segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A CIDADANIA EM BUSCA DA ÉTICA, DA TRANSPARÊNCIA E DA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

“Rumo à moralidade

Uma possível análise mostra que a sociedade brasileira encontrava-se em estado de letargia diante da corrupção. Talvez por certo cansaço de lutar contra um mal que tem força hercúlea. No entanto, recentemente, muitos brasileiros se levantaram e foram às ruas para protestar contra o descalabro da corrupção, particularmente na Festa da Independência, inconformados ao ver a corrosão do erário. A tristeza da malsversação de recursos ante as urgências de modernização e a ausência de melhor e mais adequada infraestrutura no atendimento de necessidades básicas como a saúde, o transporte e a habitação perpetuam cenários de déficits comprometedores para o futuro dessa sociedade.

Essa indignação tem razões variadas. Não pode ser outro o sentimento e a conduta senão de repulsa quando se considera a escalada sem igual de escândalos de corrupção e absurdos de imoralidades. Seja a permissividade pela relativização de valores morais, seja pela ganância. O sistema político está atingido frontalmente pela sucessão de escândalos. Por isso mesmo, a reação – que vem como um grito – rejeita as cores partidárias. O partidário muitas vezes, quando na oposição, faz frente à corrupção empunhando a bandeira da transparência e noutra ocasião acoberta situações absurdas.

Os atuais movimentos nos remetem a outros fatos, como a conquista da Lei da Ficha Limpa, de iniciativa popular, vergonhosamente desrespeitada por instâncias do poder, em absolvições coniventes. A indignação não pode ser usada como bandeira eleitoral, cobertura para camuflagens e para perpetuar o discurso inócuo da demagogia. Essa aversão precisa se configurar como indignação sagrada, entendida como aquela que corria no sangue dos profetas de Israel, na condição exemplar de Isaías. Sua veemente crítica social nada tem a ver com um discurso panfletário qualquer que aponta os outros como responsáveis ou profetiza a mudança profunda e radical apenas nas estruturas e nas configurações institucionais.

O início de sua profecia, capítulo primeiro, “vosso país está arrasado, vossas cidades destruídas pelo fogo, e as terras, bem diante dos vossos olhos, devoradas por estrangeiros”, remete à solução, iluminada pela claridade do entendimento da realidade, a uma consciência individual que se desdobra no âmbito social e político. Essa consciência alavanca uma conduta social sustentada pela moralidade. Uma configuração indispensável para se vencer a corrupção. Isaías, então, diz: “Lavai-os, limpai-os, tirai da minha vista as injustiças que praticais. Parai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido, fazei justiça para o órfão, defendei a viúva”.

A conduta ética e transparente é o segredo para que a indignação ganhe lastro de transformação radical nas dinâmicas da sociedade que precisa se livrar de todo tipo de corrupção. O segredo é, pois, pela moralidade que delineia a conduta de cada um. Configuração que alimenta e exige o sentido de respeito em todas as circunstâncias. Uma superação desse mundo de mentiras e enganos que vão construindo situações e circunstâncias que são, na verdade, apenas um faz de conta.

A corrupção se combate com a superação de toda mentira e enganação. Essa indignação precisa ganhar corpo com práticas individuais e coletivas que possam substituir o interesse espúrio pela transparência e sinceridade. Nessa hora, somos chamados a cultivar valores e princípios. E também a retomar o sermão da montanha, diariamente, como oração e meditação, capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus. Será, sem dúvida, um grande exercício de correção e conversão que pode, com êxito, fazer desse movimento dos brasileiros um caminho rumo à moralidade.”
(DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de setembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na Revista VEJA - edição 2235 – ano 44 – nº 38, 21 de setembro de 2011, página 98, de autoria de CLAUDIO DE MOURA CASTRO, que é economista, e merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Ensino médio com sabor de jabuticada

Ainda que tardiamente, universalizamos o ensino fundamental. O ensino médio parecia ir pelo mesmo caminho, mas encruou. Pior, muito antes de atingir uma cobertura aceitável, está encolhendo. Some-se a isso o fato de que os alunos aprendem pouquíssimo. É hoje o nível que traz mais perplexidades. Nossos alunos têm um nível médio de compreensão de leitura equivalente ao de europeus com quatro anos a menos de escolaridade. Ademais, a sua variedade é imensa. Alguns são tecnicamente analfabetos ao entrar no médio. Mas há os geniozinhos de Primeiro Mundo. Uns gostam de teatro, outros de química. Uns de equações do terceiro grau, outros de música. Uns aprendem rápido, outros ainda precisam aprender a ler!

Em busca de inspiração, quem sabe, damos uma espiada no que fazem os outros países? Uma viagem pelos mais avançados vai mostrar dois modelos de organização de ensino médio. Na Europa, o modelo dominante lida com a variedade de interesses e competências dos alunos, mediante a criação de alternativas escolares para cada perfil. Por exemplo, na França há cursos profissionalizantes que dão e que não dão acesso ao superior, sem abrir mão da profissionalização. E há os cursos que levam ao baccalauréat (bacharelado), com vários sabores: os futuros poetas evitam as matemáticas, outros chafurdam nas equações, uns são mais difíceis, outros menos recheados de teorias.

No modelo americano, todos frequentam a mesma escola, mas há uma variedade estonteante de disciplinas, ao gosto do freguês, seja no assunto, seja no nível de dificuldade. Cada um faz seu currículo. E como é a escola que oferecemos? Tomamos o currículo fixo das escolas europeias e a alternativa da escola única dos americanos. Ou seja, escola única com currículo único. E, se só existe no Brasil e não é jabuticaba, será que pode prestar? É estarrecedor que não se critique essa aberração.

Alvíssaras, o MEC pensa em diversificar o ensino médio. Mas como? Há quinze disciplinas obrigatórias (mais o inglês, inevitável). A lei não tirar nenhuma delas. O campo de manobra é ridiculamente estreito para fazer algo parecido com o que existe na França (ou com o que já tivemos). Só dinamitando a legislação tacanha que criou essas reservas de mercado para professores disso ou daquilo. São plausíveis as justificativas de cada disciplina. O problema é que, somadas, elas criam um monstrengo grotesco.

Mas é ainda pior, pois, como se pode ver nos livros, há assuntos demais, dentro de cada disciplina, como se todos fossem gênios e o tempo de aula fosse o dobro. Como nos diz a teoria cognitiva – e Whitehead, lá nos idos de 19l7 –, o que quer que se ensine tem de ser em profundidade. Com a inundação de conteúdos, nada se aprende, mas de tudo se ouve falar. Sabemos que só se aprende quando se aplica, mas falta tempo para lidar com exemplos, projetos e pesquisas. Sem isso, nada feito. Soma-se ao desastre uma jornada escolar excessivamente curta, além das greves e do mau uso do tempo. Aqui não dá para falar do ensino técnico, que soma enguiços e mais mil horas em um currículo já sobrecarregado.

Não bastasse isso, ainda há o vestibular, com perguntas dificílimas, magnetizando o ensino, mesmo daqueles que não pretendem fazê-lo. Para piorar, muitos professores não têm preparação mínima para a disciplina ensinada. Como consertar isso? Vejamos uma dieta mínima, ainda que politicamente impopular: 1 – limitar dramaticamente as disciplinas obrigatórias, ficando o português, matemática e pouco mais; 2 – redefinir as ementas, de forma que as exigências sejam explícitas e estejam ao alcance do aluno real; 3 – variar os níveis de exigência, de acordo com o perfil dos alunos; 4 – diversificar, para atender às preferências dos alunos, pela oferta de “sabores” diferentes (humanidades, ciências naturais, biológicas etc.); 5 – enfatizar a aplicação das teorias em projetos e exercícios práticos (impossível com o dilúvio curricular de hoje). Note-se que não é profissionalização; 6 – simplificar o acesso e mesmo encorajar excelentes profissionais sem licenciatura a ensinar as matérias afins à sua (engenheiros, médicos, advogados, farmacêuticos etc.); 7 – aumentar a jornada escolar, em pelo menos uma hora, para todos os alunos da escola, não apenas para um grupelho.”

Eis, pois, mais páginas contendo RICAS, GRAVES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA viligância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODOS os setores de nossa SOCIEDADES;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, que já atinge a ASTRONÔMICA cifra de R$ 2 TRILHÕES...

Assim, é mesmo INÚTIL lamentarmos a FALTA DE RECURSOS para fazer frente à nossa precária INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos etc.), e mlhoria e QUALIDADE de nossa EDUCAÇÃO, SAÚDE, além de SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto TRATADO, lixo TRATADO, macrodrenagem PLUVIAL), MEIO AMBIENTE, MOBILIDADE URBANA, ENERGIA, COMUNICAÇÕES, SEGURANÇA PÚBLICA, ASSISTÊNCIA SOCIAL, ABASTECIMENTO...

São, e bem sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO, nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO, e mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDADES SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012, a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do Século 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, IGUALDADE – com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A CIDADANIA, A IGUALDADE, A EQUIDADE E AS FLORES QUE NASCEM NO PÂNTANO

“Igualdade e equidade

Nos regimes democráticos neoliberais, o mito da igualdade para todos levou a problemas nas questões ligadas ao acesso aos bens materiais e sociais. Para que a justiça se imponha, outro critério deve ser adotado: o da equidade. Segundo o Prêmio Nobel de Economia Amarthya Sem, igualdade é um valor moral abstrato e equidade é uma questão de justiça social, que visa corrigir distorções na distribuição dos bens econômicos de uma nação entre os ricos e os pobres. Desníveis elevados na distribuição de renda reforçam a necessidade de considerar os fatores que inibem, aos mais despossuídos, mesmo em uma sociedade nominalmente igualitária, a possibilidade de uma vida digna e produtiva.

A Constituição prevê a integralidade do acesso à saúde para todos os brasileiros. No entanto, na prática, esse acesso igualitário não é equitativo. Este só se faz com equidade quando “tratamos igualmente os iguais e desigualmente os desiguais”, no dizer de André Medici e outros, em capítulo do livro Brasil uma nova agenda social, organizado por Edmar Bacha e Simon Schwartzman. No quotidiano, o que vemos é uma instrumentalização do Sistema Único da Saúde (SUS) em prol dos ricos. Estes, por intermédio de seus planos privados de saúde, abocanham não só os leitos nos hospitais públicos como utilizam graciosamente ou pagando pouco pelos tratamentos especializados, como radioterapia e outros procedimentos ou intervenções especializadas no organismo humano. Além disso, apelam ao Judiciário para obter remédios e tecnologias caras, onerando os parcos orçamentos públicos.

Constatamos o mesmo panorama na distribuição da Justiça. Esta, que teoricamente deveria ser igualitária nos seus procedimentos e equitativa nos seus julgamentos, dada a sua ineficiência beneficia mais as classes altas da população. Os mais pobres, sem condições de pagar os melhores advogados, têm seus crimes punidos com maior rapidez do que seus equivalentes de colarinho branco. E no sistema carcerário, os primeiros empilhados em celas diminutas, enquanto os privilegiados cumprem pena em prisões com espaços bem mais amplos e confortáveis.

