para nos sentirmos úteis e produtivos, para alcançar valores essenciais, um maior equilíbrio psicológico, uma visão mais amudurecida das coisas e melhor qualidade de vida. E esse trabalho deve levar a nossa assinatura, nossa marca, nosso toque particular. Devemos ser reconhecidos por meio dele. Para tanto, é preciso fazer sempre o melhor que pudermos.

O objetivo de qualquer desenvolvimento profissional, tecnológico ou de qualidade é preencher essa lacuna que existe entre o que as pessoas realmente fazem e o que poderiam fazer se dessem o melhor de si. Infelizmente, a maioria não segue o exemplo dos atletas. Não gosta do que faz, trabalha apenas por obrigação, não investe em si mesmo e realiza somente o mínimo necessário. E tudo isso é o que inferioriza o trabalho.

Quem quiser vencer na atualidade terá de entender que as recompensas estão em sintonia direta com a contribuição que se dá. Nesse cenário tão competitivo e mutante, o novo trabalhador deve ter um perfil diferenciado e tomar o destino da sua carreira nas próprias mãos. A relação patrão-empregado está se transformando numa relação cliente-fornecedor e a profissão passa a se chamar competência, o que envolve o domínio de qualidades técnicas e também humanas.

Não há sucesso sem ética. Se você não for ético, afastará as pessoas que podem ajudá-lo a alcançar a realização profissional.

Todo homem é uma criatura da época em que vive. Mas muito poucos são capazes de ir além do seu tempo. O saudoso Steve Jobs mostrou esse exemplo. Isso porque são eles os que avançam para além dos recordes anteriores, acrescentando inovações vitais em todas as áreas. O verdadeiro progresso nasce daí. Para tanto, é preciso aprender com humildade tudo aquilo que pode ser importante ao objetivo a que se aspira. A forma de aprendizagem é tão importante quanto o que deve ser aprendido. É essencial também ter paciência inteligente, aquela que tem foco e não reduz o esforço enquanto espera, não pretendendo o pódio de imediato. Daí podemos ver que a vitória não está no final, mas sim em todas as alternativas do percurso, nas pequenas conquistas do dia a dia.

É nesse campo de lutas que devemos aprender a dominar os receios, tomar as decisões acertadas, encarar com maturidade os fracassos e vencer obstáculos que sempre aparecem no caminho. O excepcional jogador de basquete Michael Jordan disse certa vez: “Errei mais de 9 mil arremessos na minha carreira. Perdi quase 300 jogos. Em 26 ocasiões acreditaram que eu ganharia o jogo no arremesso decisivo... e errei. Fracassei, fracassei e fracassei na minha vida. É por isso que sou um vencedor”.

Pode-se dizer com certeza que sucesso é uma questão de não desistir e fracasso é uma questão de desistir cedo demais. As carreiras, como os foguetes, nem sempre são lançadas conforme o programado. O segredo é continuar trabalhando os motores e permanecer desmotivado o mínimo de tempo possível.”
(RONALDO NEGROMONTE, Professor, palestrante e consultor em desenvolvimento de pessoas e organizações, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de dezembro de 2011, Caderno MEGACLASSIFICADOSADMITE-SE, página 2).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de dezembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de FREI BETTO, Escritor e autor de A arte de semear estrelas (Rocco), entre outros livros, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Reinventar a vida

Finda o ano, inicia-se o novo. No íntimo, o propósito: daqui pra frente, tudo vai ser diferente. Começar de novo. Será? Haveremos de escapar do vaticínio do verso de Fernando Pessoa, “fui o que não sou”? Atribui-se a Gandhi esta lista dos sete pecados sociais: 1) Prazeres sem escrúpulos; 2) Riqueza sem trabalho; 3) Comércio sem ética; 4) Conhecimento sem sabedoria; 5) Ciência sem humanismo; 6) Política sem idealismo; 7) Religião sem amor.

E agora, José? No mundo em que vivemos, quanta esbórnia, corrupção, nepotismo, ciência e tecnologia para fins bélicos, práticas religiosas fundamentalistas, arrogantes e extorsivas! Os ícones atuais, que pautam o comportamento coletivo, quase nada têm do altruísmo dos mestres espirituais, dos revolucionários sociais, do humanismo de cientistas como os dois Albert – o Einstein e o Schweitzer. Hoje, predominam as celebridades do cinema e da TV, as cantoras exóticas, os desportistas biliardários, a sugerir que a felicidade resulta de fama, riqueza e beleza.

Impossibilitada de sair de si, de quebrar seu egocentrismo (por falta de paradigmas), uma parcela da juventude se afunda nas drogas, na busca virtual de um esplendor que a realidade não lhe oferece. São crianças e jovens deseducados para a solidariedade, a compaixão, o respeito aos mais pobres. Uma geração desprovida de utopia e sonhos libertários. A australiana Bronnie Ware trabalhou com doentes terminais. A partir do que viu e ouviu, elencou os cinco principais arrependimentos de pessoas moribundas:

1) Gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida verdadeira para mim, e não a que os outros esperavam de mim. No entardecer da vida, podemos olhar para trás e verificar quantos sonhos não se transformaram em realidade! Porque não tivemos coragem de romper amarras, quebrar algemas, nos impor disciplina, abraçar o que nos faz feliz, e não o que melhora a nossa foto aos olhos alheios. Trocamos a felicidade da pessoa pelo prestígio da função. E muitos se dão conta de que, na vida, tomaram a estrada errada quando ela finda. Já não há mais tempo para abraçar alternativas.

2) Gostaria de não ter trabalhado tanto. Eis o arrependimento de não ter dedicado mais tempo à família, aos filhos, aos amigos. Tempo para lazer, meditar, praticar esportes. A vida, tão breve, foi consumida no afã de ganhar dinheiro, e não de imprimir a ela melhor qualidade. E nesse mundo de equipamentos que nos deixam conectados dia e noite somos permanentemente sugados; fazemos reuniões pelo celular até quando dirigimos carro; lidamos com o computador como se ele fosse um ímã eletrônico do qual é impossível se afastar.

