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quarta-feira, 20 de junho de 2012

A CIDADANIA, OS MALES DA HUMANIDADE E O PODER DA VISÃO

“Estamos todos doentes

Saúde é a percepção individual de bem-estar físico, psíquico e social. É a sensação de serenidade, relaxamento, paz de espírito. Ou, ainda, estar harmonizado nas três energias que sustentam a vida no nosso cotidiano e nos faz a cada dia existir:

1) Vitalidade, ou energia vital, é aquela que move nosso físico, o corpo, o que nos faz saltar da cama e ir à luta, o que nos dá ânimo, movimento.

2) Psiquismo, ou energia mental, que gera o ato de pensar, de sentir, de desejar sonhos metas, intenções.

3) . Sim, senhores, é uma forma de energia, e não sinônimo de religiosidade.

Dito isso, vem a pergunta, aos amigos e leitores: como anda sua saúde? Acorda todos os dias, espreguiça e diz: “Oba, mais um novo dia!” Adora seu trabalho ou sua escola? Ao final do expediente, comenta com os colegas, o quanto está ansioso de encontrar e bater um belo papo com os filhos adolescentes e namorar com a patroa? Agradecer a Deus a cada novo dia, enfrentar os desafios, ser otimista e buscar solução para as contas atrasadas com bom humor, enfrentar o congestionamento sem nervosismo? Ler, assistir, ouvir sobre os escândalos e corrupções que se sucedem sem se revoltar e pensando em como reverter essa tragédia da tal democracia? Dorme bem, acorda descansado, entusiasmado, cheio de saúde? Bem-humorado, de bem com a vida, sem queixas físicas, sem uma mente acelerada de preocupações e sofrimentos antecipatórios?

Parabéns!!! Passou no teste e se enquadra no que foi descrito no início da coluna. Peço que mande um e-mail, compartilhe sua experiência, pois você está em extinção, segundo todos os dados que andam chegando mundo a fora onde a saúde (principalmente a pública) está falida e sem resolutibilidade. É como houvesse uma epidemia de angústia, ansiedade, sintomas físicos diversos, sono precaríssimo, conflitos de relacionamento nos lares, nas escolas, no trabalho e até onde antes era local de lazer como casas noturnas, estádios de futebol, Carnaval e outros.

Todo mundo apavorado, pessimista, irritado, egoísta. A violência está generalizada e novas gerações não só desrespeitam as mais velhas, mas, enfrentam e desprezam sua sabedoria e experiência.

Outro fenômeno do mundo atual é uma tecnologia fantástica, quase uma ficção científica. Pois bem, a questão é que ao criar um abismo entre os “nascidos na tela”, jovens virtuais e alienados do mundo real e em crise e a geração dos “perdidos na tela”, dos que tiveram e têm que tentar entender novidades diárias e termos tecnológicos (que é quase grego para os mais velhos). E sejamos francos, fomos incapazes de gerarmos um mundo digno, justo, fraterno e, principalmente, que produzisse líderes que crianças e jovens admirassem e tivessem como referência e exemplo a ser seguido, quebramos uma história milenar de sucessão evolutiva e respeito intergeração!

Faço questão de citar uma das maiores fábricas de fazer loucos atualmente: o celular! (Um dia volto exclusivamente a este tema). E ainda alerto para o tribalismo que se alastra: islâmicos contra cristãos, brancos versus pessoas de cor, pobres contra ricos, nações contra nações, torcidas contra torcidas, ataques aos homossexuais e assim por diante.

A intolerância e o radicalismo imperam. Finalmente, a tragédia das drogas, dos que se anestesiam e fogem deste mundo em transformação e desafiador, artificializando o prazer, a alegria enquanto se demenciam e destroem famílias e marginalizam-se.

Sim, que bom! Fim de linha! Quando tudo anda tão estranho e doentio, é sinal que o ambiente, sociedade, política, religião, família e cultura estão muito próximos de falirem. E a história do mundo mostra que é necessário o caos, a decadência de costumes, de confiança, de valores, de cooperação e fraternidade; que quando nos tornamos individualistas, abusamos de bebidas, droga, quando a descrença nos líderes impera é hora de mudança. Assim foi no Império Romano, grego, na Idade Média. Só que agora somos globais e quem sabe aprenderemos que somos um só povo!”
(EDUARDO AQUINO, que é escritor e neurocientista, em artigo publicado no jornal SUPER NOTÍCIA, edição de 17 de junho de 2012, Caderno CIDADES,coluna Bem Vindo à Vida – Reaprendendo a viver – pequenas lições sobre comportamento e relacionamento e mente humana, página 6).

Mais uma IMPORTANTE, ADEQUADA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na revista VEJA – edição 2274 – ano 45 – nº 25, de 20 de junho de 2012, páginas 134 e 135, de autoria de THOMAS LOVEJOY, Doutor pela Universidade Yale, nos Estados Unidos, que estuda a biodiversidade da Amazônia e do Brasil desde 1965. Atualmente ocupa a cátedra de biodiversidade do Centro Heinz para Ciências, Economia e Meio Ambiente, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O IMPERADOR

VISIONÁRIO

Vinte anos depois da Eco 92, os representantes de 170 nações vão se encontrar a sombra da Tijuca, uma das maiores áreas verdes urbanas do mundo. O simbolismo é muito forte. Em meados do século XIX, o imperador dom Pedro II reconheceu a importância do que chamamos hoje de serviços de ecossistema, as funções ambientais úteis aos seres humanos e que tanto necessitam de cuidados. O imperador não precisou de ciência sofisticada ou de análises econômicas para chegar a tal conclusão. Foi o seu senso prático que o levou a perceber como reflorestamento da área, encravada no coração da cidade, era essencial para a recuperar a atividade da frágil bacia hidrográfica do Rio de Janeiro. O Brasil foi um dos pioneiros do desenvolvimento sustentável, muito antes de o termo ser cunhado pela ex-ministra da Noruega Gro Brundtland, em 1987.

A Eco 92 resultou em enormes avanços na abordagem das questões ambientais. Duas convenções internacionais foram criadas: uma relacionada à mudança climática e outra, à diversidade biológica. A Agenda 21, desenhada nos encontros cariocas, elaborou uma série de posturas concretas para o desenvolvimento sustentável como fora definido pela Comissão Brundtland, em 1987, da qual participou o brasileiro Paulo Nogueira Neto, secretário especial do Meio Ambiente entre 1973 e 1985, nas presidências de Ernesto Geisel e João Figueiredo. Foram listadas, então, áreas prioritárias – oceanos, atmosfera, energia, água e financiamento – para que países e empresas buscassem melhorias ambientais.

Cinco anos depois da Eco 92, quando uma reunião relativamente informal, a Rio+5, foi realizada, mais uma vez à sombra da Tijuca, os governos ainda trabalhavam para implementar as convenções e a agenda de desenvolvimento sustentável em seus três pilares – o social, o econômico e o ambiental . Na ocasião da Rio+10, em Johannesburgo, o aspecto ambiental foi praticamente ignorado. A meta de aumentar o desenvolvimento como forma de estímulo à sustentabilidade tinha evaporado.

Agora, uma década depois, emerge uma repetição perturbadora. As autoridades brasileiras advertem, novamente, que a reunião é sobre o desenvolvimento, não sobre o ambiente. É uma postura delicada. Dessa forma, ignora-se a observação, citada com frequência, de que a economia é a subsidiária integral da natureza. É como voltar as costas para a própria definição de desenvolvimento sustentável. Se bem analisada, a questão principal recai sobre a qualidade de vida humana, gravemente ameaçada, e sobre o desenvolvimento sustentável em escala, a única solução possível para o problema. Não é algo que a humanidade pode se dar ao luxo de passar algum tempo analisando: o desafio acontece aqui e agora e exige nossa máxima atenção e empenho.

A agenda Rio+20, em si, à margem da postura do Brasil, parece encorajadora. Trata do desenvolvimento sustentável em sua abertura, inclui metas energéticas cruciais (Energia Sustentável para Todos) e se debruça sobre as economias verdes, levando em conta valores ambientais para a tomada de decisões econômicas. Essa agenda lida com as chamadas questões de governança global. E com um bom motivo. Nenhum país atingiu as metas estabelecidas pela convenção de biodiversidade na reunião em Nagoia, em 2010. A agenda da convenção de mudança climática tem sido encolhida por um jogo míope de dança das cadeiras entre os Estados Unidos, a Índia e a China. Basicamente, o debate é sobre quem vai reagir primeiro e reduzir suas emissões de carbono, atitude que parece zombar da própria definição de liderança. Potencialmente promissora é a ideia de Metas de Desenvolvimento Sustentável. Similar às Metas de Desenvolvimento do Milênio, elas poderiam – ao contrário das primeiras – conter elementos ambientais fortes.

