sexta-feira, 18 de março de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO INFANTIL E A TECNOLOGIA

“Tecnologia e educação

Acessar publicações da biblioteca da Oxford University no computador de casa, fazer exercícios e ser avaliado pelo professor através de gráficos de desempenho na internet e, ainda, manter relacionamento com colegas de escola por meio de redes sociais próprias das instituições. Todos esses avanços tecnológicos hoje aliados à educação cooperam para modificar a forma como as pessoas buscam conhecimento. Quanto mais inovadora e flexível a maneira de aprender, mais o estudante irá se interessar e, com isso, intensificar seu aprendizado. Para se ter ideia, recentemente foram lançadas ferramentas que aumentam em até 80% a exposição do aluno ao idioma inglês devido à leitura, à escuta e à prática da língua em programas on-line.

A cada ano cresce o número de pessoas com acesso ao computador e à internet no Brasil. São mais de 80 milhões de internautas conectados para se divertir e relacionar, mas também para estudar, trabalhar e adquirir cultura. Os educadores e gestores precisam entender que os estudantes não se contentam mais somente com os livros e as salas de aula, eles querem explorar a infinidade de recursos que a internet oferece para aprender de formas inéditas e interativas. Hoje, o aluno pode sair da aula e, enquanto volta para casa, treinar o que aprendeu ou buscar mais informações, quem sabe até ler um livro, usando o celular. Se ele ficou com alguma dúvida, pode mais tarde interagir com o professor através da rede social da escola, por exemplo.

As instituições de ensino, que no início enxergaram esses avanços como ameaças e dispersores da atenção do aluno, já começam a explorar mais as diversas ferramentas que a tecnologia oferece a favor da educação. Além de democratizar o acesso à informação, elas trazem resultados visíveis para a otimização do aprendizado. Isso porque exigem mais autonomia do aluno, ampliam suas possibilidades, permitem relembrar e colocar em prática o que foi apresentado pelo professor em sala de aula e flexibilizam o horário. Os investimentos são altos, mas o aluno está mais exigente e valoriza as escolas que conseguem proporcionar essa integração on-line e off-line em seu dia a dia.

No ensino de inglês, a importância das novas tecnologias para o aprendizado é ainda mais evidente. A assimilação do idioma se dá, principalmente, através da visão e da audição, por isso, os recursos audiovisuais são indispensáveis para que o aluno se familiarize cada vez mais com a língua. Ouvir músicas, assistir filmes, fazer pesquisas na internet, participar de bate-papos orais ou escritos em inglês, tudo isso de maneira a melhorar a fluência. A prática também é muito importante. Sendo assim, a realização de exercícios e a leitura de publicações devem fazer parte da rotina para complementar o conteúdo e ampliar o vocabulário. Estudar tem que ser prazeroso e estimulante. Para isso, nada melhor do que investir na praticidade e na interatividade do ambiente virtual, ao qual os alunos já estão acostumados e se sentem à vontade.”
(MARCIO MASCARENHAS, Sócio-diretor do Number One, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na Revista VEJA, edição 2208 – ano 44 – nº 11, de 16 de março de 2011, páginas 106 e 107, de autoria de GUSTAVO IOSCHPE, que é economista, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Universalização da educação infantil: solução ou armadilha?

Os últimos anos têm visto o florescimento de uma vasta literatura científica, multidisciplinar, que demonstra o incrível poder que os primeiros anos de vida de uma pessoa têm na determinação de uma série de fatores – da saúde à riqueza – de sua idade adulta. À medida que a pesquisa avança, nota-se que a idade para o surgimento de características importantes vai retrocedendo: sabe-se hoje que eventos da vida intrauterina têm impactos que perduram até a morte.

Esse avanço do conhecimento vem embasando uma mudança de políticas públicas, especialmente nos países desenvolvidos, no sentido de intervir cada vez mais cedo, com especial atenção às crianças de famílias mais vulneráveis. O primeiro esforço em muitos países sido começar o processo educacional já na pré-escola, atendendo crianças de 4 e 5 anos. O impacto positivo da pré-escola é amparado por literatura científica extensa. Estudos feitos no Brasil demonstram que alunos que cursaram a pré-escola têm desempenho acadêmico melhor do que aqueles que não a cursaram. Essa diferença persiste por todas as séries, e aparece também em exames padronizados como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Alunos que têm melhor desempenho tendem a gostar mais da escola e, portanto, são menos propensos a abandoná-la. Alunos que cursaram a pré-escola têm maior probabilidade de completar o ensino superior. O impacto positivo vai além da vida escolar e se estende à vida adulta. Um estudo feito no Brasil mostra que aqueles que passaram pela pré-escola têm salário 16% mais alto do que alunos que não a cursaram. Estudos americanos demonstram que a frequência à pré-escola aparece associada à diminuição das taxas de criminalidade.

Por todos esses benefícios, vários países, entre eles o Brasil, vêm cursando o caminho da universalização da educação infantil, especialmente na idade da pré-escola – antes dela vem a creche, cujos efeitos educacionais aparentam ser nulos. O Brasil avançou bastante nesse terreno. Aproximadamente 78% das crianças brasileiras estavam na pré-escola em 2009. Usando o critério da Unesco, que permite fazer comparações internacionais, tínhamos 65% de taxa de matrícula, número elevado, comparável ao de vários países líderes em educação.

Há, porém, uma diferença fundamental entre o esforço de universalização da educação infantil no Brasil e nos países desenvolvidos, onde esse movimento se deu depois de satisfeitas todas as necessidades basilares de sua educação escolar. No Brasil ele está sendo usado (e vendido à opinião pública) como a bala mágica para todas as deficiências do sistema educacional, em especial as relacionadas à alfabetização.

A experiência internacional demonstra claramente a falácia desse argumento. Nenhum dos países que deram saltos educacionais importantes nas últimas décadas teve a universalização da pré-escola como conquista anterior a êxitos na alfabetização e no ensino de modo geral. Em 1975, por exemplo, a taxa de matrícula na pré-escola na Finlândia era de 32%, na Noruega, de 13%, na Coreia do Sul, de 3%, e na Inglaterra, de 21%. Mesmo em 1980, quando muitos desses países já começavam a dar importantes sinais de melhoria de sua educação, nenhum deles punha nem metade da população na pré-escola. Na Finlândia, até há pouco o país com o melhor sistema educacional do mundo, a taxa de matrícula na pré-escola ainda em 1990 era de 33%. Vem da China o exemplo mais claro de que a pré-escola é útil, mas não chega a ser condição indispensável de sucesso para o funcionamento do sistema educacional como um todo. Em 2008, a taxa de matrícula de crianças chinesas na pré-escola era de 44%. Um ano depois, a China já liderava mundialmente o exame Pisa, que mede o conhecimento dos jovens aos 15 anos, sem tempo hábil, portanto, para que se verificasse algum benefício da pré-escola nesse fenomenal desempenho.

A expansão da pré-escola vem ganhando força no Brasil também porque os políticos gostam de inaugurar e anunciar a criação de vagas. “Mas, se os efeitos da pré-escola são positivos, que mal nisso?” O argumento é bom, mas pode ser ruinoso se expandir a pré-escola significar deixar de lado as lutas pela melhoria do ensino fundamental. A realidade mostra que existe esse risco. Em qualquer organização da iniciativa privada, por exemplo, há sempre dezenas de projetos com retorno positivo que podem ser perseguidos, mas as organizações exitosas implementam um número pequeno dessas oportunidades. As escolhas precisam ser feitas, por uma questão de estratégia e foco. Nem sempre há tempo e/ou recursos humanos suficientes para fazer tudo – e tudo benfeito. É preciso, então, priorizar aquilo que é mais importante e dá maior retorno. As organizações públicas e educacionais têm as mesmas limitações que qualquer organização humana, mas, no Brasil, acham que podem (e devem) fazer tudo ao mesmo tempo, e que conseguirão fazer tudo bem. É um engano.

Precisamos fugir da armadilha da expansão do ensino para o nível infantil por duas razões. A primeira é conceitual: há mais de dez anos, com a universalização do acesso ao ensino fundamental, nosso problema maior deixou de ser a quantidade (matrículas, vagas ou falta de verbas) para se tornar a qualidade da educação, que se traduz em melhoria da aprendizagem. Mas as reformas que produzem qualidade requerem esforços, brigas com corporações do ensino, interferência nas universidades, fim do loteamento político de cargos. Enfim, uma série de medidas que são tão importantes para o povo brasileiro quanto desagradáveis para nossos políticos e muitos professores e funcionários escolares incompetentes. Por isso, não conseguimos ainda, como país, fazer essa migração e focar na qualidade. Assim, continuamos aparecendo nas últimas posições de vários indicadores globais de educação. Já há relativamente pouco que se possa fazer, quantitativamente, pelo ensino fundamental. Se, como sociedade, conseguimos fazer com que nossos líderes se atenham a esse nível e não escapem das batalhas que importam, teremos verdadeiros e importantes avanços. Se, porém, perdermos o foco e deixarmos que as atenções se voltem para a tenra infância (hoje os de 5 anos, daqui a pouco os de 3...), perderemos mais dez ou quinze anos até finalmente descobrirmos que, ops!, apesar de todos os progressos na pré-escola, nossos alunos continuam chegando à 4ª série sem saber ler nem escrever.

A segunda razão é objetiva. Temos uma enorme e urgente batalha a travar, quase vergonhosa: precisamos alfabetizar 100% de nossas crianças até a 2ª série. Essa precisa ser uma obsessão, pois sem essas fundações sólidas não há como erguer o edifício do conhecimento. O que a experiência internacional mostra é ser perfeitamente viável – aliás, é o normal – alfabetizar crianças que não passaram pela pré-escola, já na 1ª série. Os ganhos para o país com a eliminação do analfabetismo serão muito maiores do que aqueles oriundos da universalização da pré-escola. Essa é a batalha que temos à nossa frente. Admitir distrações é quase cometer crime de guerra.

P.S. – Faltou citar, no artigo do mês passado, uma área importante na qual os pais podem ajudar o desempenho escolar de seu filho, que é o aleitamento materno. Um estudo com alunos de 10 anos de idade que acaba de ser divulgado na Austrália mostra que aqueles que tiveram aleitamento materno por seus ou mais meses apresentavam desempenho acadêmico superior. Esse e os outros estudos mencionados neste artigo estão disponíveis em twitter.com/gioschpe.”