3) Gostaria de ter tido a oportunidade de expressar meus sentimentos. Quantas vezes falamos mal da vida alheia e calamos elogios! Adiamos para amanhã, depois de amanhã. O momento de manifestar o nosso carinho àquela pessoa, reunir os amigos para celebrar a amizade, pedir perdão a quem ofendemos e reparar injustiças. Adoecemos macerados por ressentimentos, amarguras, desejo de vingança. E para ficar bem com os outros, deixamos de expressar o que realmente sentimos e pensamos. Aos poucos, o cupim do desencanto nos corrói por dentro.

4) Gostaria de ter tido mais contato com meus amigos. Amizades são raras. No entanto, nem sempre sabemos cultivá-las. Preferimos a companhia de quem nos dá prestígio ou facilita o nosso alpinismo social. Desdenhamos os verdadeiros amigos, muitos de condição inferior à nossa. Em fase terminal, quando mais se precisa de afeto, a quem chamar? Quem nos visita no hospital, além dos que se ligam a nós por laços de sangue e, muitas vezes, o fazem por obrigação, não por afeição? Na cultura neoliberal, moribundos são descartáveis e a morte é fracasso. E não se busca a companhia do fracassado.

5) Gostaria de ter tido a coragem de me dar o direito de ser feliz. Ser feliz é uma questão de escolha. Mas, vamos adiando nossas escolhas, como se fossemos viver 300 ou 500 anos. Ou esperamos que alguém ou uma determinada ocupação ou promoção nos faça feliz. Como se a nossa felicidade estivesse sempre no futuro, e não aqui e agora, ao nosso alcance, desde que ousemos virar a página de nossa existência e abraçarmos algo muito simples: fazer o que gostamos e gostar do que fazemos.”

Eis, portanto, mais páginas contendo RICAS, ABRANGENTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nosso PENSAR e AGIR, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim sendo, URGE ainda PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) o COMBATE, sem TRÉGUA, a três dos nossos maiores e mais devastadores INIMIGOS: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância; II – a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com previsão para 2012 – Orçamento Geral da UNIÃO –, do gasto ASTRONÔMICO de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO da DÍVIDA, a exigir também uma IMEDIATA, ABRANGENTE e QUALIFICADA AUDITORIA...

Não é, pois, o caso de lamentarmos FALTA DE RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que MINA nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, afeta a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, gerando perdas e comprometimentos INESTIMÁVEIS...

São, e sabemos bem, DESAFIOS GIGANTESCOS mas que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pelaCIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERNÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A CIDADANIA, A GOVERNANÇA GLOBAL E A FORÇA DA ESPERANÇA

“Como governar 7 bilhões de pessoas? E 10 bilhões em 2070

A escalada da população humana é crescente: em 1802, éramos um bilhão; em 1927, 2 bilhões; em 1961, 3 bilhões; em 1974, 4 bilhões; em 1987, 5 bilhões; em 1999, 6 bilhões; e, por fim, em 2011, 7 bilhões. Em 2015, se o aquecimento não ocorrer, seremos 8 bilhões; em 2050, 9 bilhões; e em 2070, 10 bilhões.

Biólogos como Lynn Margulis e Enzo Tiezzi veem nessa aceleração um sinal do fim da espécie, à semelhança das bactérias quando colocadas num recipiente fechado (cápsula Petri). Pressentindo o fim dos nutrientes, se multiplicam exponencialmente e subitamente todas morrem.

Independentemente dessa ameaçadora questão, temos o desafio: como governar 7 bilhões de pessoas? Com uma governança global, um centro multipolar com a função de coordenar democraticamente a coexistência dos seres humanos na mesma casa comum. Essa configuração é uma exigência da globalização, pois implica o entrelaçamento de todos com todos dentro de um mesmo e único espaço vital.

Uma governança global é uma urgência impostergável para enfrentar os problemas globais e garantir a sustentabilidade da Terra. A ideia não é nova. Estava presente em Erasmo e em Kant, mas ganhou seus primeiros contornos reais com a Liga das Nações e definitivamente com a ONU. O FMI, o Banco Mundial, a OMC, a OMS, a OMT e a Unesco expressam a presença de certa governança global no mundo.

Atualmente, problemas sistêmicos, como o aquecimento global, a escassez de água potável, a má distribuição dos alimentos, a crise econômico-financeira e as guerras, estão demandando uma governança global.

A Comissão sobre Governança Global da ONU a define como “a soma das várias maneiras de indivíduos e instituições, públicas e privadas, administrarem seus assuntos comuns e acomodarem conflitos e interesses diversos de forma cooperativa”.

Essa globalização se dá também em nível cibernético, feita por redes globais, uma espécie de governança sem governo. O terrorismo provocou a governança securitária nos países ameaçados. E há uma governança global perversa, que podemos chamar de governança do poder corporativo mundial, feita pelos conglomerados econômico-financeiros, que se articulam de forma concêntrica até chegar a um pequeno grupo, que controla 80% do processo econômico. Isso foi demonstrado pelo Instituto Federal Suíço de Pesquisa Tecnológica (ETH), que rivaliza em qualidade com o MIT e que, entre nós, é representado pelo economista Ladislau Dowbor.

Essa governança não se dá muito a conhecer e, a partir da economia, influencia fortemente a política mundial.

Estes são os conteúdos básicos de uma governança global sadia: a paz e a segurança, evitando, evitando o uso da violência resolutiva; o combate à fome e à pobreza; a educação acessível a todos; a saúde como direito humano fundamental; moradia minimamente decente; direitos humanos pessoais, sociais, culturais e de gênero; direitos da Mãe Terra e da natureza.