Conforme as negociações prosseguem, qualquer análise perspicaz mostrará que, apesar das conquistas reais, a humanidade não foi capaz de resolver os grandes problemas ambientais na escala necessária.

As negociações sobre o clima estipulam a interrupção do aumento da temperatura global em 2 graus. Para que haja essa interrupção, as emissões globais de gases do efeito estufa devem atingir o pico em 2016 – e, a partir de então, não mais crescer. Há provas abundantes de que 2 graus significam muita coisa. Tal elevação seria desastrosa para os ecossistemas e eliminaria os recifes de corais tropicais. Da última vez em que esteve 2 graus mais quente, os oceanos subiram entre 4 e 6 metros. Hoje esse aumento na temperatura inundaria a maior parte do Rio. O que mais precisamos saber para soar o alarme?

Além da mudança climática, duas outras fronteiras planetárias foram ultrapassadas. Uma é a importância do uso do nitrogênio, principalmente, mas não exclusivamente, na agricultura. Os níveis atuais de nitrogênio biologicamente ativo são o dobro do normal, o que causa prejuízos enormes. O principal deles é o aumento das zonas costeiras mortas, que, desprovidas de oxigênio e peixes, têm dobrado de tamanho a cada dez anos ao longo das últimas quatro décadas.

A fronteira mais agressivamente ultrapassada é a da biodiversidade. Não é surpresa, pois todos os problemas ambientais afetam os sistemas vivos. Hoje, algumas taxa de desaparecimento de espécies crescem de maneira vertiginosa, o que acarreta conseqüências profundas para a humanidade. Os recursos biológicos são vitais para nós como seres vivos por causa de suas múltiplas funções, saudáveis, executadas pelos ecossistemas (como o da Floresta da Tijuca). Mais do que isso, a diversidade de espécies constitui uma riqueza de possibilidades biológicas testadas pela evolução. Essa variedade tem o potencial de transformar seguidamente a agricultura e a medicina, algo crucial no momento em que mais 2 bilhões de pessoas se juntarem aos 7 bilhões de habitantes do planeta. Soluções e oportunidades essenciais podem ser encontradas na diversidade biológica, desde que consigamos cuidar dela de forma adequada. Índices de extinção ascendentes equivalem à queima de livros em escala global.

Evidentemente, o tempo está se esgotando para que consigamos evitar deixar como herança para as próximas gerações um planeta degradado. Não se trata apenas de olhar para o futuro longínquo. Muitas pessoas nascidas nesta década estarão vivas até o fim do século para vivenciar as consequências o sucesso ou do fracasso dos nossos esforços. Quanto mais esperarmos, mais duras e menos numerosas serão as escolhas.

Os protagonistas de hoje são diferentes daqueles de vinte anos atrás. A liderança dos Estados Unidos na questão ambiental foi anulada pela falta de propósito nacional, de interesse e pelas disputas partidárias que parecem ignorar a relevância da preservação e de uma economia de baixo consumo de carbono. A Europa está limitada pela grave crise que se abateu sobre a zona do euro. A China, a Índia e muitos outros países continuam queimando combustíveis fósseis como se houvesse amanhã. Alguns líderes de países ricos não participarão da Rio+20, a indicação chocante do desrespeito à urgência da agenda, o que pode prejudicar tanto pobres quanto ricos.

O Brasil, nesse jogo, tem uma posição especial, com sua economia grande e vibrante, um setor de energia de baixo carbono e uma posição de credibilidade junto às velhas potências industriais e ao Grupo dos 77, que reúne 132 nações em desenvolvimento. O país também é provido de capacidade técnica e científica vigorosas, além de ser um povo capaz de compreender a importância da preservação ambiental – ainda que esteja na infância dessa compreensão. Nas palavras do embaixador Rubens Ricupero, ser a “potência ambiental” é o destino do Brasil.

Seria extraordinário ter o país nessa condição de liderança, relevante e decisivo em um planeta ainda riquíssimo, porém fragilizado. Quatro bilhões de anos de evolução produziram um diversidade impressionante de plantas, animais e organismos lindos, intrincados e fundamentais para o desenvolvimento sustentável. Não devemos virar nossas costas para ele, mas sim celebrá-lo e protegê-lo com toda a inventividade que possuirmos. Devemos empreender de forma consciente a administração do planeta como o sistema integrado físico e biológico que é. Isso significa administrar a nós mesmos, controlar nossos impulsos de consumo e exploração da natureza, reconhecendo a poderosa mensagem da Tijuca reflorestada por dom Pedro II.

Enquanto isso, de maneira preocupante, concentrações de dióxido de carbono de 400 ppm (partes por milhão) são registradas no Ártico, algo nunca visto em 800 000 anos. São as contradições que precisam ser enfrentadas durante a Rio+20.”

Eis, pois, mais páginas contendo IMPORTANTES, GRAVES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de MORAL, de ÉTICA, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, CIVILIZADAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) – é um imperativo da modernidade, MATRICULARMOS nossas crianças de 6 seis anos na 1ª série do ENSINO FUNDAMENTAL, independentemente do mês de NASCIMENTO – até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado, pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA das nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS e INTOLERÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também a ocasionar INESTIMÁVEIS perdas e danos, inexoravelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INSUPORTÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÕES e REFINANCIAMENTO, a exigir igualmente uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que DILAPIDA o nosso já escasso DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais CONTUNDENTE ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE, a HONESTIDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado de extremas e sempre crescentes DEMANDAS, NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS, o que aumenta o ABISMO das DESIGUALDADES sociais e regionais e nos afasta num crescendo do seleto grupo dos SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDOS...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, CIVILIZADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS e generosas RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODAS as BRASILEIRAS e com TODOS os BRASILEIROS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) de 13 a 22 próximos; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA das CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo da JUSTIÇA, da LIBERDADE, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A CIDADANIA, A RIO+20 E COMO EVITAR A CATÁSTROFE ECOLÓGICA

“Rio+20 e o mundo real

Nem os conservadores mais empedernidos nem aqueles que se movem exclusivamente por ideologias que fizeram sucesso há mais de um século deixarão de atribuir importância histórica ao evento a ser oficialmente aberto hoje no Rio de Janeiro: a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Erra quem tentar medir o evento pelas presenças ou eventuais ausências desse ou daquele chefe de Estado. Pior ainda farão o que se limitarem à fria contabilidade do não cumprimento da metas estabelecidas na Rio 92, o similar evento precedente: apenas quatro das nove dezenas de metas então aprovadas registraram avanços. Em alguma frentes houve até mesmo algum retrocesso.

Lideranças ambientalistas de todo o mundo certamente cumprirão o papel de mostrar essa mau desempenho como ponto de partida para cobrar mai comprometimento e responsabilidade dos representantes de 110 nações que vão participar da conferência. Mas nem por isso deixará de ser um equívoco negar o sucesso daquele evento, que cumpriu nos últimos 20 anos a sua principal função: a de incutir nas pessoas uma nova consciência, para que elas passassem a influenciar os governos e as empresas.

O mundo, é forçoso reconhecer, mudou pouco. A degradação ambiental continua grave e o tema central da Rio 92, o clima, permanece afetado pelo aquecimento global, alimentado pelas emissões de gases do efeito estufa. Mas é também inegável que o tema entrou definitivamente na vida das pessoas – contribuintes, eleitores e, principalmente, consumidores. E o melhor: hoje, é difícil encontrar alguém com menos de 20 anos que não tenha comprado sinceramente a causa.

É, portanto, considerando esse patamar conquistado que se chega à compreensão de que a Rio+20 é antes de tudo mais um passo à frente. É claro que não faltarão os ingênuos nem os que veem em tudo uma motivação ideológica. Ambos se frustrarão. Os primeiros, ao perceberem o risco de o evento terminar sem que novas e ainda mais avançadas meta sejam acordadas. Os outros por verem mais uma vez a inutilidade de se fantasiarem de verde para atacar o capitalismo, como se produzir alimentos em larga escala e gerar energia fossem atividades próprias desse ou daquele sistema.

Para todos será proveitoso o contato com a dureza do mundo real. Afinal, a atual conferência se dará em meio a uma das crises econômicas mais severas dos últimos 90 anos, da qual as principais nações nem sabem ainda como sairão. É quando os governantes cuidam primeiro de seus próprios países e recrudescem as preocupações com o curtíssimo prazo. É nesse ambiente que a Rio+20 terá de cumprir sua principal e inabalável proposta: harmonizar o crescimento econômico com a redução das assimetrias sociais no mundo e com a preservação dos recursos ambientais do planeta. O recado é que não se trata de uma opção. Simplesmente não há mais saída senão a persistente busca da sustentabilidade, o que implica mudar comportamentos, inovar sistemas de produção. Se a Rio 92 nos ensinou que tal mudança só se fará lentamente, a começar pela formação de uma consciência coletiva, também demonstrou que realizá-la é possível, desde que se dê o primeiro passo. Hoje, ele começa a ser dado.”
(EDITORIAL publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de junho de 2012, Caderno OPINIÃO, página 10).