Eis, pois, mais páginas contendo PONDERAÇÕES e REFLEXÕES que acenam para a PRIORIDADE ABSOLUTA do PAÍS: a EDUCAÇÃO – que já não se TOLERA e nem se ADMITE mais DESPIDA da QUALIDADE... Mas são esses mesmos DESAFIOS que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 16 de março de 2011

A CIDADANIA E O PLANETA COM QUALIDADE DE VIDA

“Vida com qualidade

Viver não envolve apenas escolhas pessoais. Por isso, saber conviver de maneira equilibrada e harmônica nos diferentes ambientes em que estamos inseridos é fundamental. Especialmente no ambiente de trabalho é preciso conciliar demandas, desejos e ideais para que o cotidiano seja para todos mais tranquilo, menos estressante. Abordo esse assunto para citar um tema que vem sendo discutido em todo o mundo, afetando diretamente as empresas, incluindo cooperativas. Trata-se da Síndrome de Burnout, que, em tradução literal significa combustão total ou esgotamento. Para simplificar, poderíamos interpretar como o colapso mental e físico que ocorre no ambiente de trabalho.

O assunto é, além de interessante, muito importante, porque está ligado à produtividade empresarial. No Brasil, cerca de 70% da população economicamente ativa sofre de algum tipo de estresse e, desse universo, 30% da população economicamente ativa sofre de burnout. Reconhecidamente, o mercado de trabalho hoje imprime um ritmo muito mais dinâmico e demanda pessoas multifuncionais, mas vale a pena destacar que dedicação é diferente de doença. A qualidade de vida deve ser considerada acima de tudo, porque um profissional insatisfeito e em crise dificilmente vai agregar valor ao seu redor. Daí a importância de repensar a cultura organizacional e de se conviver bem, de se relacionar bem. Em média, os brasileiros ficam muito mais tempo no trabalho que em casa. Portanto, precisam equilibrar suas rotinas de maneira a encontrar a satisfação no fim do dia. Caso contrário, tudo estará perdido. Serão movidos a morosidade, improdutividade e tristeza.

Mais uma vez, aqui percebemos uma oportunidade de firmar o cooperativismo como escolha de vida. Inseridos num segmento que se preocupa com a felicidade das pessoas, com a satisfação pessoal e profissional, reforçamos a tese de que podemos e devemos simplificar esses desafios. Afinal, nossa doutrina, na sua essência, preconiza um ambiente de trabalho solidário, aberto à criatividade, ao empreendedorismo e à valorização do ser em detrimento do ter. Um ambiente capaz de compreender as reais necessidades de seus colaboradores, cuja integração e harmonia sejam percebidas como intrínsecas ao processo de produção, favorece qualidade de vida a todos que dele participam.

Novamente, vale destacar a sabedoria e a serenidade para que não sejamos frustrados, nem tampouco tenhamos nossa saúde prejudicada. A manutenção do bem-estar de todos depende do controle emocional e psíquico de cada um e de relações equilibradas, entre procedimentos e ações, no dia a dia. Fica a dica a todos os dirigentes e profissionais para que estejam atentos não somente aos resultados, mas também à qualidade de vida, porque uma coisa acompanha a outra.”
(RONALDO SCUCATO, Presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 4 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A vida no planeta

O carnaval vai começar. Em muitos lugares, já começou e até, indevidamente, é prolongado e ultrapassado os limites do calendário. Muitos, no entanto, iluminados por outros princípios e razões, vivem um folia diferente. Não excluem a alegria que precisa fecundar a vida e mostrar sua graça. Priorizam a vivência do contentamento cultivado pela experiência da oração, do estudo, dos retiros espirituais, do contato com a natureza, do gosto pelo silêncio, o convívio familiar e as amizades. Entre essas escolhas, não poucos fazem a opção pelo estudo e aprofundamento do tema da Campanha da Fraternidade, promovida há mais de 40 anos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Gesto educativo que ilumina com a fé e os valores do evangelho a realidade social, política, religiosa e cultural de todos.

Neste ano, durante a quaresma, momento especial em que a Igreja Católica convida para atenciosa escuta da Palavra de Deus na oração, na prática do jejum e na comprometida caridade, o tema escolhido é “A vida no planeta”. A consideração da vida no planeta nasce da importante e interpeladora motivação que toca a fé cristã e a cidadania na sua nobreza. São muitos rostos sofredores por este mundo afora clamando solidariedade. O olhar lançado sobre a natureza é a referência fundamental para fazer brotar e recuperar sensibilidades. Conscientizar, em relação aos resultados, que as mãos humanas estão produzindo e contribuindo nas mudanças climáticas, que têm ocasionado sérios desastres na natureza e na vida de todos. É componente importante da cidadania o debate dos aspectos envolvendo o meio ambiente. As questões são, na verdade, muito complexas. Basta considerar as diferentes posições, não só entre ativistas e governantes, como também no meio científico. Ainda que seja razoável pensar que as mudanças climáticas seguem ciclos próprios da natureza, é inquestionável que a derrubada de florestas, a poluição produzida e outros fatores advindos das ações humanas estão incidindo sobre o planeta e interferindo nas mudanças do clima. A reflexão cidadã, portanto, tem importância e grande influência no contexto. Envolve a todos, além de fomentar um processo educativo que proporcione amadurecimento e modificações radicais no tratamento dado à natureza e a tudo o que ela oferece para o bem de todo o mundo.

Os meios de comunicação mostram e comprovam o descaso no tratamento dado à natureza, com resultados preocupantes e acontecimentos lastimáveis. Em perdas de vida e em prejuízos, que nascem até mesmo de irresponsabilidades, e condutas individuais egoístas e pouco civilizadas. A CNBB, colocando no coração da Campanha da Fraternidade a espiritualidade quaresmal, apelo veemente e amoroso de Deus à conversão, tem como meta, por meio do que é feito nas dioceses e paróquias de todo o Brasil, viabilizar melhor formação da consciência ambiental. Isso, para que todos possam assumir, nas diferentes etapas da vida, suas responsabilidades próprias, com as respectivas consequências éticas. Há urgência, considerando-se o conjunto da sociedade mundial, em alcançar índices de maior conscientização sobre esse problema. Neste sentido, a Campanha da Fraternidade investirá na mobilização de pessoas, comunidades, igrejas, segmentos religiosos, enfim toda a sociedade, para avançar na superação de tantos problemas socioambientais, formando condutas fundamentadas nos valores do evangelho. Nesse processo de educação ambiental quer também desenvolver a profecia que está no centro dessas considerações. Suscitar posturas corajosas de denúncias, apontando responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes de equivocadas escolhas e das atitudes de cidadãos, empresas e governos.

E inquestionável que muitas atividades do ser humano incidem nas mudanças que estão vitimando o planeta. O convite à conversão é oportuno e necessário, podendo alcançar o mais recôndito do coração humano até inspirar mudança de conduta, particularmente em relação a posturas, tratamentos e consumo dos bens da natureza no nosso rico planeta Terra. Permanece o desafio de repensar o atual modelo de desenvolvimento, em razão de comprometimentos produzidos. E também da fomentação de modos de viver e da criação de demandas que estão configurando uma cultura na contramão da vida saudável e mais autêntica. A agenda de temas pertinentes em face de mudanças significativas é ampla, inclui questões em torno da água, do tratamento de biomas, do êxodo rural, dos escândalos da miséria, da sustentabilidade como novo paradigma civilizacional. O desafio é tão grande que pode levar muitos a fechar os olhos. É preciso abrir a mente e o coração para o forte apelo que ressoará mais potente no tempo da quaresma, o convite de Jesus: “Convertei-vos!”.”

E, neste preciso momento, uma NUVEM DE MEDO, vindo particularmente do JAPÃO, cobre o nosso PLANETA... E todas essas OPORTUNAS ponderações, REFLEXÕES e APELOS mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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segunda-feira, 14 de março de 2011

A CIDADANIA, A LIBERDADE DE IMPRENSA E A BOMBA-RELÓGIO

“BOMBA-RELÓGIO DE R$ 128 BI

Ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, dá ordem para que todos os ministérios reduzam drasticamente os restos a pagar. Prefeituras e parlamentares vão ter que se contentar com menos.

Brasília – Com a experiência de quem comandou a economia brasileira no início do governo Lula, o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, se dedica este ano à tarefa de desarmar uma bomba-relógio que já começa a provocar estragos e descontrole nas contas públicas: os restos a pagar, que representam hoje um orçamento paralelo. O valor total inscrito este ano chega a R$ 128,6 bilhões, um recorde espalhado por toda a Esplanada e que atinge quase todos os programas do governo federal. Em algumas áreas, como o Ministério das Cidades, a bomba já explodiu. Lá, o total de restos a pagar inscritos é de R$ 18 bilhões, maior do que o limite que o ministro Mário Negromonte recebeu para gastar em 2011, R$ 12 bilhões.

Palocci já se preocupava com a bola de neve ladeira abaixo que representava o total de restos a pagar quando assumiu o ministério da Fazenda, no início do governo Lula. Tanto é que conseguiu, em 2004, baixar o valor pago em 2005 para R$ 21,6 bilhões. Mas, em 2005, o total a ser quitado em 2006 voltou a subir para R$ 41,4 bilhões e não parou mais. “O orçamento virou a escolha de Sofia: ou se realiza o que vem de restos a pagar ou o Orçamento do ano em curso”, comentava dia desses o senador Jorge Viana (PT-AC), que já foi governador e sabe o que representa um orçamento paralelo elevado.

Do total de restos a pagar, o governo deixou uma parte pelo caminho ao editar o decreto com os limites de gastos para cada ministério. Dos R$ 97 bilhões que vêm de despesas contratadas em 2010 e R$ 30,9 bilhões em anos anteriores, apenas R$ 77 bilhões estão detalhados na legislação. Restam R$ 51 bilhões, dos quais uma boa parte – R$ 38 bilhões – já foram cancelados seguindo recomendação da Casa Civil e do Ministério do Planejamento.

Nestes dois primeiros meses de 2011, o governo já pagou R$29,4 bilhões. Tem de tudo um pouco. Os serviços de infraestrutura hídrica – barragens, açudes – têm R$ 770 milhões em restos a pagar pendentes, segundo dados do Sistema de Administração Financeira da União (Siafi). Na área de saneamento, R$ 1 bilhão. Segurança de vôo, R$ 568 milhões, dos quais
R$ 482 milhões ainda não foram pagos.