Os valores da Revolução Francesa, de liberdade, igualdade e fraternidade, precisam ser dosados com uma boa pitada de equidade, o que implica trazer a fraternidade para o campo da partilha, de forma a preservar o valor liberdade, tão apreciado pela sociedade ocidental. Quanto à economia, de nada vale falar de equidade enquanto tivermos que conviver com um sistema político corrupto que privatiza instituições em uma escala sem precedentes. Como preconizou Amarthya Sem, no seu livro Desenvolvimento como liberdade, citando W. A. Lewis, “o objetivo do desenvolvimento é aumentar o conjunto das escolhas humanas” de forma a, assim, pela equidade, preservar a liberdade.”
(HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e professor universitário, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de setembro de 2011,Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de setembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 19, de autoria de GAUDÊNCIO TORQUATO, Jornalista, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Nascem flores no pântano

A política continua cercada de lama por todos os lados, mas são inegáveis as flores que nascem nesse pântano, sob cuidados atentos de uma gente de fé, que junta forças e motivação para deixar o conforto de sua casa e organizar uma marcha contra a corrupção, dando-se as mãos, ecoando palavras de ordem, clamando por decência. Uma chama ilumina parcela considerável da consciência social. Um rastilho de pólvora se infiltra em numerosos espaços, pronto a receber o fósforo da explosão.

A escalada ética que se descortina nesse instante é emoldurada, de um lado, pelo desenho da assepsia que a presidente Dilma Rousseff realiza em estruturas críticas da administração federal e, de outro, por atos corporativos como o da Câmara, ao inocentar a deputada federal Jaqueline Roriz, flagrada em indecoroso gesto de receber dinheiro suspeito.

O país alcança grau elevado no que concerne à organização de grupos, núcleos, categorias profissionais, gêneros, raças e etnias. O IBGE acaba de catalogar 338 mil organizações não governamentais. Adicione-se o exército composto pelos batalhões informais para contabilizar cerca de meio milhão de entidades jogando fermento na massa nacional.

Nossa democracia vive o clímax de sua crise crônica. Eventos negativos se sucedem. A escatologia da política pantanosa transparece em exibições midiáticas e, agora, frequenta a lupa de milhares de olheiros e analistas das redes. Ante o refluxo e o descenso do poder centrífugo – o poder das instituições públicas – emerge, abrindo novas fronteiras, um poder centrípeto, que se movimenta a partir das margens sociais em direção ao centro.

No espaço intermediário da pirâmide social – e essa é a observação a frisar –, abrigam-se novos grupamentos médios, vindos de baixo, os quais começam a se iniciar nas artes e técnicas usadas pelas classes tradicionais. Essa faceta da composição social passa a gerar efeitos sobre o modo nacional de pensar. A dedução é que as marolas no meio da lagoa pantanosa se multiplicam, com possibilidade de deflagrar uma cadeia homogênea de pressões e interações, que fazem o papel de filtro contra o lodo.

É interessante observar que o dicionário da política, antes restrito a meia dúzia de letrados, começa a ganhar locução aberta e irrestrita na internet. Conceitos como reforma política, sistema de voto, qualidade da representação, renovação e até posições individuais de atores políticos são acompanhados de maneira atenta. E essa corrente pode alargar as ondas da reforma política, principalmente quando lideranças como Lula se dispõem a colocar a temática na agenda nacional.

O fato é que a consciência cívica dá sinais de alerta nesses tempos de mudança de quadros, troca de ministros e mutirões de mobilização, destinados a permanecer nas redes sociais.

No dia 12 de outubro, a convocação pela via eletrônica sinalizará uma nova marcha, desta feita pela educação e contra a corrupção. Não há por que deixar de crer – e ver – que resplandecem flores no pântano.”

Eis, pois, mais RICAS, ATENTAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para as grandes TRANSFORMAÇÕES em curso, necessárias e PREMENTES para o ingresso do PAIS no rol, que é a sua mais NOBRE destinação, das nações DESENVOLVIDAS, DEMOCRÁTICAS e CIVILIZADAS do mundo moderno...

Mais do que nunca, o INADIÁVEL e URGENTE compromisso de PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS como:

a) a inserção da EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a manutenção de ACURADA e DIUTURNA vigilância da INFLAÇÃO:
c) o IMPLACÁVEL e DECISIVO combate, sem TRÉGUAS, à CORRUPÇÃO;
d) o DESPERDÍCIO, em todas as suas MODALIDADES, ralo também por onde escoam anualmente BILHÕES de reais;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, atingindo o INSUPORTÁVEL montante de R$ 2 TRILHÕES, a exigir CONTROLE, TRANSPARÊNCIA e RESPONSABILIDADE...

São, como bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS, que atravessam DÉCADAS e até SÉCULOS, que longe de ABATER o nosso ÂNIMO e nem ARREFECER o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO, mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012, a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDADE NO RIO DE JANEIRO, em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO,do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, IGUALDADE, com EQUIDADE, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A CIDADANIA, UMA TAMPA NO RALO E O DESEJO CAPRICHOSO

“Tampa no ralo

Acerta a presidente Dilma Rousseff ao, finalmente, mandar colocar uma tampa em um dos mais frequentes ralos por onde têm passado recursos públicos desviados para o bolso de espertalhões. Não é de hoje que políticos e administradores públicos mal-intencionados descobriram e exploram o mecanismo aparentemente saudável de transferir certas atividades pagas com o dinheiro do governo para entidades privadas. A ideia é ganhar em eficiência e em capilaridade, valendo-se da boa vontade de organizações sem fins lucrativos, que teriam melhores condições de executar programas definidos por políticas públicas nas áreas de saúde, educação, assistência social, treinamento de pessoal e turismo, por exemplo. O problema é que essas organizações não governamentais (ONGs), por não terem atividade voltada ao lucro, não se submetem à fiscalização governamental, nem mesmo à da Receita Federal. Essa característica logo foi aproveitada pelos espertalhões que viram nas ONGs e na falta de uma legislação minimamente condizente com o emprego de dinheiro público quanto feito por elas um meio fácil de desviar verbas públicas para os próprios bolsos.

O escandaloso uso de ONGs, muitas vezes criadas pelos próprios políticos ou seus familiares, como destino da verba de emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União, já vinha incomodando nos últimos anos. Em 2010, técnicos do governo chegaram a discutir mudanças nas regras de registro e renovação de credenciamento de sociedades filantrópicas que recebiam verbas federais, de modo a torná-las mais exigentes, mas o presidente Lula preferiu não avançar nessa matéria. Os abusos foram ganhando espaço, embalados pela abertura cada vez mais desse ralo sem regras, embalados pela abertura cada vez maior desse ralo sem regras nem freios. Foi o que comprovou a Operação Voucher da Polícia Federal, ao apurar denúncias de desvios no Ministério do Turismo, em 9 de agosto. De acordo com as investigações, cerca de R$ 4,5 milhões do Ministério do Turismo foram desviados por meio de um convênioi com a ONG Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasil). Foram presas 36 pessoas, entre elas o então secretário-executivo do Turismo Frederico Silva da Costa. O escândalo ajudou a derrubar o ministro Pedro Novais (PMDB-MA).

Essa parece ter sido a gota d’água para a presidente ordenar o endurecimento das regras que definem os convênios com essas organizações. Decreto publicado ontem no Diário Oficial da União e que já está em vigor começa a exigir as assinaturas dos próprios ministros, sem delegação. É o fim do famoso “eu não sabia”, que vinha servindo de desculpa para muita autoridade. Além disso, determina o decreto que, para receber verbas federais, a ONG terá de comprovar pelo menos cinco anos de trabalho no setor objeto do convênio. No caso do Ibrasil, conveniado pelo Ministério do Turismo para treinar pessoal, não havia comprovação alguma disso. Também será exigido que a ONG tenha todas as contas desse período aprovadas, caso tenham sido conveniadas por qualquer órgão da administração pública. As medidas são tão elementares que o que se admira é o fato de elas nunca terem sido exigidas. Está claro, portanto, que a tampa que está sendo colocada nesse ralo do dinheiro público já vem tarde. Mas, como se trata do Brasil, antes tarde do que nunca.”
(EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de setembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 8).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 18 de setembro de 2011, Caderno CULTURA, Coluna EM DIA COM A PSICANÁLISE, página 2, de autoria de REGINA TEIXEIRA DA COSTA, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O desejo caprichoso

O desejo pode ser a nossa salvação e a nossa perdição. Ele é regido por pulsões opostas – de vida e de morte. A vencedora sempre será a segunda: no fim, é a nossa única certeza. Embora opostas, as pulsões viajam juntas, separam-se apenas na hora da morte, em casos de autoextermínio, crimes de morte, tortura, crueldade e em situações extremas.

Na vida são parceiras e tudo é questão de porcentagem. Quanto espaço se dá a uma e à outra depende de cada um. Para entender como andam juntas, podemos usar a agressividade: expressão da pulsão da morte, muitas vezes é necessária para a nossa própria realização, empurrando-nos e movendo-nos com sua força. Nas relações sexuais, vida e morte se engajam de maneira fenomenal.

Outro exemplo é quando nos divertimos e bebemos um pouco. Ficamos felizes até certo ponto. Passou do ponto, ficam ruim e, se o repetimos compulsivamente, o ato de beber se torna problemas e estaremos reféns da pulsão de morte.

Enquanto vivos, podemos abrir espaço à realização de desejos como viajar, amar, trabalhar no que gostamos, formar uma família, fazer arte e dar sentido à existência pela vontade de buscar a felicidade e o prazer. Porém, mais do que isso vira excesso e se torna maléfico.

Podemos desejar coisas que acreditamos serem boas e não são, pois nem tudo nos convém. Devemos fazer apostas. Mesmo sendo toda aposta sem garantias, é preciso fazê-la para termos a chance de entrar no jogo da vida. Só pode fazer parte do jogo quem aposta. E quem a faz corre o risco de perder, como no jogo de cartas.

Se a pulsão de morte nos arrasta em vida, seremos sempre malsucedidos em nossos propósitos ou na falta deles, o que também pode ocorrer. Cedendo campo e espaço, deixando rolar simplesmente, seremos devastados e arrasados na vida. A face mortífera se apresenta sem pudor, apenas existe e cumpre sua função.

Por isso mesmo devemos estar atentos a nossos desejos caprichosos. Eles não respeitam o outro e as leis, nem se deixam ser marcados por limites necessários à vida em comunidade.

Todo excesso produz mal-estar e angústia. Esse afeto, a angústia, é um termômetro que devemos respeitar. É um bom guia. Um afeto que não engana. Ele surge todas as vezes em que o limite falha. Um bandeirinha de mal-estar balança internamente toda vez que extrapolamos.

Mesmo conhecendo os limites da civilidade, muita gente insiste caprichosamente em não ceder de seu desejo, por mais obsceno que seja.

Por exemplo: a corrupção está no Brasil desde a colonização, trazida por caravanas de naus mal-intencionadas e predadoras que aqui vieram extrair riquezas em benefício próprio. Muito pouco fizeram pelo povo brasileiro, incluindo a imposição do analfabetismo e da proibição de qualquer tipo de educação. Sem falar na escravidão: o Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravatura, ficou muito malvisto pelas nações que rejeitavam esse tipo de exploração terrível.

