sexta-feira, 10 de junho de 2011

A CIDADANIA, A ANATOMIA DA CORRUPÇÃO OU AMOSTRAS DE RALOS DE DINHEIRO PÚBLICO

“CAPA

Por critérios matemáticos, os estádios da Copa não ficarão prontos a tempo

ESPECIAL

MARACANÃ – RIO DE JANEIRO – RJ

Custo do estádio: R$ 957 milhões; Quanto já foi investido: R$ 26 milhões

Para ser concluído a tempo, será necessário aumentar a média mensal de gastos em 907%.

NO RITMO ATUAL, SÓ FICARÁ PRONTO EM MARÇO DE 2038

... Mantidos os atuais padrões de gestão, organização e investimento, o Brasil tem todas as condições de fazer uma belíssima Copa do Mundo, mas só em 2038. Desde quando o presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou que o país havia sido escolhido para sediar a Copa de 2014, muito pouco se fez para preparar a casa. A 36 meses do pontapé inicial do torneio, a Controladoria-Geral da União informa que, dos 23,7 bilhões de reais previstos para ser aplicados em obras de infraestrutura, apenas 590 milhões de reais foram efetivamente investidos. Ou seja, só 2,5% das obras saíram do papel. Os responsáveis pelos projetos insistem em afirmar que os trabalhos avançam em ritmo adequado. Mas uma análise escrupulosa da situação conduz a outra conclusão. O Brasil está atrasado, sim, - e mais atrasado do que estava a África do Sul em 2007, três anos antes de sediar o evento. Mais: entre as construções em andamento, há obras com indícios de superfaturamento, estádios superdimensionados e projetos tão malfeitos que mais parecem piada de mau gosto – como o estádio em que os responsáveis se esqueceram de prever a instalação de gramado e cadeiras.

Para aferir o ritmo em que as obras estão sendo tocadas, VEJA escolheu esmiuçar o andamento dos doze estádios que participarão do evento. A reportagem comparou o orçamento previsto para a reforma ou construção de cada arena com o valor que foi investido até agora. Em outras palavras, analisou a execução orçamentária estádio por estádio. Esse método revela com nitidez a situação de cada empreitada, uma vez que no Brasil, os pagamentos são feitos à medida que o trabalho avança no canteiro de obras. O resultado desse levantamento é de arrepiar. No ritmo atual em que os projetos caminham, nada menos do que onze dos doze estádios só estarão concluídos depois de 2014. O único que vem mantendo um ritmo de execução de orçamento adequado é o Castelão, de Fortaleza. Para checar de perto essa informação, VEJA organizou uma operação aérea. A bordo de helicópteros, um pelotão de fotógrafos sobrevoou todos os estádios da Copa na semana passada. As imagens captadas, que ilustram esta reportagem, são desoladoras.

.......................................................................

Tudo somado, o quadro geral é o seguinte: a três anos da Copa, o Brasil só tem um estádio com execução orçamentária adequada para ficar pronto a tempo de ser usado na Copa de 2014. Em outros oito, é preciso acelerar os investimentos para evitar uma tragédia. Dos três restantes, que ainda nem começaram, um terá de ser reformado e dois serão feitos a partir do zero. No capítulo dos aeroportos, dos treze que estão no projeto Copa, só seis começaram a ser reformados (veja o quadro da página 100). Quando se fala das obras de mobilidade urbana que foram prometidas, o caso é ainda pior. Das cinqüenta anunciadas, só quatro tiveram início. Com esse quadro, é possível afirmar que hoje o Brasil está mais atrasado para a Copa do Mundo do que a África do Sul no período equivalente. Lá, naquela altura, todos os estádios integralmente novos já haviam começado a ser erguidos. As obras aeroportuárias estavam bem encaminhadas, e cidades como Johannesburgo haviam sido transformadas em canteiros de obras a céu aberto.

Estar atrás da África do Sul, no entanto, não significa, para o Brasil, não poder recuperar o tempo perdido. O diagnóstico publicado nesta reportagem revela a situação atual dos estádios. Se o ritmo dos investimentos aumentar daqui para frente, a Copa estará garantida. A questão, no entanto, não pode ser adiada nem mais um dia. Mesmo porque a lentidão, aliada à desorganização, tem tudo para desembocar num sorvedouro de recursos públicos, como ocorreu com os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio. Na ocasião, observou-se exatamente o mesmo roteiro que se vê agora: quase todas as obras atrasaram. Diante disso, foi preciso abrir os cofres do governo federal para evitar um vexame internacional. O orçamento final do Pan ficou em 4 bilhões de reais, dez vezes a previsão inicial. De todos os gastos da União, mais de 70% foram liberados nos seis meses anteriores ao evento.

Questionados por VEJA sobre a execução de apenas 7,5% do orçamento dos estádios, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, discordou que haja atraso nos trabalhos. Segundo ele, é normal que no início das obras a execução seja mais lenta do que no final. “Todos os projetos estão caminhando de forma satisfatória, só precisamos acelerar a questão de São Paulo.” O otimismo é uma virtude, mas saber reconhecer um problema quando se está diante dele – ao menos no caso de gestores encarregados de uma tarefa da magnitude da Copa do Mundo – é uma obrigação.”

KALLEO COURA, em reportagem publicada integralmente na Revista VEJA – edição 2218 – ano 44 – nº 21, de 25 de maio de 2011, páginas 88 a 100).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de outra reportagem da Revista VEJA – edição 2220 – ano 44 – nº 23, de 8 de junho de 2011, páginas 120 a 128, de autoria de FERNANDO MELLO, que merece também algumas indicações:

“CAPA

ANATOMIA DA CORRUPÇÃO...

Corrupção

O RAIO X DA CORRUPÇÃO


Peritos da Polícia Federal descobriram como se assaltam os cofres públicos sem deixar rastros e ao abrigo da lei

Uma dúvida atormentou por muito tempo as melhores cabeças da Polícia Federal. Ao investigarem quadrilhas envolvidas em obras públicas, policiais deparavam frequentemente com um quadro incompreensível. Tanto nas conversas telefônicas interceptadas quanto nos e-mails apreendidos, era comum flagrar empresários e executivos falando sobre desvio de dinheiro, pagamento de propina a funcionários públicos, remessas para o exterior por meio de caixa dois e demais assuntos que compõem o repertório clássico da corrupção que emerge sempre que entre o dinheiro público e um fornecedor privado de produtos ou serviços existe um intermediário desonesto. Mas, mesmo com a certeza de estarem diante de um crime, os investigadores muitas vezes não conseguiam responder a uma pergunta crucial: de onde vinha o ganho dos criminosos? Isso porque, apesar das evidências gritantes de falcatrua, quando os agentes da polícia analisavam os contratos firmados entre as empresas e os órgãos públicos, chegavam à conclusão de que os preços que elas cobravam estavam dentro dos limites legais – ou seja, não havia superfaturamento. Ora, se não havia superfaturamento, não havia ganho ilegal e, se não havia ganho ilegal, todo o resto deixava de ter sentido.

Em março, a dúvida dos investigadores deu lugar a uma explicação cristalina. Depois de dois anos de análise minuciosa de contratos públicos, levantamento de notas fiscais, checagem de custos de 554 compras empreendidas em obras do governo e visita in loco de algumas dezenas de canteiros de obras, peritos da PF descobriram o “pulo do gato” – ou mais apropriadamente neste caso, do rato. O truque pode ser chamado de “superfaturamento oculto”.

Para entender essa criação genuinamente brasileira, é preciso fazer um rápido mergulho no mundo das licitações. Há muito tempo, o governo federal é cobrado a estancar o desperdício que mina dos contratos de obras púlicas e corrói seus cofres. Para dar uma resposta a isso, desde 2003 a Lei de Diretrizes Orçamentárias passou a exigir que os órgãos públicos, antes de fazer qualquer pagamento, observem as tabelas oficiais de referência de preços. Essas tabelas, formuladas em conjunto com diversos órgãos do governo, contêm os valores médios dos principais materiais de construção e insumos usados em obras de engenharia civil. A primeira delas chama-se Sistema Nacional de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). A segunda, Sistema de Custos Rodoviários (Sicro). Há oito anos seu uso é obrigatório. Muito bem. Para órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU), um preço só é classificado como “superfaturado” se estiver acima dos valores constantes do Sinapi e Sicro. Tudo o estiver dentro do limite das tabelas é considerado legal.

O que a PF descobriu, e que causa espanto, é que as duas tabelas oficiais já trazem preços muito superiores aos praticados pelo mercado. Uma rápida pesquisa realizada pelos peritos policiais no comércio revelou que os preços dos produtos mais usados em obras de engenharia estão, em média, 20% mais altos do que deveriam.

Se o leitor, por exemplo, for a um depósito para comprar um tijolo cerâmico de oito tipo “oito furos”, pagará 44 centavos a unidade. O mesmo tijolo, adquirido pelo governo, sairá por 56 centavos. A diferença é de 27%, é carregado para o ninho dos ratos da corrupção. Em produtos como a tinta látex acrílica, ela chega a 128%. No forro para teto, do tipo bandeja, as tabelas trazem valores até 145% mais altos que o usual. Ou seja, basta as empresas seguirem a tabela ao pé da letra para obter uma espécie de “superfaturamento legal”.

Os peritos da PF fizeram registrar em seus relatórios um outro alerta: dado que o governo nunca compra só um tijolo – suas encomendas começam invariavelmente na casa do milhar – e quem compra em grande quantidade sempre tem direito a desconto, seria de esperar que nas obras públicas de grande porte os valores unitários acabassem ainda mais em conta. Ocorre que os valores registrados no Sinapi e no Sicro não levam em consideração a escala. Com isso, o governo dá de bandeja mais um motivo para as empreiteiras deitarem e rolarem. Elas cobram preços muito acima dos de mercado, fazem isso à sombra de regras estipuladas pelo próprio governo e, assim, ficam inalcançáveis pela lei – e pelas auditorias do TCU.

Os três órgãos responsáveis por elaborar as tabelas de referência – o IBGE, a Caixa Econômica Federal e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – alegam que elas representam o teto do que o governo pode pagar, e não a média dos preços de mercado. Ocorre que, obviamente, as empreiteiras sempre preferirão – e darão um jeito de fazer valer seu desejo – receber pelos valores de “tabela cheia”.