Para garantir esses mínimos comuns a todos os humanos e também à comunidade de vida, precisamos relativizar a figura dos Estados nacionais, que irão desaparecer em nome da unificação da espécie humana sobre o planeta. Como há uma só Terra, uma só humanidade, um só destino comum, deve surgir também uma só governança, una e complexa, que dê conta dessa nova realidade planetizada e permita a continuidade da civilização.”
(LEONARDO BOFF, Filósofo e teólogo, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de dezembro de 2011, Caderno O.PINIÃO, página 20).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de dezembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS), doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O papa e a força da esperança

Recentemente, reli a encíclica Spe salvi (Salvos pela esperança), a segunda do pontificado de Bento XVI. Um primor. O papa é um grande intelectual e um comunicador de primeira. Aborda temas difíceis com uma simplicidade admirável. Num mundo algemado pelos grilhões do ceticismo e pelo impacto corrosivo do cinismo, sobretudo no mundo político, Spe salvi é uma forte estocada e uma provocação. De Santo Agostinho a Lutero, Kant, Bacon e Engels, homens da Igreja, santos e filósofos, ortodoxos e heterodoxos, desfilam na encíclica como protagonistas da nostalgia do ser humano com a esperança.

Bento XVI desnuda a inconsistência das esperanças materialistas e faz uma crítica serena, mas profunda, à utopia marxista. Segundo o papa, Marx mostrou com exatidão como realizar a derrubada das estruturas. “Mas, não nos disse como as coisas deveriam proceder depois. Ele supunha simplesmente que, com a expropriação da classe dominante, a queda do poder político e a socialização dos meios de produção ter-se-ia realizado a Nova Jerusalém.” Marx “esqueceu que o homem permanece homem e sua liberdade. Esqueceu que a liberdade permanece sempre liberdade, inclusive para o mal. O seu verdadeiro erro é o materialismo: de fato, o homem não é só o produto de condições econômicas nem se pode curá-lo apenas do exterior. Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor”.

O cerne da encíclica, um vibrante apelo à genuína esperança cristã, é a antítese do surrado discurso dos teólogos da libertação, que, com teimosa monotonia, apostam no advento da utópica Jerusalém terrena. As injustiças, frequentemente escandalosas e brutais, devem ser enfrentadas e superadas, mas não há o paraíso neste mundo. E o papel da Igreja, não obstante seu compromisso preferencial com os pobres e desvalidos, é essencialmente espiritual. Bento XVI não contorna os temas difíceis ou politicamente corretos. Na contramão de certo ativismo eclesiástico, aponta a oração como “primeiro e essencial lugar” da esperança. “Quando já ninguém me escuta, Deus ainda me ouve.” Sugestivamente, o papa evoca o falecido cardeal vietnamita Nguyen van Thuan, que, depois de 13 anos da prisão comunista, nove dos quais numa solitária, escreveu Orações na esperança. “Numa situação de desespero aparentemente total, a escuta de Deus, poder falar-Lhe, tornou-se para ele uma força crescente de esperança, que, depois da sua libertação, lhe permitiu ser para os homens em todo o mundo uma testemunha daquela grande esperança que não declina, mesmo nas noites de solidão.”

A mensagem de Bento XVI, direta e sem concessões, tem repercutido com força surpreendente. As jornadas mundiais da juventude têm sido um bom exemplo do descompasso entre as profecias de certos vaticanólogos e a verdade factual. Crescentes multidões multicoloridas, usando tênis e mochilas, transformam esse avô da cristandade num indiscutível fenômeno de massas. Como explicar o fascínio exercido pelo papa? A incrível sintonia entre os papas e a juventude oculta inúmeros recados. Num mundo dominado pela cultura do ter, pelo expurgo do sofrimento e pela fuga da dor, Bento XVI caminha aparentemente no contrafluxo. “Não é o evitar o sofrimento, a fuga diante da dor, que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amuderecer, de encontrar o seu sentido por meio da união com Cristo, que sofreu com infinito amor”, sublinha o papa na Spe salvi.

“A grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre. Isso vale tanto para o indivíduo como para a sociedade. Uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido é uma sociedade cruel e desumana”, conclui Bento XVI. Os jovens, rebeldes, mas idealistas, decodificam com mais facilidade o recado de esperança do papa.”

Eis, pois, mais páginas contendo IMPORTANTES, ORIENTADORAS e OPORTUNAS abordagens e RELEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nosso PENSAR e AGIR, de sorte a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e DESENVOLVIDAS, em plena harmonia com a Mãe TERRA e com a NATUREZA, de modo também a assegurar a SUSTENTABILIDADE do PLANETA...

Desse modo, URGE a impostergável PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância e extremo ESFORÇO para sua estabilização em patamares CIVILIZADOS;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL, causando INESTIMÁVEIS prejuízos e COMPROMETIMENTOS quer materiais, políticos, sociais, culturais, comportamentais;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com previsão de gastos da ordem ASTRONÔMICA e BRUTAL de R$ 1 TRILHÃO em 2012, a título de JUROS, ENCARGOS, REFINANCIAMENTO e AMORTIZAÇÃO (PLOA 2012), e, da mesma forma, a exigir também uma IMEDIATA, ABRANGENTE e QUALIFICADA AUDITORIA...

Segundo dados da consultoria britânica Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês), a projeção do PIB brasileiro para 2011 – US$ 2,5 TRILHÕES – coloca o PAÍS na 6ª posição entre as maiores do MUNDO; quando se agrega a função SOCIAL – com PIB per CAPITA de US$ 10,700 – o BRASIL passa a ocupar a 84ª...

São, pois, GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A CIDADANIA, O PROFESSOR E O EDUCADOR

“Parabéns, professor

Em 15 de outubro foi comemorado o dia do professor. Será que houve o que comemorar? O que é ser professor nos dias de hoje? A semana dessa data é, também, marcada por outras datas e eventos: feriado de Nossa Senhora Aparecida, recesso escolar, viagens, celebrações religiosas, Dia das Crianças, fogos de artifício. Sorte se algum aluno ainda tiver levado uma maçã, um abraço, um sorriso ou um parabéns pelo seu dia.