Das despesas de anos anteriores a 2010, a maioria se refere a emendas de deputados e senadores. “Muitos parlamentares têm emendas de 2007 que não foram processadas até hoje e há um decreto que cancela tudo que não for empenhado até 30 de abril. Como não há perspectiva de processamento, todas as emendas de 2007, 2008 e 2009 que ainda não foram empenhadas perderão validade”, reclama o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), referindo-se ao decreto editado em 31 de dezembro, que permite ao governo cancelar essas despesas.

A reclamação de Benevides é geral, uma vez que só os valores de restos a pagar do Ministério da Saúde e do PAC não correm o risco de cancelamento. Em assistência farmacêutica, por exemplo, há R$ 1 bilhão inscritos em restos a pagar, dos quais R$ 548 milhões constam como pendentes de pagamento. O governo, entretanto, não dirá de chofre aos parlamentares que emendas estão canceladas. A ideia é deixar uma parte contingenciada para administrar a política. Afinal, afirmam os líderes, quem tem expectativa de conseguir para as “bases” – como os deputados chamam os pequenos municípios – sempre vota com o governo. E se essa perspectiva de conseguir emplacar a emenda acabar de vez, a área econômica vai gostar, mas a política não terá mais massa de manobra. Por isso, avisam alguns, a ordem de Palocci e da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, é de cancelar o que der para aliviar a pressão sobre o caixa, mas nem tudo, de forma a deixar uma margem para negociar com os congressistas. Afinal, dizem os técnicos, com orçamento também se faz política. (Colaborou Josie Jerônimo).”
(DENISE ROTHENBURG, em reportagem publicada no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de março de 2011, Caderno POLÍTICA, página 3).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 7 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Professor de ética, doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Dilma e a liberdade de imprensa

Na celebração dos 90 anos da Folha de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff, armada de um texto sem ambiguidades, resgatou o clima de respeito e de compreensão que, em prejuízo da necessária independência, deve caracterizar a convivência entre o poder público e a imprensa numa sociedade democrática. “Uma imprensa livre, pluralista e investigativa é imprescindível para um país como o nosso. (...) Devemos preferir o som das vozes críticas da imprensa livre ao silêncio das ditaduras”, disse a presidente da República no evento comemorativo de um importante jornal. Essas mesmas palavras ela já havia dito quando, recém-eleita, pronunciou seu primeiro discurso.

O pronunciamento feito na Sala São Paulo diante de uma plateia de 1,2 mil convidados teve forte carga simbólica. Dilma, de fato, assumiu um inequívoco compromisso com a liberdade de imprensa e de expressão. E sinalizou uma positiva ruptura com o passado recente de permanente ataque à liberdade de imprensa, ao jornalismo independente e aos formadores de opinião. Esta coluna, com frequência, criticou a então candidata Dilma Rousseff, sobretudo por sua suposta atuação na primeira edição do 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Mas a honestidade intelectual e o dever de isenção, pré-requisitos de quem pretende fazer jornalismo ético, me obrigam a reconhecer o saldo francamente favorável do início do governo de Dilma Rousseff.

Sua posição em relação ao Irã e às ditaduras que pisoteiam os direitos humanos está bem distante da ambiguidade do governo anterior. Sua firmeza na questão do novo salário mínimo também foi emblemática. Dilma, não obstante as dificuldades de navegação nas águas da política fisiológica, demonstra autoridade e rapidez de decisão. Agora, a presidente da República manifesta clara percepção da importância do pluralismo informativo e da investigação jornalística como cimento da democracia. “A multiplicidade de pontos de vista, a abordagem investigativa e sem preconceitos dos grandes temas de interesse nacional constituem requisitos indispensáveis para o pleno usufruto da democracia, mesmo quando são irritantes, mesmo quando nos afetam, mesmo quando nos atingem. E o amadurecimento da consciência cívica da nossa sociedade faz com que tenhamos a obrigação de conviver de forma civilizada com as diferenças de opinião, de crença e de propostas”. Há muitos anos não se ouviam, por parte do chefe da nação, declarações tão claras e diretas sobre os fundamentos da democracia e o papel da imprensa.

A imprensa, de fato, desempenha importante papel na recuperação da ética na vida pública. Certos políticos, no entanto, não costumam perder o sono com rotineiro descumprimento da palavra empenhada. Afinal, para muitos deles, infelizmente, a política é a arte do engodo. Além disso, contam com a amnésia coletiva. Ao jornalismo cabe assumir o papel de memória da cidadania. Precisamos falar do futuro, dos projetos e dos planos de governo. Mas devemos também falar do passado, das coerências e das ambiguidades. Para certos políticos, imprensa boa é a que fala bem. Jornalismo que apura e opina com isenção, incomoda e deve ser amordaçado.

Não é a visão da presidente da República. Felizmente. Dilma Rousseff demonstrou clara percepção da importância da imprensa ao reiterar seu “compromisso inabalável com a garantia plena das liberdades democráticas, entre elas a liberdade de imprensa e de opinião”. E foi assertiva: “Um governo deve saber conviver com as críticas dos jornais para ter um compromisso real com a democracia. Porque a democracia exige, sobretudo, este contraditório, e repito mais uma vez: o convívio civilizado, com a multiplicidade de opiniões, crenças, aspirações”.

A consciência da necessidade do contraditório, de pesos e contrapesos que garantam o equilíbrio da convivência democrática, ficou muito clara no discurso presidencial. Igualmente, a noção do papel insubstituível da imprensa livre e independente como garantia de transparência nos assuntos de interesse público. Os jornais comprometidos com o interesse público precisam de ampla liberdade para investigar, apurar, informar e opinar. A liberdade é o oxigênio da democracia. O discurso de Dilma foi um bom começo.”

E, assim, é sempre SALUTAR a especial e CÍVICA observância da Constituição Federal/88, quando particularmente reiteramos o enunciado do seu artigo ALUSIVO ao trato da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:

“Art. 37. Administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: ...”

Merece, também, evocarmos o enunciado da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei 101/2000):

"Seção VI

Dos Restos a Pagar

Art. 41. (Vetado)

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja disponibilidade de caixa para este efeito.

Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas para este efeito."

E nesse DIAPASÃO nos MOTIVAMOS e nos FORTALECEMOS nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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sexta-feira, 11 de março de 2011

A CIDADANIA, A JUVENTUDE E A INTERNET

“De olho nos deputados

Deputados federais que os eleitores mandaram para representá-los em Brasília e que ocultavam a expectativa de se valer da distância ou do fato de serem pouco abordados pela mídia para votar projetos que seriam reprovados pelas bases podem pôr as barbas de molho. As dificuldades que tradicionalmente tinham os eleitores de acompanhar as espertezas e a participação dos eleitos em arranjos feitos no escurinho dos gabinetes começam a ser derrubadas pela democracia irrefreável da internet. Um grupo de alunos do curso de Gestão Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) criou um site para acompanhar de perto cada passo, cada voto, cada atitude dos 53 deputados membros da bancada mineira na Câmara dos Deputados. Com o nome de “Adote um deputado federal mineiro”, o site está convidando outros estudantes e qualquer cidadão interessado na moralização da política brasileira a participar. A iniciativa é mais do que oportuna e tem tudo para alcançar o sucesso do movimento que aprovou a Lei da Ficha Limpa ano passado.

Reportagem do Estado de Minas de hoje revela que o site dos universitários mineiros é inspirado no projeto “Adote um vereador”, que funciona acompanhando os representantes do povo na Câmara Municipal de São Paulo. Assim como o projeto paulista, idealizado pelo Instituto Ágora, organização não-governamental sem fins lucrativos (ONG), o site mineiro, aberto há um mês, está à procura de padrinhos para cada deputado federal por Minas Gerais. Mas quem quiser apenas colaborar com dados, fotos reveladoras e informações para enriquecer e reforçar a credibilidade do site também será aceito. Os primeiros padrinhos não escolheram apenas os deputados em quem votaram. Houve quem adotasse parlamentar desconhecido, mas que representa comunidades onde vivem amigos e parentes do padrinho.

A disponibilização cada vez mais frequente de dados a respeito dos deputados em sites oficiais como os do próprio Congresso Nacional e do Judiciário, além do material publicado pela imprensa e divulgado pelos vários portais de transparência, devem facilitar o trabalho dos padrinhos. A evolução do patrimônio pessoal do parlamentar e quem financiou sua campanha eleitoral, por exemplo, serão facilmente apurados. Mas é com a capacidade de disseminação dos instrumentos da internet que os maus deputados devem se preocupar. É em grande parte devido a esse rastilho eletrônico que impensáveis reações populares estão derrubando ditaduras no Norte da África e do Oriente Médio. Mais preocupados com as vantagens que podem auferir por adotar comportamento e seguir orientação nem sempre adequados ao país e ao povo, certos deputados correm o risco de não perceber que é em iniciativas como a dos jovens da UFMG que se encontram os caras-pintadas do século 21. Sempre generosa e ávida de manifestar sua vontade de mudar as coisas, a juventude chega em boa hora para refrescar o ambiente político. Dela nada devem temer os bons, mas os maus que se preparem para a transparência dos novos tempos.”
(EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 8).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 9 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de ALUIZIO BARROS, Professor do mestrado em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local do Centro Universitário UNA, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Juventude e internet

O acesso de nossas crianças e adolescentes aos serviços proporcionados por aparelhos tecnológicos como telefones celulares, computadores e outros eletrônicos portáteis (mp3, ipod etc.) representa um fenômeno social novo na preocupação de pais, educadores e formuladores de políticas públicas. Uma ampla pesquisa realizada nos Estados Unidos pela Kaiser Family Foundation revelou que os jovens gastam, em média, sete horas e 38 minutos por dia com o uso de mídia de entretenimento (incluindo programas de televisão, videogames, música e internet). Esse tempo concorre, portanto, com as horas de sono da população de 8 a 18 anos, que foi objeto da pesquisa. Ao dimensionar o tempo do jovem com mais de uma atividade ao mesmo tempo (por exemplo, ouvindo música e redigindo uma mensagem), a pesquisa chegou ao total de 10 horas e 45 minutos por dia.

