sexta-feira, 20 de maio de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A VIOLÊNCIA E A IMPUNIDADE


 “Impunidade e educação

A chacina do Realengo, no Rio de Janeiro, deixou a sociedade brasileira chocada no mês passado. Em meio a tantas opiniões de especialistas e anônimos, chamou  a atenção a ausência de uma discussão mais profunda sobre o que se pode fazer para evitar acontecimentos do gênero. A resposta está na educação. Como estamos educando nossos jovens? Quais os conteúdos valorativos que estão sendo incutidos na sociedade?

Vivemos um século de avanços nos conceitos universais dos direitos humanos. Não há dúvida de que toda a humanidade pugna pela paz, pelo amor fraterno e pelo bem, que pode, objetiva e simplesmente, ser considerado como não fazer ao outro o que não desejamos que façam conosco. É imprescindível que o ensino intelectual seja profundamente modificado para se tornar mais valoroso, não apenas do ponto de vista econômico, mas também no aspecto social.

Para tanto, necessitamos urgentemente que a reforma educacional passe a impor a criação de matérias próprias voltadas para o aperfeiçoamento da inteligência emocional e dos valores espirituais universais, como caridade, ética, paz, harmonia e sustentabilidade. Para que se possa considerar um ser de fato inteligente, a pessoa deve exercitar suas competências intelectuais, emocionais e práticas. Entretanto, apenas a competência intelectual em sendo exercitada e cobrada nas escolas e concursos públicos. O resultado é um pernicioso desequilíbrio.

É curioso como passamos anos ensinando aos jovens a estrutura química da bolha de sabão, fórmulas complicadas da física, equações complexas da matemática, mas não gastamos um centavo público ou privado para ensinar nossos jovens a serem amorosos, pacíficos e a respeitarem o direito alheio. Não se ensina a dominar as próprias emoções nem quais delas precisam ser cultivadas e quais outras precisam ser transformadas. Em suma, estamos nos transformando numa sociedade partida, em seres incompletos, não integrais.

Uma interessante proposta de mudança educacional foi lançada pela Unesco através do relatório Jacques Delor. Trata-se da educação integral baseada no aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Denizard de Souza ressalta que a “educação do ser integral contempla a aprendizagem para a convivência. Dessa forma, educa-se para o equilíbrio das relações das relações humanas, macrossociais e ambientais.”

Será que se o assassino do Realengo tivesse cursado uma educação integral teria feito o que fez? O que nos trará mais resultados: enrijecer nossas leis penais para reduzir a impunidade ou ensinar melhor nossos jovens para que não precisem ser punidos? No caso, não perdoar o assassino, é cultivar emoções destrutivas para si e para os outros. Transformemos então nossas revoltas em ação produtiva. Vamos mudar nossa educação. Como disse o papa João Paulo II: “Não há paz sem justiça, não justiça sem perdão”. Eu acrescentaria que não há perdão sem amor. Mas quem vai nos ensiná-lo?”
(CRISTIANO DE FREITAS FERNANDES, Advogado, especialista em direito empresarial, sócio da Advocacia Fernandes Melo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE, OPORTUNA e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, edição de 5 de maio de 2011, página 7, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Ode à impunidade

O Brasil vivencia uma inquestionável e preocupante crise de segurança pública, com índices de criminalidade crescendo vertiginosamente. Os dados do Mapa da Violência 2011, estudo produzido numa parceria entre o Instituto Sangaria e o Ministério da Justiça, divulgado em fevereiro deste ano, apontam que o país, em 2008 – último a ser computado no estudo – voltou a ter um número total de homicídios superior a 50 mil, exatamente como acontecia em 2003. A violência cresce de forma generalizada por todas as regiões do território nacional, apenas com pontuais exceções. Num cenário deste, é de se espantar que alguém possa comemorar medidas que favoreçam a impunidade, afastando ainda mais os criminosos de suas penas. Mas há quem o faça: em especial ONGs contumazes defensoras dos direitos dos agressores, sob o rótulo de “humanos”, como se humanas não fossem todas as suas incontáveis vitimas.

O fato que se devia lamentar é a aprovação pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei nº 4208, através do qual se permite adotar penas alternativas em substituição à prisão provisória, instituto do processo penal que possibilita tirar de circulação, de forma célere, criminosos com culpabilidade evidenciada, até seu julgamento. Caso o projeto aprovado pelos deputados se torne lei, criminosos que hoje são presos e aguardam o julgamento detidos ficar em liberdade, pondo em risco toda a sociedade, vítima potencial de suas ações. E isso é para se comemorar? Para as referidas ONGs, sim; aliás, não só para se comemorar, mas para se alardear como grande conquista, tal como hoje estampa seus sites oficiais na rede mundial de computadores.