Esse sangue corre em nossas veias. A cultura se formou sobre tudo de mais errado e concessões inadmissíveis. Ainda é assim, basta acompanharmos os noticiários. Ou observamos como agem as pessoas, principalmente os políticos. Esses agem mal ainda em votação oculta: protegem-se e como se nada importasse além do corporativismo.

Só falta este alerta para terminar: a angústia falha quando seu portador tem estrutura perversa e usa a denegação como defesa (reconheço que não posso, mesmo assim faço), porque estes, os perversos, gozam onde outros sofrem.”

Eis, pois, mais RICAS, OPORTUNAS e GRAVES abordagens e REFLEXÕES que acenam para a PREMENTE e URGENTE necessidade de PROBLEMATIZARMOS as CRUCIAIS questões como:

a) a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANTENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, que GRASSA por TODAS as ESFERAS, sejam PÚBLICAS e PRIVADAS, e, em caso de, sempre em PROMÍSCUA parceria;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, consumindo já sob o título de ENCARGOS, algo em torno da astronômica cifra de R$ 200 BILHÕES anuais.

E, desse modo, FALTAM recursos para a INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos), MOBILIDADE URBANA, LOGÍSTICA, EDUCAÇÃO, SAÚDE, SANEAMENTO AMBIENTAL (água tratada, esgoto tratado, lixo tratado, macrodrenagem pluvial), MEIO AMBIENTE, HABITAÇÃO, ENERGIA, SEGURANÇA PÚBLICA, ASSISTÊNCIA SOCIAL, ABASTECIMENTO, entre outras NECESSIDADES CAPITAIS...

São, portanto, GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO E OTIMISMO, e mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012, a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE em 2013, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE e da FRATERNIDADE...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A CIDADANIA, O LOBBY, A CORRUPÇÃO E A SOLIDARIEDADE

“Lobby e corrupção
Lobista, palavra aportuguesada, vem de lobby, que significa antessala. Nos Estados Unidos o lobbyist, com transparência, é um profissional que exerce uma atividade legal, como a pessoa que aparece sempre nas salas de espera, aguardando autoridades, visando a promover interesses da empresa que representa. No Brasil, infelizmente, lobista virou sinônimo de corrupção, devido a tantos desmandos nos órgãos públicos. Dois atores se destacam: o corruptor e o corrupto. Quando casos de desvios vêm a público, os corruptores, mesmo tão criminosos quanto os corruptos, saem ilesos porque dispõem das melhores bancas de advocacia do país, exatamente, porque representam empresas poderosas.

Esse melindroso assunto, com a execução de grandes obras que serão necessárias para os megaeventos da Copa do Mundo, em 2014, e da Olimpíada, em 2016, está mexendo com toda a sociedade brasileira, temerosa pelos assaltos aos cofres públicos, sobretudo, diante da intenção do governo federal em tratar as concorrências com sigilo dos orçamentos. Ao escondê-los, o país está admitindo a derrota em combater a corrupção. O temor também se justifica porque o volume de dinheiro a ser gasto é astronômico, levando-se em conta um país com tantas carências em saúde, saneamento e educação. Só para a Olimpíada, serão necessários acima de R$ 30 bilhões.

A lógica de não mostrar os preços, como prevenção, parece frágil. Os cartéis surgem com combinação de quais preços os empreiteiros vão apresentar e quem é quem em determinada concorrência. Sabe-se que quando não há acordo entre eles para determinado pacote, é feito um sorteio entre os pares, ou seja, empresa A vai ganhar obra B e assim por diante. Havendo cartel, conhecer os preços básicos de determinadas concorrências, embora fundamental para a sociedade, é irrelevante para os empreiteiros, pois eles contam com informações privilegiadas em todos os escalões dos órgãos, como acabamos de ver os escândalos no Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Há também a confiança entre eles de que ninguém vai “furar” o acordo.

A preocupação se justifica ainda mais, por causa do nosso cotidiano. Os tribunais de conta não se cansam em apontar quadrilhas especializadas em fraudar licitações. As obras dos Jogos Pan-Americanos, realizadas no Rio de Janeiro, até hoje atormentam o Tribunal de Contas da União (TCU): superfaturamento, falta de licitação, aditivos exagerados etc. O prazo curto para a realização das obras foi apontado como principal motivo para esses desmandos. Agora, estamos diante da mesma situação: a letargia do governo parece até um estratégia para favorecimento. Os cartéis formados por grandes empreiteiras certamente já estão arquitetando todas as artimanhas para garantir seus preços, superfaturados, como sempre tem denunciado a mídia na maioria das licitações de maior vulto. A Lei Federal 8.666/93, que regula as concorrências públicas, se cumprida, preserva muito bem o interesse público. Em vez de manter o sigilo dos preços melhor seria maior rigor das leis contra malversação do dinheiro público, fiscalização e medidas eficientes para protegê-lo.”
(GILSON FONSECA, Consultor de empresas, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de julho de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, edição de 16 de setembro de 2011, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Dores e sofrimentos

Chama a atenção o número de milhões de pessoas, na sociedade brasileira, sofrem dores físicas crônicas que causam pesados incômodos para a vida diária. Procedimentos e remédios são indicados na busca pela superação dessas dores que afligem tanto. Há de se considerar também – embora sem possibilidades de quantificação exata – o volume massivo da dor moral que assola a sociedade contemporânea. É necessário buscar um remédio próprio. Um dor moral que talvez seja camuflada com a permissividade e o relativismo de valores e princípios inegociáveis.

Incomoda muito a dor física. Quando não sedada, desfigura o viver cotidiano, compromete a qualidade no exercício de responsabilidades e faz perder o gosto por tudo. A dor moral, sem sedativos, pode ser camuflada gerando uma sociedade permissiva com a perda perigosa das referências fundamentais sustentadoras do seu equilíbrio. Assim, explicam-se os absurdos que, no seu seio, alimentam todo tipo de superficialidade e de tratamento inadequado da vida como dom.

A corrupção moral, no seu volume crescente, tem a ver com a incapacidade contemporânea de enfrentamento da dor moral, que assumida, embora dolorosamente, tem a propriedade peculiar de reorientar razões, refazer sentimentos na sua nobreza própria e despertar, permanentemente, para o sentido da solidariedade. O mundo do sofrimento humano, portanto, é um fenômeno vasto sob as mais diversas formas. O conjunto das dores físicas, morais e espirituais povoa a existência humana. São as enfermidades, a morte, solidão, tédio, medo, falta de sentido da vida, insucessos, aborrecimentos, violência e isolamento, guerra, fome, opressão, injustiças, amizades traídas, injúrias e enganos, o pecado, a culpa. Tudo isso é fonte de dores e sofrimento.

O volume da dor é tão grande que quase se pode considerá-la uma segunda natureza. Remete ao interior da pessoa sofredora. Lá, no mais recôndito, está a pergunta: por quê? A interrogação toca a causa, a razão e o sentido da dor que configura o sofrimento humano. Nesse horizonte largo, há um longo caminho. Uma referência ao padecimento daqueles que estão bem próximos ou distantes, na mesma sociedade ou alhures, em sociedades que são só cenários de dramas humanos, em que os horrores da guerra e da fome, da corrupção e da ganância gritam por um remédio. É o remédio da solidariedade, entendida e praticada não simplesmente como definia o direito romano, como obrigação moral, mas enquanto aponta a pessoa como indivíduo aberto às relações com os outros.

A compreensão adequada da pessoa humana não prescinde do significado de solidariedade. Ora, a genuidade do indivíduo se configura, se define e se revela por sua dimensão relacional. A liberdade de cada um se consolida na força de sua capacidade desenvolvida e exercitada na comunhão e no diálogo. Essa compreensão revela, pois, o fundamento que define a pessoa como aquela intimamente ligada aos outros seres humanos, despertando permanentemente para o chamado de construir com eles um mundo mais fraterno e solidário. Supõe atenção sensibilizada às dores e sofrimentos humanos, uma necessidade e uma premente exigência no cultivo da consciência solidária como remédio para uma humanidade dilacerada pela desconfiguração moral responsável por desmandos e abusos que atrasam metas indispensáveis para a paz e a justiça no seio da sociedade.

É preciso voltar a atenção, neste momento, não apenas para os mecanismos e dinâmicas do funcionamento lucrativo, até perverso, da economia. Não considerada essa condição, se perpetuará ou se arrastará a incompetência gritante, apesar da inteligência luminosa pós-moderna, na solução de problemas como a fome, a miséria e a exclusão que vão multiplicando os bolsões desumanos de miséria e marginalização.

As dores e sofrimentos que afligem todos, em proporções e modalidades diversas, precisam ser enfrentados com o remédio da solidariedade. Esse remédio não se compra aqui e acolá. É produzido para o consumo diário no bojo da conduta cidadã, fecundada pelo conjunto dos valores evangélicos, com sua iluminação própria, indispensável e insubstituível, incidindo permanentemente sobre a conduta individual em fidelidade ao princípio da igualdade, dignidade e direitos, em vista de uma unidade a ser consolidada e mantida.

A condição humana, assolada pelas dores e sofrimentos, precisa da solidariedade como princípio social e como virtude moral, configurando, enquanto exercício, o tecido ético-social que a sociedade contemporânea necessita para deixar de hospedar cenários abomináveis de discriminação e indiferenças. A solidariedade como virtude moral é o exercício do compromisso cidadão pelo bem-comum – remédio a cada pessoa e na sociedade para suas dores e sofrimentos.”

Eis, pois, mais páginas contendo RICAS, IMPORTANTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para as COMPLEXIDADES da sociedade contemporânea, a exigir TRANSFORMAÇÕES que CLAMAM por CORAGEM, DETERMINAÇÃO e DISCERNIMENTO que, em nosso PAÍS, podemos apontar para a PROBLEMATIZAÇÃO de QUESTÕES CRUCIAIS como:

a) a adoção INADIÁVEL e URGENTE da EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, e sua necessidade de PERMANTE e DIUTURNA VIGILÂNCIA, competente, ágil e abrangente;
c) a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER, se espalhando por todo o tecido da SOCIEDADE;
d) o DESPERDÍCIO, em todas suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, atingindo cifras superiores a R$ 2 TRILHÕES e encargos num CRESCENDO deveras INSUPORTÁVEL.

São GIGANTESCOS DESAFIOS que mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012, a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JAN EIRO em 2013, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO de 2014, a COPA AMÉRICA em 2015, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A CIDADANIA, AS VIRTUDES REPUBLICANAS E O CAPITALISMO

“A solidez das virtudes republicanas
Houve um tempo, não muito distante, em que a palavra da moda, sobretudo na boca de alguns membros do governo, era “republicano”. Quando queriam defender o rigor na administração federal, diziam que a atitude ou a medida fora rigorosamente republicana.

A palavra república representa uma instituição romana e sua origem é latina: “res-publica” – coisa pública. Ao contrário, a cidade-Estado foi uma instituiçõ eminentemente grega, significando uma certa independência da cidade e uma fórmula de governo matriz da democracia direta, em que os cidadãos decidem os destinos da cidade, em votação nas praças públicas.

Em Roma, antes da instituição da República, havia o império, com imperadores recrutados entre os etruscos, cujo último foi Tarquínio. Os eleitos e eleitores eram exclusivamente os patrícios e os cidadãos romanos espalhados pelo império. A plebe e os escravos não votavam. Isso motivou uma guerra civil, que tem seu fim em 496 a.C., no monte Aventino, com a vitória da plebe, que introduziu no governo das cidades a figura do edil ou vereador.