Faltam pesquisas no Brasil sobre o tema, mas ninguém tem dúvidas de que o fenômeno vem ocorrendo aqui com grande intensidade, apesar do alto custo dos serviços e de sua baixa qualidade. Nossas crianças e adolescentes estão despendendo grande quantidade de tempo na internet ou no celular. Que impacto isso terá em suas vidas e, especialmente, em suas formações? O estudo da Kayser Family Foundation, cujo título é Generation M2: Media in the Lives of 8- to 18- Year-olds, encontrou uma correlação entre uso intensive da mídia e notas baixas na escola. Contudo, não se pode dizer que haja uma relação de causa e efeito. O estudo teve a limitação de não fazer distinção entre as diversas atividades do jovem no uso da mídia. Redigir um texto ou editar um vídeo requer de uma pessoa algo diferente do que ver televisão ou ouvir música.

Há evidência de que a leitura na internet ajuda a melhorar o desempenho dos estudantes. O Pisa, exame internacional de avaliação de desempenho de estudantes, comparou o desempenho na habilidade de leitura dos alunos que leem mais na internet com aqueles que leem menos. A nota média dos 25% dos alunos que mais leem on-line é 18% maior no Brasil e 8% maior na média dos países mais desenvolvidos na comparação com a média dos 25% dos alunos que leem menos.

Mas desempenho em testes acadêmicos é apenas um dos impactos do mundo digital nos jovens. Pesquisadores da Universidade da Califórnia estudaram por mais de três anos o uso de mídia pela juventude (Living and learning with new media) buscando explicações por que os jovens dão tamanha importância às novas tecnologias. O estudo argumenta que o mundo digital está criando novas oportunidades de o jovem socializar-se, explorar interesses, desenvolver qualificações técnicas e experimentar com novas formas de autoexpressão. Isso implica aprender além da educação tradicional e não conflita com uma plena participação na sociedade contemporânea. O desafio para nós, pais e educadores, não é apenas desenvolver as potenciais oportunidades de aprendizado por meio dos recursos on-line e das redes disponíveis, mas também encontrar novas maneiras de pensar sobre o papel da educação. Ao invés de considerar que educação é principalmente preparar para empregabilidade e carreiras, o estudo sugere pensá-la como um processo de orientar a participação mais geral dos jovens na vida pública.”

Eis, portanto, mais ponderações e REFLEXÕES que acenam para os CRESCENTES e ABRANGENTES e, certamente, novos DESAFIOS que a EDUCAÇÃO e PARTICIPAÇÃO da JUVENTUDE estão a EXIGIR das POLÍTICAS PÚBLICAS que, mais ainda, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 9 de março de 2011

A CIDADANIA, AS REFORMAS E A BUSCA DA FELICIDADE

“Reforma política

Quando entra em cena o problema da reforma política todos concordam em implementá-la. Há mais de 15 anos vários projetos se arrastam pelas serventias do Congresso sacudidos por controvérsias demagógicas umas, impertinentes outras. Salvo algumas exceções, as propostas passam ao largo da reordenação de certos modelos institucionais a partir do Estado. Tratam, a rigor, de questões paroquiais, quando subjazem anormalidades prejudiciais ao funcionamento mais justo e eficaz do regime democrático.

O sistema de freios e contrapesos (cheks and balances), que conforma a distribuição tripartite dos poderes, permanece cópia fraudulenta de princípio secular do constitucionalismo norte-americano. Aqui, as prerrogativas atribuídas ao presidente da República o transformam em único árbitro quanto à identificação das demandas da sociedade e a forma de atendê-las. Por regra, age como administrador solitário. Quando não pode fazê-lo – afinal há regras que impedem o exercício totalitário do poder – implementa decisões mediante edição de medidas provisórias.

O instituto de medida provisória, como todos sabemos, é típico do sistema parlamentarista, estampado na Constituição italiana de 1946. É excrescência no presidencialismo. No Brasil, o presidente da República pode requerer urgência à aprovação de projetos com base no artigo 64, § 1º da Constituição (prazo de 45 dias para cada casa do Congresso). Deslocada do parlamentarismo, a MP fere o regime democrático. Apenas enseja coação ao Poder Legislativo e abre espaço a negociações obscenas.

Já o processo eleitoral, no tocante ao preenchimento dos postos legislativos, contém disfunções aberrantes. O princípio do quociente eleitoral que indica quantos candidatos um partido pode eleger conduz a dois efeitos perversos. De um lado, o excesso de votos atribuídos a um postulante é consignado à legenda. Assim, concorrentes rejeitados nas urnas por insuficiência de votos podem ser eleitos. De outro, candidatos com número superior de votos não chegam às casas legislativas, caso não tenham atingido o quociente. O princípio da escolha em desconsideração ao sufrágio majoritário retira legitimidade ao poder.

Reforma política pressupõe reestruturação do Poder Judiciário. O sistema fundado em quatro graus de instâncias revisionais configuram estruturação paquidérmica. Sugere questão que necessita ser resolvida. Recursos são quase inifinitos porque há quatro cortes superiores para acolhê-los? Ou há mais tribunais porque há excessivo número de recursos? De qualquer modo urge pesquisar e planejar para que, em função de mudanças estruturais, se ajuste a Justiça em engrenagem operacional mais eficaz. Parece importante discutir se a múltipla hierarquização da Justiça não figura entre as causas de sua lentidão.

Como também parece fundamental retirar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a incumbência de julgar crimes comuns de dignitários políticos, como o presidente e vice da República, parlamentares federais, ministros de Estado e outras autoridades. Nas democracias consolidadas, os acusados por delitos criminais são julgados por órgãos de base do Judiciário. Vale lembrar, ainda uma vez, que, acusado de assédio sexual a uma funcionária da Casa Branca, o então presidente dos EUA Bill Clinton respondeu ao processo em unidade judicial de primeira instância. E sacou do bolso
US$ 8 milhões para pagar honorários advocatícios.

Aqui desenha-se apenas pequeno painel das anomalias que colocam a reforma política na agenda prioritária da República;”
(JOSEMAR DANTAS, ADVOGADO E JORNALISTA, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de março de 2011, Caderno DIREITO & JUSTIÇA, página 2).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição e caderno, página 3, de autoria de ADRIANO MARTELETO GODINHO, Professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), mestre em direito civil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutorando em Ciências Jurídicas pela Universidade de Lisboa, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A PEC da Felicidade e a ineficácia dos direitos

Recentemente, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou a denominada PEC da Felicidade (Proposta de Emenda à Constituição de 19, apresentada em 7 de julho de 2010). De acordo com a emenda do texto, elaborado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a proposta tem por objeto alterar o artigo 6º da Constituição da República, “para incluir o direito à busca da felicidade por cada indivíduo e pela sociedade mediante a dotação pelo Estado e pela própria sociedade das adequadas condições de exercício desse direito”.

Se for de fato aprovada, a proposta passará a incluir a busca da felicidade entre os direitos e garantias fundamentais do cidadão. Com a nova reforma, o artigo 6º do texto constitucional passará a ser o seguinte: “São direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.

Curiosamente, a redação desse mesmo dispositivo já havia sido alterada em outras duas ocasiões. A Emenda Constitucional 26, de 14 de fevereiro de 2000, cuidou de acrescentar o direito à moradia; por sua vez, a Emenda Constitucional 64, de 4 de fevereiro de 2010, incorporou a alimentação ao texto da Carta Magna. Essa pode ser, a terceira vez que o rol dos direitos sociais será alargado.

Segundo nota divulgada no portal do Senado na internet, a PEC da Felicidade não obrigaria o governo a criar projetos para garantir a felicidade dos cidadãos. O objetivo, segundo seu autor, seria “carimbar no imaginário da sociedade a importância da dignidade humana”. No texto elaborado para a justificação do projeto, estipulou-se que “a busca individual pela felicidade pressupõe a observância da felicidade coletiva. Há felicidade coletiva quando são adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade, ou seja, justamente os direitos sociais – uma sociedade mais feliz é um sociedade mais bem desenvolvida, em que todos tenham acesso aos básicos serviços públicos de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer, entre outros”. Eis, portanto, a justificativa para que se imprima à Constituição mais uma entre as diversas emendas aprovadas desde a edição do seu texto original, em 1988.

Não se coloca em questão que a busca da felicidade deve orientar não apenas o comportamento individual de todos os membros da sociedade, mas também a elaboração e o cumprimento das políticas públicas, que deve ser capazes de assegurar a todos os cidadãos a promoção de uma sociedade livre, justa e solidária, como, aliás, já determina o artigo 3º, inciso I, da Constituição da República.

O que se põe em pauta é identificar se a mudança proposta realmente ajuda a promover a “felicidade geral da nação”, ou se não se cuida, na verdade, da previsão de mais uma suposta garantia que, a exemplo de tantas outras, encontram lugar apenas no texto frio da lei, passando à margem da sociedade brasileira, que se sente, ao contrário do que se prevê a Constituição, cada vez mais deseducada, insegura e indigna.

Vivemos numa sociedade em que tudo se oferece ao cidadão comum. O “direito à felicidade” parece se abrir por todos os meios. Sentimo-nos lisonjeados pela propaganda, inclusive estatal, que aparentemente nos assegura toda a felicidade que merecemos. Se é assim, por que não conseguimos ser felizes?

O empolamento dos direitos e garantias asseguradas pelas normas constitucionais e infraconstitucionais não nos confere mais do que uma falsa aparência de segurança. Para todo tipo de direito ou pretensão imagináveis temos um ordenamento que, generoso na elaboração de normas jurídicas, teoricamente nos resguarda e nos protege contra tudo e contra todos. E é este o problema que se coloca: a teoria não corresponde à prática.

Paradoxalmente à propaganda que falsamente nos oferece eterna felicidade, e que agora pode ser incorporada à norma mais elevada do ordenamento jurídico, a realidade a que se submete a sociedade brasileira é outra: vivemos à mercê da barbárie, porque somos reféns da violência que assola o país como um todo; submetemo-nos a um sistema público de saúde falido, cruel e desumano; ainda convivemos em meio ao desemprego e à miséria de muitos, já que, apesar dos recentes progressos sociais, ainda estamos muito distantes de erradicar a pobreza no Brasil; finalmente, somo um país de analfabetos, em que pesem os nada convincentes números que tentam provar o contrário.

Para que se promova a felicidade em favor de todos os brasileiros, é dispensável enunciá-la como mais um dos incontáveis direitos que, como bem ressalta a emenda da PEC em apreço, ficará relegado apenas ao imaginário da população. A fórmula da felicidade, senhores parlamentares e gestores da coisa pública, passa por outro caminho: basta que o Estado assegure aos seus cidadãos, como já determina a Constituição, a dignidade, a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança e a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade e à igualdade. Se todos esses valores passarem da mera previsão legislativa à efetiva concretização, alcançaremos todos a tão almejada felicidade, ainda que o texto constitucional permaneça omisso a respeito.”