Tais ONGs parecem não manter relação próxima com a realidade, vivendo num  eterno utópico conto de fadas, em que bandidos são vítimas e as reais vítimas são sempre culpadas. Basta uma singela leitura nos jornais ou uns instantes à frente de um noticiário da TV para sermos bombardeados com grande quantidade de exemplos de criminosos que, postos em liberdade sem ainda terem cumprido a pena, fogem e voltam a se dedicar à atividade delituosa. São inúmeros os crimes cometidos por presos que estão em regime semiaberto; inúmeras as fugas de quem recebe autorização para se ausentar da cadeia em feriados; incontáveis as reincidências de quem recebe indultos; incontestável o aumento da violência urbana nas épocas em que estes são concedidos. A falência do sistema é tamanha que nem mesmo o monitoramento eletrônico de presos em liberdade provisória funciona no Brasil, pois as tornozeleiras, que a tanto se prestam, são por eles cortadas, sem nenhuma preocupação com novas punições ou mesmo o temor da reacptura.

Se, com as leis atuais, já são tantos os casos de reincidência criminosa dentre aqueles que conseguem provisoriamente a liberdade, o que se pode esperar de uma realidade em que a prisão sequer seja efetuada?

Retomando-se os valiosos dados do Mapa da Violência 2011, a situação do estado de São Paulo desponta como a exceção ao crescimento da criminalidade e exemplo cabal de que sua redução, de modo imediato, somente  se pode alcançar com efetiva punição dos criminosos, o que, claro, inclui a prisão. Prova disso é que o estado, além de ter incrementado significativamente seus índices de resolução de crimes, igualmente vem efetivamente punindo os criminosos com penas privativas de liberdade, a ponto de haver hoje em São Paulo nada menos que 40% da população carcerária de todo o país, quando sua população total não ultrapassa os 12% do povo brasileiro. É a prova de que prisão, como elemento primário de redução do crime, é o que efetivamente funciona.
Com efeito, não há dissenso entre os especialistas na área quanto à causa imediata da alarmante criminalidade em que vivemos: a impunidade. Abraçar qualquer causa que a favoreça é, para se limitar ao básico, um enorme desserviço à sociedade, beirando a insanidade.”

Eis, pois, mais GRAVES e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para os GIGANTESCOS DESAFIOS a serem enfrentados a partir da SAGRADA eleição da prioridade do PAÍS: a EDUCAÇÃO, em toda sua PLENA abrangência e, até agora, não sendo ASSIM, vivemos num mar de INSEGURA PÚBLICA, engendrando mais e mais DESIGUALDES e DESEQUILÍBRIOS sociais e regionais...
Mas, NADA, NADA mesmo nos ABATE o ÂNIMO e o ENTUSIASMO, e ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS E POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS  e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDADES SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...
  

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A CIDADANIA, O DINHEIRO DA COPA, A DEMOCRACIA E A VERDADE

O dinheiro da Copa

As obras para a Copa o Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 podem custar muito mais caro ao país do que imagina quem vai pagar por elas, ou seja, o contribuinte. O governo quer compensar o tempo que perdeu até agora, por meio de um afrouxamento das regras de licitação de contratos, especialmente quanto aos projetos de infraestrutura de transporte e de estádios. Para isso, fará aprovar, o mais rapidamente possível, a Medida Provisória (MP) 521/10, que, originalmente nem tratava do assunto – tratava de remuneração de médicos residentes. Uma providencial emenda preparada pelo governo e aceita pela relatora da matéria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), acrescentou ao texto a criação e um arranjo denominado Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC). Por essa via, os rigores da legislação para o emprego de dinheiro público na contratação de obras e outros serviços serão perigosamente atropelados.

Especialistas ouvidos pelo Estado de Minas alertam para o fato e que o afrouxamento previsto na MP não será apenas uma porta aberta para o superfaturamento e o desvio de verbas. A dispensa de algumas exigências na fase e exame das propostas concorrentes pode colocar em risco não apenas o cronograma da obra como até mesmo a qualidade do produto final. Um dos graves inconvenientes patrocinados pela MP é o regime de contratação integral, que na iniciativa privada é conhecido como turn key. Nas contratações públicas esse sistema permite a seleção da empresa vencedora da licitação sem a apresentação o projeto básico e do projeto de execução. Será aceito apenas um anteprojeto, espécie de estudo preliminar que, segundo especialistas do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), não permite avaliar corretamente qual a melhor proposta.