Há diversas formas de conseguir isso. A primeira é contar com a conivência de quem organiza a licitação. Segundo o Ministério Público Federal, foi o que aconteceu na licitação para a construção do trecho da Ferrovia Norte-Sul que corta o estado de Goiás. O trabalho foi dividido em sete lotes. Havia diversas empreiteiras interessadas em participar da concorrência, mas Valec, a estatal que cuida da construção de ferrovias, habilitou apenas sete empresas, uma para cada lote. Ou seja, não houve disputa alguma. Todos os que entraram no certame sabiam que iriam para ganhar um lote. Com isso, jogaram o preço lá no alto, cientes de que não seria preciso superar nenhum concorrente. Quando os envelopes da licitação foram abertos, os preços oferecidos pelas empreiteiras para cada um dos lotes eram de 0,5% mais baixos do que o teto previsto no edital, com valores baseados no Sinapi e no Sicro. O governo pagou 245 milhões de reais apenas pela construção de um dos sete trechos. Desse valor, concluíram os peritos da PF, 50 milhões de reais foram superfaturados.

A outra forma de conseguir cobrar o preço cheio é adotar o acerto direto entre as empresas – o que se chama, no jargão dos investigadores, de conluio. Os empresários que vivem de obras públicas se reúnem e acertam quem ficará com cada uma das obras tocadas pelo governo.

................................................................................

“A margem oculta de negociação muitas vezes é utilizada para manter organizações criminosas”, crava o relatório um dos peritos.

Falar em organização criminosa aqui não é força de expressão. Depois de ler os relatórios da PF, o Ministério Público Federal abriu um novo inquérito por suspeita de que as empresas teriam cooptado pessoas das equipes que formulam as tabelas oficiais de preços para inflar as cotações. Nos últimos meses, as descobertas da PF foram compartilhadas com o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas, a Controladoria-Geral da União e a Secretaria de Direito Econômico, ligada ao Ministério da Justiça. O governo já foi informado do descalabro, mas, até agora, não esboçou reação. Já as empreiteiras se mexeram rápido: antes que o trabalho da PF e a investigação do MP resultem em qualquer medida que venha a ferir seus interesses, elas deram início a um lobby frenético para reajustar os valores do Sinapi e do Sicro. Sim, querem subir ainda mais os já inflados valores de referência.

Uma montanha de verbas públicas está prestes a ser despejada nas obras destinadas à Copa do Mundo de 2014. Pelos cálculos da PF, dos 24 bilhões de reais que serão gastos no Mundial, 5 bilhões de reais ao menos podem ir pelo ralo da corrupção com a providencial ajuda das tabelas de referência. O objetivo dos ratos da corrupção é roer o dinheiro público sem deixar rastros. O do governo deve ser exterminá-los – e acabar de uma vez por todas com essa farra.

APERTEM OS CINTOS, O DINHEIRO SUMIU

Uma investigação da Polícia Federal comprova: nunca se superfaturou tanto na Infraero quando no governo Lula

Os ratos da corrupção infestam a maior parte das repartições do governo. Mas, em algumas, eles reinam. É o caso da Infraero, a estatal que deveria cuidar dos aeroportos brasileiros e que, ao longo dos anos, se transformou numa máquina de desviar dinheiro público. Essa foi a conclusão a que chegou a Polícia Federal (PF).

...........................................................................

Entre as causas que levaram a Infraero a se transformar num hangar de corruptos está a decisão do PT de lotear politicamente o órgão. Em 2003, para contemplar a “cota” do PTB, partido aliado, o governo entregou a presidência da estatal a Carlos Wilson. Morto em 2009, ele era um político sem nenhuma experiência na área. De todos os contratos nos quais a PF encontrou provas de superfaturamento, apenas um não foi fechado no período em que Wilson (que mais tarde se filiou ao PT) esteve à frente da Infraero. A presidente Dilma Rousseff diz que pretende entregar o comando da estatal à iniciativa privada. Será a melhor forma de dedetizá-la.”

Eis, pois, mais abordagens e REFLEXÕES que dão, de maneira CABAL, a dimensão dos DESAFIOS GIGANTESCOS que temos pela frente, buscando ERRADICAR práticas e pensamentos CENTENÁRIOS que tanto SANGRAM a nossa ECONOMIA, MINAM nossa CAPACIDADE DE INVESTIMENTO e POUPANLA, e tanto mais INFELICITAM o nosso POVO e RADICALMENTE nos AFASTAM do mundo DESENVOLVIDO e SUSTENTÁVEL, e PERVERSAMENTE aumentam as DESIGUALDADES REGIONAIS e SOCIAIS...

Mas, NADA, absolutamente NADA, nos ARREFECE o ÂNIMO e o ENTUSIASMO e, mais ainda, nos MOTIVAM e no FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A CIDADANIA, A INTERNET E O AREÓPAGO DIGITAL

“Internet mais fácil

É cada vez maior o número de internautas no mundo. Apesar de apresentarem perfis diversificados, todos querem navegar com segurança e agilidade. Os usuários, cada vez mais exigentes, buscam interfaces criativas, ágeis e simples. Há uma variedade de sites e sistemas oferecidos, mas nem todos conseguem atender a essas necessidades. Interfaces complicadas, com grande quantidade de informações e mensagens incompreensíveis, causam dificuldades e atrapalham no desenvolvimento de tarefas rotineiras. Para os internautas o importante é que eles se sintam confortáveis e protegidos ao utilizar um sistema. Tem que ser fácil de aprender, eficiente na utilização, fácil de recordar, que gere poucos erros e seguro. Os usuários devem alcançar seus objetivos com o mínimo de esforço, porém obtendo o máximo de resultados.

Debatido mundialmente no meio digital, o conceito de usabilidade está ligado às facilidades oferecidas na utilização de um sistema, tornando a navegação mais ágil e prazerosa. O internauta, quando se depara com muitas barreiras, acaba por desistir no meio da pesquisa ou tarefa. Por isso, a grande importância em compreender as necessidades desses usuários e, a partir daí, desenvolver mecanismos que possibilitem uma interação com os programas. O usuário costuma ter certa repulsa ao que entende. É preciso que haja um diálogo entre ele e o seus sistema, para que as tarefas sejam executadas de forma precisa e segura, sem grandes dificuldades. Entender essa relação pode possibilitar resultados significativos tanto para empresas, com redução de custos e aumento de produtividade, quanto na utilização doméstica, gerando usuários mais satisfeitos e aumento do desejo de consumo. É importante que o sistema seja adaptado para o usuário, e não o inverso.

Sendo assim, alguns cuidados simples como respeitar os limites, referências e habilidades dos usuários, além de fornecer instruções que auxiliem a navegação, podem fazer toda a diferença. Outro aspecto importante é manter um canal de fácil acesso para receber dúvidas, sugestões e críticas, mantendo uma relação de interação com esses usuários. É pelas insatisfações apresentadas que conseguimos desenvolver soluções mais eficazes. Palavras como otimização e agilidade também devem estar presentes, pois a comunicação nos dias atuais acontece de forma instantânea e em vários ambientes ao mesmo tempo. Desenvolver sistemas inteligentes, porém mais usuais, é um dos grandes desafios dos profissionais de tecnologia, que devem estar atentos às novas tendências e necessidades apresentadas pelos usuários.”

(DANIEL DINIZ, Diretor da Nitrato e vice-presidente de Comunicação e Marketing da Assespro-MG, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de junho de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Areópago digital

Paulo de Tarso, apóstolo admirável por sua erudição, religiosidade e caráter cosmopolita, por isso merecedor da consideração que, depois de Jesus Cristo, seu Senhor, e único, esteve no famoso areópago de Atenas, no percurso de sua ação missionária. O evangelista Lucas, no livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 17, narra que o areópago era o lugar onde os atenienses e estrangeiros residentes na cidade passavam o tempo a contar e ouvir novidades. Lá os frequentadores queriam saber o que significavam as coisas. Convidado por filósofos epicureus e estóicos, carregando uma inquietação, e até revolta, por ver a cidade entregue à idolatria, Paulo foi ao local e, de pé, discursou movido pelo sonho e compromisso com a verdade, consciente de que seu encontro é garantia da direção certa para a vida. É também, possibilidade de correções de rumos e entendimentos que podem aprimorar a cidadania na sua integridade.

O papa Bento XVI, na sua mensagem para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 5 de junho – domingo da ascensão do Senhor –, trata sobre o areópago digital que emoldura a vida contemporânea. Essa festa litúrgica, importante no calendário da Igreja Católica, celebra o acontecimento da elevação de Jesus ressuscitado aos céus, enquanto abençoava os discípulos e por eles era adorado, deixando-lhes a tarefa missionária de continuar sua obra. Voltando a Jerusalém, depois de revestidos do Espírito Santo, espalharam-se pelo mundo inteiro e entre desafios e exigências, próprios da época – como os temos, também, no dias atuais –, cumpriram a tarefa do anúncio da verdade e o compromisso com a autencidade de vida, como é preciso na internet, que configura e mantém, hoje, o areópago digital. O papa refere-se à revolução industrial, produtora de profundas mudanças na sociedade com novidades inseridas no ciclo de produção e na vida dos trabalhadores, assim como à grande transformação operada no campo das comunicações, que guia o fluxo de amplas mudanças culturais e sociais. De fato, é impressionante o volume de informações e possibilidades de intercâmbio, partilhas e interação que a internet oferece.

Essa consideração aponta um fenômeno maravilhoso, acesso a tudo para todos, em processo de socialização, gerando responsabilidades e exigindo reflexões para que não se percam os parâmetros das obrigações, sem comprometimentos com a cidadania. Como também, entre outros aspectos, a exigência, em qualquer âmbito: no trabalho profissional ou no exercício missionário das confissões religiosas, a importância insubstituível e inadiável do uso das ofertas e possibilidades próprias da tecnologia da informação. Conhecimentos e informações são difundidos, produzindo nova maneira de pensar e aprender, como uso adequado, como oportunidades inéditas de estabelecer relações e construir comunhão, salienta o papa. No entanto, há o desafio de refletir sobre o sentido da comunicação na era digital. As possibilidades oferecidas pelos novos meios são maravilhosas, não dispensam reflexões, encaminhamentos e ordenamentos quanto às extraordinárias potencialidades da internet e a complexidade de suas aplicações. O papa lembra que esse fruto do engenho humano tem que estar a serviço do bem integral, tanto da pessoa quanto da humanidade. Ele recomenda que, usada com sabedoria, pode contribuir para satisfazer o desejo de sentido, verdade e unidade, que permanece como aspiração mais profunda do ser humano.