Pelo próprio nome se vê que os edis, hoje vereadores, cuidavam dos edifícios, dos serviços públicos, das cidades. Os edis formavam as primeiras Câmaras Municipais, chamadas de “consilia plebis”, ou os “curatori urbis” na definição de Cícero. Essa assembleia hierarquicamente se submetia ao Senado.

É por isso que, até hoje, os serviços públicos de Roma são marcados com placa com as letras “S P Q R – O Senado e o Povo Romano”, “Senatus Populusque Romanus”. Isso leva à lembrança de todos que as obras públicas são feitas pelo povo, guiado pelo Senado.

Esse pequeno histórico nos dá uma dimensão da palavra “republicano”: significa compromisso com a coisa pública, austeridade.

Roma copiou também uma velha instituição grega, a “liturgia”; vale dizer, o serviço público não remunerado. O termo foi apropriado pela Igreja para designar os serviços de culto: a liturgia.

A defesa da moralidade como parte essencial da República foi feita por Cícero, em três memoráveis discursos no Senado, chamados “catilinárias”, pelas quais o velho tribuno condenava veementemente o cônsul Catilino, por sua conduta condenável e a ausência de ética pública: “Até quando, Catilino, abusará da nossa paciência?”.

O recurso ao tema “república” me veio à mente nesses tempos difíceis em que parece haver um verdadeiro assalto aos cofres públicos, à coisa pública por políticos que se apropriam do dinheiro coletivo, arrancado através de impostos do contribuinte.

Houve um tempo, neste país, em que os políticos morriam empobrecidos. Hoje, costumam fazer fortunas na vida pública, deixando ao morrer grandes patrimônios e pendurando os parentes e afilhados em polpudos empregos. Queira Deus a presidente Dilma Rousseff consiga sanear o país e diminuir ao mínimo o número de cargos de recrutamento amplo. Isso é inaugurar a República.”
(GERALDO MAGELA TEIXEIRA, Reitor do Centro Universitário Una, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de setembro de 2011, Caderno DEBATE, página 21).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de setembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE-MG), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Capitalismo solidário

Vivemos tempos preocupantes. No cenário mundial, a crise econômica que vem desde 2008 devasta inclusive economias consideradas sólidas, quebra países, como vemos ocorrer na Zona do Euro, indica uma recessão sem precedentes e sinaliza que o modelo de capitalismo vigente está exaurido precisa ser revisto. No Brasil, os recorrentes episódios de corrupção que resultam do conluio entre os setores público e privado parecem indicar que o país chegou ao fundo do poço no que se refere à mais absoluta ausência de princípios e valores éticos e denunciam o esgotamento do sistema político. Felizmente, a reação da presidente Dilma, pouco tolerante às atitudes antiéticas, ao afastar ministros e servidores, mostra que ainda há um fiapo de luz no fim do túnel e abre espaço para que a sociedade brasileira se mobilize para mudar o que precisa ser mudado, inclusive cassando pelo voto, democraticamente, políticos indignos dos cargos para os quais foram eleitos.

A Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE), fundada na Europa em 1931, com a denominação de Uniapac, e no Brasil, em 1961, portanto há exatos 50 anos, já fez a sua opção: atuar na formação dos dirigentes de empresas, mostrando a importância e as vantagens da adoção de valores e princípios cristãos, que também são valores humanos milenares, que tratam da ética e do respeito ao ser humano na prática diária dos negócios. É uma posição clara que prega, como contraponto ao capitalismo selvagem, o capitalismo solidário, no qual a rentabilidade visada pelas organizações empresariais deixa de ser apenas econômica e passa a também englobar a rentabilidade social.

A premissa é a de que a nova economia é principalmente humana – o conceito de sustentabilidade já não se restringe ao meio ambiente e assume uma dimensão mais ampla, incorporando as questões sociais e culturais. Desenvolvimento sustentável e responsabilidade social se transformam em questões estratégicas que devem ser conduzidas pelos líderes das organizações, incorporando valores fundados na dignidade, amor ao próximo, participação, transparência, ética, integridade e bem comum. É uma revolução na maneira de conduzir e fazer negócios, alinhada com as demandas do mundo atual e coerente com o que se antevê para o futuro.

O capitalismo selvagem mostra-se ineficaz para garantir o desenvolvimento justo e harmônico do planeta. É um modelo desumanizado, eivado de distorções que o homem do século 21 não aceita mais, uma vez que não abre mão da participação, da inclusão e da transformação social. É nesse contexto que vemos prosperar a proposta da ADCE, com ideias que representam uma evolução na direção de uma economia social de mercado, na qual o ser humano é colocado em primeiro lugar e deve ser considerado em todas as decisões e ações das entidades privadas e no governo.

Enfim, a gestão baseada em valores é a mais apropriada nos dias de hoje por alinhar visões de negócios dentro das organizações públicas e privadas, criar sentido e significado para o trabalho e estabelecer regras que se impõem como compromissos naturais – e não apenas em função de controle e fiscalização externos. Esse é o tipo de gestão que reduz os custos de transações, aumenta a transparência, cria vínculos com as equipes e com a sociedade, retém talentos e conquista o respeito da sociedade, fazendo com que a empresa seja mais sustentável, competitiva e socialmente responsável.

Todo cuidado ainda é pouco e toda vigilância é necessária. Não é mais possível viver indefinidamente em um país onde as empresas sejam bem-sucedidas enquanto a sociedade vai mal. A crise econômica e financeira, de escala mundial, e os escândalos recentes, no Brasil, comprovam, mais uma vez, que existem pessoas dispostas a usurpar o poder para se locupletar, acumpliciados com a iniciativa privada, esquecendo-se dos valores mais básicos – não roubar, por exemplo. Regras e leis são necessárias, mas só serão efetivamente cumpridas se os valores estiverem arraigados no DNA dos gestores, nas pessoas, nas organizações públicas e privadas. Esse é o principal desafio que a ADCE se propõe a enfrentar, semeando valores e princípios, regando-os diariamente para que cresçam, deem frutos, se alastrem e contagiem todos os ambientes de trabalho e de negócios. No mundo do século 21, mais que as empresas, as marcas das organizações, sua reputação pertencem também aos consumidores que as julgam conforme critérios que advém da percepção das atitudes corretas e coerentes e não mais em função de uma propaganda bonita e sedutora, mas descolada da boa prática empresarial. Para isso não há mais espaço, e quem quiser insistir pagará a conta.”

Eis, portanto, mais GRAVES, IMPORTANTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de SINCRONIA com os POSTULADOS colocados para superação das GRANDES e AVASSALADORAS e recorrentes CRISES que o mundo ATRAVESSA, exigindo em particular do nosso PAÍS, a PROBLEMATIZAÇÃO de QUESTÕES CRUCIAIS tais como:

a) a INDESVIÁVEL inserção da EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e ACURADA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, campeando por TODOS os setores da VIDA nacional;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, ultrapassando a barreira dos R$ 2 TRILHÕES com os seus monstruosos e DECORRENTES encargos.

São, e bem sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS que ainda mais, longe de ABATER o nosso ÂNIMO e ARREFECER o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL e MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2104; a OLIMPÍADA DE 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A CIDADANIA E UM OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SEUS PROBLEMAS

“Um olhar sobre a educação brasileira e seus problemas
Nossa taxa de reprovação é das maiores do mundo

A educação brasileira, como instrumento de elevação espiritual, conquista da cidadania e habilitação profissional, passa por um momento especial, jamais vivida em nosso país. Na verdade, a educação de 3º grau, que apresentou notável expansão quantitativa nos últimos dez anos, ainda não nos colocou no patamar dos países mais desenvolvidos e ainda não nos igualou a países americanos como a Argentina, o México, o Chile e o Uruguai.

Na faixa etária própria, temos menos jovens cursando o grau universitário que aqueles vizinhos, com maior tradição e investimentos no ensino do 3º grau. Ao mesmo tempo, das vagas oferecidas, 2/3 estão em instituições privadas, e os instrumentos do Fies e do Prouni, apesar de relevantes e inovadores, ainda não conseguiram colocar no setor privado de ensino uma massa expressiva de alunos carentes, oriundos da nova classe média que emerge da pobreza.

As cotas para minorias, a dilatação dos prazos do Fies e a redução drástica dos seus juros futuros (e sua eliminação, no caso do magistério) são passos importantes a serem complementados com novas ações, nas quais registro o notável avanço do ensino à distância, tanto no setor privado, como através da Universidade Aberta do Brasil.

Ao se examinarem o conjunto de cursos e áreas de conhecimento a que se dedicam, verificamos que a área tecnológica fica esquecida, criando-se um vazio na oferta de mão de obra qualificada em setores sensíveis e imprescindíveis ao desenvolvimento sustentável do país. Obras civis, comunicações e informática são alguns setores que sofrem com tal carência de profissionais competentes.

No curso de engenharia – e já temos quase 30 especializações no mercado –, formamos apenas 5% ou 10% do total de bacharelandos em países como a Coreia do Sul, China, Índia ou EUA. A prova ABC divulgada neste mês, mostra que 58% dos alunos do 3º ano do ensino fundamental não conseguem resolver problemas básicos de matemática. E, infelizmente, a rede pública apresenta piores resultados; só 43% dos seus alunos aprenderam o esperado em matemática, contra 74% dos estudantes do sistema particular de ensino.

Em testes de leitura e escrita, esse quadro se repete, comprometendo a escola pública, que tem poucas exceções em termos de alta qualidade no ensino. Se não conseguimos romper ainda barreiras como o desenvolvimento pleno da leitura, escrita e da reflexão, que permeia o entendimento científico, é porque falhamos na metodologia, na comunicação ou exposição do conhecimento, provavelmente porque o magistério nunca teve entre nós o valor atribuído a outras profissões ou áreas de atuação.

O mais novo passo do Ministério da Educação pode levar a uma transformação radical em nossa escolas; trata-se de eliminar a repetência até o 3º ano do ensino fundamental, substituindo-a pelo reforço escolar sistemático, a aplicação de mais avaliações periódicas e maior acompanhamento em disciplinas mais complexas.

Em países como o Japão, esse modelo tem obtido sucesso e já temos escolas onde a repetência só ocorre em ciclos maiores, criando espaço para o reaprendizado e o reforço escolar. Nossa taxa de reprovação de 11% é das maiores do mundo e esse é o caminho mais curto para a evasão escolar, de consequências dramáticas para a nossa juventude.

Neste momento, acreditamos que o grande passo é nos voltarmos para o professor, para que ele seja bem-remunerado, socialmente respeitado e admirado como pilar do processo educacional brasileiro.”
(ALOISIO T. GARCIA, Ex-secretário da Educação de Minas Gerais e secretário geral da Academia Mineira de Letras, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 10 de setembro de 2011, Caderno O. PINIÃO, página 18).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na Revista VEJA – edição2234 – ano 44 –nº 37, de 14 de setembro de 2011, página 24, de autoria de LYA LUFT, que é escritora, e merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Educação: reprovada

Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu apenas tente ser uma observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos, ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que encantam particularmente. Uma das grandes preocupações de qualquer ser pensante por aqui é a educação. Fala-se muito, grita-se, escreve-se, haja teorias e reclamações. Ação? Muito pouca, que eu perceba. Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.