Mais uma IMPORTANTE, ADEQUADA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno, página 11, de autoria de FREI BETTO, Escritor, autor, em parceria com Marcelo Barros, de O amor fecunda o universo – ecologia e espiritualidade (Agir), entre outros livros, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Frear a catástrofe ecológica

Dentro de poucos dias, a Rio+20 abrigará chefes de Estado, ambientalistas e movimentos sociais na Cúpula dos Povos. O evento corre o risco de frustrar expectativas caso não tenha, como ponto de partida, compromissos assumidos na Agenda 21 e acordos firmados na Eco-92 e reiterados da Conferência de Johanesburgo, em 2010.

Há verdadeira conspiração de bastidores para, na Rio+20, escantear os princípios do desenvolvimento sustentável e os Objetivos do Milênio, e impor novas teses da “economia verde”, sofisma para encobrir a privatização dos recursos naturais, como a água, e a mercantilização da natureza.

O enfoque dos trabalhos deverá estar centrado não nos direitos do capital, e sim na urgência de definir instrumentos normativos internacionais que assegurem a defesa dos direitos universais de 7 bilhões de habitantes do planeta e a preservação ambiental.

Cabe aos governos reunidos no Rio priorizar os direitos de sustentabilidade, bem-estar e progresso da sociedade, entendidos como dever de garantir a todos os cidadãos serviços essenciais à melhor qualidade de vida. Faz-se necessário modificar os indicadores de desenvolvimento, de modo a levarem em conta os custos ambientais, a equidade social e o índice de desenvolvimento humano (IDH).

A humanidade não terá futuro sem que se mudem os padrões de produção, consumo e distribuição de renda. O atual paradigma capitalista, de acumulação crescente da riqueza e produção em função do mercado, e não das necessidades sociais, jamais haverá de erradicar a miséria, a desigualdade, a destruição do meio ambiente. Migrar para tecnologias não poluentes e fontes energéticas alternativas à fóssil e à nuclear é imperativo prioritário.

Nada mais cínico que as propostas “limpas” dos países ricos do Hemisfério Norte. Empenham-se em culpar os países do Hemisfério Sul quanto à degradação ambiental, no esforço de ocultar sua responsabilidade histórica nas atividades de suas transnacionais em países emergentes e pobres. Há que desconfiar de todas as patentes e marcas qualificadas de “verdes”. Eis aí um novo mecanismo de reafirmar a dominação globocolonialista.

O momento requer uma convenção mundial para controle das novas tecnologias, baseada nos princípios da precaução e da avaliação participativa. Urge denunciar a obsolescência programada, de modo a dispormos de tecnologias que assegurem o máximo de vida útil aos produtos e beneficiem a reciclagem, tendo em vista a satisfação das necessidades humanas com o menor custo ambiental.

À Rio+20 se impõe também o desafio de condenar o consumo do comércio mundial pela empresas transnacionais e o papel da Organização Mundial do Comércio (OMC) na imposição de acordos que legitimam a desigualdade e a exclusão sociais, impedindo o exercício de política soberanas. Temos o direito a um comércio internacional mais justo e em consonância com a preservação ambiental. Sem medidas concretas para frear a volatilidade dos preços dos alimentos e a especulação nos mercados de produtos básicos, não haverá erradicação da fome e da pobreza, como preveem, até 2015, os Objetivos do Milênio.

Devido à crise financeira, parcela considerável do capital especulativo se dirige, agora, à compra de terras em países do Sul, fomentando projetos de exploração de recursos naturais prejudiciais ao meio ambiente e ao equilíbrio dos ecossistemas. A Rio+20 terá dado um passo importante se admitir que, hoje, as maiores ameaças à preservação da espécie humana e da natureza são as guerras, a corrida armamentista, as políticas neocolonialistas. O uso da energia nuclear para fins pacíficos ou bélicos deveria ser considerado crime de lesa-humanidade.

Participarei da Cúpula dos Povos para reforçar a proposta de maior controle da publicidade comercial, da incitação ao consumismo desmedido, da criação de falsas necessidades, em especial, quando dirigidas a criança e jovens. Educação e ciência precisam estar a serviço do desenvolvimento humano e não do mercado. Uma nova ética do consumo deve rejeitar produtos decorrentes de práticas ecologicamente agressivas, trabalho escravo e outras formas de exploração.

Enfim, que se faça uma reavaliação completa do sistema atual de governança ambiental, hoje incapaz de frear a catástrofe ecológica. Um novo sistema, democrático e participativo, deve atacar as causas profundas da crise e ser capaz de apresentar soluções reais que façam da Terra um lar promissor para as futuras gerações.”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de liderança de nossa HISTÓRIA – que é de MORAL, de ÉTICA, de PRINCÍPIOS, de VALORES – para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, CIVILIZADAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de setores deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) – e o imperativo da modernidade de MATRICULARMOS na 1ª série do ENSINO FUNDAMENTAL as crianças de 6 anos, independentemente do mês do NASCIMENTO – até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais AVASSALADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também a ocasionar INESTIMÁVEIS perdas e danos, inexoravelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL da UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INTOLERÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÕES e REFINANCIAMENTO, a exigir igualmente uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que DILAPIDA o nosso já escasso DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e mais, GRAVE ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE, a HONESTIDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado de extremas e sempre crescentes DEMANDAS, NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS, o que aumenta o abismo das DESIGUALDADES sociais e regionais e nos afasta num crescendo do seleto grupo dos DESENVOLVIDOS...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, CIVILIZADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, SOBERANA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS e abundantes RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODAS as BRASILEIRAS e com TODOS os BRASILEIROS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) de 13 a 22 próximos; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo da JUSTIÇA, da PAZ, da LIBERDADE, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...





quarta-feira, 13 de junho de 2012

A CIDADANIA, A RIO+20 E UMA NOVA COSMOLOGIA

“Fala por nós, Dilma! Mesmo que não a ouçam

Em debate na UnB, o embaixador Correa do Lago pediu dez sugestões para o discurso que a presidente Dilma fará na abertura da Rio+20. As minhas sugestões foram:

l) O discurso deve começar pela frase: “A humanidade está em risco”. As crises ambiental e financeira estão mostrando que se esgotou o casamento promovido pela civilização industrial entre a democracia política, a justiça social, o crescimento econômico e o avanço técnico-científico.

2) Se nessa reunião os chefes de Estado e de governo pensarem apenas como políticos, olhando para os problemas do curto prazo e do local, e não como líderes da humanidade, olhando adiante, estaremos sacrificando uma imensa oportunidade.

3) Precisamos de uma política fiscal verde internacional. Não faz sentido que impostos sobre produtos fósseis tenham as mesmas alíquotas que produtos harmônicos com a natureza.

4) Certos patrimônios naturais, como grandes florestas, oceanos e os polos geográficos, devem ser protegidos da ganância econômica e ficar livres de depredação. Nossos países são parte do grande condomínio Terra.

5) O mundo tem um tribunal em Haia para julgar os crimes cometidos por ditadores contra a humanidade. Precisamos de um tribunal para julgar os crimes contra a humanidade cometidos por agentes econômicos na busca de atender suas voracidades, degradando o meio ambiente, jogando milhões na miséria e no desemprego.

6) Em 1945, os estadistas foram capazes de um plano econômico que canalizou recursos para a reconstrução industrial da Europa devastada pela Segunda Guerra. É hora de uma nova ousadia para evitar o progresso depredador, concentrador e instável.

7) Não podemos adiar a criação de um fundo mundial, com base na taxa Tobin, para apoio à educação, ao meio ambiente e à pobreza.

8) É preciso implantar um Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUDH), capaz de acompanhar e influir no desenvolvimento com humanização e humanismo, incluindo o equilíbrio ecológico e a educação por toda a vida como partes do conceito de direitos humanos.

9) Além disso, os chefes de Estado e de governo devem instalar no Rio de Janeiro, como legado da Rio+20, um Instituto Internacional para Estudos sobre o Futuro da Humanidade, de preferência dentro da família da Universidade da ONU.

10) A humanidade não pode continuar assistindo à vergonha de um avanço científico e tecnológico que amplia a desigualdade. Sem limitar o avanço que se consegue graças ao incentivo das patentes privadas. É preciso criar um fundo público que permita financiar o acesso de toda a Humanidade às descobertas científicas, especialmente na área da saúde.