Apesar da imagem idealizada, de um passado em que o professor era respeitado, na verdade, essa nunca foi uma profissão fácil. Na antiguidade, alguns eram escravos. No período moderno, virou trabalhador assalariado, com um salário não muito favorável, quando comparado ao de outras profissões. Ouço dizer que hoje ser professor é uma vocação. Como se isso justificasse um compromisso que não precisa de contrapartida financeira ou que compense a precariedade da profissão. Lembro-me de uma professora do curso de economia da UFMG que me contratou como estagiária e se queixava de seu baixo salário, apesar de sua titulação de doutorado, experiência e publicações. Eu, recebendo menos de um salário mínimo por aquele estágio, pensava: “Chora de barriga cheia”. O mesmo, provavelmente, pensa de um professor universitário o professor de ensino fundamental e médio, enquanto os professores universitários, passados mais de 20 anos, repetem a fala da minha saudosa professora.

Não é pelo dinheiro. Os salários nunca foram muito atraentes. No entanto, existe algo de fascinante em ser um professor. Para começar, supõe-se que para ensinar é preciso saber. Esse desejo de saber continua atraindo muitos para essa profissão. Mas um professor que sabe e não transmite seu conhecimento não merece o título de professor. Essa parte é instigante. Como o filósofo da alegoria da caverna platônica, nosso candidato a professor que voltar e libertar os que ficaram presos na caverna, quer compartilhar esse conhecimento que é luz e revela um novo horizonte na vida de cada ser humano. Já confiante, com a fé em Nossa Senhora e a generosidade de um judeu na semana de Yom Kippour, nosso professor quer sair pelo mundo levando a palavra, doando, limpando a sujeira da corrupção deste mundo imperfeito que Platão denunciava desde a Grécia Antiga, quando acreditou que a solução passava pela educação a ser oferecida a todos pelo Estado.

Esse sonho não envelhece, não embota e não nos deixa desanimar. O professor é aquele que acredita no seu papel na formação de homens virtuosos, praticantes do bem, capazes de decisões racionais e comprometidos com a construção de uma cidade justa. O professor do século 21 não é mais o mestre com todas as respostas decoradas do século 19, mas o discípulo de Sócrates, rodeado de pessoas inteligentes e questionadoras, seus alunos, em busca de um saber coletivo e transformador.

O processo de ensino-aprendizagem na moderna pedagogia privilegia a autonomia e o senso crítico do aluno, o professor é visto como facilitador e orientador. Essa valorização do papel do aluno na construção do seu próprio saber não significa a perda da função do professor como educador. Se a educação formal se transformar em mero domínio técnico e deixar de ser a formação integral do cidadão, a sociedade sentirá as consequências.

Questionamentos e incertezas cercam hoje a educação e a carreira de professor. Ao mesmo tempo, há um clamor social por uma valorização da educação e de seus profissionais. Contudo, nós celebramos a cada dia, em cada encontro com nossos alunos, a alegria de estar com eles, dialogando, compartilhando, ouvindo e sendo ouvidos, ensinando e aprendendo.”
(MARIA LÚCIA FERREIRA, Doutora em filosofia, coordenadora do curso de história, professora do curso de pedagogia da Faculdade Estácio de Sá – BH, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 24 de setembro de 2011, Caderno PENSAR, página 2, de autoria de JOÃO PAULO, Editor de Cultura, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Quem educa o educador?

A educação continua ocupando espaço nos meios de comunicação, o que é muito importante. No entanto, a forma como vem sendo tratada parece carregar alguns descaminhos preocupantes. Numa análise mais rápida, é possível ler nos jornais dois tipos de enfoques. O primeiro, relativo ao movimento grevista, que acentua sempre os prejuízos dos alunos, numa cobertura nitidamente ideológica, no sentido filosófico do termo (não se trata de mentira, mas de verdade construída sobre os brancos, as fraturas do conhecimento, de modo a sustentar visão de mundo que precede o fato). O segundo enfoque ganhou destaque na semana que passou, com o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com ênfase para as escolas que alcançaram as melhores marcas.

Já defendi neste espaço e legitimidade moral da greve, seu conteúdo político e pedagógico e o que ela aponta em termos de descaso não com o salário dos profissionais, mas com a educação em si. O que parece ter se somado nos últimos dias foi a postura de buscar um canal de comunicação de mão única com a sociedade, por meio de mensagens publicitárias, sem que as negociações avancem no campo propriamente político. O discurso da propaganda (o lado político da publicidade) é necessariamente lacunar e interessado. Trata-se de comunicação que elide o outro e inviabiliza o diálogo. Ao localizar no professor grevista o responsável pelas tribulações da greve, o governo corre o risco de fazer com que um instrumento legítimo se torne mecanismo de coerção. Uma sociedade sem direito de greve é politicamente uma sociedade mais pobre.

Para fazer frente a esse impasse comunicativo – sem entrar no mérito do movimento – caberia à imprensa ocupar a arena com ampliação dos canais de elocução, com abertura ao contraditório e com o enriquecimento do debate em termos de alternativas de gestão. Além disso, à isenção e imparcialidade que definem o bom jornalismo, deve-se somar o compromisso com a construção do saber, com o arejamento do horizonte de possibilidades. Se professores de um lado e governo de outro se mostram emparedados, a imprensa tem o nobre papel de facilitar o trânsito das ideias. O direito à informação, mais que um concessão, é uma conquista que precisa ser reafirmada a cada dia. É consenso que a educação ainda não conquistou uma cobertura jornalística à altura de sua importância.

MELHOR PARA QUEM? O segundo aspecto que ocupou os jornais, e que se relaciona com a educação, foi o anúncio das “campeãs” do Enem. Escolas de todo o Brasil foram ordenadas a partir dos resultados nas provas, com a irrefletida e empolgada cobertura dos meios de comunicação, ávidos em descobrir o segredo das melhores escolas. Será que há sentido nesse tipo de ranking? Sinceramente, acredito que não. Trata-se de uma tradução da lógica do sucesso definido a partir de indicadores de bom desempenho em testes que se relacionam apenas com conteúdos programáticos tradicionais. Nada mais distante da educação do que isso. No máximo pode-se declarar que se trata de um efeito Pigmalião: os melhores alunos serão os que a escola escolhe como melhores e, em nome dessa avaliação prévia, investe todos os seus recursos pedagógicos. Escolher os melhores significa alijar os “piores”.