Merece repetir e DESTACAR e grifar: “NÃO SE COLOCA EM QUESTÃO QUE A BUSCA DA FELICIDADE DEVE ORIENTAR NÃO APENAS O COMPORTAMENTO INDIVIDUAL DE TODOS OS MEMBROS DA SOCIEDADE, MAS TAMBÉM A ELABORAÇÃO E O CUMPRIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS”... E esse especial DESAFIO nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um novo mundo, da PAZ e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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segunda-feira, 7 de março de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A GERÊNCIA E A VOCAÇÃO

“Enem dos professores

Parece fora de dúvida que a qualidade do ensino em qualquer país está diretamente relacionada com a dos professores. Estudos internacionais comprovam que os países que conseguem os melhores resultados na escolarização de crianças e jovens contam com média elevada de preparação e com reciclagem frequente de seus docentes. Relegada há décadas pela sociedade e pelos governos à condição de problema de menor importância, a atividade profissional de quem se dedica a enfrentar uma sala de aula há muito deixou de despertar o interesse dos jovens. Esquecido e mal pago, o professor tem hoje uma carreira preterida pela maioria dos brasileiros que chegam a um curso universitário. Estudo de 2008 da Fundação Lehman constatou que apenas 5% dos alunos que ficaram entre os 20% mais bem colocados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) daquele ano cogitavam trabalhar como docentes. Não é sem motivo que 16,8% dos professores do 6º do ensino fundamental ao 3º do médio da rede pública em todo o país, segundo dados do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais (Inep), têm preparo inferior ao exigido pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Em seis estados – Bahia, Acre, Maranhão e Roraima, Pará e Alagoas –, pelo um terço dos docentes desse nível não concluiu um curso superior. Nenhum estado escapa dessa deficiência que, em Minas Gerais, chega a 10,41% do professores.

Diante desse quadro e cansado de dar vexame em todas as pesquisas e comparações internacionais sobre desempenho educacional em todos os níveis de ensino, era de se supor que as autoridades brasileiras já tivessem planos e programas preparados para atacar de frente e com urgência essa deficiência. Em vez disso, o Ministério da Educação (MEC) insiste na ideia de “ajudar” os estados a selecionar melhor seus mestres, por meio de uma espécie de “Enem dos professores”. Portaria publicada quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU) institui esse exame, que, por enquanto, é de livre adesão de estados e municípios. A ideia é aplicar um teste único em todo o país e, a partir do desempenho dos candidatos a uma vaga de professor na rede pública, seria montado um banco de dados de profissionais teoricamente aptos a lecionar dos ensinos fundamental e médio.

Além da experiência recente do Ministério da Educação em Enem não sugerir boas expectativas, parece inoportuna tal iniciativa. Ela parte do pressuposto de que a grande dificuldade dos estados e municípios está em selecionar os melhores professores entre um imaginário vasto leque de opções de alta qualidade à disposição das secretarias de Educação. Qualquer um que faça o esforço de deixar os gabinetes de Brasília para conhecer de perto a realidade vai descobrir que o problema é outro. O que falta é salário para atrair e manter os que abandonam sua vocação para o magistério em troca de outras carreiras. E, para os que já estão no magistério, ao salário adequado é preciso acrescentar o acesso facilitado a cursos de atualização e aperfeiçoamento, uma boa maneira de valorizar e tirar partido da experiência desses mestres, que já demonstraram dedicação apesar do abandono a que têm sido relegados.”
(EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 6).

Mais uma IMPORTANTE e também PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de GILSON E. FONSECA, Consultor de empresas, que merece INTEGRAL transcrição:

“Gerência e vocação

No século 19, com a grande industrialização em várias partes do mundo, Taylor, Fayol e Ford se destacaram com inovações gerenciais. O primeiro é considerado o pai da administração científica ao utilizar métodos cartesianos na gerência de empresas; o segundo contribuiu muito sobre as vantagens da supervisão funcional e a unidade de comando; e o terceiro, empresário brilhante, foi o pioneiro na produção de automóveis em série. Com o crescimento tecnológico exponencial, na segunda metade do século 20, livrarias lançaram inúmeros livros de sucesso sobre gerência, pois, dado o interesse do tema, compradores não faltavam. Lee Iacocca foi o executivo mais badalado, nesse período, ao salvar a Chrysler da falência.

Mesmo com farta literatura, cursos acadêmicos, seminários etc., não deixamos de constatar a incompetência gerencial, porque nem sempre os cargos são alcançados por vocação. Gente despreparada encontramos em qualquer área. Entretanto, pela importância, visibilidade e conseqüência, penso que nada se compara à área gerencial. Nas repartições públicas, onde a maioria das promoções é política e não meritória, a situação é pior. Na saúde pública, a mídia não se cansa de denunciar falhas administrativas, como falta de suprimento nos hospitais e ambulatórios que poderia salvar vidas, e tantas outras mazelas. Conceito mais interessante de gerência: “Gerenciar é obter resultados positivos, utilizando as pessoas”. Dessa forma, não há nenhum preparo científico, mesmo os cursos de doutorado que, sozinhos, superam a intuição e/ou o tino gerencial. Liderança democrática, a que é duradoura, capacidade de interação, empatia, visão de futuro etc., muitas vezes ganham do conhecimento, pois ao gerente eficiente compete explorar o preparo dos outros para retirar deles tudo aquilo que trará vantagens à corporação. O comando e controle que Fayol tanto pregava parece que traíram o empresário Sílvio Santos, até então considerado um gênio dos negócios. A derrapada do Banco Panamericano foi uma surpresa para todo o mercado, sobretudo pela magnitude do rombo contábil.

Sucessão consangüínea por si só é problemática, sobretudo pelas vaidades e ciúmes entre os pares, que, muitas vezes, valorizam mais o confronto do que a cooperação, e aí todos perdem. A maioria dos empresários sonha ver seus filhos suceder-lhe à frente dos seus negócios, independentemente de suas vocações. Procura dar-lhes a melhor formação acadêmica, com cursos até no exterior, mas fecha os olhos para as características que o gerente tem que ter. Quando há mais emoção do que razão, as providências são lentas ou deixam de ser tomadas. Portanto, o gestor eficiente não só cria, como enxerga os mecanismos de alerta para a correção de rumos quando há evidências de falhas. Quem não ouve seus auxiliares é sempre autossuficiente, não vai enxergar os sinais amarelos e deixa a empresa entrar no vermelho. O resultado pode ser a falência.”

Eis, portanto, mais páginas eivadas de REFLEXÕES e com GRAVE aceno à NECESSÁRIA e URGENTE priorização e PROBLEMATIZAÇÃO da GESTÃO DA EDUCAÇÃO, que por isso mesmo nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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sexta-feira, 4 de março de 2011

A CIDADANIA, A LIBERDADE E A MODERNIDADE

“Tsunami modernizador

Quem tiver olhos para enxergar vai perceber que o tsunami popular e democrático que se alastra sobre o mundo árabe, dissolvendo governos autoritários e retrógrados, é um claro recado a ser compreendido em outras partes do mundo. Cidadãos, em qualquer canto do planeta, querem liberdade para trabalhar, produzir, crescer e conquistar qualidade de vida. Neste quesito, certamente, muito temos a caminhar no sentido de erradicar práticas inaceitáveis neste começo de século 21. A ditadura da burocracia, com todos os seus males, e a insistência do Estado em tutelar as relações entre cidadãos e agentes do setor produtivo estão entre elas.

Na verdade, o Estado brasileiro oscila e vacila entre o moderno e o atrasado. O firme posicionamento do governo na definição do novo salário é o exemplo positivo mais recente, pois, embora nenhuma influência tenha sobre o setor produtivo, que já paga muito mais, um aumento irreal representaria um golpe insuportável para milhares de prefeituras municipais e para as contas da Previdência Social. Os exemplos negativos são muitos e pelo menos dois estão na ordem do dia. Um deles é a insistência do Ministério do Trabalho em instituir, por meio de simples portaria, o relógio de ponto eletrônico. Chega a ser surreal: a decisão de uma pessoa, no máximo de um grupo de pessoas, atropela a legislação vigente e acordos firmados entre trabalhadores e empregadores, homologados em tribunais e, portanto, com força de lei.

Na mesma linha, avança a campanha absolutamente extemporânea que visa a recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), agora com o nome de Contribuição Social para a Saúde (CSS). Trata-se de rematado equívoco e absoluta demonstração de desprezo – com o cidadão e contribuinte brasileiro e também com a eficiência fiscal, que pressupõe carga tributária justa e alta qualidade na sua destinação. Do ponto de vista técnico, inúmeros fatores confirmam a má qualidade da CPMF como tributo – incidência em cascata, caráter regressivo, efeitos perversos sobre o custo Brasil e impacto sobre a competitividade das cadeias de produção do país. O mais grave, no entanto, é o desrespeito ao cidadão brasileiro: a CPMF foi claramente rejeitada pela sociedade brasileira e pelo próprio Congresso Nacional, que, em votação histórica, decretou sua extinção em 2007.

Mais um exemplo é a proposta que vem sendo urdida desde a campanha eleitoral para criar o Ministério da Micro e Pequena empresa, quando, na verdade, tudo de que precisam empresas e empreendedores destes segmentos é de desoneração do investimento e acesso a crédito sem burocracia – também precisam de ordens de compra na carteira que lastreiem a sua produção. Indústria que tem encomendas na carteira não precisa de incentivo fiscal, nem de cursos de gestão, pois descobre, no dia a dia, que tem que ser eficiente, ter qualidade e preço compatível. Sabe, muito bem, que, se não for capaz de reunir esses atributos, o mercado cuida dela.

Na verdade, a conquista da competitividade é o grande desafio brasileiro – e não há nenhuma dúvida de que o grande inimigo da competitividade são exatamente as práticas atrasadas e a burocracia em todas as variáveis que elevam o custo Brasil e condicionam o desempenho da economia. A burocracia esteriliza os esforços, a energia e a sinergia realizados no país em favor do desenvolvimento sustentado, ou seja, que gera crescimento econômico, transformação e inclusão social. Em um mundo de economia globalizada e de concorrência cada vez mais acirrada, a burocracia potencializa os problemas em todas as áreas: na operação do sistema tributário; na do crédito e financiamento; na legislação ambiental; nas relações trabalhistas; no combate à corrupção; e na definição de marcos regulatórios indispensáveis à atração de investimentos. Também em todas as esferas – nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário – e nas três instâncias de poder – União, estados e municípios.