Há coisa de trinta anos, eu ainda professora universitária, recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas pelas providências negativas: tiraram um ano de estudo da meninada, tiraram latim, tiraram françês, foram tirando a seriedade, o trabalho: era a moda do “aprender brincando”. Nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Contaram-me recentemente que em muitas escolas não se deve mais falar em “reprovação”, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marcá-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar?

De todos os modos facilitamos a vida dos estudantes, deixando-os cada vez mais despreparados para a vida e o mercado de trabalho. Empresas reclamam da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, médicos e advogados quase não sabem escrever, alunos da universidade têm problemas para articular o pensamento, para argumentar, para escrever o que pensam. São, de certa forma, analfabetos. Aliás, o analfabetismo devasta este país. Não é alfabetizado quem sabe assinar o nome, mas quem o sabe assinar embaixo de um texto que leu e entendeu. Portanto, a porcentagem de alfabetização é incrivelmente baixa. Agora sai na imprensa um relatório alarmante. Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabe ler nem escrever. Não entende para o que serve a pontuação num texto. Não sabe ler horas e minutos num relógio, não sabe que centímetro é uma unidade de comprimento. Quase metade dos mais adiantados escreve mal, lê mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingente de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos.

Naturalmente, a boa ou razoável escolarização é muito maior em escolas particulares: professores menos mal pagos, instalações melhores, algum livro na biblioteca, crianças mais bem alimentadas e saudáveis – pois o estado não cumpre seu papel de garantir a todo cidadão (especialmente a criança) a necessária condição de saúde, moradia e alimentação.

Faxinar a miséria, louvável desejo da nossa presidente, é essencial para a nossa dignidade. Faxinar a ignorância – que é outra forma de miséria – exigiria que nos orçamentos da União e dos estados a educação, como a saúde, tivesse uma posição privilegiada. Não há dinheiro, dizem. Mas políticos aumentam seus salários de maneira vergonhosa, a coisa pública basta nem se sabe direito onde, enquanto preparamos gerações de ignorantes, criados sem limite, nada lhes é exigido, devem aprender brincando. Não lhes impuseram a mais elementar disciplina, como se não soubéssemos que escola, família, a vida sobretudo, se controem em parte de erro e acerto, e esforço. Mas, se não podemos reprovar os alunos, se não temos mesas e cadeiras confortáveis e teto sólido sobre nossa cabeça nas salas de aula, como exigir aplicação, esforço, disciplina e limites, para o natural crescimento de cada um?

Cansei de falas quandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada. Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça. Precisamos de atos e fatos, orçamentos em que educação e saúde (para poder ir à escola, prestar atenção, estudar, render e crescer) tenham um peso considerável: fora disso, não haverá solução. A educação brasileira continuará, como agora, escandalosamente reprovada.”

Eis, pois, mais páginas contendo GRAVES, PEDAGÓGICAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES, que acenam, entre outras, para a necessidade PREMENTE, INADIÁVEL e URGENTE inserção da EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE – como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS e, bem assim, diante da ‘FALTA DE RECURSOS’, PROBLEMATIZARMOS também questões CRUCIAIS, como:

a) a INFLAÇÃO;
b) a CORRUPÇÃO;
c) o DESPERDÍCIO, em TODAS suas MODALIDADES;
d) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, consumindo anualmente, à conta de ENCARGOS, algo em torno de R$ 200 BILHÕES...

Sabemos, e bem que QUESTÕES assim SANGRAM a nossa ECONOMIA, MINAM nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e AFETAM a nossa CONFIANÇA e APOIO, inibindo, entre outros DIVERSOS e IMPORTANTES componentes, a INOVAÇÃO, a CRIATIVIDADE, a PRODUTIVIDADE e a COMPETIVIDADE ao final...

Mas, NADA, NADA mesmo, ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADAN IA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDADES SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO DE 2014; a OLIMPÍADA DE 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A CIDADANIA, AS VÍAS DA CORRUPÇÃO E A GENTIL PÁTRIA AMADA

“Auditoria realizada pela CGU constata 66 irregularidades em 17 processos analisados no Ministério dos Transportes. Rombo nos cofres da União chega a R$ 682 milhões

Depois da faxina, o prejuízo

Brasília – Oito obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e dois projetos da Valec Ferrovias geraram um prejuízo estimado em R$ 682 milhões aos cofres públicos, o equivalente a 13,3% do valor dos empreendimentos, orçados em R$ 5,13 bilhões. Essa é a principal conclusão da auditoria especial realizada pela Controladoria Geral da União (CGU) no Ministério dos Transportes, por determinação da presidente Dilma Rousseff.

Depois de dois meses de investigação, iniciada logo após eclodir a crise na pasta comandada pelo Partido da República (PR), a CGU quantificou o montante de dinheiro que escorreu pelo ralo ou com potencial para ser desperdiçado. Nem todas as obras auditadas, porém, tiveram os prejuízos calculados. Também não há qualquer apontamento dos responsáveis pelo desvio e mau uso do dinheiro público.

A CGU eximiu de culpa, pelos menos nos trechos do relatório da auditoria divulgados ontem, o ex-ministro senador Alfredo Nascimento (PR-AM), e seu sucessor no cargo, Paulo Sérgio Passos. Embora afirme o relatório que a auditoria foi realizada nas sedes do ministério, do Dnit e da Valec, as irregularidades mostradas se restringem à autarquia e à estatal, subordinadas à pasta.

Nascimento precisou renunciar ao cargo diante do escândalo no Ministério dos Transportes, uma crise teve início nos primeiros dias de julho. Paulo Passos, que já havia exercido o cargo de ministro em períodos em que foram detectadas irregularidades, foi convocado a dar explicações na Câmara e no Senado após a deflagração da crise. Além do ex-ministro e do atual titular da pasta, ficaram fora do relatório da CGU todos os suspeitos desviar dinheiro das obras, de superfaturar serviços, de cobrar propina e de aditivar contratos de maneira ilegal.

A CGU sustenta que estão em curso sete procedimentos disciplinares e duas sindicâncias responsáveis por investigar mais de 30 servidores e ex-dirigentes do Dnit, da Valec e do Ministério dos Transportes. Mais de 20 deles já foram demitidos dos cargos – inclusive a cúpula do Dnit e da Valec –, o que não invalida os procedimentos internos que podem decidir por responsabilizações individuais e punições administrativas mais severas. Até agora, a CGU não definiu nenhuma punição aos servidores. O maior efeito da crise no Ministério dos Transportes, até o momento, foi político: o PR deixou a base de apoio ao governo e gerou uma movimentação no Palácio do Planalto, que tenta reconquistar o apoio dos caciques do partido.

AÇUDE Ao todo, a CGU detectou 66 irregularidades em 17 processos de licitação do Dnit e da Valec. O trecho da BR-101 que passa por Pernambuco é o mais problemático, conforme a auditoria. Os prejuízos somam R$ 53,8 milhões, principalmente em razão do superfaturamento da obra e de pagamento por serviços não realizados. O traçado original da rodovia, sob a responsabilidade do Dnit, chegou a prever um trecho dentro de um açude da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). O reservatório objetiva o fornecimento de água para a cidade de Ribeirão.

No caso da Valec, a auditoria da CGU constatou a precariedade da fiscalização dos contratos para a construção da ferrovia Norte-Sul. A estatal deixou de tomar providências para irregularidades anteriormente apontadas pela própria CGU. Outro projeto, da embrionária Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), é responsável pelo maior prejuízo apontado pela auditoria: R$ 279,7 milhões, em razão do superfaturamento no orçamento das obras de sete lotes. O projeto que serve como referência para a contratação das empreiteiras já estava superfaturado, o que potencializa a possibilidade de gastos indevidos, principalmente com terraplenagem, como cita a auditoria.

“É possível constatar a precariedade dos projetos de engenharia e modo como essas deficiências contribuem para a geração de superestimativas nos orçamentos, para o sobrepreço nos contratos e para o superfaturamento das obras, como prejuízo aos cofres públicos”, diz a auditoria da CGU. O relatório será encaminhado aos órgãos citados na investigação, à Casa Civil da Presidência da República, à Comissão de Ética Pública da Presidência, ao Tribunal de Contas da União (TCU), ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal.”
(VINICIUS SASSINE, em reportagem publicada no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de setembro de 2011, Caderno POLÍTICA, página 3).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Gentil pátria amada

O florão da América, ao comemorar os 189 anos de sua independência, cobriu-se de verde-amarelo e de outras cores, com a inclusão de outros valores e patrimônios imateriais da cultura brasileira. Vestiu-se também de preto. O 17º Grito dos Excluídos, congregando movimentos e pastorais sociais, ganhou um pouco mais de sonoridade com o movimento de combate à corrupção, que, historicamente, assola instituições na sociedade brasileira. É uma lamentável pandemia que entranha facilmente e, confortavelmente, se hospeda na cultura, isto é, nos hábitos e costumes, até nos mais elementares. A consequência é o comprometimento da cidadania, que o Dia da Pátria poderia celebrar como conquista e comprovação de grandes e contundentes avanços.

As nulidades ainda estão triunfando com força de perpetuar atrasos e um modus vivendi, que, justificados como cultura – na verdade uma subcultura, ou melhor, uma contracultura –, impede avanços, mais rapidez e inteligência estratégica para geração de cenários novos enquanto superação da miséria e, particularmente, uma configuração mais nítida e incidente da cultura da solidariedade.

Essas e outras demandas, com suas urgências, precisam incontestavelmente de uma modificação significativa na realidade da corrupção, que envenena projetos, compromete programas, corrói o erário, aumenta a indiferença, que anula o sentido, o comprometimento social e político das cidadanias. Além de estratégias perversas – o uso equivocado da razão, que faz pouco efeito em função da cegueira produzida pela ganância e pelo incontido amor ao dinheiro –, estão incluídos outros agentes perniciosos que fortemente contribuem para complicar a solução desse enigma moral.

É lamentável e desolador constatar a condição de refém que instituições importantes na sociedade têm experimentado como um verdadeira camisa de força, impeditiva de avanços essenciais e de velocidade no parâmetro da rapidez que esta segunda década do terceiro milênio pressupõe para que não se perca, ainda mais, o trem da história. A incompetência é um desses agentes.

Na verdade, é comum encobrir a incompetência com uma consistência de si que está, ridiculamente, além dos desempenhos mostrados em tarefas, funções e missões. Aliás, não se consegue introduzir tão facilmente o mecanismo de avaliação de desempenho. A resistência é sempre grande. Avaliar é oportunidade de, por diálogos e medições, refletir competências. Pode revelar o blefe de aparências e faz de conta. Esse mal assola todas as instituições. As religiosas, como as políticas, governamentais e sociais, estão vivendo esse problema. Constata-se um agravante disfarçado num tipo de crítica pejorativa que se põe como defesa de mediocridades e sustento de lideranças frágeis na condução de processos e nas respostas a exigências de transformação mais profundas e rápidas.