A situação fica ainda mais grave quando, acompanhando as reportagens com as escolas “vencedoras”, observa-se que todas elas são discriminatórias, elitistas e contra a inclusão social. Para conseguir vagas nas instituições com bons resultados, os alunos precisam ter aptidões prévias destacadas. Quem não vai bem na prova de acesso não entra. O dispositivo-Enem (sua transformação em ferramenta quantitativa), na verdade, está na base, não no resultado do processo de educação. Uma escola que rejeita alunos com notas baixas em nome da meritocracia ou qualquer ideologia espúria do gênero não deveria merecer o nome antigo de educandário. O papel da escola é exatamente educar, integrar, possibilitar o exercício da liberdade e igualdade, mesmo com alunos de diferentes níveis de saber formal.

Espanta ainda mais que, ao lado da efusão das comemorações dos colégios (muitos deles públicos e religiosos), se ostente o resultado como consagração do princípio educativo de fazer destacar uns sobre os outros. A melhor escola não é a que tem alunos com melhores notas (essa apenas seleciona melhor sua fatia de preconceito e falta de espírito público – no caso das públicas – e de amor ao próximo – quando se trata de instituições religiosas). A boa escola tem um compromisso político e moral: ela precisa ser uma escola boa. Os pais, por sua vez, deveriam valorizar filhos cheios de bondade e não consagrados com boas notas.

Se o critério não é a aprendizagem de conteúdos previamente valorizados, qual deveria ser? Trata-se de uma questão complexa e interessante, que aponta para o que se deseja da escola e do processo educacional. Em outras palavras, para o que a sociedade define como conhecimento relevante e progresso social. Ao lado do saber (suposto) dos conteúdos, há uma pletora de elementos educativos que vêm sendo soterrados pela dinâmica competitiva da educação para o desempenho.

Há alguns anos, o pensamento sobre a educação era de interesse coletivo de vários campos do conhecimento. As pessoas conheciam algo de Piaget e sua preocupação com os estágios de formação dos conceitos, de modo a valorizar a infância e seu tempo peculiar; discutiam Ivan Illich e sua proposta de uma sociedade sem escolas (a educação estaria incorporada na prática da vida, sem necessidade de formalização); buscavam em Freud a impossível mestria e conhecimento sobre a infância, na procura das possibilidades da educação como empreendimento civilizador; sonhavam com a utopia de Paulo Freire de uma escola da vida, que valorizasse os saberes, operasse a leitura crítica do mundo e fizesse da educação uma prática da liberdade. Não se fala mais em pedagogia, mas em mercado.

Hoje o que vale é o resultado, a lista de classificação, o privilégio de fazer parte de uma elite. Marx, que entendeu o capitalismo como poucos, sabia que os homens são capazes de mudar as circunstâncias e que, por isso, o educador precisava ser educado. É bom notar que a figura do educador, neste caso, não se refere ao professor, mas a quem designa os conteúdos que paralisam a sociedade num quietismo conservador e satisfeito com suas medalhas. As melhores escolas de Minas e do Brasil não têm, nesse sentido, muito do que se orgulhar. Está na hora de abrir as portas, as mentes e o coração. Elas precisam ser mais bem educadas.”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES, PEDAGÓGICAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que apontam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, POLÍTICAS, SOCIAIS, ECONÔMICAS e CULTURAIS de modo a inserir o PAÍS definitivamente no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e DESENVOLVIDAS...

Assim, torna-se igualmente PREMENTE um esforço nacional na PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância tendente a trazê-la para patamares CIVILIZADOS e compatíveis com a ESTABILIDADE sustentada;

c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL, levando para o RALO quantias deveras INESTIMÁVEIS, eis que gera PREJUÍZOS e COMPROMETIMENTOS de vários matizes;

d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;

e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, a exigir igualmente uma IMEDIATA, ABRANGENTE e QUALIFICADA AUDITORIA, vez que já sinaliza, para o ano de 2012 – conforme PLOA da UNIÃO –, com gastos da ordem de R$ 1,014 TRILHÃO (47,90%) – a título de JUROS, ENCARGOS, REFINANCIAMENTO e AMORTIZAÇÃO da DÍVIDA – de um total previsto de R$ 2,118 TRILHÕES...

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentar a FALTA de RECURSOS diante de monstruosa SANGRIA, ao lado de extremas CARÊNCIAS, DEFICIÊNCIAS e NECESSIDADES em setores que CLAMAM por AMPLIAÇÃO e MODERNIZAÇÃO, como: INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos), EDUCAÇÃO, SAÚDE, HABITAÇÃO; SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgotos TRATADOS, resíduos sólidos TRATADOS, MACRODRENAGEM URBANA); MEIO AMBIENTE; MOBILIDADE URBANA (transportes, trânsito e acessibilidade); ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA PÚBLICA; JUSTIÇA; FORÇAS ARMADAS; SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL; ENERGIA; CIÊNCIA e TECNOLOGIA; PESQUISA e DESENVOLVIMENTO ; LOGÍSTICA, INFORMAÇÃO; COMUNICAÇÕES; EMPREGO, TRABALHO e RENDA; PREVIDÊNCIA SOCIAL; CULTURA; ESPORTE e LAZER, entre outros...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A CIDADANIA, A SABEDORIA E A LUZ DO MUNDO

“O verdadeiro Natal

Da última vez que visitei Oslo, reuniam-se na capital noruoguesa ministros do turismo de países escandinavos e bálticos para decidir: qual é a terra de Papai Noel? Ministros da Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Islândia quebravam a cabeça para decidir como evitar propaganda enganosa junto ao público infantil. A criançada queixava-se: alguém mentia. Papai Noel não pode ter nascido – como sugeria a concorrência entre agências de turismo – na Lapônia e na Groenlândia, lugares distintos e distantes um do outro.