Compreende-se que essa conquista do engenho humano não é apenas um facilitador de trabalhos ou algo moderno que, por exemplo, substituiu a velha máquina de datilografia. Ou trouxe possibilidades de saber coisas com mais agilidade, não dispensando ninguém, nem as instituições, em particular as educacionais, de abraçar, mesmo com muitos investimentos a prática nesse areópago digital. A força de uma rede social aponta a importância do conhecimento compartilhado e a interação. É verdade que desafia o entendimento da comunicação como diálogo, intercâmbio, solidariedade e criação de relações positivas, sublinha Bento XVI; e a colisão com a parcialidade da interação, até o risco de cair no narcisismo. O mundo mudou, está mudando e vai mudar ainda mais, com exigências e desafios no anúncio da verdade. Na vivência da fé, no exercício comprometido da cidadania, possibilitando e exigindo participação na vida da cidade e na defesa dos direitos. É inevitável, para não correr o risco de estar fora do mundo e não realizar a própria missão, dominar o alcance do social network do contemporâneo areópago digital.”

Eis, portanto, mais RICAS e ADEQUADAS ponderações e REFLEXÕES acerca dos AVANÇOS e igual NECESSIDADE de aprofundamentos na PROBLEMATIZAÇÃO das questões CRUCIAIS que estão colocadas, como entre PRINCIPAIS, o alçar a EDUCAÇÃO como PRIORIDADE ABSOLUTA de GOVERNO e da SOCIEDADE, o IMPLACÁVEL e permanente COMBATE à INFLAÇÃO, à CORRUPÇÃO, ao DESPERDÍCIO, seja de que NATUREZA for, e trazer para PATAMAR suportável a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA – diante de PERDAS MONSTRUOSAS dos nossos já PARCOS recursos –, para tanto, e com CABAL ABRANGÊNCIA, o uso de instrumentos como a INTERNET e o AREÓPAGO DIGITAL...

NADA, absolutamente NADA, ARREFECE o nosso ÂNIMO e o nosso ENTUSIASMO, e ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIERAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTIAS (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as dinâmicas e exigências do SECULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOV AS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A CIDADANIA, OS TALENTOS E O PROFISSIONALISMO COMO RELIGIÃO

“Há talentos disponíveis em casa

Com o crescimento da economia brasileira, está cada vez maior a demanda pela chamada mão de obra qualificada. De acordo com pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 69% das 1.6l6 empresas consultadas enfrentam dificuldades com a falta de trabalhadores qualificados. O estudo aponta que a falta dessa mão de obra atinge todas as áreas e categorias profissionais das organizações. Atualmente, são muitas que possuem posições funcionais em aberto e não encontram esses profissionais. Mas, afinal, o que é a mão de obra qualificada e por que ela está tão escassa?

A qualificação que as organizações realmente precisam é aquela que se traduz em valor agregado ao negócio. E negócio não é apenas a empresa em si, mas todo o meio onde ela se insere, representado por acionistas e empregados, interagindo entre si e também com fornecedores, parceiros, clientes, concorrentes e com um composto social complexo. Dessa forma, essa qualificação vai além da formação acadêmica e da experiência profissional. As empresas precisam de funcionários com iniciativa, vontade de aprender, capacidade de adaptação e relacionamento, bom negociação, liderança, dentre outras competências, que variam de acordo com o cargo e com a função.

Bastaria, então, contratar pessoas qualificadas no mundo atual? Deve ficar claro que a qualificação pertence ao indivíduo. Ele só poderá exercê-la em um ambiente organizacional preparado para a interação interna e externa e para a integração de atividades e pessoas, direcionadas a um objetivo empresarial além dos muros da companhia. Não basta, portanto, contratar mão de obra qualificada se a empresa apresentar fragilidades em suas interações, o que só irá aumentar a rotatividade de pessoal. Ela, por sua vez, também necessita se qualificar para atrair e, principalmente, reter esses trabalhadores, uma vez que eles são sempre submetidos ao modelo organizacional e dependem dele para exercitar seus conhecimentos e habilidades.

Mas por que existe tanta busca por esses profissionais? Não seria o caso de qualificar as pessoas que já estão na organização? Qualificar não é treinar, e sim desenvolver habilidades e conhecimentos aderentes aos processos de negócio e aos objetivos estratégicos. Para isso, é necessária uma visão elaborada dos propósitos da empresa ao longo do tempo para, posteriormente, descobrir qual mão de obra qualificada se busca. A partir do mapeamento de competências, será possível detectar os talentos que a organização já tem e os que ela precisa desenvolver.

O simples fato de reunir pessoas com muitas competências não resulta em resultados práticos. Quanto mais qualificado o indivíduo, mais ele depende do meio organizacional para agregar valor às suas atividades. É evidente que está faltando esse tipo de pessoal este tipo de pessoal no mercado, mas dentro das próprias organizações existem muitos empregados esperando pela oportunidade de desenvolverem ainda mais suas habilidades. É muito mais econômico e motivador preparar as equipes internas que vasculhar o mercado através de mão de obra qualificada.”
(CONDE FERRARI, Consultor e Diretor da F & A Tecnologia de Gestão Empresarial, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Revista VEJA, edição 2219- ano 44 – nº 22, de 1º de junho de 2011, página 28, de autoria de CLAUDIO DE MOURA CASTRO, que é economista, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O profissionalismo como religião

Logo que me mudei para a França, tive de levar meu carro para consertar. Ao buscá-lo, perguntei de havia ficado bom. O mecânico não entendeu. Na cabeça dele, se entregou a chave e a conta, nada mais a esclarecer sobre o conserto. Mais à frente, decidi atapetar um quartinho. O tapeceiro propôs uma solução que me pareceu complicada. Perguntei se não poderia, simplesmente, colar o tapete. O homem se empertigou: “O senhor pode colar, mas, como sou profissional, eu não posso fazer isso”. Pronunciou a palavra “profissional” como solenidade e demarcou um fosso entre o que permite a prática consagrada e o lambões e pobres mortais como eu podem perpetrar.

Acostumamo-nos com a ideia de que, se pagamos mais ou menos, conseguimos algo mais ou menos. Para a excelência, pagamentos generosamente. Mas lembremo-nos das milenares corporações de ofício, com suas tradições e rituais. Na Europa – e alhures –, aprender um ofício era como uma conversão religiosa. O aprendiz passava a acreditar naquela profissão e nos seus cânones. Padrões de qualidade eram cobrados durante todo o aprendizado. Ao fim do ciclo de sete anos, o aprendiz produzia a sua “obra prima” (obra primeira), a fim de evidenciar que atingira os níveis de perfeição exigidos. Em Troyes, na França, há um museu com as melhores peças elaboradas para demonstrar maestria na profissão. Carpinteiros alardeavam o seu virtuosismo pela construção meticulosa das suas caixas de ferramentas. Na Alemanha, sobrevivem em algumas corporações de ofício as vestimentas tradicionais. Para carpinteiros, terno de veludo preto, calça boca de sino e chapéu de aba larga. É com orgulho que exibem nas ruas esses trajes.

Essa incursão na história das corporações serve para realçar que nem só de mercado vive o mundo atual. Aqueles países com forte tradição de profissionalismo disso se beneficiam vastamente. Nada de fiscalizar para ver se ficou benfeito. O fiscal severo e instransigente está de prontidão dentro do profissional. É pena que os sindicatos, herdeiros das corporações, pouco se ocupem hoje de qualidade e virtuosismo. Se pagarmos com magnanimidade, o verdadeiro profissional executará a obra com perfeição. Se pagarmos miseravelmente, ele a executará com igual perfeição. É assim, ele só sabe fazer bem, pois incorporou a ideologia da perfeição. Não apenas não sabe fazer de qualquer jeito, mas sua felicidade se constrói na busca da excelência. Sociedades sem tradição de profissionalismo precisam de exércitos de tomadores de conta (que terminam por subtrair do que poderia ser pago a um profissional com sua própria fiscalização interior). Nelas, capricho é um religião com poucos seguidores. Sai benfeito quando alguém espreita. Sai matado quando ninguém está olhando.

Existe relação entre o que pagamos e a qualidade obtida. Mas não é só isso. O profissionalismo define padrões de conduta e excelência que não estão à venda. Verniz sem rugas traz felicidade a quem o aplicou. Juntas não tem gretas, mesmo em locais que não estão à vista. Ou seja, foram feitas para a paz interior do carpinteiro e não para o cliente, incapaz de perceber diferenças. A lâmina do formão pode fazer a barba do seu dono. O lanterneiro fica feliz se ninguém reconhece que o carro foi batido. Onde entra uma chave de estria, não se usa chave aberta na porca. Alicate nela? Nem pensar! Essa tradição de qualidade na profissões manuais é caudatária das corporações medievais. Mas sobrevive hoje, em maior ou menor grau, em todo o mundo do trabalho. O cirurgião quer fazer uma sutura perfeita. Para o advogado, há uma beleza indescritível em uma petição bem lavrada – que o cliente jamais notará. Quantas dezenas de vezes tive de retrabalhar os parágrafos deste ensaio?

Tudo funciona melhor em uma sociedade em que domina o profissionalismo de sua força de trabalho. Mas isso só acontecerá como resultado de muito esforço em lapidar os profissionais. Isso leva tempo e custa dinheiro. É preciso uma combinação harmônica entre aprender e o gesto profissional, desenvolver a inteligência que o orienta e o processo quase litúrgico de transmissão dos valores do ofício. Em tempo: amadores não formam profissionais.”

Eis, portanto, mais páginas com PROFUNDAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES acerca dos GRAVES DESAFIOS que ainda exigem a nossa MELHOR disposição e SEVERA determinação na INCORPORAÇÃO de PADRÕES DE QUALIDADE, e isso virá juntamente com a DECISIVA e IRREVOGÁVEL eleição da EDUCAÇÃO como PRIORIDADE ABSOLUTA de GOVERNO e da SOCIEDADE, ao lado da PROBLEMATIZAÇÃO das questões CRUCIAIS como a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO, o DESPERDÍCIO, a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRAS, já em patamar próximo de R$ 2TRILHÕES, que entre outros, SANGRAM nossa ECONOMIA, MINAM nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA e FRAGILIZAM nossa INFRAESTRUTURA...

São GIGANTESCOS DESAFIOS que mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A CIDADANIA, A REALIDADE, AS CULTURAS E A MODERNIZAÇÃO

“Brasil precisa modernizar-se

Desenvolvido! Esse é o próximo patamar que o governo e toda a população desejam que o Brasil alcance nos próximos anos. Porém, sabemos que temos um árduo caminho a ser percorrido – nada que seja impossível. E conseguimos provar isso, pelo menos, nos últimos cinco anos. Economia estável, pouca influência com a crise financeira internacional e a conquista de poder realizar a Copa do Mundo de Futebol (2014) e os Jogos Olímpicos (2016) são alguns exemplos de que não somos mais o país do futuro, mas sim do presente.