Este cenário, configurado também com outras nuanças, aponta que só o diálogo pode abrir um caminho novo. Esse entendimento inclui, de maneira inteligente, supondo a postura crítica, a possibilidade de um julgamento que desvenda complexidades, permite encontrar soluções novas e respostas adequadas. Ora, crítica em diálogo não é discurso rasteiro próprio de magoados, de amantes do poder perdido, dos amargurados e dos que adotam arbitrariedades para conseguir, a qualquer preço, um lugar ao sol.

O sentido de pátria na cidadania, exigência própria e conduta indispensável de cada cidadão, indica a premência da elaboração de uma definição mais apurada da crise ética que se está vivendo, atingindo frontalmente a direção que alavanca a vida no rumo correto para perceber os riscos dos relativismos que emolduram a cidadania e a vida contemporânea.

A complexidade da realidade, gerada pela lista incontável de demandas, exige um debruçar-se sobre ela, não apenas com o critério, por exemplo, do mercado que produz, incontestavelmente, a erosão das relações básicas e inegociáveis. Exige-se a pinça afiada da ética para enfrentar adequadamente as crises como a ecológica, humana, de sentido e exercitar a cidadania na desafiadora assimetria que caracterizava a vivência da solidariedade – um remédio urgente e indispensável visando futuro, não tão mais caótico, da sociedade.

A escuta do clamor dos pobres – exercício do verdadeiro e indispensável sentido social e equilíbrio no campo político – para além das aberrações diárias no âmbito da representação do povo, e o luto que caracteriza a indignação indispensável contra a corrupção, produz avanços para que seja realidade a referência gentil pátria amada.”

Eis, pois, mais INCISIVAS, ADEQUADAS e até CONTUNDENTES abordagens e REFLEXÕES, que a acenam para a PREMENTE, INADIÁVEL e GRAVE necessidade de PROBLEMATIZARMOS as questões CRUCIAIS para as PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES que levem o PAÍS ao concerto dos DESENVOLVIDOS e DEMOCRÁTICOS, tais como:

a) a EDUCAÇAO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS POLÍTICAS;
b) a INFLAÇÃO, que, com sua ação DELETÉRIA, exige PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, atingindo NÍVEIS deveras INSUPORTÁVEIS;
d) o DESPERDÍCIO, em todas suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, consumindo anualmente já mais de R$ 200 BILHÕES em ENCARGOS e AMORTIZAÇÃO.

São DESAFIOS GIGANTEXOS que, longe de nos ABATER o ÂNIMO e ARREFECER nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO, ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012, a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A CIDADANIA, A CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS E O APAGÃO DE CÉREBROS

“Estudar no exterior

O governo apresentou recentemente as diretrizes do programa Ciência Sem Fronteiras, que pretende conceder 100 mil bolsas de intercâmbio para brasileiros, em modalidades que vão desde o nível médio até o pós-doutorado. O projeto visa promover ma consolidação, a expansão e a internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira através do intercâmbio e da mobilidade internacional. A intenção é que o programa ajude a suprir a deficiência de profissionais capacitados em áreas como engenharia e tecnologia da informação, uma vez que os estudantes poderão frequentar as melhores universidades do mundo.

Os alunos selecionados para estudar fora do país ganharão passagem aérea, seguro-saúde, auxílio-instalação e uma bolsa mensal de US$ 870. O programa Ciência Sem Fronteiras também arcará com as taxas escolares. De acordo com a presidente Dilma Rousseff, os bolsistas serão escolhidos por mérito, sendo contemplados aqueles que atenderem critérios como produção científica diferenciada, nota acima de 600 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e premiação em olimpíadas científicas, em especial a de matemática. A distribuição das bolsas levará em conta, ainda, a representação étnica, social e regional. Porém, é necessário se atentar que tão fundamental quanto o desempenho acadêmico, como a nota no Enem e a premiação em olimpíadas, é o domínio de uma segunda língua, em especial o inglês. Para conseguir a bolsa e, principalmente, aproveitar todas as oportunidades que esse intercâmbio pode oferecer para seu crescimento pessoal e profissional, o aluno deve ser capaz de se comunicar nesse outro país, se relacionar com os estrangeiros e realmente imergir nessa nova cultura. Um bom nível de oralidade na língua inglesa ajuda o estudante não só a absorver mais rapidamente o conhecimento mas também amenizar o choque cultural do novo ambiente.

Essa preparação deve ser feita porque o aluno brasileiro participa integralmente da vida no local escolhido, podendo, portanto, crescer junto com a comunidade e vivenciar toda sua cultura. Outra vantagem é a oportunidade de praticar o idioma na sua forma mais natural e verídica, com gírias e coloquismos. Quem quiser aproveitar essa e outras oportunidades precisa investir no aprendizado de outros idiomas, pois o mercado de trabalho está cada vez mais exigente em relação a essa capacitação. Com apenas dois anos o estudante consegue se comunicar bem em inglês, seja para conversar com amigos, viajar ou para trabalhar. Ele pode, ainda aprofundar seus conhecimentos para conseguir certificados de proficiência, como o Test of English as a Foreign Language (TOEFL) e o Test of English for International Communication (TOEIC), exigidos de quem vai estudar e trabalhar no exterior. O Ciência Sem Fronteiras é, sem dúvida, uma excelente oportunidade para o aluno, oferecendo a ele qualificação diferenciada e experiência internacional, tão almejadas por todos e valorizadas pelas empresas empregadoras. O programa pode, ainda, ser um estímulo para que mais jovens se interessem pelo aprendizado do inglês e se planejem para aprendê-lo, ampliando, dessa forma, suas próprias fronteiras.”
(MÁRCIO MASCARENHAS, Presidente da rede Number One, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de agosto de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 24 de maio de 2011, Caderno ECONOMIA, Coluna BRASIL S/A, página 13, de autoria de ANTÔNIO MACHADO, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Apagão de cérebros

O Brasil está diante de um problemão – e não tem nada a ver com as mazelas triviais da economia, como a inflação. O problema até parece prosaico, mas é sério: as intenções de investimento no país estão se avolumando e não há economia preparada para recebê-los.

Sabe-se da carência da infraestrutura, com estradas deficientes, portos operando no limite, energia abastecida com termoelétricas caras e poluentes, cidades engarrafadas, estrutura de saneamento limitada. Pouco se fala de outra carência dramática e sem solução em curto prazo: o apagão de cérebros e mão de obra especializada.

Estudo da consultoria McKinsey estima um déficit de cerca de 130 mil engenheiros em 2013. Números recentes da Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, relativos a 2008, situam a taxa de formação no ensino universitário em níveis muito aquém do necessário, com a economia crescendo à base de 4% ao ano sob o impulso de novos investimentos. É de 0,48 ao ano por habitante, contra 0,91 nos EUA, 1,00 na França, 1,40 na Rússia.

O número de graduados/ano per capita na faixa de 20 a 30 anos de idade é de 2,43 no Brasil. Na Rússia, França e Inglaterra, é mais que o triplo. Nos EUA chega a 6,36, patamar semelhante ao da taxa de graduados na Índia e China. Sem gente preparada, muito projeto só sairá do papel se tiver ampla assessoria externa.

Números da Secretaria de Tecnologia de Pernambuco, estado com uma das mais altas taxas de negócios emergentes no país, estimam que o déficit na disciplina física passe de 70 mil. E o Ministério de Minas e Energia considera a construção de quatro usinas nucleares, além das duas existentes em Angra dos Reis e outra em construção.

A própria Petrobras se serve de pessoal especializado do exterior em suas plataformas, contornando as restrições ao emprego de mão de obra estrangeira com contratos temporários ou com cláusulas que preveem a operação dos equipamentos pelos prestadores de serviços.

Sair dessa situação leva tempo. A presidente Dilma Rousseff está com o programa de enviar 70 mil bolsistas às universidades dos EUA até 2014 para especialização em áreas técnicas, conforme o tratado assinado durante a recente visita de Barack Obama a Brasília.

É o que o Japão, Índia, China e Coreia do Sul, todos com políticas de longo prazo de especialização de jovens nos EUA, fazem há mais de 30 e 40 anos. Mas em tais países a formação escolar demandada pela inovação tecnológica que os distingue foi concomitante e até antecedente à industrialização de ponta. Aqui ainda mal começou.

Competição do pré-sal

O resultado do despreparo profissional está em toda parte. Pegue-se a instalação dos centros de pesquisa e desenvolvimento no país por grandes empresas estrangeiras. É fruto do trabalho de atração da Petrobras e do BNDES, em grande parte motivada pelo pré-sal.

A IBM, o BG Group e a GE, entre as maiores, estão instalando seus laboratórios no Rio. Só o da GE está orçado em US$ 550 milhões. De onde vêm os pesquisadores? Boa pergunta. Para acelerar a inovação tecnológica, está se descobrindo o pouco que há em outras áreas.

Desfalque de talentos

À falta de oferta de quadros técnicos em nível superior, agravada pela restrição à entrada de profissionais estrangeiros, mesmo como professores ou pesquisadores convidados, tais centros foram à caça em universidades e incubadoras de projetos nascentes, desfalcando os talentos dos escassos laboratórios de desenvolvimento nacional.

Além da baixa taxa de graduação superior, a maioria dos graduados não atende às novas demandas. As áreas de engenharia, manufatura e construção formam apenas 5% dos graduados, pelos dados da Unesco, contra, por exemplo, 16% na França e 22% na Rússia. Graduados em ciências equivalem a 7% no país. Inglaterra e Alemanha formam 13%.

Sem o olhar atrevido

O déficit de pessoa qualificado seria maior, se muitas empresas não cuidassem elas mesmas de formar o seu pessoal. Mas em algumas atividades a formação técnica requer habilidades não compensadas por programas internos de treinamento, como as áreas de tecnologia de informação, ou, simplesmente, TI. O déficit nessa área, segundo compilação da McKinsey, foi de 71 mil profissionais no ano passado e deverá chegar a 200 mil em 2013. A demanda por engenheiros seria já o dobro da oferta atual de 32 mil formados por ano.

O governo está ciente dessas dificuldades. O senso de urgência é que deixa a desejar, além de também faltar o “olhar” atrevido para o que está mais para oportunidade que para problema. Já ajudaria o governo constatar que se mais não faz é pela sua falta de ousadia.”

Eis, portanto, mais páginas contendo GRAVES, OPORTUNAS, ADEQUADAS e até CONTUNDENTES abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA, INADIÁVEL e URGENTE necessidade de PROBLEMATIZARMOS as CRUCIAIS QUESTÕES que estão INDICANDO, com fortes CORES, que o PAÍS vem gerando problemas que não podem ser resolvidos com o mesmo tipo de PENSAMENTO que vinha sendo SENDO transmitido, até agora, de GERAÇÃO em GERAÇÃO, tais como:

a) a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, como um INDOMÁVEL DRAGÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, atravessando SÉCULOS e entranhando em TODOS os níveis da vida brasileira;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS suas MODALIDADES:
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, ultrapassando o patamar de

R$ 2 TRILHÕES, a custo de ENCARGOS deveras INSUPORTÁVEIS...