O exemplo definitivo vem exatamente da área tributária. Dados do Instituto Brasileiros de Planejamento Tributário (IBPT) mostram que desde a promulgação da Constituição de 1988 foram editadas no país mais de 3,7 milhões de normas pelos governos federal, estaduais e municipais. Desde total, aproximadamente 250 mil são normas tributárias. Outro estudo, da PriceWaterhouse Consultores, de 2008, põe o Brasil em penúltimo lugar entre 178 países analisados quanto à complexidade de suas normas tributárias. Segundo esse trabalho, uma empresa de porte médio chega a despender 2,6 mil horas/ano – 108,3 dias – para se manter em dia com o fisco. Como se vê, precisamos, com certeza, de um tsunami modernizador.”
(OLAVO MACHADO, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Sistema Fiemg), em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 2 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de FLÁVIO CONSTANTINO, Professor de economia da PUC Minas, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O valor da liberdade lá e aqui

Os conflitos que estão ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África ilustram, mais uma vez, como é difícil conciliar crescimento, liberdade e prosperidade. E, diferentemente do passado, as pressões estão mais difíceis de ser controladas, não por causa dos armamentos e do poder das forças, mas por causa de outro instrumento, a tecnologia da informação, essa “estranha” combinação entre telecomunicações, hard e software. Velocidade tornou-se o grande problema para os governos ditatoriais, que devem estar arrependidos agora de não terem lido os trabalhos de Sem – Desenvolvimento como liberdade – Hirschmann – Saída, voz e lealdade. Os autores avaliam o comportamento individual e coletivo nas situações em que a opressão e a falta de escolhas conduzem as pessoas a desistir e se render ao sistema, ocupando uma camada social sem direitos e oportunidades; ou o oposto, quando conseguem suprimir o poder estatal, geralmente marcado pela ineficiência e corrupção, além da tirania.

Nesse caso, a grande vantagem da globalização é que ela obriga até os outros governos a se posicionar mais rapidamente sobre os rumos dos outros, e os interesses econômicos são óbvios. Os norte-americanos e europeus nem digeriram ainda a crise financeira, e agora vem outra do lado real da economia, a produção de petróleo. O medo de um novo choque fez o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reunir e decidir rapidamente sobre o caso da Líbia, ainda que encerre uma ironia: A China faz parte do conselho e nos revela uma grande contradição, que é a de exigir o que ela não faz. Até que ponto o crescimento chinês amortecerá a falta de democracia? Alguns analistas podem dizer que os conceitos de democracia e liberdade ocidentais não se aplicam ao estilo oriental. Mas o contato entre os povos influencia por diversas vias, o que me faz pensar que o país mais preocupado com as mudanças no Oriente Médio é a China – não por causa da elevação dos preços do petróleo, mas por causa da leitura que a sociedade fará... Eficiência, transparência dos recursos e ações e liberdade para questionar e mudar são elementos de uma sociedade mais progressista. Infelizmente, não é o que a Controladoria Geral da União (CGU) descobriu.

A CGU sorteia as cidades que vai fiscalizar ao longo do ano (cerca de 60). De acordo com matéria veiculada pela imprensa, a CGU avaliou que os governos de três cidades do Norte do país não respondem minimamente ao que se pode classificar como boa gestão pública. As contas não foram aprovadas, não há comprovação de aplicação dos recursos na área social e os interesses privados reinam absolutos. Milhões de reais foram destinados às prefeituras, que não conseguiram melhorar ou ofertar infraestrutura, boas escolas, hospitais e postos de saúde. Bairros são depósitos de lixo e as epidemias são comuns. A carência de médicos e técnicos externa a incapacidade do município de avançar socialmente, mesmo com salários mais atrativos. Sem controle e sem escolhas, parte da população prefere se resignar; outra, minoria, não se cala e protesta. Mas quem escuta? No Brasil, não há conselho de segurança, apesar de o descaso público representar a queda do padrão de vida, doenças, morte e falta de oportunidades. Logo, se alguém tiver algum talento ou capacidade, o melhor é migrar para novos espaços.

Essas populações não têm escolha e não conseguem usufruir dos benefícios das diversas liberdades que a democracia pode prover. Lá, a Constituição ainda não chegou. Alias, nem o Estado chegou. Os pequenos feudos deitam raízes na miséria alheia, na exploração e na falta de controle estatal. Só aparecem e desaparecem rapidamente da imprensa pelo mesmo motivo do conflito no Oriente Médio: tecnologia da informação. A diferença é que aqui é necessário um sorteio para saber quais cidades serão avaliadas pela CGU. Se seu prefeito é corrupto e ninguém faz nada, não fique triste: você apenas não foi premiado pelo governo.”

São, pois, mais CONTUNDENTES e ABRANGENTES ponderações e REFLEXÕES que acenam para os EXIGENTES DESAFIOS na travessia para um NOVO MUNDO, que ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 2 de março de 2011

A CIDADANIA, A MORALIDADE E A ESSÊNCIA DA PAZ (21/39)

(Março/2011 = Mês 21; Faltam 39 meses para a COPA DO MUNDO DE 2104).


“A essência da paz

Lidar com as horas que nos parecem vazias, quando em viagem, pode incomodar, no início. Mas se passamos a cumprir, devagar, cada tarefa necessária, descobrimos a sensação boa de perceber a vida fluir. Estar de corpo e de alma presentes no que fazemos pode nos propiciar o prazer de uma vida mais contemplativa e a certeza de que não necessitamos de muito do que desejamos. O importante é ter tempo para nos sentirmos vivos. Seria bom que tivéssemos essa experiência inclusive onde moramos. Porém, as casas, em geral, acabam sendo mais prisão do que abrigo. Mesmo os palácios tornam-se gaiolas de ouro, com facilidade. No interior das residências não percebemos os sentimentos mais profundos, porque estamos normalmente apressados, solucionando inúmeros problemas, cuidando mais dos objetos do que de nós mesmos ou das pessoas que ali vivem. Que o digam os integrantes das classes populares, que ainda lidam com as dificuldades decorrentes da falta de dinheiro. Além disso, moram longe, têm famílias grandes coabitando em pequenos espaços, e dependem do transporte público, que é deficitário no Brasil.

A pressa oprime, entristece e avilta nossa existência. Quem trabalha demais não dispõe de condições de perceber que cada hora do dia tem características próprias. As gerações anteriores, com frequência, estavam em casa apreciando com certa nostalgia a transmissão da hora do ângelus, pelas estações de rádio, às 18h. É pena que hoje ninguém a ouça, pois representava o mistério da transição entre o dia e a noite, quem sabe a lembrar a passagem da vida para a morte. As pessoas que têm maior poder aquisitivo, contudo, também vivem apressadas. Trabalham mais do que deveriam, têm inúmeros compromissos sociais e vão muito às compras, preenchendo, assim, todo o tempo que poderiam ter livre. Nessas famílias, apenas as crianças reclamavam do pragmatismo dos adultos. Agora, entretanto, estão sempre na frente do computador, e não sabemos que consequência isso terá no futuro. Quem conseguiu chegar à idade adulta sabe que as melhores lembranças do passado são as das horas fruídas sem pressa. A saudade da infância e da juventude talvez seja a consciência daquele estado de espírito que nos permita desperdiçar o tempo, sem culpa. Apenas as horas vividas com desapego proporcionam plena satisfação.

Essa percepção, comum a muita gente, deveria ser mais compartilhada, pois as pessoas precisam lutar pela conquista de autonomia para escolher seu modo de vida. Estar disponível para perceber o encanto da poesia cotidiana confere dignidade. Portanto, é um direito de todo ser humano. No caso dos mais pobres, para que também tenham tempo de vida verdadeira é necessário que se diminuam suas jornadas de trabalho, que se melhorem suas condições de habitação e a qualidade do transporte público que utilizam. Isso é a justiça social, que, ao permitir a todos a apreciação da beleza, com o consequente desenvolvimento da sensibilidade, vai resultar na paz que desejamos.”
(LAIR MATTAR, Mestre em educação pela UFMG, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de fevereiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 25 de fevereiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“A moralidade é ouro

A sociedade está povoada de notícias que comprovam o quanto o corrupção e a desonestidade estão corroendo relações, provocando prejuízos irreversíveis na vida de cidadãos e de famílias, com sérios comprometimentos sociopolíticos. A confiança que se deposita em pessoas, no exercício de suas responsabilidades funcionais e ofícios, está e certamente continuará sendo abalada. O mesmo ocorre também na relação com as instituições, que têm tarefas de proteção aos direitos e à integridade de todos, constituídas para proteger o bem público, garantir a ordem e a justiça. Quando menos se espera, estouram aqui e ali acontecimentos que provocam decepção e generalizam a insegurança. Não se esperam conivências interesseiras dos que têm tarefa de garantir justiça. Conveniências que comprometem a vida de jovens e de outros que têm seus sonhos inviabilizados de maneira irreversível.

As providências que governos, instituições e outras instâncias da sociedade precisam e devem tomar diante de fatos graves no tecido social e cultural não podem retardar mais a consideração da moralidade como ouro na história de todos. Esse cenário com suas violências, desmandos, corrupções, tráficos e outras condutas morais é origem de tudo o que esgarça o tecido moral da cidadania. Valor que é a base para vencer seduções e ter força para permanecer do lado do bem, com gosto pela justiça e fecundo espírito de solidariedade. É imprescindível redobrar a atenção quanto à moralidade que baliza a vida de cada indivíduo e regula suas relações. É urgente e necessário avaliar o quanto o relativismo tem emoldurado critérios na emissão de juízos, na formatação de discernimentos, trazendo direções equivocadas e prejudiciais nas escolhas, tanto no âmbito privado quanto no exercício da profissão, da política e de outras ocupações na sociedade.