Contundo, para termos um crescimento perene e mostrar que estamos preparados para nos igualarmos às nações de primeiro mundo, temos de nos modernizar. E não digo isso apenas com relação à tecnologia. A modernização tem de ser em todos os setores – da educação ao transporte, da saúde ao emprego. E isso não será uma tarefa fácil nem rápida.

Já estamos enfrentando alguns problemas para conseguir evoluir com isso. O primeiro ponto – e podemos dizer que é crucial – é a falta de mão de obra qualificada em quase todos os setores econômicos. Infelizmente, como a educação básica brasileira está muito aquém da ideal para um país em desenvolvimento tentando tornar-se de primeiro mundo, não conseguimos formar muitos profissionais qualificados, o que prejudica o nosso desenvolvimento.

Com relação ao transporte, acredito que essa seja a maior preocupação do brasileiro. Além de não conseguir atender à necessidade diária da população, receberemos dois megaeventos esportivos nos próximos anos. E essa carência é facilmente percebida em todos os setores – aéreo, ferroviário, rodovias e metrô.

A economia foi e está sendo a principal aliada para o desenvolvimento brasileiro. Enquanto numerosos países apresentam evolução ínfima ou até regressão do Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil registra expansão considerável. Em 2010, foi de 7,5% e a estimativa para 2011 é de 4,5%. E o mais importante: estamos conseguindo manter um crescimento sustentável. É claro que poderíamos estar muito melhor do que isso, se não fossem a altíssima carga tributária que enfrentamos e, agora, o receio da volta da inflação. Por falar em impostos, o Brasil precisa urgentemente ter uma reforma tributária, o que auxiliará ainda mais no seu processo de modernização.

Estamos no caminho certo. Temos, ao nosso alcance, todas as maneiras e ferramentas para fazermos este país ser de primeiro mundo. Precisamos apenas que os governantes e os grandes empresários lutem por melhores condições de modernização e de desenvolvimento.”

(RONI DE OLIVEIRA FRANCO, Sócio da Trevisan Outsourcing e professor da Trevisan Escola de Negócios, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7)


Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Realidade e culturas

O entendimento da realidade que configura a sociedade contemporânea, em todos os aspectos, tem na cultura (na verdade, nas culturas!) uma lupa importante como instrumento de decifração e interpretação. Sempre é oportuno retomar questões de base sobre os rumos da sociedade, suas prioridades e modos como se vive nas diferentes circunstâncias e cenários, no dia a dia. A cultura é o que tece esses rumos, define dinâmicas e influencia na eleição de prioridades para o modo de viver de todos. Trata-se de considerações com complexidades próprias. Embora seja uma abordagem complexa e trabalhada metodicamente, nos diferentes campos da ciência, é interessante e de grande importância incluir no debate cotidiano o indispensável entendimento a respeito da cultura (e das culturas) para se viver diferente, ensaiar mudanças mais profundas, interferir na realidade e configurá-la melhor nos parâmetros da cidadania, da civilidade e da dignidade própria do viver humano.

Vale, então, referência a um entendimento conceitual de cultura, para facilitar a reflexão e permitir juízos, entendida essa enquanto maneira particular como em determinado povo os homens cultivam sua relação com a natureza, entre si e com Deus. Trata-se, na verdade, do estilo de vida comum, apontando a pluralidade de culturas. Assim entendida, a cultura refere-se ao conjunto de valores que animam a totalidade da vida de um povo, bem como evidencia “desvalores” que o enfraquecem, formando determinada consciência coletiva, definindo costumes, configurando instituições e seus funcionamentos, moldando práticas e dinâmicas da convivência social. Há de ter sempre presente o conjunto rico, complexo e desafiador que a cultura significa, enquanto se tem em conta a experiência histórica e vital dos povos de uma sociedade específica. Pode-se calcular o que isso significa para cada indivíduo – pensada a cultura como realidade história e social –, considerando-se sua localização e desenvolvimento no seio da sociedade, condicionado ou enriquecido por ela. É um exemplo ilustrador considerar a cultura de massa para sublinhar o próprio de sua qualidade, tais como espetáculos de revistas, telenovelas, histórias em quadrinhos, e até música popular, balizando uma vida marca por superficialidade, repetição de situações óbvias e seja pensada especialmente – em razão da seriedade – a exploração dos gostos mais banais do público.

Essa consideração e de outros âmbitos explicitam o quanto é importante o entendimento da realidade à luz da cultura com suas dinâmicas. De posse dessa resumida abordagem conceitual a respeito da cultura, vale retomar a realidade na qual estamos inseridos para a vivência em cidadania, para avaliar processos e desdobramentos, sem deixar de levar em conta o peso sobre as costas de todos, em especial, sobre a dos mais pobres e dos fracos. É oportuno localizar sob essa luz a avalanche de questões que incomodam a sociedade brasileira e nela perpetuam atrasos, mesmo emolduradas por oportunidades singulares quanto ao crescimento econômicos, até nas nebulosidades presentes, a existência de clarividências políticas. Há uma antífona cantada em todos os cantos do país a respeito dos retardamentos quanto à infraestrutura para que o Brasil hospede, de forma adequada, grandes eventos como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas, em 2016. Também, necessidades na infraestrutura para a vida de hoje e de amanhã do povo brasileiro gritam urgências quando se pensa em aeroportos, estradas e outras demandas básicas como a lucidez na política habitacional para responder à defasagem dos sem-casa, dos que vivem em situação de risco e de desrespeito à dignidade. Há uma burocratização congênita que inviabiliza respostas e impede o usufruto de oportunidades de desenvolvimento compartilhado para mudar cenários sociais, incompatíveis com conquistas do próprio Estado.

A lucidez de gestores e de governantes tem sido empacada pela falta de escalões capazes de avançar nas oportunidades deste tempo e nesta sociedade. É interessante – para mostrar o quanto a realidade está vinculada, impulsionada ou amordaçada pela cultura – ouvir nas conversas, mesmos nos estratos populares, perguntas como: por que os japoneses já refizeram em tempo recorde as estradas mais danificadas pelo tsunami acontecido há poucos meses, e aqui é preciso muitos meses para fazer uma ponte. Por se adiam, várias vezes, a inauguração de um viaduto e outras obras? Não menos graves são os entendimentos que pautam o proceder no cartorialismo, nas barganhas, ou ainda, na cultura de mexer os pauzinhos, esconder a verdade e solapar propostas, indicando o quanto é preciso mudanças na cultura para alavancar mudanças urgentes na realidade.”

Eis, portanto, mais RICAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que nos mostram, de forma CLARA e CONTUNDENTE, a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de uma REVOLUÇÃO BRANCA, que nos leve a de fato, e em profundidade, PROBLEMATIZAR e ENFRENTAR questões CRUCIAIS como a eleição da EDUCAÇÃO como PRIORIDADE ABSOLUTA de ação do GOVERNO e da SOCIEDADE, o IMPLACÁVEL e INCANSÁVEL combate à INFLAÇÃO, à CORRUPÇÃO, ao DESPERDÍCIO, à DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA – hoje, chegando aos ASSOMBROSOS R$ 2 TRILHÕES –, e como ENFATIZADO num dos textos acima, a PRECARIZAÇÃO da nossa INFRAESTRUTURA: RODOVIAS, PORTOS, AEROPORTOS, ENERGIA, COMUNICAÇÃO, MOBILIDADE URBANA, SEGURANÇA PÚBLICA, SAÚDE, SANEAMENTO AMBIENTAL, LOGÍSTICA, ABASTECIMENTO, EMPREGABILIDADE e mais a alongar a relação...

Porém, NADA, NADA mesmo, ABATE o nosso ÂNIMO e o nosso ENTUSIASMO, e ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM diante de GIGANTESCOS DESAFIOS nesta grande CRUZADA NACIONAL, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDADES SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A CIDADANIA, O CLAMOR PELA INTERNET E A CRIMINALIDADE POLÍTICA

(Junho = Mês 24; Faltam 36 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

“Cliente grita pela internet

As redes sociais deram nova voz ao consumidor. O público é cada vez mais ativo nas redes e usa esses canais como referência na compra de um produto ou serviço. Da mesma forma, muitas vezes, são esses os canais escolhidos para relatar experiências com uma empresa ou marca. São reclamações sobre mau atendimento, insatisfações com produtos, falta de assistência técnica, problemas com pós-vendas e inúmeras opiniões e reclamações disponíveis na web, que podem influenciar negativamente outros consumidores.Ignorar o consumidor nas mídias sociais não é uma boa opção para as empresas. As corporações não podem esquecer o poder que os usuários ganharam, pois hoje eles detêm parte da credibilidade da marca em suas mãos.

Casos recentes de crise que alcançaram grande repercussão trazem à tona o quanto ainda é obscuro para o ambiente corporativo os melhores caminhos para esse novo mundo digital, que junto inúmeras oportunidades traz também grande receio às empresas. Ainda é tímida, por exemplo, a utilização do respaldo das redes sociais na estruturação de um planejamento estratégico adequado, que avalie e atenda as expectativas do consumidor.

Acompanhar essa visão e adaptar constantemente esses planos aos novos conceitos dessa sociedade de consumo pode significar a expansão ou retração das empresas. Essa condição vai muito além da presença das marcas nas principais redes sociais e pode evitar crises ou gerenciar melhor sua reversão – são possibilidades que devem ser encaradas como novas formas de analisar, se relacionar e conquistar esses consumidores – tudo isso, em uma velocidade nunca vista.

Várias empresas já estiveram em crises de imagem através das redes sociais. Algumas conseguiram contornar os problemas e até fortalecer a marca graças à sua postura, outras atuaram com repressão ou indiferença, o que gerou ainda mais repercussão negativa. As falhas em processos internos são passíveis de ocorrer com qualquer empresa, o que diferencia as que atravessam o período turbulento mais rapidamente e com menos prejuízo à marca é justamente a forma de agir quando se está frente a elas. Criar um conceito de passividade e indiferença do consumidor, ou ainda tentar medir forças com ele, certamente não é a melhor estratégia. A comunicação com os consumidores tem que ser clara e imediata, respeitando as opiniões divergentes, independentemente da posição assumida pela empresa. É fundamental responder objetivamente ao usuário que, na maioria das vezes, valoriza esse modelo direto de relação. Crises nas mídias sociais fazem transparecer falhas que as corporações antes mantinham resguardadas sob seu controle e que hoje, estão disponíveis na web ao alcance de todos. As empresas precisam estar preparadas para usar esses canais como aliados na preservação de sua imagem, e não como inimigos.”