E, como sabemos, e bem, são GIGANTESCOS DESAFIOS, pois a FALTA de PRIORIZAÇÃO da EDUCAÇÃO afeta diretamente, como vimos, a QUALIFICAÇÃO, a CONSCIÊNCIA CRÍTICA, a CULTURA, a CIÊNCIA, a TECNOLOGIA, a PESQUISA e DESENVOLVIMENTO, a EXTENSÃO, a QUALIDADE, a PRODUTIVIDADE, a COMPETITIVIDADE, enfim, nos AFASTA dos DOMÍNIOS da economia GLOBALIZADA; e as outras QUESTÕES são responsáveis pela SANGRIA de nossa ECONOMIA, MINAM a nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA e AFETAM a CONFIANÇA e o APOIO da SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA e dos PARCEIROS internos e externos...

Mas, NADA, absolutamente NADA, ABATE o nosso ÂNIMO e nem ARREFECE o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS em 2012 (RIO + 20), a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!....

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A CIDADANIA, A REFORMA POLÍTICA E A LIÇÃO DE UMA SEM-VERGONHA

“A PÁTRIA E A HUMANIDADE

O Brasil precisa celebrar a sua Data Nacional, o 7 de setembro, como muitos outros países o fazem: valorizando nossa forma única de ser no mundo – nem melhor nem pior que a dos povos de todas as outras nações. E dando um novo conteúdo ao patriotismo. Defender a pátria, hoje, é torná-la sempre mais democrática e justa. Ter orgulho de ser brasileiro é crescer, sempre e mais, como cidadão ativo, mais altruísta do que egoísta, mais voltado para a cooperação do que para a competição, mais criativo do que apenas “eficiente”, vivendo mais na simplicidade que na sofisticação, pensando no mundo inteiro. É compreender, no dia a dia, o alerta de Gandhi, o líder da independência da Índia, país irmão: “há, no mundo, o suficiente para todas as necessidades humanas; não há é para a cobiça!”.”
(CHICO ALENCAR – RJ, autor de Cântico das Criaturas, Coragem e Esperança do Mundo, VOZES).

“Lição de uma sem-vergonha

A Catharanthus roseus é uma planta muito comum em qualquer jardim. A florzinha que dá em qualquer canto é encontrada em todo o território nacional. Carrega sua falta de valor no próprio nome, maria-sem-vergonha, mas produz uma substância muito valiosa no combate ao câncer, a vincristina. Porém não somos capazes de explorar esse benefício de maneira satisfatória, pois exportamos essa planta para ser transformada no medicamento e depois a importamos novamente a custo muito mais elevado.

Somos uma nação rica em recursos naturais. Possuímos uma quantidade incalculável de recursos incalculáveis oriundos de nossa biodiversidade. Uma política econômica não específica, assim como uma carga tributária sufocante, são os fatores que travam a pesquisa e o desenvolvimento das potencialidades nacionais.

A soberania do país fica em xeque com produtos da fauna nacional sendo explorados pelo capital estrangeiro. A biodiversidade do país e seu potencial de gerar riquezas ficam subaproveitados. O Brasil importa aproximadamente 80% dos insumos farmacêuticos utilizados como matéria-prima na produção interna de medicamentos.

É fundamental o desenvolvimento de uma indústria de tecnologia capaz de aproveitar todos os nossos recursos, não só na pesquisa de base, de exploração, mas na capacidade de transformação desses insumos naturais em medicamentos, energia, produtos acabados, sejam eles quais forem.

Com a crise do mundo desenvolvido e a consequente valorização do real, o fenômeno da desindustrialização do país tornou-se tema de contestação de sindicatos e empresariado e o governo reagiu divulgando em agosto seu plano industrial, que entre outras coisas aumenta a meta de investimento em inovação. Um crescimento significativo no percentual de investimento do governo brasileiro deve ser acompanhado pelo mesmo comportamento no setor privado. Entretanto, a tarefa é árdua e muito cara, e deve, portanto, receber subsídios. Entre 75% e 90% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) da indústria farmacêutica não geram nenhum produto. Entretanto, quando o investimento não é realizado, o país fica vulnerável e sua soberania maculada.

A falta de mobilização do setor condena o Brasil a um grande déficit na saúde. Atualmente, o governo federal gasta R$ 10 bilhões com a importação de produtos para a saúde. Desses, cerca de US$ 6 bilhões são de medicamentos. O Ministério da Saúde é o maior comprador de medicamentos do país e tê-lo como aliado é fundamental para estimular o parque nacional farmoquímico. O fato de importar quase a totalidade dos medicamentos faz com que haja déficit comercial de aproximadamente US$ 6,6 bilhões, segundo dados do Ministério da Saúde.

Entretanto, além do fomento da indústria de inovação, outro ponto central nesse debate é o incentivo à geração de pesquisa e desenvolvimento nas universidades brasileiras, desburocratizando e valorizando o capital intelectual nacional. Não se pode participar da economia global apenas como exportadores de matéria bruta ou mão de obra barata e ficar dependente de tecnologia externa. Por meios desses recursos, o país deve buscar desenvolvimento e domínio de todas as etapas da tecnologia que com eles estão envolvidos.

O investimento em inovação do setor privado no país é inferior ao do setor público, entretanto o que falta não é capacidade de investimento. Faltam subsídios e desoneração tributária para o setor de inovação. A maria-sem-vergonha é apenas a ponta do iceberg, mas é um caso emblemático de como não se deve subestimar o potencial da biodiversidade do país.”
(ANA AULER M. PERES, Coordenadora e professora do MBA em gestão de sistemas e serviços de saúde da Faculdade de Medicina de Petrópolis e BRUNO FREIRE, Conselheiro no Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro e gestor da farmácia do Hospital Alcides Carneiro, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de setembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 4 de setembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SACHA CALMON, Advogado tributarista, coordenador do curso de especialização em direito tributário da Faculdade Milton Campos, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A reforma política

É cediço que o expositor tenha o postulado epistemológico de delimitar o objetivo de sua exposição. O sistema eleitoral está imbricado na reforma política, que não se resume a disciplinar a suplência dos senadores, mudar o dia da posse dos eleitos ou sugerir o financiamento público das campanhas eleitorais, assuntos de menor monta. Vejamos as eleições proporcionais.

Vale discorrer sobre o “distritão”. Significa que vereadores e deputados devem ser eleitos pelo número dos votos obtidos , seja qual for o partido deles, dividindo-se entre todos os postulantes de dada sigla partidária os votos da legenda. Desaparece o coeficiente eleitoral, a favorecer as pequenas legendas, os puxadores de votos, seja o deputado Tiririca, seja o senador Aécio Neves, bem como os formiguinhas (um rol rabilongo de candidatos gerando poucos votos para os mais votados da legenda). O mote no caso seria: cada eleitor um voto e cada eleito com os seus votos. Por outro lado, os políticos de nomeada, bem avaliados, bem poderiam destinar parte de seus votos para os companheiros de legenda, num processo interna corporis de valorização de seus próceres e das bases eleitorais, aumentando-se o entranhamento entre os eleitores, os candidatos e as lideranças locais.

O voto distrital misto, segundo o qual os eleitores, no âmbito de cada estado, votariam em dois candidatos para os cargos eletivos estaduais e federais. Um deles seria votado no estado inteiro. O outro no distrito, sob a justificativa de ficar junto ao distrito, em defesa do distrito, próximo à opinião dos seus eleitores no distrito. Quanta poesia e engano nessa inviável proposta. Vamos aos exemplos para nos convencermos de sua inutilidade. Como dividir os distritos na zona metropolitana de São Paulo, com 22 milhões de pessoas? Em Manaus vivem 90% da população do Amazonas. Como dividir os distritos?

Digamos que a Minas, com cerca de 12 milhões de eleitores, sejam atribuídos 72 deputados estaduais e 48 federais, só para exemplificar. Trinta e seis federais seriam distritais e trinta e seis regionais. Vinte e quatro estaduais seriam distritais, e os da outra metade regionais. A uma, teríamos distritos federais e estaduais desiguais. A duas, os distritos seriam enormes, a englobar vários municípios com características diversas, às vezes até conflitantes, em razão de disputas intermunicipais. Basta imaginar um distrito conjugando Fabriciano e Ipatinga. A três, o deputado distrital seria um corretor dos interesses locais, um obstinado proponente de emendas parlamentares, buscando verbas para festas, ONGs, pontes, escolas, centros de treinamento fictícios, centros sociais, ambulatoriais etc., a tornar o orçamento do estado e da União colchas de retalhos, a favorecer a corrupção institucionalizada.

As emendas parlamentares são excrescentes. Deputados não têm direito algum a receber verbas do orçamento pro domo sua. Foram eleitos para fazer leis e não para se autopromoverem e se autofartarem da res pública, à custa dos contribuintes e da desorganização dos orçamentos. A função das Casas legislativas é cooperar na formação dos orçamentos e fiscalizar a execução orçamentária, jamais se locupletarem dele. São eleitos pelo que o partido representa (correntes de opinião). Quanto aos cargos em comissão a ideia, no particular, é diminuí-los, na União principalmente, mas abrangendo estados e municípios. Como contraponto, teríamos uma burocracia estável, profissionalizada, com base na meritocracia, típica das carreiras do Estado como nos EUA e na Europa. Dizem que temos mais de 40 mil cargos em comissão nos três níveis da federação, sendo 22 mil na União, a receber polpudos ganhos em desfavor do princípio da eficiência.

Está claro que a hipertrofia do Estado no presidencialismo de coalizão, quadro que se reproduz nos estados, sem que tenhamos partidos programáticos, apenas oportunistas, atrais os políticos em seus 28 partidos a usarem o Estado, seus cargos, seus contratos e suas verbas, seus empregos como instrumentos de arrecadação de fundos para as agremiações e para si próprios. O Estado brasileiro, como se organiza, induz à corrupção.

O pluripartidarismo amorfo do Brasil é um liquidificador de interesses espúrios, a exigir barganhas em troca de governabilidade. A fidelidade partidária, com temperamentos, deve ser fortalecida (o voto é do partido). A mudança partidária deve ser regrada com austeridade. A lei Ficha Limpa deve ser mais aprimorada ainda. O voto em lista fechada é caciquismo, coronelismo, mandonismo. O financiamento público de campanha é pura enganação. Devemos incentivar as doações individuais e corporativas como nos EUA. É impossível detê-las e punir exemplarmente os financiamentos ocultos, primeira etapa da corrupção. O foro privilegiado merece extirpação e varas especializadas em corrupção política são imprescindíveis.”

Eis, pois, mais páginas contendo IMPORTANTES, OPORTUNAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de IMPLEMENTARMOS legítimas e AUTÊNTICAS reformas ESTRUTURAIS e, ao mesmo tempo, PROBLEMATIZARMOS aquelas que são CRUCIAIS QUESTÕES para a PLENA consolidação do PAÍS no rol das NAÇÕES prósperas, DEMOCRÁTICAS e DESENVOLVIDAS, tais como:

a) a EDUCAÇÃO - e de QUALIDADE, em toda sua ABRANGÊNCIA estrutural como INOVAÇÃO, CRIATIVIDADE, CIÊNCIA, PESQUISA, DESENVOLVIMENTO...;
b) a INFLAÇÃO;
c) a CORRUPÇÃO;
d) o DESPERDÍCIO;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA.

Se, e é CERTO, os RECURSOS são INCALCULÁVEIS, do outro lado também os RALOS são de INSONDÁVEIS profundidades, o que ATESTA a INUTILIDADE de LAMENTARMOS a ESCASSEZ e mesmo FALTA de DINHEIRO PÚBLICO... e de CONFIANÇA e APOIO da SOCIEDADE CIVIL e ORGANIZADA...