Fala por nós, presidente! Mesmo que os líderes mundiais não a ouçam hoje. Politicamente, a força moral de sua fala, em nosso nome, ficará para o futuro como um grito pela sensatez no mundo.”
(CRISTOVAM BUARQUE, Professor (UnB) e senador (PDT-DF), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 8 de junho de 2012, Caderno O.PINIÃO, página17).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno, página 16, de autoria de LEONARDO BOFF, Filósofo e teólogo, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A falta de uma nova cosmologia nos rumos tomados pela Rio+20

O vazio básico do documento da ONU para a Rio+20 reside numa completa ausência de uma nova narrativa ou de uma nova cosmologia que poderia garantir a esperança de um “futuro que queremos”, lema do grande encontro. Assim como está, nega qualquer futuro promissor.

Para seus formuladores, o futuro dependa da economia, pouco importa o adjetivo que se lhe agregue: sustentável ou verde. Especialmente, a economia verde opera o grande assalto ao último reduto da natureza: transformar em mercadoria e colocar preço àquilo que é comum, natural, vital e insubstituível para a vida, como a água, o solo, as florestas, os genes etc. O que pertence à vida é sagrado e não pode ir para o mercado. Mas está indo.

Eis aqui o supremo egocentrismo e arrogância dos seres humanos, chamado também de antropocentrismo. Eles veem a Terra como um armazém de recursos só para eles, sem se dar conta de que não somos os únicos habitar a Terra nem somos seus proprietários. Não nos sentimos parte da natureza, mas fora e acima dela, como seus “mestres e donos”. Esquecemos que existe a comunidade de vida visível (5% da biosfera) e os quintilhões de microorganismos invisíveis (95%) que garantem a vitalidade e fecundidade da Terra. Todos pertencem ao condomínio Terra e têm direito de viver e conviver conosco. Sem as relações de interdependência com eles, sequer existiríamos. O documento desconsidera tudo isso. Podemos então dizer: ele abre o caminho para o abismo. Urge evitá-lo.

Tal vazio deriva da velha narrativa ou cosmologia. Por narrativa ou cosmologia entendemos a visão do mundo que subjaz às ideias, às práticas, aos hábitos e aos sonhos de uma sociedade. Por ela se procura explicar a origem, a evolução e o propósito do universo, da história e o lugar do ser humano.

A atual narrativa ou cosmologia é a da conquista do mundo pelo progresso e crescimento ilimitado. Caracteriza-se por ser mecanicista, determinística, atomística e reducionista. Por força dessa narrativa, 20% da população mundial controla e consome 80% dos recursos naturais. Metade das grandes florestas foram destruídas; 65% das terras agricultáveis, perdidas; cerca de cem mil espécies de seres vivos desaparecem por ano; e mais de mil agentes químicos sintéticos, a maioria tóxicos, são lançados na natureza. Construímos armas de destruição em massa, capazes de eliminar toda a vida humana. O efeito final é o desequilíbrio do sistema Terra, que se expressa pelo aquecimento global. Com os gases já acumulados, até 2035 fatalmente se chegará a 3 a 4 graus Celsius, o que tornará a ida, assim como a conhecemos, praticamente impossível.

A atual crise econômico-financeira nos faz perder a percepção do risco e conspira contra qualquer mudança de rumo.

Em contraposição, surge a narrativa ou a cosmologia do cuidado e da responsabilidade universal, potencialmente salvadora. Ela ganhou sua melhor expressão na Carta da Terra. Situa nossa realidade dentro da cosmogênese, aquele imenso processo de evolução que se iniciou há 13,7 bilhões de anos. O universo está continuamente se expandindo, se auto-organizando e se autocriando. Nele tudo é relação em redes e nada existe fora dessa relação. Por isso, todos os seres são interdependentes e colaboram entre si para garantir o equilíbrio de todos os fatores. A missão do homem reside em cuidar e manter essa harmonia sinfônica. Precisamos produzir, não para acumulação e o enriquecimento privado, mas para a suficiência de todos, respeitando os limites e ciclos da natureza.

Essa nova narrativa garante “o futuro que queremos”. Se o documento da Rio+20 a adotasse, criar-se-ia a oportunidade de uma civilização planetária.”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES, COSMOLÓGICAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de MORAL, de ÉTICA, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) – e a indicação da adequada e necessária MATRÍCULA de crianças de 6 anos na 1ª série do ENSINO FUNDAMENTAL, independentemente do mês do NASCIMENTO –, até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais AVASSALADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS e INTOLERÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também a ocasionar INESTIMÁVEIS perdas e danos, inquestionavelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INSUPORTÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÕES e REFINANCIAMENTO, a exigir igualmente uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Destarte, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de monstruosa SANGRIA, que DILAPIDA o nosso já escasso DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE, a HONESTIDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado de extremas e sempre crescentes DEMANDAS, NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS, o que aumenta o abismo das desigualdades SOCIAIS e REGIONAIS e nos afasta num crescendo do seleto grupo dos SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDOS...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, EDUCADA, CIVILIZADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS e generosas RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODAS as BRASILEIRAS e com TODOS os BRASILEIROS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) de 13 a 22 próximos; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo da JUSTIÇA, da LIBERDADE, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A CIDADANIA, A CARTA DA TERRA E UMA NOVA ESCOLA PÚBLICA