(ELIZANGELA GRIGOLETTI, Jornalista, gerente de inteligência e marketing da MITI Inteligência, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de SACHA CALMON, Advogado tributarista, coordenador do curso de especialização em direito tributário das Faculdades Milton Campos, que merece igual INTEGRAL transcrição:

“Criminalidade política

Existem povos enérgicos e povos lenientes. Os primeiros compreenderam cedo estarem os valores éticos da sociedade imbricados nas leis, ante as quais todos são iguais. Os lenientes, com certa vileza, acham-nos meros padrões destituídos de positividade, relacionados exclusivamente com a consciência do autor aético, sujeitado ao julgamento moral da sociedade. Para estes, a flexibilidade na aplicação das leis sofre o temperamento das circunstâncias, daí a leniência, que é frouxidão e impunidade.

No Brasil, país para lá de leniente, a lei não vale para todos. Especificamente, tem-se a sensação de os políticos estarem acima das leis. Entre eles o pacto é do compadrio. Nos últimos 10 anos – em particular – os piores atentados às leis da República, mormente das que protegem o patrimônio público e pautam o agir das autoridades, não foram considerados delitos graves a atrair para os transgressores a persecução penal e, menos ainda, a execração pública, como era de se esperar. A coisa pública tornou-se a “cosa nostra”, deles. Com isso, a corrupção virou endêmica, passando pelos gabinetes das mais altas autoridades políticas e vem descendo até o funcionário da seção de compras, o vereador, os fiscais, a polícia, de modo crescentemente insuportável.

A criminalidade praticada pelos políticos cresce regada pela leniência do sistema e a indiferença do povo. O mantra recitado quando um figurão ou mesmo uma figurinha , como Delúbio, é flagrado com a “mão na botija” é sempre este: “É um escândalo, mais um, armado pela oposição”. A partir desse momento, a questão deixa de ser ética e, portanto jurídica, para tornar-se uma questão político-partidária. A politização partidária da criminalidade leva a três destinos odiosos: a uma, ilude o povo; a duas, para enganá-lo ainda mais, dependendo do caso, “abre-se um rigoroso inquérito para apurar cabalmente os fatos” (e que não acaba nunca); a três, os correligionários cerram fileiras à volta do transgressor e todos os despistes e retóricas são empregados para negar o delito e inocentar, “a priori”, o seu autor. Tudo é feito no melhor estilo “latrino-americano”, com os próceres aliados unidos em malcheiroso despudor ético e sem o mínimo de respeito à opinião pública, chamada até a tomar partido. Se o partido é “de massas”, como o PT, os “companheiros” logo se alvoroçam feito torcida de futebol. O interesse partidário passa a valer mais do que vergonha na cara. Lado outro, os líderes, a começar pelo presidente da República, em casos que tais, deveriam investigar e punir energicamente os correligionários desonestos, atentos à lei e ao dizer dos nossos antepassados: “Diga-me com quem andas, que te direi quem tu és”. Entretanto, ocorre, tem ocorrido, o oposto. Os maiorais se empenham em defender os seus, tenham ou não culpa. É um padrão incivilizado de justiça política, incompatível com o Estado Democrático de Direito.

É justo o que se passa agora com mais um caso do ministro Palocci. O primeiro, foi em Ribeirão Preto, quando era prefeito. O segundo deu-se com o pobre caseiro Francenildo. Agora temos a multiplicação dos pães, segundo os seus detratores, os quais seriam de um grupo rival a fazer “fogo amigo” (e lento, para queimar aos poucos).

Tirante o povo conformado com o refrão “são todos iguais”, as pessoas esclarecidas – caso dos meus leitores – sabem que um político da situação, fora ou dentro do governo, seja no Executivo ou no Legislativo (menos no Judiciário) pode tocar seus negócios, devendo, em termos formais, deles afastar-se como reza a lei, abdicando da direção da empresa. Isso estamos cansados de saber. O que Palocci deve explicar é se houve ou não “tráfico de influência”, a tipificar crime contra a administração pública, punido com pena de reclusão. Para sabermos a verdade sobre a consultoria puramente oral do ex-ministro da Fazenda de Lula, pois não há textos, bastariam duas coisas. A uma, saber se nos contratos há cláusula de sucesso condicional (10% da vantagem em caso de êxito), como a contratação do cliente pelo governo ou por empresas controladas direta ou indiretamente por ele. A duas, o rol dos consulentes. Consultoria se faz e se recebe tão somente! O tráfico de influência exige resultados. Dizer que “cláusulas de confidencialidade” ínsitas nos negócios de Palocci impedem a divulgação dos instrumentos contratuais e da clientela, piora a situação, não convence. Debaixo dessa moita tem coisa. E não cheira bem. O que nos deixa curioso é o porquê de a presidente ter de respirar tanta fedentina, sem assoar o nariz. Seja durona, presidente e faça o que deve ser feito. Mesmo sendo de Minas, V. Exa. não vetou a aptidão da área mineira da Sudene para receber incentivos automotivos? Milhões de brasileiros aguardam uma decisão de V. Exa. “No meio do caminho tem uma pedra”.”

Eis, pois, mais páginas LÚCIDAS, OPORTUNAS, em sintonia com a TRANSPARÊNCIA mais do que nunca EXIGIDA pela COMUNIDADE GLOBAL, que acenam para o FOCO da LUTA que, antes de tudo, deve ser de TODOS: a PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como: a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO, o DESPERDÍCIO, a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, que, entre outros igualmente RELEVANTES fatores, SANGRAM a nossa ECONOMIA, MINAM nossa capacidade de POUPANÇA e de INVESTIMENTO, e TORNAM ainda mais LENIENTE e AÉTICO nosso POVO... O que DESSERVE o BRASIL e DESONRA a REPRESENTATIVIDADE outorgada...

Mas, NADA, absolutamente NADA, ABATE e ARREFECE o nosso ÂNIMO e o nosso ENTUSIASMO, e ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A SUSTENTABILIDADE E A LIÇÃO DA MEDITAÇÃO

 “Avançar na educação

Vivemos uma crise de valores e de capacitação dos nossos jovens. Nossa sociedade, nossas famílias, as escolas e universidades não estão preparando pessoas com os valores necessários e capacitadas a enfrentar os problemas do mundo contemporâneo. Não presenciamos nenhuma ação eficaz por parte dos governantes, preocupando-se e colocando em prática planos de ação para capacitar as crianças e os jovens com as competências necessárias que os levarão de fato a fazer a diferença no mundo atual.

Batas olhar os currículos das nossas escolas e universidades para constatar que, em sua maioria, há uma enorme disparidade entre o que é ensinado e as competências que esses jovens precisarão para ser bem-sucedidos na vida e em seu futuro profissional. Os currículos, quase sempre, foram idealizados há 20 ou 30 anos, baseados nas teorias e práticas da era industrial. E há muito tempo já estamos na era do conhecimento, em que outras possibilidades são necessárias.

Sem falar na falta de planejamento e estímulo à formação de educadores. Você conhece jovens que sonham em se tornar professores? Infelizmente, são muito poucos. Há um apagão de professores e não há plano de ação para mudar esse cenário. Como diria Augusto Cury (médico, psiquiatra e escritor), os professores que deveriam ser os profissionais mais importantes na nossa sociedade estão desvalorizados, tanto perante os nossos governantes quanto perante a sociedade. Nem os pais nem os alunos respeitam mais os professores. Precisamos resgatar o prestígio e o respeito pelos educadores para ressuscitarmos a educação do nosso país. Sem ótimos professores não vai haver ótimas escolas.

O Brasil tem se desenvolvido economicamente, porém, o que dizer dos nossos índices educacionais? Estamos entre os piores do mundo nesse quesito. De que adianta termos cerca de 30 bilionários brasileiros na recém-divulgada lista da revista Forbes, se nenhuma universidade do país figura entre as 200 melhores do mundo, segundo o recente ranking da publicação educacional britânica Times Higher Education? Precisamos exigir que nossos representantes políticos sejam avaliados pelo que realmente fazem, e que percam os seus mandatos se não trabalharem pelos principais interesses da população, principalmente na área da educação. Temos de incentivar a adoção de práticas de meritocracia na educação e na política. Se não agirmos logo, poderá ser tarde demais.”

(RICARDO MESQUITA CHIOCCARELLO, Gestor da Escola Internacional de Alphaville, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE, OPORTUNA e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de maio de 2011, Caderno PENSAR, página 2, de autoria de JOÃO PAULO, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Dentro e fora



Há mais de 40 anos a obra de Leonardo Boff se apresenta como um desafio à inteligência contemporânea. Com mais de 80 livros publicados, nas áreas mais diversas, da teologia à política, passando pela antropologia, mística, ecologia, literatura, psicologia e história, o pensador, no entanto, não deixa nunca de surpreender. Na casa dos 70 anos, depois de uma vida dedicada a pensar questões essenciais de nosso tempo, em seu livro mais recente, Meditação da luz (Editora Vozes), parece fazer um movimento em direção ao centro de si mesmo. Como seguindo a lição agostiniana das Confissões, depois de muito procurar, descobre que a beleza, antiga e nova, habita seu interior: “Tu estavas comigo e eu não estava contigo”.

Para quem acompanha a trajetória de Leonardo Boff não é incomum se deparar com a coragem de proceder grandes viradas, reviravoltas teóricas e existenciais, destemor em debater com contendores poderosos.Alguns estudiosos de seu pensamento identificam esses momentos como mudanças de paradigmas, mas é possível pensar que mesmo nas grandes transformações há sempre uma base que permanece, menos como resposta e mais como enquadramento de uma nova questão. Se o primeiro momento da teologia de Boff foi marcado pelo reflexão sobre o papel da Igreja, a partir das mudanças trazidas ao mundo pelo Concílio Vaticano II, sua obra foi se espalhando em outros temas teológicos, de uma nova configuração política do papel de Cristo a temas de escatologia, como o sentido da morte.

Identificado com a Teologia da Libertação, que ajudou a criar teoricamente e realizar na prática pastoral, Leonardo Boff pagou preço de pensar a liberdade em tempos de grande disciplina. Seu livro mais consistente em termos filosóficos, Igreja: carisma e poder, deu a ele, além de audição em todos os campos do pensamento teológico mundial, a punição do silêncio e, anos depois, traçou o caminho que o levaria a manter seu pensamento fora da oficialidade da Igreja. Mais que uma obra de teologia, o livro se revelaria um instrumento poderoso de compreensão da realidade brasileira. O Brasil e a Igreja saem comprometidos do livro.