Não conheço o resultado da conferência de Oslo. Espero que, se não chegaram a um acordo, pelo menos a guerra, se vier, seja apenas de travesseiros. Mas é a Finlândia que melhor explora a figura do velho presenteador transportado no trenó puxado por renas. Assinala inclusive a sua terra natal: Rovaniemi, onde o Santa Park é, todo ele, tematizado por Papai Noel, lá denominado Santa Claus.

Sabemos todos que Papei Noel nasce, de fato, na fantasia das crianças. Acreditei nele até o dia em que me perguntei por que o Paulo, filho da empregada, não recebera tantos presentes de Natal como eu. O velhinho barbudo discrimina os pobres?

Malgrado tais incongruências, Papai Noel é um figura lendária, reaviva a criança que trazemos em nós. E disputa a cena com o Menino Jesus, cujo aniversário é o motivo de festa e feriado de 25 de dezembro. Papai Noel enriquece os correios no período natalino, tantas as cartas que são remetidas a ele. Aliás, basta ir aos Correios e solicitar uma das cartas que crianças remetem ao velhinho barbudo. Com certeza o leitor fará a alegria de uma criança carente.

Não se sabe o dia exato em que Jesus nasceu. Supõem alguns estudiosos que em agosto, talvez no dia 7, entre os anos 6 ou 7 antes de Cristo. Sabe-se que morreu assassinado na cruz no ano 30. Portanto, com a idade de 36 ou 37 anos, e não 33, como se crê. Tudo porque o monge Dionísio, que no século 6 calculou a era cristã, errou na data do nascimento de Cristo.

Até o século 3, o nascimento de Jesus era celebrado a 6 de janeiro. No século seguinte mudou, em muitos países, para 25 de dezembro, dia do solstício de inverno no Hemisfério Norte, segundo o calendário Juliano. Evocavam-se as festas de épocas remotas em homenagem à ressurreição das divindades solares. Os cristãos apropriaram-se da data e rebatizaram a festa, para comemorar o nascimento daquele que é “a luz do mundo”. Para não ficar de fora da festa, os não cristãos paganizaram o evento por meio da figura de Papai Noel, mais adequado aos interesses comerciais que marcam a data.

Vivemos hoje num mundo desencantado, porém ansioso de reencantamento. Carecemos de alegorias, mitos, lendas, paradigmas e crenças. O Natal é das raras ocasiões do ano em que nos damos o direito de trocar a razão pela fantasia, o trabalho pela festa, a avareza pela generosidade, centrados na comensalidade e no fervor religioso.

Pouco importa o lugar em que nasceu Papai Noel. Importa é que o Menino Jesus faça de novo o presépio em nosso coração, empregnando-o de alegria e amor. Caso contrário, corremos o risco de reduzir o Natal a efusiva mercantilização patrocinada por Papai Noel. Isso é particularmente danoso para a (de)formação religiosa das crianças filhas de famílias cristãs, educadas sem referências bíblicas e práticas espirituais.

Lojas não saciam a nossa sede do absoluto. Há que empreender uma viagem ao mais íntimo de si mesmo, para encontrar um outro que nos habita. Essa é, com certeza, uma aventura bem mais fascinante do que ir até a Lapônia. Contudo, as duas viagens custam caro. Uma, uns tantos dólares. Outra, a coragem de virar-se pelo avesso e despir-se de todo peso que nos impede de voar nas asas do espírito.”
(FREI BETTO, Escritor, autor do romance Um homem chamado Jesus (Rocco), entre outros livros, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de dezembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE, ORIENTADORA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de dezembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Dá-me sabedoria

É grande a movimentação do comércio neste tempo do Natal. São muitos os comentários a respeito da condição desnorteada de quem vende e de quem compra. Há quem até considere insuportável o vai e vem de multidões nas ruas, o barulho ensurdecedor nos shoppings e o aumento exagerado do desejo de comprar. No meio de tudo isso, é verdade, está o gesto nobre e fraterno de presentear. Dar um presente é manifestação de amor, uma linguagem do coração reunindo razões, valores e sentimentos que sustentam a vida e expressam agradecimento. É um gesto que transforma. Derruba a soberba e abranda o vento terrível do orgulho que cega os olhares para a compaixão e a solidariedade.

Contudo, ainda mais nesta época do ano, é grande o risco de ser arrastado pela avalanche de novidades, que instiga um desejo descontrolado de ter mais e provocar a patologia de só ganhar e guardar pra si. O impulso e o desejo sem limites desfiguram a nobreza do presentear no tempo em que a humanidade celebra a oferta do maior presente que ela já recebeu: o Natal de Cristo, o salvador do mundo.

Bem às vésperas do Natal, em meio a vozes, músicas, confraternizações e tantas coisas outras, vale o esforço de resgatar no fundo do coração o desejo de sabedoria. A celebração do Natal é oportunidade, na ação de graças e na alegria da festa, para conhecer mais.

É oportuno ler, meditar e assumir a súplica na prece de Salomão pela sabedoria, como narra o livro homônimo no novo capítulo: “Ó Deus de meus antepassados, Senhor de misericórdia, que tudo fizeste com a tua palavra e com tua sabedoria criaste o ser humano para dominar as criaturas que fizeste, para governar o mundo com santidade e justiça e exercer o julgamento com retidão de coração! Dá-me a sabedoria que se assenta contigo no teu trono e não me excluas do número de teus filhos. Pois sou teu servo, filho de tua serva, homem frágil e de vida breve, e incapaz de compreender a justiça e as leis. Por mais que alguém entre os mortais seja perfeito, se lhe falta a tua sabedoria, será considerado como nada. Contigo está a sabedoria que conhece as tuas obras e que estava presente quando fazias o mundo; ela sabe o que é agradável aos teus olhos e o que é correto, conforme os teus preceitos. Manda-a dos teus sagrados céus e faze com ela venha do teu Trono glorioso, para que me acompanhe e trabalhe comigo e eu saiba o que é agradável diante de ti. Pois ela tudo conhece e compreende, e me guiará com prudência em meus trabalhos, protegendo-me com a sua glória”.