É preciso diagnosticar esses pontos críticos na moralidade sustentadora da conduta cidadã e honesta. Não se pode desconsiderar a gravidade da situação vivida neste tempo de avanços e conquistas – marcado pela démarche (disposição para resolver assuntos ou tomar decisões) –, imposta pela falta de moralidade pública, profissional e individual. Jesus nos seus preciosos ensinamentos para bem formar seus discípulos não deixava de advertir e indicar critérios para comprovar os comprometimentos da moralidade. Ele dizia que “o irmão entregará o irmão à morte, o pai entregará o filho; os filhos ficarão contra os pais e os matarão”, convidando-os a não se escandalizar e a permanecer firmes diante do caos que a imoralidade provoca. A decomposição das relações familiares configura o paradigma da perda da moralidade, considerando a família com seu insubstituível papel de formadora de consciência.

Com a família, o conjunto das instituições educativas, religiosas e outras prestadoras de serviços à sociedade, é preciso fortalecer o coro de vozes, como o fez a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), quanto à necessidade de incluir na pauta da sociedade a compreensão da moralidade como um tesouro do qual não se pode abrir mão. Sua ausência significa a produção de perdas irreparáveis, de vidas, de credibilidade e de conquistas e avanços de todo tipo, pelos inevitáveis comprometimentos advindos de uma cultura permissiva e cega a valores balizadores da vida cidadã. Nesse âmbito, é preciso retomar a tematização da responsabilidade dos meios de comunicação – também sublinha a CNBB. A apurada qualidade técnica e os admiráveis recursos da mídia, em particular da televisão, lamentavelmente, estão a serviço de programas que atentam contra a dignidade humana. Não se pode simplesmente ajuizar que os cidadãos são livres para escolher o que é de baixo nível moral. É melhor não produzi-los. Então, é preciso combatê-los, investindo na formação da consciência moral, com uma consistência tal que se rejeitem com lealdade os fascínios da celebridade fugaz, o gosto mórbido pelo dinheiro e pelo poder, e substituí-los pelo apreço ao bem, à verdade; criar o gosto pela transparência e pelo que é honesto.

As culturas, as sociedades não podem prescindir de investimentos, abordagens e compreensões da consciência na sua insubstituível e específica função de discernimento e juízo moral. É urgente superar considerações de que tratar e investir na moralidade é um viés antigo, e até superado. A liberdade e a autonomia que caracterizam a sociedade contemporânea não podem prescindir do exercício dos valores morais sob pena de continuarmos a fabricar o precioso tempo do terceiro milênio como um tempo de abominação da desolação.”

Eis, portanto, mais CONCISAS e SÉRIAS abordagens e REFLEXÕES acerca dos INDESVIÁVEIS valores que norteiam a EDUCAÇÃO, em sua PRECÍPUA ação TRANSFORMADORA, que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A CIDADANIA, A ÉTICA EMPRESARIAL E A ISO 26000

“Reconciliar a cultura da ética com a cultura do direito

Uma ética que tivesse por ambição apenas despertar alguns sentimentos caritativos e que ignorasse a necessidade de construir um novo estado de direito, um planeta de direito, não teria nenhuma chance de ter influência sobre as forças que escrevem a História. A ética reclama o direito, ela não o substitui e deve até mesmo proclamar sua primazia.

Os direitos devem ser reconhecidos antes de qualquer consideração de eficácia econômica. A competitividade das empresas deve, com efeito, ser enquadrada legalmente, a menos que se permita o aumento das desigualdades na inevitável corrida à licitação social e ambiental: nada mais rentável, para uma empresa, do que explorar gratuitamente o domínio público e abusar dos trabalhadores, concedendo-lhes salários de miséria. Sabe-se que a escravidão é, desse ponto de vista, um excelente sistema, mas que é superado por um outro, típico do Nordeste brasileiro: os latifundiários não assumem nenhum dos encargos necessários à reprodução da força de trabalho que utilizam e aproveitam um trabalho mal remunerado, pago por dia em um contexto de subemprego e, se necessário, vigiado por brigadas patronais à espreita de qualquer tentativa ou de qualquer veleidade de organização sindical. E, acima de todos os sistemas mais ou menos produtivos, há o sistema do assalto puro que, numa situação de inexistência de regras e impunidade, permite aos donos de armas ou chefes de bandos privar qualquer passante, vizinho, vilarejo ou região ou região, de seus ou dos frutos de seu trabalho.

Levantar a questão da competitividade em um mundo desregulado leva ao absurdo social, ambiental e, ainda por cima, pois essa competitividade destrói o capital, promove produções predatórias e, em última análise, impede, impede qualquer perspectiva de desenvolvimento econômico.

A desregulação na economia é o mesmo que o doping no mundo do esporte. O doping é, evidentemente, benéfico para um esportiva cuja esportividade vai-se encontrar, com que por milagre, consideravelmente aumentada. Mas que futuro o aguarda? Que valor pode ter sua vitória? Quanto tempo ele poderá gozar dessa vantagem em um contexto de escalada do doping, que não deixa nunca de acontecer?

Seja como for, é preciso parar de dizer que, numa situação de competição, o interesse individual constrói o interesse geral. O interesse geral deve preexistir e ser reconhecido por todos os competidores antes que os interesses individuais se imponham e se oponham: as regras do jogo antes do jogo.

Deve-se, ao contrário, proclamar a primazia do direito, trabalhar pelo advento de um estado de direito na escala da economia, ou seja, hoje em dia, na escala mundial. Longe de frear o desenvolvimento do mundo e dos diferentes e dos diferentes continentes, o estado de direito constitui um quadro necessário a qualquer processo de desenvolvimento e um ponto de partida para qualquer tentativa de relançamento das economias regionais.

Tornar indiscutíveis os direitos fundamentais (os direitos humanos, mas também os direitos ambientais, sociais e culturais), fazem com que as declarações sobre o tema, a começar pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, deixem de ser exercícios declamatórios sem conseqüências, lutar contra os territórios à margem da lei (paraísos fiscais ou zonas de tolerância em matéria de experimentação científica, por exemplo) são imperativos que devem levar os governos a definir normas, a produzir direito nacional e os meios para fazer com que seja respeitado.”
(HENRI ROUILLÉ D’ORDEUIL, in Economia cidadã:alternativas ao neoliberalismo; tradução de Patrícia Chittoni Ramos. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2002, páginas 156 e 157).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de fevereiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais (ADCE-MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Ética empresarial


Depois de ser responsabilizada pela morte de 11 pessoas, amargar um prejuízo estimado em mais de US$ 20 bilhões, ver o valor das suas ações cair pela metade e sofrer danos quase irreparáveis à sua imagem, a British Petroleum (BP), empresa inglesa responsável pelo maior vazamento de óleo da história americana em abril do ano passado, no Golfo do México, promete fazer tudo diferente de agora em diante. O novo presidente da empresa, Robert Dudley, que assumiu no lugar do anterior, que não resistiu às repercussões negativas do acidente, faz uma mea-culpa admitindo os erros cometidos: os funcionários da BP não estavam suficientemente capacitados, não havia um plano para o gerenciamento de crises do gênero e não havia tecnologia disponível para enfrentar imprevistos, ou seja, a ânsia pela produção e pelo lucro se sobrepunha a tudo.

Episódios como este sempre trazem lições importantes e a maior delas é a de que a forma mais eficaz de evitá-los é a prática da responsabilidade verdadeira, o que, certamente, faltou à British, como também faltou às autoridades envolvidas na recente tragédia ocorrida na Região Serrana do Rio, que deixou quase 1 mil mortos, ou ainda, no caso da Enron, empresa de energia americana que faturava mais de US$ 100 bilhões antes de falir em 2001 depois de flagrada em fraudes contábeis e fiscais que encobriam um rombo de US$ 13 bilhões, arrastando para o buraco a conivente Arthur Andersen, uma das maiores empresas de auditoria do mundo. A boa notícia é a de que há luz no fim do túnel: o tema responsabilidade social está avançando e acaba de ganhar um aliado de peso – a ISO 26000, norma internacional cujo objetivo é estabelecer recomendações de práticas social e ambientalmente responsáveis para empresas, associações, instituições governamentais e não governamentais.

No longo trabalho que culminou com a criação da ISO 26000, o Brasil teve papel de destaque. Em 2005m o Conselho Mundial da ISO, entidade internacional que redige e edita normas, constituiu um grupo de trabalho reunindo mais de 600 especialistas de cerca de 100 países, e confiou a presidência deste comitê ao engenheiro brasileiro Jorge Cajazeira, profissional experiente nesta área por sua participação anterior na construção da norma ISO 14001, voltada para a gestão ambiental. Depois de cinco anos de intensos trabalhos e de discussões acirradas entre as delegações dos diversos países em função de interesses econômicos e das diferenças culturais, a redação da nova norma foi concluída em meados do ano passado e o lançamento mundial ocorreu em novembro. No Brasil, foi lançada na virada do ano.

O que se espera é que a ISO 26000 ajude a construir uma nova relação entre as organizações públicas e privadas e a sociedade, contribuindo para a construção de um mundo socialmente mais justo e sustentável. Estes são, igualmente, os objetivos da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), que, no plano mundial, é representada pela União Internacional Cristã (Uniapac), entidade fundada por empresários católicos na Europa em 1931, e que, portanto, está completando 80 anos de existência. A Uniapac se inspira na encíclica Rerum novarum (Das coisas novas), de 1891, com a qual o papa Leão XIII inaugurou a história da Doutrina Social da Igreja e, corajosamente, denunciou as falhas dos sistemas econômicos que se implantavam no mundo: o capitalismo, que prometia liberdade, mas se revelava extremamente injusto ao submeter homens e mulheres a condições vergonhosas de trabalho; e o marxismo, que se apresentava como a solução das injustiças do capitalismo, mas, por meio da ilusória proposta da sociedade igualitária, subtraía do homem o mais precioso dos seus direitos – a liberdade.

Mais de um século depois, a ISO 26000 nasce para ajudar a corrigir distorções na relação das empresas com a sociedade, nos aspectos social, ambiental e econômico. Pela importância do tema, no almoço mensal que a ADCE realiza em parceira com a Fiemg, o palestrantes convidado neste mês foi exatamente o engenheiro Jorge Cajazeira, um dos idealizadores da ISO 26000. No encontro de trabalho, os empresários mineiros tiveram a oportunidade de conhecer, discutir a nova norma e, também, constatar a importância da responsabilidade social no mundo contemporâneo e para o ambiente de negócios no Brasil. É uma demanda inexorável dos tempos modernos, que veio para ficar e traz ameaças e oportunidades para as empresas. É preciso saber discernir, como aliás, alerta o presidente da British Petroleum, pois de nada adianta ficar repetindo que uma empresa é socialmente responsável, pois é imperativo mostrar esse comportamento de fato, na prática cotidiana. É neste nível que a ADCE trabalha, educando os dirigentes para valores, conscientizando os executivos de que as empresas devem, primeiro, atender o ser humano e depois o lucro. A ISO 26000 é apenas um guia, mas o fundamental é a mudança de atitude, de filosofia de gestão e na forma de se fazer negócios e de se relacionar com o mundo. É como diz um velho ditado: à mulher de César não basta ser honesta; é preciso parecer honesta. No caso da responsabilidade social empresarial, é o inverso: não basta apenas dizer e fazer marketing; é preciso ser.”