“A escola não é tudo

Recentemente o Estado de Minas publicou matéria noticiando que famílias de classe média faziam fila para matricular seus filhos nas unidades municipais de educação infantil de Belo Horizonte. O teor da matéria denunciava, por si só, o quão inusitada parecia aquela situação. Do mesmo modo, os cadernos de economia e política de praticamente todos os grandes jornais brasileiros têm dado ampla cobertura à emergência das chamadas novas classes médias na cena política, cultural e econômica brasileira. Estariam as camadas médias reivindincando, novamente, o seu direito a uma escola pública de qualidade? Estaríamos, agora, novamente diante da defesa de uma escola pública para todos e não apenas para os filhos dos outros?
Normalmente, no Brasil, as chamadas novas classes médias são definidas a partir de seu perfil econômico – salário e consumo –, razão pela qual sociólogos como Jessé de Souza têm de se posicionado contra essa denominação, tanto por sua insuficiência quanto por sua inadequação. Estaríamos, segundo eles, diante de uma nova classe trabalhadora (os batalhadores do Brasil, na afirmação de Jessé de Souza), com melhores salários e mais escolarizada, por exemplo, mas política e culturalmente distante das tradicionais classes médias. Ou seja, importa frisar que a emergência dessa classe trabalhadora é fruto muito mais da melhoria de renda do que de uma transformação cultural e política mais ampla.
Se assim o é, vale a pena refletirmos sobre a relação desse fenômeno com o campo da educação escolar, tida desde sempre como a principal alavanca para a melhoria das condições de vida das populações pobres. Em primeiro lugar, parece-me indiscutível que, muito mais do que uma melhoria da escola pública – pois é essa a escola freqüentada pelos batalhadores do Brasil  –, foram as políticas públicas de emprego, renda, salário e as dirigidas ao desenvolvimento econômico que tiveram grande impacto na melhoria da vida de parte significativa da população brasileira. Isso, é evidente, demonstra que a educação não é tudo e deveria servir de alerta para empresários e ativistas sociais que defendem melhorias na educação pública, mas criticam veementemente os gastos sociais do Estado.
De outra parte, é importante pensarmos nos desdobramentos dessa questão para o campo da educação pública. Como sabemos, há muitos anos, o sonho de consumo das famílias que passam a ganhar um pouco mais, inclusive das famílias de professores da escola pública, é colocar a criança na escola privada. Ou seja, desde há muitos anos, perdemos, no Brasil, a noção de que a escola básica, pública e gratuita, é um direito de todos nós e uma condição para que tenhamos um país mais democrático e com menos desigualdade social. As experiências de outros países e de alguns municípios brasileiros são contundentes: a participação das camadas médias na escola pública é uma condição importante para a sua qualidade e, no limite, para a própria consolidação de uma cultura política democrática e, portanto, que não seja baseada em busca e distribuição de privilégios. Não porque as crianças das camadas médias sejam mais inteligentes ou coisa do tipo, e sim porque as camadas médias, de um modo geral, conhecem melhor o próprio funcionamento da escola e investem de maneira diferenciada nela.
Portanto, hoje estão colocados pelo menos dois grandes desafios para aqueles que lutam pela melhoria da qualidade da escola, pela diminuição das desigualdades sociais e pela consolidação democrática no país: produzir uma noção de direito à educação pública que abarque a todos nós e não apenas as camadas populares e, de outra parte, avançar na qualificação da escola pública de modo que os batalhadores do Brasil queiram e possam nela manter os seus filhos. Se não conseguirmos isso, estaremos uma vez mais nos distanciando dos nossos melhores sonhos.”
(LUCIANO MENDES DE FARIA FILHO, Professor de história da educação da UFMG, pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação, bolsista do CNPq, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de outubro de 2011, Caderno opinião, página 9).
Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de outubro de 2011, Caderno O.PINIÃO, página 18, de autoria de LEONARDO BOFF, Filósofo e teólogo, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:
“A ilusão de uma economia verde quando precisamos mais que isso
Tudo o que fizermos para proteger o planeta vivo que é a Terra contra fatores que a tiraram de seu equilíbrio e provocaram o aquecimento global é válido e deve ser apoiado. Na verdade, a questão central nem é salvar a Terra. Ela salva a si mesma e, se for preciso, nos expulsando de seu seio. Mas como salvamos a nós mesmos e à nossa civilização? Essa é a real questão que a maioria das pessoas dá de ombros.
A produção de baixo carbono, os produtos orgânicos, a energia solar e eólica, a diminuição da intervenção nos ritmos da natureza, a busca da reposição dos bens utilizados, a reciclagem, em suma, a economia verde, são os processos buscados. E é recomendável que esse modo de produzir se imponha.
Mesmo assim, não devemos nos iludir e perder o sentido crítico. Fala-se de economia verde para evitar a questão da sustentabilidade, que se encontra em oposição ao atual modo de produção e consumo. Mas, no fundo, trata-se de medidas dentro do mesmo paradigma de dominação da natureza. Não existe o verde e o não verde. Todos os produtos contêm, nas várias fases de sua produção, elementos tóxicos, danosos à saúde da Terra e da sociedade. Pelo método de análise do ciclo de vida, podemos monitorar as complexas inter-relações entre as etapas da extração, do transporte, da produção, do uso e do descarte de cada produto, com seus impactos ambientais. Aí fica claro que o pretendido verde não é tão verde assim. O verde representa apenas uma etapa de todo o processo. A produção nunca é de todo ecoamigável.
Tomemos como exemplo o etanol, dado como energia limpa e alternativa à energia fóssil e suja do petróleo. Ele é limpo somente na bomba de abastecimento. Todo o processo de sua produção é poluidor: os agrotóxicos aplicados ao solo, as queimadas, o transporte em grandes caminhões que emitem gases, as emissões das fábricas, os efluentes líquidos e o bagaço.
Para garantirmos uma produção necessária à vida e que não degrade a natureza, precisamos mais do que a busca do verde. A crise é conceitual e não econômica. A relação com a Terra tem de mudar. Somos parte de Gaia e por nossa ação cuidadosa a tornamos com mais chance de assegurar sua vitalidade.
Para nos salvar, não vejo outro caminho senão aquele apontado pela Carta da Terra: “o destino comum nos conclama a buscar um novo começo; isto requer uma mudança na mente e no coração; demanda um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal”.
 Mudança de mente significa um novo conceito de Terra como Gaia. Ela não nos pertence, mas ao conjunto dos ecossistemas que servem à totalidade da vida, regulando sua base biofísica e os climas. Ela criou a comunidade de vida e não apenas a nós. Somos apenas sua porção consciente e responsável. O trabalho mais pesado é feito pelos nossos parceiros invisíveis, verdadeiro proletariado natural, os micro-organismos, as bactérias e os fungos, que são bilhões em cada colherada de chão. São eles que sustentam efetivamente a vida já há 3,8 bilhões de anos. Nossa relação para com a Terra deve ser de respeito e gratidão. Devemos devolver, agradecidos, o que ela nos dá e manter sua capacidade vital.
Mudança de coração significa que, além da razão com que organizamos a produção, precisamos da razão sensível, que se expressa pelo amor à Terra e pelo respeito a cada ser da criação.
Sem essa conversão, não sairemos da miopia de uma economia verde. Só novas mentes e novos corações gestarão outro futuro.”
Eis, pois, mais RICAS, CONTUNDENTES, PEDAGÓGICAS e OPORTUNAS páginas contendo abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de aprofundarmos a PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS para a SUPERAÇÃO de múlltiplos e complexos ENTRAVES à nossa ASCENSÃO ao concertos das potências DESENVOLVIDAS e SUSTENTÁVEIS, como:
a)     a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE –, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b)    a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c)     a CORRUPÇÃO, a SANGRAR nossa ECONOMIA e nossa CONFIANÇA, que campeia por TODOS os setores da vida nacional;
d)    o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e)     a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, já atingindo o montante ASTRONÔMICO de R$ 2 TRILHÕES, que impõe AGILIDADE e extremo RIGOR em uma INADIÁVEL e estrita AUDITORIA...
É sempre adequado, e não cansa nunca, repetir que NÃO procede o lamento da FALTA de RECURSOS para fazer frente às crescentes e complexas DEMANDAS e CARÊNCIAS – INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos), EDUCAÇÃO, SAÚDE, MOBILIDADE URBANA, SANEAMENTO AMBIENTAL (água tratada, esgoto TRATADO, resíduos sólidos TRATADOS, macro-drenagem urbana), ASSISTÊNCIA SOCIAL, CULTURA, LOGÍSTICA, CIÊNCIA e TECNOLOGIA, PESQUISA e DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO, QUALIDADE (criatividade, produtividade e competitividade), ENERGIA, SEGURANÇA PÚBLICA, SEGURANÇA ALIMENTAR e NUTRICIONAL, COMUNICAÇÃO,  ESPORTE e LAZER, etc. –, diante de tanta SANGRIA do DINHEIRO PÚBLICO...
Sabemos que são GIGANTESCOS DESAFIOS, mas NADA, absolutamente NADA, ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...
Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...
O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A CIDADANIA, A PRESERVAÇÃO, A QUALIDADE E A SUSTENTABILIDADE

“Além de tudo, preservar é um bom negócio

Depois de mais de 30 anos estudando florestas no Brasil, José Roberto Scólforo, da Federal de Lavras, ganha um dos mais importantes prêmios da ciência no país, concedido pela Embrapa



O prêmio Frederico de Menezes Veiga, um dos mais importantes da ciência brasileira, este ano ficou para Minas Gerais. Grande vencedor da categoria, o pesquisador de florestas José Roberto Soares Scólforo, que também é professor e vice-reitor da Universade Federal de Lavras (Ufla), se dedica há mais de três décadas ao estudo de tecnologias florestais para a sustentabilidade de biomas. Concecido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o troféu é um reconhecimento ao conjunto de pesquisas desenvolvidas pelo professor ao longo desses anos. José Scólforo é um dos precursores na pesquisa com o cerrado brasileiro, além de ter cooredenado, entre outros estudos, o inventário florestal e o zoneamento econômico-ecológico.

A premiação ocorre no Ano Internacional das Florestas, comemorado em 2011 por indicação da Organização das Nações Unidas (ONU). A coincidência não poderia ser maior, ou melhor. Na verdade o trabalho de Scólforo, que na Universidade de Lavras teve início na década de 1980, aponta caminhos de convergência entre o interesse econômico e o meio ambiente, gerando, ao mesmo tempo, preservação das florestas, trabalho e renda para o país. Seus estudos indicam a preservação como chave de saída para o avanço socioeconômico. “A floresta não é um empecilho para o desenvolvimento, ela é aliada do agricultor, uma aliada da sociedade”, garante o pesquisador.

No amplo conhecimento produzido sobre os biomas, boa parte foi transformada em tecnologias que hoje dão sustentação a políticas públicas e à sociedade. Com o cerrado, Scólforo desenvolveu trabalhos de manejo de florestas nativas para uso múltiplo, uma resposta para o desbravamento que há 30 anos colocou à prova a resistência do bioma, ameaçado pelas fronteiras agrícolas. Também está entre suas importantes contribuições para o meio ambiente a elaboração do inventário florestal das espécies nativas e do reflorestamento de Minas Gerais. “Essa homenagem marca a carreira de um professor presquisador. É o reconhecimento de um trabalho de equipe, desenvolvido de forma multidisciplinar, envolvendo vários departamentos”, diz.