O que era política explícita, muitas vezes inspirada pelo pensamento dialético – em sua busca de compreensão das injustiças e da constatação de uma forma de poder que cinde em vez de reunir, levando à perpetuação das injustiças –, vai se tornando ainda mais profundo. Não que a política deixe de ter sentido, mas passa a ser guiada por outros elementos que surgem no horizonte do nosso tempo, sobretudo pelas questões postas pela ecologia.

A entrada em cena da ecologia vai mudar o eixo ou a “centralidade” do pensamento de Leonardo Boff. É preciso deixar claro de que ecologia se trata. Muito além da mera defesa ambientalista contra a dilapidação da natureza, para o teólogo trata-se de uma nova forma de compreensão do mundo exterior e interior, com ambição de chegar à totalidade do ser. O novo paradigma, que pode ser batizado de teoantropocósmico, traz assim um pouco de cada uma das dimensões que o constitui: é busca de Deus, do homem e da natureza, a partir de um olhar unitário, agregador, com vocação para a totalidade. Neste sentido, as obras mais recentes de Leonardo Boff englobam uma nova visão do fenômeno humano, da sociedade e da Terra, como partes constituintes do mesmo Deus.

No entanto, nada seria menos “ecológico” do que entender a obra de Leonardo Boff como um caminho em direção ao alto, ao mais complexo, a um ponto final de síntese ou superação. Essa tendência ao finalismo, na qual o último momento é sempre humilde e necessária da procura. Leonardo Boff pode ter abandonado a forma do ensaio erudito de seus primeiros livros de teologia e buscado uma comunicação mais singela e direta com o leitor. Mas em nenhum momento abriu mão das questões essenciais que, ontem como hoje, dão sentido ao seu caminho teórico e existencial. Como homem tocado pela boa ecologia, sabe que vivemos no tempo e no espaço, mas sabe também, alimentado pela ciência contemporânea e pela política, que são muitos os tempos e diversos os espaços. Se há algo que nos dá o solo de continuidade é exatamente a certeza de que somos mutáveis e datados.

FÍSICA E MÍSTICA Talvez seja esse o patamar que dá sentido ao livro Meditação da luz, o mais recente e instigante livro do autor. Numa constatação madura, o caminho que surge de uma vida tão completa aponta, nessa altura do caminhar, para o pensamento místico, para a humildade dos exercícios de autoconhecimento, para a singeleza do melhor caminho, para a fusão de ciência e religião. Para um convite à comunhão a partir de uma certa entrega ao sagrado que há no homem. Neste sentido, não há nada mais político que a meditação.

Meditação da luz – O caminho da simplicidade é um livrinho diferente e poderoso. Não tem a pegada teológica das primeiras obras do autor, não se preocupa em incorporar a ecologia de forma explícita, não traz interpretações políticas para o pensamento católico, não tem projetos sociais em seu horizonte mais imediato. Mas tem um pouco de cada uma dessas vertentes. É um livro de mística, um manual de meditação, um convite à oração pessoal. O que destaca a obra, além de sua vocação para a interioridade, é sua abertura a todas as formas de pensamento e tradições religiosas.

Não há fronteira quando se trata do homem. Leonardo Boff apresenta um projeto de desenvolvimento de vida interior, buscando lições de sabedoria e simplicidade (talvez as duas coisas sejam apenas uma, como nos mostra os verdadeiros sábios, sempre simples) da ioga, do budismo, do tao, da mística cristã, da física quântica, da neurologia.

O livro tem como projeto ampliar a vida espiritual (não necessariamente religiosa, no sentido confessional), por um método descrito pelo autor: a meditação da Luz Beatíssima. Para chegar até a prática, ele desenvolve de forma sumária e compreensível temas ligados à cosmologia, às neurociências e aos caminhos desenvolvidos pela meditação nas tradições do Oriente e Ocidente. Assim, antes de chegar aos exercícios espirituais (que podem ser feitos em qualquer tempo e lugar, até durante um engarrafamento de trânsito), Boff ensina um pouco de budismo, misticismo medieval, chacras, ioga, kundalini, energia, física da luz e funcionamento do sistema neurológico. O mais importante: tudo como realização do mesmo princípio único.

A meditação é a mais ecológica das realizações humanas. Só ela é capaz de dar à energia seu melhor destino. Usina de espiritualidade, o homem ainda precisa aprender a domar seu potencial, não para explodir como uma bomba de consumo e exterioridade, mas para também se tornar luz. Que um homem sábio e simples como Leonardo Boff chegue à plena maturidade mirando para dentro é um lição que precisa ser reciclada por cada um de nós.”

Eis, portanto, mais PRECIOSAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a NECESSIDADE IMPOSTERGÁVEL e URGENTE da pontificação da EDUCAÇÃO como PRIORIDADE ABSOLUTA do PAÍS, em vista especialmente da COMPLEXIDADE e FASCÍNIO exercidos pelas NOVAS exigências existenciais.

São GIGANTESCOS DESAFIOS que ainda MAIS nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigência do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A CIDADANIA, A PRESERVAÇÃO, A QUALIDADE E A SUSTENTABILIDADE

“Além de tudo, preservar é um bom negócio

Depois de mais de 30 anos estudando florestas no Brasil, José Roberto Scólforo, da Federal de Lavras, ganha um dos mais importantes prêmios da ciência no país, concedido pela Embrapa



O prêmio Frederico de Menezes Veiga, um dos mais importantes da ciência brasileira, este ano ficou para Minas Gerais. Grande vencedor da categoria, o pesquisador de florestas José Roberto Soares Scólforo, que também é professor e vice-reitor da Universade Federal de Lavras (Ufla), se dedica há mais de três décadas ao estudo de tecnologias florestais para a sustentabilidade de biomas. Concecido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o troféu é um reconhecimento ao conjunto de pesquisas desenvolvidas pelo professor ao longo desses anos. José Scólforo é um dos precursores na pesquisa com o cerrado brasileiro, além de ter cooredenado, entre outros estudos, o inventário florestal e o zoneamento econômico-ecológico.

A premiação ocorre no Ano Internacional das Florestas, comemorado em 2011 por indicação da Organização das Nações Unidas (ONU). A coincidência não poderia ser maior, ou melhor. Na verdade o trabalho de Scólforo, que na Universidade de Lavras teve início na década de 1980, aponta caminhos de convergência entre o interesse econômico e o meio ambiente, gerando, ao mesmo tempo, preservação das florestas, trabalho e renda para o país. Seus estudos indicam a preservação como chave de saída para o avanço socioeconômico. “A floresta não é um empecilho para o desenvolvimento, ela é aliada do agricultor, uma aliada da sociedade”, garante o pesquisador.

No amplo conhecimento produzido sobre os biomas, boa parte foi transformada em tecnologias que hoje dão sustentação a políticas públicas e à sociedade. Com o cerrado, Scólforo desenvolveu trabalhos de manejo de florestas nativas para uso múltiplo, uma resposta para o desbravamento que há 30 anos colocou à prova a resistência do bioma, ameaçado pelas fronteiras agrícolas. Também está entre suas importantes contribuições para o meio ambiente a elaboração do inventário florestal das espécies nativas e do reflorestamento de Minas Gerais. “Essa homenagem marca a carreira de um professor presquisador. É o reconhecimento de um trabalho de equipe, desenvolvido de forma multidisciplinar, envolvendo vários departamentos”, diz.

EXPERIÊNCIA COM A CANDEIA

No cerrado de Minas, as pesquisas identificaram quais espécies poderiam sofrer algum tipo de intervenção sem comprometer sua existência, criando possibilidades de exploração e ao mesmo tempo preservação em frentes múltiplas, como exploração da madeira, frutos, flora e usos medicinais do bioma. Um exemplo é o projeto, já em andamento, desenvolvido com a candeia, espécie bastante presente nas serras da Mantiqueira e do Espinhaço. Da madeira dessa espécie arbórea é retirado o alphabisabolol, produto amplamente usado pela indústria, como a de cosméticos, e que contribuía para pressionar as matas nativas. A tecnologia desenvolvida na Ufla e repassada a organizações não governamentais e ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas tem gerado renda complementar para dezenas de famílias, ao mesmo tempo que preserva os candeiais. Com o projeto, foram plantados 2 milhões de novas mudas e estabelecidas regras bem definidas para o corte, onde, quando e em qual a proporção ele pode ocorrer, o que garante vida à espécie

Quando a extração transpôs a barreira da clandestinidade para se transformar em atividade legal, os preços da madeira quadruplicaram, saltando de R$ 30 para R$ 120 o metro da candeia. “Com o tempo, a gente vai mudando, mas hoje esse é o projeto que mais gosto na vida”, confessa o professor. Apesar da certeza da declaração, esta é uma escolha difícil. As florestas de Minas foram inventariadas pela equipa da Ufla, que identificou tanto as espécies nativas quanto as áreas de reflorestamento por meio de mapeamento por imagem de satélite. A partir daí, passou a ser possível identificar que o desmatamento no estado, a despeito do desafio que representa para a sociedade, tem caído de forma sistemática. Entre 2003 e 2005, a devastação correspondia a 152 mil hectares. Entre 2007 e 2009, caiu para 100 mil hectares.

E não é só isso. No mesmo estudo, em um exaustivo trabalho de campo, foram catalogados no estado 780 mil árvores que representam mais de 2,4 espécies. “Um número absurdamente grande”, comenta Scólforo. Ele explica que dessa forma é possível conhecer e valorizar espécies, identificando tanto seu uso comercial quanto sua importância ambiental. A pesquisa também revela que Minas Gerais tem 33,5% de seu território com vegetação nativa, percentual acima da média nacional (excluindo a Amazônia), mas que preocupa pela disparidade. Enquanto no Vale do Jequitinhonha a vegetação nativa chega a 50% da cobertura do território, em regiões como o Vale do Rio Doce, no Leste de Minas, é inferior a 7%; no Triângulo, atinge 17%, percentuais, bem abaixo da média do estado.

Também foi desenvolvido pela equipe do pesquisador Scólforo o zoneamento ecológico-econômico do estado, ferramenta fundamental, utilizada como ponto de partida para elaboração de empreendimentos econômicos, e também pelo estado, no desenvolvimento de políticas públicas, já que traz uma completa radiografia das diversas regiões de Minas, e contempla características econômicas, sociais, ambientais e entre outras.