Eis, pois, mais páginas que CLAMAM por ÉTICA, INTEGRIDADE e expressa RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL e ECONÔMICA que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A CIDADANIA, A GESTÃO DAS PESSOAS E A EXCELÊNCIA

“[...] Cultura e Ética

Quando tratamos a SMS (abreviatura utilizada no livro para: gestão da qualidade, segurança, meio ambiente e segurança), não é incomum ouvir-se de funcionários que a importância que a “empresa” dá a SMS é apenas discurso – na prática, “a empresa” na verdade não “queria”! Tudo não passava de fachada...

A questão que se coloca aqui é: pessoa jurídica “quer”? Consciência ética pode ser atribuída a uma organização? Naturalmente que não. Apenas pessoas podem deixar de ser éticas, pelas seguintes razões: a ética é a teoria geral, que busca contribuir para fundamentar ou justificar certa forma de comportamento moral. A ética trata de definir o que é bom genericamente. É apenas no comportamento moral que a ética pode ganhar concretude prática. O problema do que fazer em cada situação é um problema prático-moral, e não teórico-ético. E empresa, portanto, só pode ser ética se as pessoas que dela fazem parte se comportarem de acordo com princípios éticos. E mais: a ética existe porque existe conflito – conflito de interesses, conflito de objetivos, que precisam ser redimidos. Quando pensamos em SMS, temos que levar em consideração fatores da seguinte natureza: os recursos são escassos. É ético investir na proteção ao meio ambiente. Mas o excesso desses investimentos pode roubar da empresa capacidade de investir na ampliação da produção e na geração de empregos. Ou de competir e garantir a sua sobrevivência. O que é mais ético? Investir em proteção ao meio ambiente ou gerar emprego numa sociedade pobre e desigual? A solução ética, muitas vezes, está no equilíbrio, e não em decisões simples e absolutas. Quanto maior a eficácia dos investimentos em meio ambiente, ou seja, quanto mais os empregados colaborarem em tornar eficazes esses investimentos, maiores os recursos liberados para outras ações.

No entanto, não se pode julgar em termos éticos pessoas sem autonomia, e o núcleo da autonomia envolve quatro dimensões: a da liberdade, a da responsabilidade, a da vontade e a da consciência. Para que uma “empresa” possa ser ética, é necessário garantir aos empregados as precondições necessárias à ação ética.

Em latim, o termo “bônus” referia-se, ao mesmo tempo, ao homem bom e ao guerreiro. Ser bom não é ser manso. Ser bom é lançar-se à ação, como um guerreiro, que luta pelo que acredita. A verdadeira bondade está naquele que é dotado de vontade de potência – potência transformadora do mundo. Quando transferimos responsabilidades para os outros, abrimos mão de cultivar, em nós mesmos, este espírito guerreiro que é ao mesmo tempo motivador e libertador. A passividade é uma forma de servidão. O guerreiro pode ser tranqüilo, pode ser calmo, mas não pode se omitir. A omissão do guerreiro pode condenar a sua comunidade à morte. O preço da liberdade, da justiça, da cidadania, da segurança, da ordem social produtiva e positiva é o trabalho constante, a eterna vigilância, de cada homem bom. Cada vez que abrimos mão de nossas batalhas, em nome do comodismo, em nome da hierarquia, em nome “da garantia de emprego”, nos vendemos de alguma forma, e nos tornamos mais fracos e inseguros.

A discussão da busca pela excelência é central para várias correntes filosóficas e religiosas. Todas tendem, de alguma forma, para a idéia de que o bem depende do desenvolvimento da consciência de todos, e só da consciência ele emana. Todos nós, portanto, temos o papel de cultivar esta consciência em nós mesmos e na coletividade, abrindo mão de nossos desejos egoístas em nome de uma postura ética. A ação ética não é uma coisa abstrata. É uma forma de ação sobre o mundo, sobre os outros, uma ação cujo núcleo está na capacidade de renúncia: eu sou ético quando renuncio à preguiça, quanto renuncio ao medo, à acomodação, a colocar o meu prazer acima do respeito e da valorização do outro e dos meus princípios, e coisas desta natureza. Neste sentido, a participação na construção de uma cultura de SMS é uma forma de despertar o guerreiro. É lançar-se ao bom combate, sabendo que, ao fazê-lo, está salvando vidas, o meio ambiente, valorizando seus colegas etc. Não há “empresa” ética. A “empresa” é uma pessoa jurídica. Não tem caráter, personalidade ou consciência. Quando falamos em empresa ética na realidade estamos falando em coletividade de empregados éticos. Só seres dotados de consciência e razão podem ser ou deixar de ser éticos. A ética é uma escolha da consciência. É uma disciplina (ver nosso conceito de disciplina no Capítulo 3). E é também uma forma de solidariedade, pois o sujeito ético auxilia aos outros na sua libertação.

É possível transmitir a cultura da excelência para familiares, vizinhos e outras comunidades. Isso é uma missão das empresas e seus funcionários. O número de crianças que se ferem em acidentes domésticos é enorme. O número de jovens que morrem desnecessariamente por causa de acidentes também. Quem é responsável por isso, senão os adultos da sociedade? Durante muitos anos, no Brasil e no mundo, tivemos medo de falar em ética, em responsabilidade e em consciência. Tivemos medo de assumir uma postura educadora por medo de parecermos caretas, mas hoje isso vem mudando. Isso é cidadania: acreditar-se responsável pelo pleno desenvolvimento da república, entendido no seu sentido mais nobre de “coisa pública”, res publica. [...].”
(CARMEN MIGUELES, in Criando o hábito da excelência: compreendendo a força da cultura na formação da excelência em SMS/Carmen Pires Migueles, João Ricardo Barusso Lafraia e Gustavo Costa de Souza. – Rio de Janeiro: Qualitymark Edit., 2006: Petrobras 2006, páginas 33 e 34).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de fevereiro de 2011, Caderno MEGACLASSIFICADOSTRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, Coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2, de autoria de MARTA DEMATTOS, Professora do Ibmec, que merece INTEGRAL transcrição:

“Os desafios da gestão de pessoas

Como lidar com as frustrações de uma meta não alcançada ou de uma promoção não obtida? Essa questão representa um dos inúmeros desafios que envolvem o processo de gerir pessoas. Em uma situação de intensas mudanças, elevadas exigências, excesso de demandas, os gestores têm que encontrar tempo para permanecer próximos de suas equipes, dar atenção a quem trabalho com eles, cuidar de quem eles lideram, mantendo-se, ainda, como legítimos representantes de suas empresas.

Isso significa lidar com um dos maiores desafios da gestão de pessoas: conciliar os interesses da organização com os interesses individuais, que são diversos, porque as pessoas são diferentes e, naturalmente, têm desejos e expectativas singulares. Sendo assim, um dos primeiros movimentos que o gestor deve fazer no sentido de enfrentar os desafios de gerir pessoas é ouvir as necessidades de cada um.

Ao compreender o que cada indivíduo precisa e oferecer a ele o que é possível de forma alinhada com as necessidades da empresa, o gestor obtém o real comprometimento do colaborador. E para vencer os desafios da gestão de pessoas é preciso ter os funcionários ao lado e não atuando contra. Para ter as pessoas jogando no time é preciso conceder autonomia para que elas façam o seu trabalho. A autonomia é uma das bases da motivação. Afinal, não é isso que todo gestor quer: pessoas motivadas para melhorar os resultados do negócio?

Além de autonomia, as pessoas têm que ser desafiadas a alcançar a excelência. E para isso é preciso oferecer a elas tarefas nem tão fáceis, nem tão difíceis. Ou seja, as atividades atribuídas a cada um devem ser na medida da capacidade que a pessoa tem: não pode ser tão simples a ponto de não desafiar em nada quem vai executá-la, mas também não pode ser tão complexa a ponto de frustrar o profissional que não terá condição de realizá-la. Além disso, é preciso considerar as preferências e aptidões de cada um, o que permitirá o maior empenho na realização da tarefa. Quando fazemos algo de que gostamos muito, dentro das capacidades que temos, atingimos um estágio de prazer em que não se vê o tempo passar e a entrega é total.

Ainda considerando a motivação das pessoas, um dos maiores desafios é oferecer um significado para o trabalho. Os profissionais devem perceber que eles realizam mais do que uma tarefa, eles têm que alcançar a compreensão da obra como um todo. Os seres humanos, em geral, estão em busca de propósito – uma causa maior e mais duradoura do que eles mesmos. Nesse ponto o gestor tem um papel fundamental. Ele tem que comunicar de forma eficiente o sentido do trabalho, ampliando o entendimento sobre o negócio da empresa, sua missão, sua visão e seus objetivos estratégicos, e também deixar claras as expectativas sobre o desempenho e o resultado esperado de cada um. Só assim as pessoas vão compreender a verdadeira razão de realizar um determinado trabalho. Isso cria mais sentido para a vida profissional.

Evidente que existem muitos outros desafios para gerir pessoas. Este texto apresenta o caminho inicial para aprimorar essa gestão e criar um melhor ambiente de trabalho, que ainda necessita considerar o estabelecimento de relações de confiança, a administração dos conflitos, a oferta de feedbacks constantes e a manutenção de um clima agradável e de bom humor.

Por fim, um recado para os gestores: não se esqueçam de contar verdadeiramente com as pessoas. Você não está sozinho. Divida mais, amplie a participação das pessoas nas decisões, ouça mais quem trabalha com você, busque ajuda, atribua mais responsabilidades, chame as pessoas para gerenciar junto com você. Você poderá se surpreender com os resultados e viver dias melhores nessa desafiante jornada de gerir pessoas.”

Eis, pois, mais RICAS páginas contendo DENSAS e QUALIFICADAS ponderações e REFLEXÕES das quais o nosso PAÍS anda SEDENTO... e que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigência do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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