EXPERIÊNCIA COM A CANDEIA

No cerrado de Minas, as pesquisas identificaram quais espécies poderiam sofrer algum tipo de intervenção sem comprometer sua existência, criando possibilidades de exploração e ao mesmo tempo preservação em frentes múltiplas, como exploração da madeira, frutos, flora e usos medicinais do bioma. Um exemplo é o projeto, já em andamento, desenvolvido com a candeia, espécie bastante presente nas serras da Mantiqueira e do Espinhaço. Da madeira dessa espécie arbórea é retirado o alphabisabolol, produto amplamente usado pela indústria, como a de cosméticos, e que contribuía para pressionar as matas nativas. A tecnologia desenvolvida na Ufla e repassada a organizações não governamentais e ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas tem gerado renda complementar para dezenas de famílias, ao mesmo tempo que preserva os candeiais. Com o projeto, foram plantados 2 milhões de novas mudas e estabelecidas regras bem definidas para o corte, onde, quando e em qual a proporção ele pode ocorrer, o que garante vida à espécie

Quando a extração transpôs a barreira da clandestinidade para se transformar em atividade legal, os preços da madeira quadruplicaram, saltando de R$ 30 para R$ 120 o metro da candeia. “Com o tempo, a gente vai mudando, mas hoje esse é o projeto que mais gosto na vida”, confessa o professor. Apesar da certeza da declaração, esta é uma escolha difícil. As florestas de Minas foram inventariadas pela equipa da Ufla, que identificou tanto as espécies nativas quanto as áreas de reflorestamento por meio de mapeamento por imagem de satélite. A partir daí, passou a ser possível identificar que o desmatamento no estado, a despeito do desafio que representa para a sociedade, tem caído de forma sistemática. Entre 2003 e 2005, a devastação correspondia a 152 mil hectares. Entre 2007 e 2009, caiu para 100 mil hectares.

E não é só isso. No mesmo estudo, em um exaustivo trabalho de campo, foram catalogados no estado 780 mil árvores que representam mais de 2,4 espécies. “Um número absurdamente grande”, comenta Scólforo. Ele explica que dessa forma é possível conhecer e valorizar espécies, identificando tanto seu uso comercial quanto sua importância ambiental. A pesquisa também revela que Minas Gerais tem 33,5% de seu território com vegetação nativa, percentual acima da média nacional (excluindo a Amazônia), mas que preocupa pela disparidade. Enquanto no Vale do Jequitinhonha a vegetação nativa chega a 50% da cobertura do território, em regiões como o Vale do Rio Doce, no Leste de Minas, é inferior a 7%; no Triângulo, atinge 17%, percentuais, bem abaixo da média do estado.

Também foi desenvolvido pela equipe do pesquisador Scólforo o zoneamento ecológico-econômico do estado, ferramenta fundamental, utilizada como ponto de partida para elaboração de empreendimentos econômicos, e também pelo estado, no desenvolvimento de políticas públicas, já que traz uma completa radiografia das diversas regiões de Minas, e contempla características econômicas, sociais, ambientais e entre outras.

ÁRVORES DE BH

Belo Horizonte vai ganhar um moderno inventário, que vai catalogar as cerca de 300 mil árvores da cidade. Todas as ruas, avenidas e praças serão rastreadas. O conteúdo encontrado irá alimentar um sistema de tecnologia da informação. A partir daí, serão apontadas quais espécies são adequadas ou inadequadas para uma região, calçada, rua, praça ou parque. A ação é mais uma pesquisa que será coordenada pelo professor José Roberto Scólforo. “O objetivo é planificar as ações para atender melhor a população”, explica o pesquisador. A documentação das árvores, os pesquisadores das árvores, os pesquisadores vão sair às ruas com um tablet (computador de mão) onde todas os espécimes serão catalogados , fotografados e contarão com um banco de dados trazendo seu histórico. “Devemos encontrar em Belo Horizonte de 700 a 900 espécies”, calcula Scólforo. Segundo ele, o grande diferencial da ferramenta é que a administração municipal terá o inventário sempre atualizado. Cada vez que uma das árvores for substituída, podada ou passar por qualquer intervenção, o técnico da prefeitura fará as atualizações diretamente no tablet. “Basta seguir corretamente o script e o inventário estará sempre atualizado”, acrescenta.”


(MARINELLA CASTRO, em reportagem publicada no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de maio de 2011, Caderno CIÊNCIA, página 20).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de maio de 2011, Caderno AGROPECUÁRIO, página 2, de autoria de MAURILIO SOARES GUIMARÃES, Presidente da EMATER-MG, que merece INTEGRAL transcrição:

“Produção com qualidade e sustentabilidade

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), na busca pelo desenvolvimento sustentável, promove ações levando em conta as necessidades das gerações atuais e a capacidade de atender às futuras gerações. Sendo assim, cada vez mais, a empresa incentiva, por meio de seus trabalhos, o equilíbrio entre o crescimento econômico e respeito ao meio ambiente. É preciso harmonizar a tecnologia de produção rural com as exigências ambientalistas. Não existe produção sustentável sem a proteção do meio ambiente. Degradada, a natureza perde o seu potencial produtivo e se transforma em deserto. E, muitas vezes, o produtor rural não dedica a necessária atenção a esse tema por falta de recursos financeiros ou de conhecimento.

É a Emater-MG a ponte entre a produção de conhecimento e a produção agropecuária, com os seus extensionistas levando ao produtor rural, principalmente aos de pequeno porte, meios para que ele incorpore ao seu dia a dia a evolução desenvolvida na universidade e na indústria. A empresa atua reforçando o uso de tecnologias compatíveis com o ambiente e os recursos das propriedades rurais.

Atuando para o fortalecimento do setor rural, os trabalhos da extensão alcançam toda a sociedade, contribuindo para a redução das desigualdades sociais, a recuperação e a preservação ambiental, para criar, enfim, um ambiente de confiança e condições favoráveis para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

E os conhecimentos que a Emater leva aos produtores também são fundamentais para assegurar uma produção com mais qualidade e valor agregado. É dever da empresa assessorar os agricultores, para que eles consigam inserir seus produtos no mercado formal, cumprindo as exigências legais, tais como critérios trabalhistas, previdenciários, fiscais e ambientais, e também assegurando qualidade para o consumidor. Um exemplo é o café. A empresa orienta os cafeicultores para as exigências dos mercados, estimulando a agregação de valor à produção, por meio da melhoria contínua dos sistemas produtivos, e para as normas de certificação. Em 2010, o Certifica Minas Café, programa estruturador do governo do estado, certificou 1.294 propriedades em várias regiões.

As fazendas inscritas no programa têm acompanhamento de técnicos da Emater-MG em cada etapa da produção, o que garante o rigor na aplicação das normas de certificação e, assim, uma produção de qualidade, adequada às exigências do mercado internacional, com melhor remuneração para os produtores e conquista de novos mercados.

Os produtores de café cadastrados no Certifica Minas recebem orientações gratuitas da Emater-MG para adequar as propriedades às normas de certificação. São cerca de 90 itens que devem ser obedecidos para se obter a aprovação, que cobram desde a adequação à legislação trabalhista ao uso correto e controlado de agrotóxicos e rastreabilidade do produto final, o que significa identificação registrada de todo o café produzido. No fim do processo, uma certificadora de reconhecimento internacional faz uma auditoria nas propriedades para aprovar as fazendas que seguiram corretamente os critérios estabelecidos. São mais de 1 mil propriedades cafeeiras certificadas, de 2.553 cadastradas em 150 municípios nas regiões Sul, Matas de Minas e Cerrado.

Também para levar mais informações e as novidades sobre as boas práticas de cultivo, manejo, beneficiamento e comercialização aos cafeicultores, é realizado o Circuito Mineiro de Cafeicultura, com palestras e visitas a estandes de empresas de tratores, máquinas e insumos utilizados na atividade cafeeira. O circuito é realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e suas vinculadas Emater-MG, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), além da Universidade Federal de Lavras, com apoio de prefeituras e outras instituições públicas e privadas ligadas ao setor cafeeiro. A última etapa acontecerá em Varginha, em 27 de outubro. Ao todo serão 26 etapas.”

Eis, pois, mais OPORTUNAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para o INDESVIÁVEL caminho do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, ao lado de, especialmente, uma TRÍPLICE aliança: QUALIDADE – ECONOMICIDADE e PRODUTIVIDADE, exigências dos modernos negócios COMPETITIVOS...