Entre presentes incontáveis, recebidos e ofertados, o mais precioso é o dom da sabedoria, única dádiva cuja luminosidade esclarece o enigma da condição humana. O Natal é a revelação plena do diálogo de amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E cada pessoa é convidada a participar desse diálogo. É nele que está fonte da sabedoria.

Natal é mais do que tempo de alvoroço. É o momento de fixar os olhos no menino Deus e escutar a sua voz, que amorosamente fecunda no coração da humanidade o chamamento interior para fazer o bem, e, consequentemente, evitar o mal. Compreende-se que a celebração do Natal é festa para acolher de coração o mais importante e completo presente dado à humanidade: Jesus Cristo. N’Ele, unicamente, está a fonte de sabedoria. Suplicar a graça de recebê-la e, de fato, possuí-la, no tempo do Natal, deve ser o mais importante desejo de todo coração humano.

Se o governante pedir sabedoria, seguindo o exemplo de Salomão, poderá discernir prioridades, intuir empreendimentos novos e escolher o que mais conta no bem de todos. Se o parlamentar, de qualquer esfera, alcançar esse dom, não votará em causa própria. Ficará envergonhado de ganhar mais, no tempo do Natal, quando muitos ainda têm tão pouco. Com sabedoria, servirão com amor. Na família, os pais que buscarem a sabedoria conhecerão os caminhos que educam nos valores fundamentais. Essa sabedoria é remédio que cura a mesquinhez das disputas e o entender como natural tudo que é absurdo.

É Natal! Que todos almejem a sabedoria. No silêncio do coração, ou nas preces da comunidade, que se aproveite este tempo, fixando o olhar em Cristo, para suplicar-lhe o que é Ele mesmo: a sabedoria, caminho para refazer propósitos no sustento da vida cidadã.”

Eis, pois, mais páginas contendo RICAS, PROFUNDAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de um NOVO pensar e agir na condução das nossas INSTITUIÇÕES, estruturas e dinâmicas POLÍTICAS, SOCIAIS, AFETIVAS, ECONÔMICAS e CULTURAIS, de modo a inserir o PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e DESENVOLVIDAS...

Buscando, ainda mais neste NATAL e na LUZ do mundo – JESUS CRISTO – a SABEDORIA para, entre outras dimensões, PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, com vistas a consolidar a ESTABILIDADE – mas em patamar CIVILIZADO;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL, solapando nosso ECONOMIA e minando nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas modalidades;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, também a exigir uma IMEDIATA, ABRANGENTE e QUALIFICADA AUDITORIA, eis que já atinge níveis deveras INTOLERÁVEIS, com previsão para 2012, segundo o ORÇAMENTO da UNIÃO, de gastos da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS e ENCARGOS e AMORTIZAÇÃO da DÍVIDA...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A CIDADANIA, AS NOTÍCIAS E OS VALORES QUE DÃO SENTIDO À VIDA

“A difícil busca da autorrealização num mundo erodido de valores

Hoje vigora vastamente uma erosão de valores éticos que normalmente eram transmitidos pela família, escola e sociedade. Essa erosão fez com que as estrelas-guia do céu da ética ficassem encobertas por nuvens de interesses danosos para a sociedade e para o futuro da vida e o equilíbrio da Terra.

Não obstante essa obscuridade, importa reconhecer a emergência de novos valores ligados à solidariedade internacional, ao cuidado para com a natureza, à transparência nas relações sociais e à rejeição de formas de violência política e da transgressão dos direitos humanos. Mas nem por isso diminuiu a crise de valores, especialmente no campo de economia e das finanças, que são as instâncias que definem os rumos do mundo e dos assalariados.

As crises recentes denunciaram especuladores instalados nas bolsas e nos bancos, cujo volume de rapinagem de dinheiros alheios quase levou à derrocada o sistema financeiro mundial. Em vez de estarem na cadeia, tais velhacos voltaram à especulação e à apropriação dos bens comuns da humanidade.

Essa atmosfera de anomia e de vale-tudo, que se espraia também na política, faz com que o sentido ético fique embotado e as pessoas se sintam impotentes, condenadas à amargura ácida e à resignação humilhante. Nesse contexto, muitos buscam sentido na literatura de autoajuda. Outros procuram psicólogos e psicanalistas. Mas, no fundo, tudo termina com o seguintes conselho: “dada a falência das instâncias criadoras de sentido como as religiões e as filosofias, devido à confusão de visões de mundo, da relativização de valores e do vazio de sentido existencial, procure você mesmo seu caminho, trabalhe seu Eu profundo, estabeleça você mesmo referências éticas que orientam sua vida e busque sua autorrealização”. Autorrealização: eis uma palavra mágica, carregada de promessas.

Não serei eu que vá combater a “autorrealização” depois de escrever “A Águia e a Galinha: Uma Metáfora da Condição Humana” (Vozes, 1999). A autorrealização resulta da sábia combinação da dimensão de águia e da de galinha. Quando devo ser galinha, quer dizer, concreto, atento aos desafios do cotidiano, e quando devo ser águia, que busca, em liberdade, realizar potencialidades escondidas. Ao articular tais dimensões, cria-se a possibilidade de uma autorrealização bem-sucedida.

Penso que essa autorrealização só se consegue se incorporar seriamente três outros dimensões.

A primeira é a dimensão de sombra. Cada um possui seu lado autocentrado, arrogante, e outras limitações que não nos enobrecem. Essa dimensão não é defeito, mas marca de nossa condição humana, feita da união dos contrários. Acolher tal sombra, cuidar que seus efeitos maléficos não atinjam os outros, nos faz humildes, compreensivos das sombras alheias e nos permite uma experiência humana mais completa e integrada.