ÁRVORES DE BH

Belo Horizonte vai ganhar um moderno inventário, que vai catalogar as cerca de 300 mil árvores da cidade. Todas as ruas, avenidas e praças serão rastreadas. O conteúdo encontrado irá alimentar um sistema de tecnologia da informação. A partir daí, serão apontadas quais espécies são adequadas ou inadequadas para uma região, calçada, rua, praça ou parque. A ação é mais uma pesquisa que será coordenada pelo professor José Roberto Scólforo. “O objetivo é planificar as ações para atender melhor a população”, explica o pesquisador. A documentação das árvores, os pesquisadores das árvores, os pesquisadores vão sair às ruas com um tablet (computador de mão) onde todas os espécimes serão catalogados , fotografados e contarão com um banco de dados trazendo seu histórico. “Devemos encontrar em Belo Horizonte de 700 a 900 espécies”, calcula Scólforo. Segundo ele, o grande diferencial da ferramenta é que a administração municipal terá o inventário sempre atualizado. Cada vez que uma das árvores for substituída, podada ou passar por qualquer intervenção, o técnico da prefeitura fará as atualizações diretamente no tablet. “Basta seguir corretamente o script e o inventário estará sempre atualizado”, acrescenta.”


(MARINELLA CASTRO, em reportagem publicada no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de maio de 2011, Caderno CIÊNCIA, página 20).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de maio de 2011, Caderno AGROPECUÁRIO, página 2, de autoria de MAURILIO SOARES GUIMARÃES, Presidente da EMATER-MG, que merece INTEGRAL transcrição:

“Produção com qualidade e sustentabilidade

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), na busca pelo desenvolvimento sustentável, promove ações levando em conta as necessidades das gerações atuais e a capacidade de atender às futuras gerações. Sendo assim, cada vez mais, a empresa incentiva, por meio de seus trabalhos, o equilíbrio entre o crescimento econômico e respeito ao meio ambiente. É preciso harmonizar a tecnologia de produção rural com as exigências ambientalistas. Não existe produção sustentável sem a proteção do meio ambiente. Degradada, a natureza perde o seu potencial produtivo e se transforma em deserto. E, muitas vezes, o produtor rural não dedica a necessária atenção a esse tema por falta de recursos financeiros ou de conhecimento.

É a Emater-MG a ponte entre a produção de conhecimento e a produção agropecuária, com os seus extensionistas levando ao produtor rural, principalmente aos de pequeno porte, meios para que ele incorpore ao seu dia a dia a evolução desenvolvida na universidade e na indústria. A empresa atua reforçando o uso de tecnologias compatíveis com o ambiente e os recursos das propriedades rurais.

Atuando para o fortalecimento do setor rural, os trabalhos da extensão alcançam toda a sociedade, contribuindo para a redução das desigualdades sociais, a recuperação e a preservação ambiental, para criar, enfim, um ambiente de confiança e condições favoráveis para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

E os conhecimentos que a Emater leva aos produtores também são fundamentais para assegurar uma produção com mais qualidade e valor agregado. É dever da empresa assessorar os agricultores, para que eles consigam inserir seus produtos no mercado formal, cumprindo as exigências legais, tais como critérios trabalhistas, previdenciários, fiscais e ambientais, e também assegurando qualidade para o consumidor. Um exemplo é o café. A empresa orienta os cafeicultores para as exigências dos mercados, estimulando a agregação de valor à produção, por meio da melhoria contínua dos sistemas produtivos, e para as normas de certificação. Em 2010, o Certifica Minas Café, programa estruturador do governo do estado, certificou 1.294 propriedades em várias regiões.

As fazendas inscritas no programa têm acompanhamento de técnicos da Emater-MG em cada etapa da produção, o que garante o rigor na aplicação das normas de certificação e, assim, uma produção de qualidade, adequada às exigências do mercado internacional, com melhor remuneração para os produtores e conquista de novos mercados.

Os produtores de café cadastrados no Certifica Minas recebem orientações gratuitas da Emater-MG para adequar as propriedades às normas de certificação. São cerca de 90 itens que devem ser obedecidos para se obter a aprovação, que cobram desde a adequação à legislação trabalhista ao uso correto e controlado de agrotóxicos e rastreabilidade do produto final, o que significa identificação registrada de todo o café produzido. No fim do processo, uma certificadora de reconhecimento internacional faz uma auditoria nas propriedades para aprovar as fazendas que seguiram corretamente os critérios estabelecidos. São mais de 1 mil propriedades cafeeiras certificadas, de 2.553 cadastradas em 150 municípios nas regiões Sul, Matas de Minas e Cerrado.

Também para levar mais informações e as novidades sobre as boas práticas de cultivo, manejo, beneficiamento e comercialização aos cafeicultores, é realizado o Circuito Mineiro de Cafeicultura, com palestras e visitas a estandes de empresas de tratores, máquinas e insumos utilizados na atividade cafeeira. O circuito é realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e suas vinculadas Emater-MG, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), além da Universidade Federal de Lavras, com apoio de prefeituras e outras instituições públicas e privadas ligadas ao setor cafeeiro. A última etapa acontecerá em Varginha, em 27 de outubro. Ao todo serão 26 etapas.”

Eis, pois, mais OPORTUNAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para o INDESVIÁVEL caminho do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, ao lado de, especialmente, uma TRÍPLICE aliança: QUALIDADE – ECONOMICIDADE e PRODUTIVIDADE, exigências dos modernos negócios COMPETITIVOS...

São mais GIGANTESCOS DESAFIOS, onde PONTIFICA a PRIORIDADE ABSOLUTA – A EDUCAÇÃO, que ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL em 2012 (RIO + 20), a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A CIDADANIA, A REINVENÇÃO DO ESTADO E A TRANSPARÊNCIA NA POLÍTICA

“ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Ministra defende novo Estado

Em crítica à incapacidade da administração pública brasileira de dar resposta às demandas da sociedade e de cidadãos que cada vez mais buscam os seus direitos, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia Antunes Rocha defendeu ontem a reconstrução do Estado. “A concepção do Estado e da administração pública que prevaleceu até a de 1960 acabou. Mas ainda não nasceu um novo modelo”, disse ela. “Será necessário reconstruir e reinventar para que o povo caiba nele e ele saiba qual é papel que tem a exercer”, assinalou. Cármen Lúcia ministrou palestra sobre a administração pública no 7º Congresso Mineiro Administrativo, em Belo Horizonte.

Depois de lembrar que o Brasil sofreu uma grande transformação qualitativa quando passou de um Estado autoritário para um Estado democrático, Cármen Lúcia afirmou que a administração pública não acompanhou a mudança. “A administração pública demora um tempo maior para ser democrática também. Ela ainda é muito autoritária, sobretudo em muitos de seus nichos”, observou. Em contraposição, assinalou, o cidadão brasileiro é um democrata. “Quando o cidadão reclama e reivindica hoje, faz barulho. Antes, na ditadura, havia o silêncio. Hoje, ele exige e tem o Judiciário para garantir os seus direitos”, afirmou. “Nesse sentido, se a administração não mudar e não incorporar o cidadão e os seus pleitos, cria-se uma sociedade contenciosa. Será um gargalo sem solução imediata”, disse, referindo-se ao fato de que, quanto menos a administração pública for capaz de dar resposta, mais demandas recairão sobre o Poder Judiciário. “A administração pública precisa ser repensada para se tornar uma administração democrática consensual. O administrado não será o pólo adverso, mas o parceiro na atividade administrativa: aquele que vem, diz o quer e ajuda a pensar como se realiza”, considerou.

Cármen Lúcia também pontuou o fato de o modelo de administração pública no Brasil ser muito centralizado. “Queremos que tudo se resolva em Brasília”, disse considerando que as Constituições dos estados apresentam o mesmo modelo de administração pública, embora as realidades regionais sejam absolutamente diferentes. “Talvez seja a hora de pensarmos na federalização da administração pública, para que os estados assumam as suas competências e apresentem os seus próprios modelos, adequados às realidades locais e às demandas populares”, afirmou a ministra.

Reiterando que “falta povo” na administração pública, Cármen Lúcia afirmou que a humanidade já abandonou o fetiche da lei. “Lei não faz milagre”, disse, acrescentando em seguida: “Quem faz milagre é o cidadão, quando assume a sua vida e resolve ser protagonista da história”. A ministra defendeu que o cidadão seja chamado a participar para construir e institucionalizar o novo Estado que considera necessário. “Nesse sentido caminhamos para uma administração consensual, que é apenas uma forma de democracia na administração pública”, defendeu.”

(BERTHA MAAKAROUN, em reportagem publicada no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de maio de 2011, Caderno POLÍTICA, página 5).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de ROBSON SÁVIO REIS SOUZA, Filósofo, que merece INTEGRAL transcrição:

Transparência na política


Na modernidade, com o advento do liberalismo, a democracia tornou-se um regime político experimentado por várias sociedades e adquiriu formatação diferenciada. Na atual formatação, devido ao grande número de habitantes nas cidades e à complexidade das sociedades modernas, a democracia emergiu a partir do princípio da representatividade e seu funcionamento pressupõe que os cidadãos elejam representantes políticos para legislarem sobre assuntos de interesse de todos. Por isso, é comum nos dias atuais o exercício da participação na democracia por meio de um sistema indireto ou representativo.

A escolha dos representantes pelos cidadãos é uma das condições básicas da democracia moderna, que pressupõe, fundamentalmente, o voto direto com igual valor para todos como a principal forma de participação política dos eleitores. As teorias modernas consideram a democracia como um conjunto de regras e procedimentos para a constituição do governo e para a tomada de decisões. Em tal sistema, os cidadãos escolhem aqueles que consideram os mais preparados para os representarem politicamente. Nessa perspectiva, a democracia é considerada um meio, e não um fim em si mesmo. Fica claro, portanto, que no modelo representativo o voto é o pressuposto fundamental para o exercício democrático. Assim elegem-se os representantes e espera-se, na condição de eleitor, que estes cidadãos, agora representantes eleitos, possam atender às expectativas dos cidadãos que o elegem. No entanto, apenas votar em eleições periódicas tem-se mostrado insuficiente para o exercício pleno da democracia. É preciso que o eleitor esteja atento às ações de seus representantes, tornando o exercício da cidadania algo cotidiano em sua vida.

O controle das ações dos representantes eleitos por parte dos cidadãos estabelece um novo conceito de controle conhecido no mundo político como accountability, que remete à obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados. A prestação de contas e a responsabilização são fundamentais para o bom funcionamento da democracia e do estado de direito.

A sociedade pode e deve exercer um papel de controle e fiscalização dos poderes públicos, imprimindo uma lógica mais democrática na definição das políticas públicas.

Assim, a cidadania não é somente um conjunto de direitos, mas implica a participação responsável na esfera pública e na vida social. A participação a que nos referimos visa a acompanhar o que está sendo discutido nos espaços públicos em que a sociedade pode intervir.