São mais GIGANTESCOS DESAFIOS, onde PONTIFICA a PRIORIDADE ABSOLUTA – A EDUCAÇÃO, que ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL em 2012 (RIO + 20), a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A CIDADANIA, A SUSTENTABILIDADE, A ÉTICA CIVIL E A GESTÃO DE CUSTOS

“Redução de custos


Quando falamos em custos, automaticamente remetemos à necessidade de reduzi-los. Entretanto,as empresas se deparam constantemente com algumas dificuldades. Uma delas é que, na maioria das vezes, os esforços são focados na redução de custos já conhecidos. Eles podem ser divididos entre os bons, que agregam valor ao produto, e os maus, que geram perdas ou não trazem benefícios. Nos programas de redução, bons e maus costumam se misturar e, como consequência, o que é cortado hoje pode fazer falta amanhã. Outro ponto que merece atenção é que os programas reducionais concentram-se em dados da contabilidade de custos. A dificuldade neste caso é basear-se no fato contábil. Ele nem sempre será correto quanto à alocação de custos e certamente vai retratar o passado, ou seja, os já incorridos. Além disso, a contabilidade traduz custos em moeda, sem levar em consideração as suas qualidades e valor agregado ao negócio.
A maior dificuldade, porém, é a impopularidade de um programa de redução. Os responsáveis pelos custos dentro da empresa são as pessoas que nela trabalham. Todos utilizam os recursos disponíveis de acordo com suas necessidades, influenciados por seus valores pessoais e pela cultura predominante na organização. Quem então pode ser contra o que está sendo praticado cotidianamente? É fundamental, então, que as empresas raciocinem sobre a otimização de recursos e não apenas sobre os custos. O que se consome são recursos diretos, como o material, mão de obra, equipamentos e utilidades, e indiretos, como instalações, processos, tecnologia, logística e gerenciamento.
Por isso, é necessário se concentrar no custo invisível, uma praga que permeia todos os recursos e corrói os resultados. Para enxergá-los, primeiro é necessário descobrir quais atividades realmente devem ser executadas para agregar valor ao produto ou serviço e quais componentes de cada uma delas são de fato necessários. Para isso podemos recorrer ao conceito denominado de análise de valor, que busca identificar os custos, diretos e indiretos, que agregam valor aos produtos e serviços da empresa, separando-se aqueles de baixo ou nenhum valor agregado para posterior redução ou eliminação. Reuniões em excesso e sem objetividade, “retrabalho”, ruídos de comunicação e alta rotatividade de pessoal são exemplos de custos invisíveis, que interferem na formação do preço dos produtos e serviços e, consequentemente, na produtividade e competitividade da organização. Por meio de um estudo detalhado e especializado, é possível encontrar esses custos invisíveis, transformá-los em indicadores e planejar as ações necessárias para que a empresa consiga combatê-los e conquistar resultados visíveis e duradouros.
A otimização de custos garante um modelo de seu gerenciamento, incorporando-se ao cotidiano da empresa sem a necessidade de cortes pontuais de recursos. Esses, quando realizados sem uma aplicação metodológica, normalmente não se sustentam ao longo do tempo. O sucesso nessa empreitada depende do engajamento e da mudança de hábitos dos causadores de custos, ou seja, de todos os funcionários, inclusive o presidente da empresa.”
(CONDE FERRARI, Consultor, diretor da F&A Tecnologia de Gestão Empresarial, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7).


Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:


“Acentos da ética civil

 A ética civil tem crescido, mas ainda é necessário dar prioridade a ela e investir em entendimentos nesse campo. É determinante e preciosa a dimensão moral para a vida em comum. Em questão está o modo de viver e de formular princípios éticos e morais norteadores da vida nessa sociedade secular e pluralista. Não pode mais ser adiado o tratamento do rol de vulnerabilidades que afetam o discernimento e a eleição de prioridades, retardando soluções de demandas básicas que se arrastam e perpetuam cenários vergonhosos e deploráveis.

A porosidade da ética civil, que sustenta fluxos e dinâmicas na sociedade, pode explicar atrasos, desvarios e absurdos de cenários e condutas e até de fatos cruéis como o massacre de crianças e adolescentes numa escola de Realengo. Esses acontecimentos exigem que se ponha a mão na consciência para que haja antecipação de encaminhamentos e providências que darão rumo diferente a esta sociedade enferma. Do contrário, corre-se contra o tempo, numa tentativa de apenas minimizar prejuízos, muitos deles fatais e irreversíveis na vida de indivíduos, famílias e comunidades. Há, sem dúvida, na sociedade contemporânea, um pluralismo moral que não dispensa a construção de convergências até para garantir a insubstituível dinâmica democrática como questão de civilidade. O que caracteriza a ética civil não pode prescindir do que vem da moral cristã – contribuição indispensável, tanto pela solidez de seus princípios quanto  pela missão daqueles que creem em Cristo, no sentido de participar da confecção e manutenção do tecido determinante na vida da sociedade.

Por um lado considera-se a diversidade que emoldura a postura moral na sociedade pluralista. Por outro, o atendimento da demanda na configuração da ética civil não pode virar as costas para o acervo inesgotável que é a ética cristã. Essa é uma luta missionária da Igreja Católica, considerando-se a gravidade dessa desafio, que é muito maior e mais significante como tarefa – salvo melhor juízo – do que simplesmente o que pode impressionar na realidade do trânsito religioso, quando se considera o vaivém de crentes. Não se pode, é claro, assistir de braços cruzados ao processo de configuração, por vezes de deterioração da ética civil, indispensável no sustento da sociedade contemporânea. A sustentabilidade é um âmbito que não pode apenas considerar números, rendimentos, a conservação da natureza e outros itens também importantes para a vida no planeta. Em toda e qualquer sociedade, a moralidade é uma alavanca de sustentação para a qual não há substitutos.

A corrupção, a indiferença, os interesses cartoriais e outras dinâmicas perversas prejudicam a vida social e política. Diariamente, os noticiários, em diferentes meios, preenchem a maior parte do tempo tratando questões desse âmbito, revelando as origens dessas vulnerabilidades comprometedoras. É verdade que a ética civil tem leito próprio em relação à confessionalidade. Ora, a vida social não é dirigida por determinada profissão de fé. Reporta, pois, ao tema da laicidade, que é entendida como racionalidade e não como confessionalidade.

Ainda sobre o âmbito das distinções,compreende-se que ética civil não se confunde com civismo. O civismo é a expressão da convivência cidadã ajustada aos usos convencionais, enquanto a ética civil refere-se ao universo da responsabilidade e dos valores morais. O termo civil não pode não pode ser entendido como contraposição ao que é militar ou eclesiástico, ou mesmo ao social e profissional, embora nestes tenha uma grande e importante incidência. A ética civil e, pois, a referência à instância moral da cidadania e da civilidade. Essa instância moral não pode ser esgarçada e diluída sob pena de prejuízos sérios, como se pode constatar na dimensão moral da vida humana, com repercussão na convivência social social e cidadã em geral.

A amplitude desse campo de abordagem – com suas peculiaridades – merece, entre outros pontos de constante reflexão, a preocupação com as vulnerabilidades dos limites humanos, que têm nomes como o interesse exagerado pelo dinheiro, que faz deste o ponto determinante de negociações, impedindo, muitas vezes, a permanência de projetos de grande importância para a sociedade. Não menor é a vulnerabilidade que se constata pelo descompasso da estatura adquirida na competência profissional e humana, impedindo muitos de aguentar desafios, de fazer sacrifícios e de permanecer nas “trincheiras” por altruísmo. Atitudes que não permitem que questões menores relevantes os levem à condição de desertores bem no auge da batalha. Esse é um enorme desafio emoldurado pela carência de entendimentos no âmbito da ética civil.”


“Políticas para o aperfeiçoamento. A necessidade aguda para o aperfeiçoamento da qualidade também se reflete na formação da política da qualidade. Cada vez mais as políticas enfatizam a necessidade de alocação de esforços para eliminar os problemas da qualidade em suas fontes, em vez de detectá-los e corrigi-los depois. ...”, eis a lição de J.M. JURAN para a boa GESTÃO, o que exige essencialmente um profundo COMPROMISSO  com a ÉTICA CIVIL... o que nos acena para os GIGANTESCOS DESAFIOS da imperiosa e URGENTE implantação DEFINITIVA da cultura da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, do RESPEITO MÚTUO e, sobretudo, da ÉTICA em TODAS as nossas RELAÇÕES...

Mas, NADA, NADA mesmo ARREFECE o nosso ÂNIMO e ENTUSIASMO e, mais ainda, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 3 de março de 2010

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA: QUESTÃO DE URGÊNCIA


[...] As novas tecnologias e o mercado


O mesmo Relatório Brundtland condiciona a sustentabilidade do sistema econômico a elementos como a geração de “excedentes e know-how técnico em bases confiáveis e constantes” e a uma estrutura produtiva que “respeite a obrigação de preservar a base ecológica do desenvolvimento”. O que significam esses pontos? No primeiro caso, trata-se de levar em conta que o crescimento econômico tem limites. No segundo, significa garantir que os recursos não sejam esgotados pela produção, impondo-se sua gestão racional.