A segunda dimensão é a relação com os outros, aberta, sincera e feita de trocas enriquecedoras.

A terceira dimensão é alimentar certo nível de espiritualidade. O importante é abrir-se ao capital humano/espiritual que, ao contrário do capital material, é ilimitado e feito de valores como a verdade, a justiça, a solidariedade e o amor. É nessa dimensão que emerge a questão impostergável: que sentido tem, afinal, minha vida? A volta ao pó cósmico ou ao abrigo num útero divino que me acolhe assim como sou?

Se esta última for a resposta, a autorrealização traz profundidade e uma felicidade íntima que ninguém pode tirar.”
(LEONARDO BOFF, Filósofo e teólogo, em artigo publicado no jornal O TEMPO, edição de 4 de novembro de 2011, Caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de dezembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Noticiando impactos

É incontestável a força impactante das notícias veiculadas diariamente, das mais variadas formas e tipos. Há uma imensa demanda por novidades que são consumidas como um verdadeiro alimento de cada dia. O ato de divulgar uma informação quase toma o lugar importante da reflexão e da contemplação.

Cada vez mais é decisivo ser bem informado. O mundo desafiador da informação, obviamente, alavanca avanços, tem lugar determinante nas análises e pode indicar horizontes novos. É fácil concluir, no entanto, que a notícia é mais do que a produção de impactos, o alcance de metas planejadas e buscadas a todo preço ou a simples alimentação comum da necessidade contemporânea de apropriar-se da informação mais nova. A busca apenas daquilo que é impactante resulta numa avalanche de informações não assimiladas, mal localizadas, que impõe superficialidades e passa por cima, não raras vezes, de pessoas, instituições e horizonte intocáveis da sociedade.

Quando uma direção é considerada importante ou se quer fazer crescer a cotação desse, daquele ou daquilo, a informação produzida, de variados modos, se torna uma força avassaladora que convence, derruba adversários e produz vítimas. Muitas vezes, faz valer perspectivas e convicções de quem tem o poder de impor certos interesses. Não raro nesse quadro, vê-se produzir um jogo perverso, com a absolvição de quem é merecedor de penas, a projeção de quem nem tanto é fonte de referência, com riscos de dar lugar largo à mesquinhez. Assim, impede a indispensável e permanente configuração da consciência ética e moral.

Não se pode tomar como princípio que a notícia boa é a notícia ruim, que causa impactos. Noticiar a verdade deve ser a meta principal, um importante caminho para elucidar a vida como ela é. Trata-se de um serviço comprometido com a justiça, o bem e a paz. De modo especial, a notícia tem força e tarefa de não apenas produzir emaranhados de compreensão, de juízos e pareceres, dispensando o discernimento, a capacidade de escolha e a competência humanística para posicionar-se, a partir do compromisso com o bem da sociedade.

Neste tempo de preparação para o Natal, que seja escutado um anúncio antigo, mas cheio de novidade, feito pelo profeta Isaías. Ao noticiar que uma virgem conceberia um filho e lhe colocaria o nome de Emanuel, o profeta possibilitou ao povo ver uma grande luz que resplandece e muda o rumo da vida de quem habita nas sombras da morte. O anúncio do nascimento de um menino, o filho que foi dado, é a notícia que gera um novo tempo.

A novidade do profeta causa impacto. Poeticamente ele convida ao entendimento de que um broto vai surgir do tronco de Jessé. O Natal é genuinamente o anúncio de um acontecimento que não se esgota numa novidade momentânea. Produz nova compreensão, com a consequente abertura de um novo tempo. O Natal é a notícia de que Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem para a salvação de todos, convida à consciência do amor vivificador de Deus n’Ele, oferecido abundantemente. Quem escuta e acolhe essa notícia experimenta a sua força transformadora. Abre-se a possibilidade de não se perder por outras novidades. O anúncio do nascimento de Cristo suscita permanentemente o desejo de buscar a fonte da vida. É uma notícia que dialoga com a liberdade de cada um, sem massacrá-la ou cegá-la.

A partir de Jesus nasce o gosto por uma vida diferente. Ele, Cristo, não tira nada e dá tudo. Noticiá-lo, o grande propósito do Natal, é colocar-se a serviço da vida, promovendo a compreensão de que a fraternidade solidária, em todas, em todas as circunstâncias, é a mais alta expressão de Jesus. Essa é uma informação que permite elevar a condição humana, caminho para desenvolver plenitude na dimensão pessoal, familiar, social e cultural. Trata-se de um verdadeiro antídoto ao consumismo hedonista e individualista, preservando a vida de ser reduzida ao prazer imediato e sem limites, antídoto para a insensibilidade diante das condições de muitos abandonados, ignorados em sua miséria e dor. Boa e justa é a notícia que gera dignidade e fraternidade universal.”

Eis, pois, mais páginas contendo IMPORTANTES, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, POLÍTICAS, ECONÔMICAS, SOCIAIS e CULTURAIS de modo a permitir a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e DESENVOLVIDAS, a partir da PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as ESFERAS da vida NACIONAL, gerando inestimáveis PREJUÍZOS e COMPROMETIMENTOS, quer MATERIAIS, COMPORTAMENTAIS, ÉTICOS e MORAIS;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, já atingindo o gasto ASTRONÔMICO de R$ 635 BILHÕES no ano de 2010, a título de JUROS, AMORTIZAÇÕES e REFINANCIAMENTO DA DÍVIDA, do ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO de R$ 1,414 9TRILHÃO – 44,93% (Fonte: AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA)...

URGE, desse modo, a implantação – e DEFINITIVA – a cultura da DISCIPLINA, do amor à PÁTRIA, à VERDADE, à JUSTIÇA, da PARCIMÔNIA, do respeito MÚTUO e, sobretudo, da ÉTICA em TODAS as nossas relações.

São, e sabemos bem, DESAFIOS GIGANTESCOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...