Porém, existem poucos mecanismos de monitoramento dos poderes e das agências públicas. Por outro lado, há uma espécie de distanciamento e desilusão dos cidadãos no que se refere aos custos da democracia, ou seja, nos empreendimentos individuais e coletivos que devem ser mobilizados para a melhoria da política institucional – aquela que acontece nos partidos políticos e demais instituições democráticas.

Os recorrentes escândalos no universo da política institucional e a baixa confiança dos cidadãos nas instituições políticas republicanas demandam reformas estruturais que modifiquem substantivamente o arcabouço de privilégios e a inexistência de mecanismos de controle social que sustentam o sistema político brasileiro. Mudanças incrementais, como as que são propostas pelos partidos políticos, dificilmente propiciarão, por exemplo, mecanismos de accountability, tão necessários para a efetividade democrática.

Quem são os verdadeiros interessados pelas reformas no sistema político? Será que os partidos políticos têm interesse em reformas estruturais do sistema? Tais indagações são cruciais. Afinal, a reforma política, apesar de tão importante, ainda não mobiliza a sociedade. Sem participação social nesse processo, dificilmente haverá mudança substantiva.”

Eis, portanto, mais OPORTUNAS, QUALIFICADAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a GRAVE e URGENTE necessidade de uma MUDANÇA RADICAL especialmente na ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, que queremos NOVA, INOVADORA, CRIATIVA, MODERNA, PARTICIPATIVA e, sobretudo, plenamente a SERVIÇO do PAÍS e de TODA sua população, e bem ENTENDEMOS, a partir da EDUCAÇÃO como ABSOLUTA PRIORIDADE de GOVERNO e da SOCIEDADE...

São GIGANTESCOS DESAFIOS que mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A CIDADANIA, 200 ANOS DO BRASIL E O DEVER DA INFORMAÇÃO

CIÊNCIA E MEIOS DE COMUNICAÇÃO PRECISAM DESENVOLVER PARCERIA PRODUTIVA EM NOME DE VALORES COMUNS, GARANTINDO A DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO

ANÁLISE

“O DEVER DA INFORMAÇÃO

Os desafios de desenvolver ciência e tecnologia num país como o Brasil são gigantescos. E por inúmeras razões. A primeira delas esbarra na educação brasileira: educação para o novo, para o curioso, para querer aprender. Nossos alunos que vivem em áreas de vulnerabilidade social têm poucas ou quase nulas chances de chegarem perto da ciência. Interesse eles têm de sobra, prova disso são eventos promovidos para celebrar a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A cada edição é possível ver como crianças e adolescentes são ávidos por aprender, por desenvolver algo inusitado, criar engenhocas. Eles vibram. E aqueles que têm a oportunidade vão longe. Mas, onde não há incentivo, informação e oportunidade, esses adultos se em tolhidos dessa possibilidade.

A ciência não pode ser pensada desvinculada do nosso cenário social, afastada de nossas principais carências, distante de nossos propósitos de civilização. E um dos grandes desafios que estão colocados para os cientistas, universidades, centros de pesquisa e setor produtivo é exatamente estreitar essa contato com a sociedade. Informação é insumo básico, que precisa circular nos dois sentidos: da sociedade para os cientistas e desses para todas as pessoas. Os dois lados precisam aprender como fazer funcionar esse processo.

É preciso estabelecer uma comunicação com as comunidades, com a cidade e com o estado onde estão inseridos os centros de estudos. Além disso, é fundamental mobilizar as consciências para o diálogo. Os cientistas interagem pouco com a sociedade. Salvo as raras exceções, pesquisadores não gostam de falar fora de seu círculo profissional, principalmente com a imprensa. Temem que sua fala seja deturpada, que sua tese não seja apresentada na íntegra e, no fundo, preocupam-se apenas com o reconhecimento por seus pares. A informação à sociedade, que é razão de seu trabalho (e base de financiamento público de seus projetos), quando existe, fica em segundo plano.

Para ter ideia, em Minas Gerais, em 2010, a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemig) executou nada menos que R$ 284 milhões, dos quais, R$ 233 milhões provenientes do tesouro estadual. O restante, R$ 51 milhões, foi obtido de recursos próprios, convênios e outras captações externas. De 2003 a 2010, o orçamento da Fapemig, que apóia estudos em diversas áreas do conhecimento e da inovação tecnológica, saltou de R$ 23 milhões para R$ 233 milhões. Ao longo de seus 24 anos, a fundação já apoiou mais de 10 mil projetos e lançou dezenas de editais. Grande parte desse patrimônio não é conhecido pela população.

Não basta que se invista em ciência e tecnologia e que se aumentem as verbas para novos editais de estudos se a sociedade continuar à margem do processo. É fundamental que o diálogo seja incentivado. Há várias ações possíveis. Promover a semana de ciência e tecnologia anualmente já é um passo, mas acanhado demais diante da vastidão de assuntos e novidades gerados pelos milhares de pesquisas produzidas no Brasil. Nos países desenvolvidos essa integração está mais consolidada. Neles, ciência é segmento que se integra de forma avançada e sem preconceitos com o setor produtivo. Além disso, são comuns as doações de cidadãos para os centros de pesquisa, como forma de apoiar e encorajar os cientistas. Não há cultura de antagonismo: os resultados da ciência são compreendidos como um bem público, mesmo quando incentivados por recursos particulares de empresas e pessoas físicas.

Incorporar a ciência na vida social obriga a rever todo o processo educacional. É preciso que as escolas se mexem, promovam mais eventos, levem os alunos aos centros de ciência – todos têm algum programa de visitas e de aproximação com a comunidade. Além disso, a figura do cientista precisa ser mais bem compreendida pelos jovens, o conhecimento científico valorizado por seu potencial civilizador, os valores da sociedade dirigidos para o bem comum (e não para o egoísmo consumista que tomou conta do mundo). A ciência é também uma forma de desenvolver o espírito público e a ética social.

Por fim, é fundamental um esforço conjunto entre cientistas e profissionais de comunicação. A imprensa precisa se sensibilizar para a necessidade de veicular informações científicas relevantes para a sociedade. Para isso, será necessário um trabalho de preparação dos profissionais de comunicação, em termos de conhecimento e capacidade de levar o saber técnico a todos. Por outro lado, os cientistas e centros de pesquisa precisam apostar na democratização do conhecimento como uma de suas tarefas e deveres de ofício. Ao lado do crescimento das publicações científicas – que já é um fato em nosso meio – é importante criar um novo cenário informativo, mais ampliado e popular, que coloque a ciência no centro das preocupações das pessoas comuns. Elas, afinal de contas, são a origem e a razão de ser da ciência.
(CRISTIANA ANDRADE, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de março de 2011, Caderno PENSARBRASIL, página 24).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de TADEU BARRETO GUIMARÃES, Diretor do Escritório de Prioridades Estratégicas do Governo de Minas, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Brasil, 200 anos

Um dos ganhos da reforma da gestão pública, iniciada no Brasil, no governo FHC, foi o fato de que essa nova agenda contribuiu para ampliar a capacidade administrativa de governar com efetividade e eficiência, voltando à ação dos servidores do estado para o atendimento dos cidadãos. Abordo esse tema porque há algumas décadas falar sobre gestão pública era algo não concebido em nosso cotidiano. Hoje, o assunto está presente de maneira rotineira nos noticiários. A gestão se tornou um tema central para os governos devido à maior exigência por serviços de qualidade frente às aceleradas mudanças sociais e econômicas pelas quais passa a sociedade contemporânea.

Mesmo que a agenda do movimento pela reforma da gestão pública no Brasil esteja claramente incompleta, percebe-se que ela produziu avanços significativos nos dois últimos mandatos presidenciais e, principalmente, em alguns estados da federação. Podemos citar os casos de Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará e, sem nenhuma parcialidade, Minas Gerais.

No exemplo de Minas Gerais, o governo estadual teve papel protagonista nessa agenda com a implementação de um novo modelo de gestão pública: a primeira onda do Choque de Gestão (2003-2006) e o Estado para Resultados (2007-2010). Agora, com as contas equilibradas e com uma gestão orientada para resultados reconhecida fora e dentro de Minas, o governo inova mais uma vez ao implementar um modelo que inclui a participação da sociedade na construção do futuro de Minas. O principal objetivo que move a Gestão para a Cidadania, a terceira geração da nossa agenda, é que no centro de tudo e de todas as políticas públicas esteja o cidadão.

Agora, a pouco mais de uma década para comemorarmos os duzentos anos do Brasil como uma nação independente, o poder público e a sociedade civil devem refletir sobre a cara que gostaríamos que a nossa nação passe a ter em 2022. Esse é o convite. Afinal, 10 anos é um tempo suficiente para que certas políticas públicas amadureçam e apresentem resultados. Devemos e podemos pensar em acelerar os resultados obtidos com a educação, na incorporação da inovação no processo produtivo, na criação de um sistema moderno de serviços públicos, no desenvolvimento regional, na integração dos esforços públicos e privados para a melhoria do ambiente urbano e da infraestrutura, em uma política social flexível com um amplo leque de ações e instrumentos, e no desenvolvimento sustentável de nosso país.

A renovação e a ampliação dessa agenda devem incluir uma mudança de paradigmas, deve passar pela construção de uma gestão mais profissional, eficaz, eficiente e de um estado cada vez mais aberto, com capacidade para atrair talentos, estruturar parcerias, engajar a sociedade, acolher boas idéias e projetos. E construir junto aos demais poderes, na busca de melhoria da qualidade de vida.

Esse diálogo será abordado durante o lançamento do livro 2022 – Propostas para um Brasil Melhor no ano do bicentenário, hoje, às 16 horas, no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), na capital mineira. A proposta do livro, uma publicação das editoras Elsevier e Campus, foi a de que 31 especialistas pensassem em caminhos e metas realistas para serem estabelecidas e possivelmente atingidas até o ano do nosso bicentenário como nação independente. O livro pretende contribuir para a necessária reflexão sobre os caminhos que podemos percorrer nos próximos anos.”

Eis, pois, mais EXPRESSSIVAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de uma MUDANÇA RADICAL na condução da VIDA do PAÍS, o que também aponta para o INDESVIÁVEL caminho da EDUCAÇÃO como PRIORIDADE ABSOLUTA das ações de GOVERNO e da SOCIEDADE CIVIL, vez que os PROBLEMAS que vivemos NÃO podem SER RESOLVIDOS com o mesmo tipo de PENSAMENTO que vem sendo TRANSMITIDO, especialmente nesses últimos DUZENTOS anos...
São GIGANTESCOS DESAFIOS que ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...