No âmbito do sistema econômico, tanto a limitação do crescimento quanto a gestão racional dos recursos forçam a busca de novas tecnologias, visando garantir a continuidade dos processos produtivos. Um exemplo é o estímulo à adoção das chamadas tecnologias limpas. Nelas, novos materiais, componentes ou processos de produção geram menos problemas do que os que vieram substituir. São exemplos de tecnologias limpas a redução do uso de metais pesados e produtos não biodegradáveis, a diminuição do emprego do CFC e de produtos sulfurados e clorados no ar, a reciclagem de materiais e o controle do desperdício.[...]”
(ROBERTO GIANSANTI, in O DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL; coordenação Sueli Angelo Furlan, Francisco Scarlato. – São Paulo: Atual, 1998, página 14. – (Série meio ambiente).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de JORGE WERTHEIN, Doutor em educação pela Universidade de Stanford, ex-representante da Unesco no Brasil, que merece INTEGRAL transcrição:

"Questão de urgência

Parece haver consenso. Não há quem discorde do argumento de que a educação é imprescindível para o desenvolvimento de um país. Em termos de discurso, pode-se considerar ponto pacífico. Uma educação de qualidade para todos é bandeira que nenhum partido ,ou político despreza. O que falta, então, para que países como o Brasil despontem no cenário internacional como exemplos de bom ensino e aprendizagem, assim como já aparecem em diferentes áreas, como esporte, música, agropecuária, fabricação de aviões e outras?

Tudo o que se discute em educação na América Latina passa antes pela necessidade de melhorar significativamente a qualidade do ensino mediante uma política de Estado específica para a educação, a ciência e a tecnologia. Sem essa política de Estado, permanecerão as habituais políticas de curto prazo, com duração de um ou dois mandatos do Poder Executivo, seja ele federal, estadual ou municipal. Essa questão ainda não mereceu suficiente debate, menos ainda com a periodicidade necessária. Assim, vêm sendo desperdiçados tempo e dinheiro em políticas que mal se concretizam e já saem de cena para que outra as substitua. Quem ouve professores sabe disso. Não faltam aqueles que se queixam por adotar um método hoje e precisar substituí-lo amanhã em função da dança de cadeiras no Poder Executivo local.

Áreas cruciais como a educação, a ciência e a tecnologia – estratégicas e que, por isso mesmo, demandam visão de longo prazo – não podem nem devem ficar à mercê de interesses eleitorais imediatistas. Uma educação de qualidade para todos resulta da cooperação, da união de esforços de diversos segmentos, de forma a elevar o nível de ensino e aprendizagem do maior número possível de estudantes, sobretudo dos primeiros anos escolares. A falta de uma política de Estado para a educação prejudica também os professores, pois não há como promover uma formação rigorosa de docentes nas universidades. O que eles encontrarão fora dos muros da academia? Tampouco é possível atrair os melhores alunos para a carreira do magistério. Os salários são pouco convidativos, e a realidade cotidiana, desestimulante. Sem formação adequada para os docentes, países como o Brasil não conseguem aumentar sua competitividade no plano internacional. Afinal, como desenvolver outras áreas sem avançar justamente naquela responsável pela formação de todas as outras?

Tudo isso já foi dito, mas todos os que o vêm repetindo experimentam a sensação de que se avança, porém, mais lentamente do que o desejado. Há esperanças, contudo. Recentemente, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) se reuniu para ouvir experiências em formação científica para estudantes do ensino fundamental. A ideia é reunir insumos para um relatório de recomendação ao Ministério da Educação (MEC) sobre essa área. O CNE ensaia a proposta de uma política nacional nesse âmbito. Espera-se que a louvável iniciativa não caia no esquecimento com possíveis trocas de comando do MEC no futuro. O mesmo vale dizer, evidentemente, sobre estados e municípios, que nem sempre rezam pela mesma cartilha entre si e igualmente sucumbem à tentação de mudar a política educacional a cada mandato.

Portanto, um pacto apartidário pela educação, a ciência e a tecnologia, que dê origem a uma política de Estado para essas áreas, sem o que o país terá dificuldades para encarar os próximos 30/40 anos, é imperativo. Por que não fazê-lo logo? Não há consenso sobre a relevância da educação, da ciência e da tecnologia, sobretudo da primeira, como eixo central do desenvolvimento neste século?Até quando esperar? No mundo globalizado, o Brasil já tem uma substantiva visibilidade e, por isso mesmo, precisa, o quanto antes, agregar valor ao que produz e comercializa.”

Eis, pois, mais uma CONTUNDENTE advertência quanto aos equívocos de nossas políticas públicas, que, no essencial, adota o curto prazo. URGE, assim, congregar TODAS as FORÇAS VIVAS da nossa sociedade em torno da NECESSÁRIA e INADIÁVEL e grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA, EDUCAÇÃO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA e QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA para estrelar num mundo GLOBALIZADO, BELO e FASCINANTE, sob a égide da PAZ e FRATERNIDADE universal, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A CIDADANIA E UMA NOVA ORDEM MUNDIAL

‘Com o advento da “mundialização” do movimento ecológico, aumentam as responsabilidades e atribuições das ONGs e demais entidades preocupadas com a degradação ambiental. Hoje supera-se a fase eminentemente ambientalista do ecologismo para se adentrar em conteúdos políticos mais explícitos. A busca de condutas ecológicas globais canaliza-se cada vez mais para questões sociais. Parece não haver dúvidas de que os pobres e excluídos são os mais afetados pela degradação ambiental. Essa constatação reforça o diagnóstico de que, para resolver a degradação ambiental, deve-se reverter o quadro de acumulação e distribuição desigual de riquezas.”
(ROBERTO GIANSANTI, in O DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. – São Paulo: Atual Editora, 1998, página 101).

Mais uma OPORTUNA e IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de novembro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de VINÍCIUS VILLAÇA, Gerente de Marketing da Universidade Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), que merece INTEGRAL transcrição:

“Nada está longe

cidadãos conscientes de sua responsabilidade social, nas diferentes áreas do conhecimento, portadores dos valores de justiça e ética, aptos para a inserção nos diversos setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira.

Nesta perspectiva de formar cidadãos íntegros, a academia ergue a bandeira da formação integral do ser humano e resgata os valores demandados pela nova ordem mundial. Afirma, de modo categórico, que o mundo não precisa de mais um profissional, mas, sim, do indivíduo formado com conhecimento e determinação para mudá-lo. Um ser humano capaz de construir prédios que acolherão pessoas com respeito ao meio ambiente, capaz de gerir organizações promotoras do desenvolvimento com responsabilidade social, fazer e defender leis que assegurem não só os direitos, mas, acima de tudo, a dignidade humana, humanizar a saúde com coragem para defender a vida.

Um novo tempo exige uma nova mentalidade, uma nova sensibilidade e um novo comportamento. As instituições de ensino demonstram seu compromisso de exaltar, cada vez mais, a consciência do papel-chave que suas habilidades ocupam na construção de mundo melhor. A universidade não busca apenas fornecer qualificação profissional, mas, prEm 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu os Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que, no Brasil, são chamados de Oito Jeitos de Mudar o Mundo, modelo de desenvolvimento focado na erradicação da extrema pobreza e da fome. Esta visão, compartilhada por dirigentes globais, é a de que, juntos, nós podemos mudar a nossa rua, a comunidade, a cidade, o país. Essa mescla de liderança, solidariedade, cidadania e engajamento surge como a diretriz maior do novo milênio. Engana-se, contudo, quem pensa tratar-se de mais um discurso vazio. A consciência humana ganha coro nos quatro cantos do mundo, embalada por grandes ideais do último século, como a queda do Muro de Berlim, o não ao apartheid, a liberdade do Tibete, as Diretas já. É possível sentir esse movimento crescente, um reavivar do iluminismo de Voltaire, em proporções globais. Governos, organizações não governamentais (ONGs) e entidades privadas de diversos níveis conectam-se em rede e determinam metas para concretizarem os objetivos o milênio.

Alinhadas com esse propósito, as principais instituições de ensino superior de Belo Horizonte uniram-se à prefeitura da capital para implantar o Observatório do Milênio. Belo Horizonte é pioneiro na implantação de observatórios urbanos locais no Brasil. O observatório constitui-se em espaço de produção e análise de indicadores sociais e econômicos sobre a cidade. Essa iniciativa abrangente atua como instância catalisadora de ações conjuntas, em prol do desenvolvimento humano. Mas a viabilização dos projetos implica uma tomada de consciência por parte da sociedade. Nesse sentido, as universidades reafirmam sua missão de formar incipalmente, qualificação humana. Nas palavras do escritor Bernard Shaw, há pessoas que vêem as coisas como são e dizem: por quê?; outras sonham coisas que nunca existiram e dizem: por que não?”

Assim, sintonizados com as exigências de UMA NOVA ORDEM MUNDIAL, é que, reunindo essas contribuições VALIOSAS, nos FORTALECEMOS, com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma ALEGRIA, o mesmo PATRIOTISMO, na construção de um BRASIL verdadeiramente JUSTO, LIVRE, ÉTICO, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDO e SOLIDÁRIO.

Eis, pois, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA, o nosso SONHO: O BRASIL TEM JEITO!...