Mas, NADA, absolutamente NADA, ABATE o nosso ÂNIMO e nem ARREFECE o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a 27ª CONFERÊNCIA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, A OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ , da IGUALDADE e FRATERNIDADE UNIV ERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A CIDADANIA, OS PROBLEMAS HUMANOS E A MISSÃO DE ENSINAR

“Os grandes problemas humanos
Sempre me causou estranheza a afirmação de que meu vizinho é o “meu semelhante”, sabendo como sei das profundas diferenças que existem entre nós. E como esse “problema” me vem preocupando de longa data, desejo destinar a ele algumas considerações, com base na mais moderna ciência biológica, que é a Engenharia Genética. Já o velho Carrel, em dois de seus livros “O Homem, Esse Desconhecido” e “O Homem Perante a Vida”, procurou chamar a atenção dos cientistas da sua época para as “diferenças individuais” responsáveis por todos os grandes e pequenos problemas que sempre põem em tumulto a espécie humana.

Gilin, um de meus mais famosos professores na Universidade de Wisconsin, disse, em aula, uma coisa que, desde então, me causou profunda impressão. Sua afirmação foi a seguinte: “tudo o que existe sobre a face da terra pode ser resumido em quatro gêneros distintos: o gênero racional, que é representado pelos seres humanos; o gênero sensitivo, que é representado pelos animais; o gênero vegetativo, que é representado pelos vegetais e, finalmente, o gênero insensível, que é representado pelas pedras e pelos minerais. Quando observamos esses gêneros, verificamos que, entre três deles, o que predomina é a “semelhança entre os seres”, e só no gênero humano é que predominam as “diferenças”, pois na realidade, entre nós, não há duas “criaturas iguais”. E é em virtude dessas “diferenças”, entre os seres humanos que a nossa sociedade é a mais instável e mais inquieta que existe sobre a face da terra.

Na verdade, a vida é uma eterna luta, porque é graças a ela que se mantém o chamado equilíbrio biótico, segundo o qual uns seres vivem à custa dos outros, e é a isso que os cientistas chamam equilíbrio dos seres vegetais e animais, para que o Homem possa sobreviver na face da terra. Mas, uma coisa é certa: entre os seres da mesma espécie não existe a “guerra de extermínio” que, às vezes, existe entre os seres humanos. Além disso, se meditarmos bem, estamos, a cada passo, lutando contra o “nosso semelhante” pela posse da riqueza, pela posse do poder, da consideração, do prestígio, enfim a luta entre os seres humanos, é uma guerra constante, em que uns possuem tudo, e outros quase nada. E é assim a Vida Humana, diferente da vida das espécies animais, das espécies vegetais e das espécies insensíveis. Ora, quando meditamos sobre esse estado de coisas, chegamos à conclusão de que o Homem, com toda sua racionalidade, ainda terá que caminhar durante milênios para alcançar a paz que existe entre as demais espécies que com ele convivem e das quais ele retira os meios de sua própria sobrevivência.

Meus estudos sobre as ciências de quase meio século, cada dia me convencem de que tem razão o velho mestre Barnett de que “o Homem vive há mais de dois milhões de anos, num mundo que ele ainda não conhece”. E a grande verdade a esse respeito começa pelo desconhecimento de si mesmo. Ainda não conhecemos a nossa natureza, a despeito de todos os estudos levados a efeito pelos ciências biológicas, sobretudo pela chamada Engenharia Genética, com base no DNA. Ainda não foi possível a esses cientistas, nas suas pesquisas de laboratório, a conhecer a combinação dos cromossomos, no instante preciso do misterioso processo de fecundação. É possível que eles consigam isso, mas até agora essa operação tem sido uma das mais difíceis e sutis encontradas por eles. Ora, quando isso acontecer, muitas das ciências sociais como a Economia, a Psicologia, a Antropologia, a Política, a Sociologia poderão ser empalhadas em museus. E então, os grandes problemas humanos, que têm atormentado o gênero humano, desde o Gênesis, certamente desaparecerão, porque, com eles desaparecerão, também as “diferenças” entre os seres humanos, se estes não derem cabo das conquistas que alcançaram até aqui, num clima de luta, chegando a uma completa guerra de extermínio.

Em síntese, o atraso no campo das ciências humanas ainda irá certamente manter por milênios a “luta entre os nossos semelhantes”, que, nem no “bom senso” costumam comportar-se de maneira idêntica, ou semelhante. Este é, enfim, um dos grandes problemas que me preocupam em face das grandes esperanças de paz e de justiça que afloram à alma do povo toda vez que, politicamente, ele procura renovar seus quadros...

Não creio que cheguemos a pensar, sentir e agir de maneira uniforme e semelhante, mas a Ciência deve buscar a chave para a solução dos problemas dos seres humanos sem o recurso da emulação e da hostilidade, sob pena de aniquilamento da espécie e de tudo o que construímos até aqui.”
(EDGAR DE VASCONCELOS, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de dezembro de 1994, no Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e Caderno, edição de 26 de novembro de 1994, página 7, de autoria de HONÓRIO TOMELIN, Diretor executivo da UNA Ciências Gerenciais, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Vale a pena ensinar

Para Guimarães, “Mestre é aquele que de repente, aprende.”

O mestre Guimarães Rosa definiu muito bem o que acontece de repente com o professor. De repente, sente-se docente e discente, ao mesmo tempo.

“De repente” não tem aí, em Guimarães Rosa, o monsense do modismo, uma vez que a expressão está em moda, nada significando. Para muitos entrevistados, tudo acontece de repente...

Repentinamente, isto é, de súbito, o professor se descobre como peça-chave de um processo e, num “insight”, fruto de reflexões latentes, se despe para si mesmo, numa espécie de auto-radiografia. Vê-se altamente responsabilizado como agente de transformação social, desempenhando uma função primordial, que requer competência pedagógica, didática e de conteúdo. Ao mesmo tempo, de repente a radiografia revela: é, de modo geral, desprestigiado, insuficientemente remunerado, desprovido de recursos bibliográficos (ou sem tempo para recorrer às bibliotecas), enfim desaparelhado. Seu tempo é tomado integralmente (muitas aulas por semana), mas não tem dedicação exclusiva. Fragmenta-se em auto-locomoção, perde-se robotizado em repetições das mesmas lições de manhã, de tarde e de noite. Da parte da sociedade é visto como um despreparado, sempre aquém das exigências. O aluno o quer como um “Doutor Sabe-Tudo”. Para o Estado, cuja prioridade teórica é a Educação, o professor é salvador da pátria. Com ou sem condições efetivas de trabalho, ele tem que redimir o País de todas as mazelas, plasmando, por força de discursos políticos e frases de impacto, mas sem efeito, crianças e jovens, uma matéria-prima humana sempre desconhecida e oriunda de realidades sociais muito diversificadas. Versificado na poesia, o professor é um mito; desvalorizado na prática, é ele aquele que, de repente, aprende. Aprende que sua profissão não é sacerdócio, embora seja missão; que sua influência é enorme, conquanto não seja mensurável; que seu trabalho intelectual, de fundo ideológico, acaba por servir aos poderosos; que, de repente, é mais aluno que professor...

Sendo este um auto-retrato, é também um retrato do País, de “Pombal a Passarinho”, de Passarinho aos nossos dias.

O aluno, por sua vez, também não tem dedicação exclusiva. Forçado a trabalhar de dia e estudar de noite, prefere, passivo, aulas expositivas, ora cochilando, ora flanando, matando aulas.

É, pois, longo o caminho a percorrer. O desenvolvimento não se dá num passo de mágica. Que o digam os países desenvolvidos! Enquanto isso políticos se elegem ou se reelegem na base do engodo. Poucos são os que se propõem e propõem um projeto social de transformação efetiva e eficaz, preferindo lutar – e como! – em seu próprio interesse. Principalmente o Legislativo. Os filósofos e pensadores iluminados que prepararam a Revolução Francesa também arquitetaram a constituição de 3 poderes para sustentar a democracia em substituição à monarquia. Leia-se por exemplo Montesquieu e Jean Jacques Rousseau para se compreender o gigantesco esforço que movimentou uma nação em busca da Liberdade, Igualdade e Fraternidade e a consequente consolidação do Estado moderno. Se nossos políticos fossem estudiosos, principalmente os deputados do 2º e 3º grau (estadual e federal), se deveriam preocupar com o próximo fim do Legislativo, pois com 43% de votos nulos e em branco (média nacional para essas duas representações) podem perfeitamente entender que com mais de 8% de recusa, o Congresso e as Assembléias perderão a legitimação de um dos poderes republicanos, exatamente o deles (o representativo). Estou sendo didático, para que não se diga que alguém não foi claro. Poderão continuar deputados, mas com expressão de minoria, legislando para a maioria.

O Executivo é, por natureza, mais fiscalizado, mais cobrado e, sendo menos estável, mais vulnerável às denúncias. Autocensor, o Legislativo no Brasil se tem esvaziado por excesso de concessões e liberalidades internas. Muitos cidadãos optaram por anular o voto ou fazê-lo em branco. Infelizmente, quem escolheu seu candidato talvez o tenha feito criteriosamente, haja vista a proliferação do voto útil, em decorrência das pesquisas.

O professor é aquele que, de repente, aprende e, habitualmente, ensina que, apesar de tudo,

VALE A PENA ENSINAR.”

Eis, portanto, mais CONCISAS, PROFUNDAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÔES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROBLEMATIZARMOS as QUESTÕES CRUCIAIS que estão a EXIGIR o melhor da nossa INTELIGÊNCIA, SABEDORIA, DISCERNIMENTO e. sobretudo, do nosso AMOR à PÁTRIA e DEVOÇÃO aos legítimos INTERESSES e ASPIRAÇÕES do nosso POVO, como, à guisa de EXEMPLO:

a) a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, ainda permanente PESADELO para o PAÍS:
c) a CORRUPÇÃO, campeando por TODOS os SETORES da vida PÚBLICA;
d) o DESPERDÍCIO, em suas múltiplas MODALIDADES e FEIÇÕES:
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, ultrapassando a ASTRONÔMICA cifra de R$ 2 TRILHÕES e já anualmente consumindo algo em torno de R$ 200 BILHÕES...

E, assim, nesse COMPASSO, faltam recursos para as EXTREMAS necessidades de atender um extenso ROL de INVESTIMENTOS na MODERNIZAÇÃO e COMPETITIVIDADE nacionais, como: a INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos etc.), a SAÚDE, o SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto sanitário TRATADO, lixo TRATADO e MACRODRENAGEM PLUVIAL), MEIO AMBIENTE, SEGURANÇA PÚBLICA, LOGÍSTICA, MOBILIDADE URBANA (célere o CAOS se instalando por TODO o PAÍS (até médias CIDADES), ENERGIA, COMUNICAÇÕES, ABASTECIMENTO...

São GIGANTESCOS DESAFIOS que, mais ainda, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL para a CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, DEMOCRÁTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013; a COPA DO MUNDO DE 2014; a OLIMPÍADA DE 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, IGUALDADE e FRATERNIDADE...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...