Além dessa avaliação deficiente quanto à qualidade técnica do projeto e, portanto, da própria obra, o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), alerta para para a ampliação do risco de desvio de verbas. É que o anteprojeto não exige um orçamento detalhado da obra. Esclarece o Sinaenco que no detalhamento dos projetos é comum surgirem divergências entre o que está sendo realizado e o previsto. Não foi, portanto, sem motivo que o Ministério Público Federal (MPF) preparou documento em que desaconselha esse tipo de contratação e alerta para os graves riscos e desvio de verbas públicas. Parecem ter razão tantos especialistas, quando advertem que, preocupado com a celeridade das obras, para não dar o vexame de não ter preparado minimamente a infraestrutura que lhe cabe para a Copa, o governo está correndo risco ainda maior de gastar em excesso e mesmo assim o país não ter os benefícios e forma duradoura. Avisos não faltaram de que o governo estava ficando só nos discursos, enquanto o tempo corria contra o país da Copa. Mas nem esse atraso, nem a urgência que dele resultou, podem justificar a falta e cuidado com o dinheiro público. O verdadeiro desafio não é afrouxar a lei, mas cumpri-la. O Brasil ainda pode fazer bonito no megaevento, mas, para isso, precisa optar pela eficiência e abrir mão do jeitinho.”

(Editorial do jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 e maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, edição de 9 de maio de 2011, página 9, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE-MG), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Democracia e verdade

Uma palavra poderosa marcou a passagem do presidente Barack Obama pelo Brasil: democracia. Em todos os seus pronunciamentos, foi a palavra e ordem, repetia quase como um mantra, em todas as suas conotações: democracia nas relações bilaterais entre países, políticas e comerciais, e, também, entre governantes e governados – aqui ele se referia naturalmente aos acontecimentos no Oriente Médio, que neste momento atingem o seu momento mais agudo. Com sua fala, o presidente norte-americano nos oferece a oportunidade de acrescentar que transparência é um dos principais instrumentos da democracia. Nas sombras, nas trevas, na desinformação e, sobretudo, na manipulação da informação, a democracia

Esta constatação nos remete ao fenômeno Wikileaks, que, recentemente, colocou ao alcance da população mundial informações cuidadosamente escondidas por governos e empresas nos quatro cantos o mundo. A resposta foram reações iradas contra a ONG Wilileaks, seu temido site e seu gestor, Julian Assange, por aqueles que têm medo da verdade. São reações absolutamente sem sentido – afinal quem não deve não teme e, portanto, só deve se preocupar com o Wikileaks quem tem culpa no cartório, tenha o rabo preso com falcatruas e infrações de pequenas ou grandes dimensões. Que não se tomem tais conclusões como um defesa incondicional de Assange, certamente um personagem polêmico, mas premiado internacionalmente, mais de uma vez, pelo jornalismo investigativo que patrocina na defesa e governos abertos, liberdade de imprensa e contra a censura.

Na verdade, neste começo de século 21, o que importa é que vivemos a era da sociedade industrial e tem como principal característica a circulação irrestrita e instantânea e informações: seja pela internet potencializada pelos computadores de mão, tipo smartphones e tablets, ou pela mudança de comportamento das pessoas que se dispõem a escancarar sua privacidade e a compartilhar suas vidas por meio das redes sociais, como o Orkut, Facebook, Twitter e muitas outras plataformas ; seja pelo trabalho importante a chamada mídia tradicional, de massa, da qual este jornal é um exemplo importante. Muitos são os episódios recentes na história brasileira – o impeachment do presidente Collor, no começo dos anos 90, a CPI dos Anões do Orçamento, o Mensalão, o Mensalão do DEM. Como fatos mais marcantes, o caso da deputada flagrada recebendo maços de dinheiro, em Brasília, e o escândalo em uma Prefeitura do interior mineiro, noticiado pelo Estado de Minas e que revelou a espúria coalizão da última eleição municipal, envolvendo o conluio entre o prefeito eleito, dirigentes de partidos que o apoiaram e o loteamento de cargos públicos.

Felizmente, como se vê, não há mais a possibilidade e varrer atitudes erradas para debaixo do tapete, com o objetivo de manter escondidos atos e fatos que afrontam a ética e a moralidade, valores majoritários na sociedade mundial e brasileira, quer seja na vida pública ou na vida privada. No mundo empresarial, a marca de uma empresa não pertence mais apenas a ela ou ao seu controlador, assim como a marca de um governo não pertence mais ao governante. Estão todos expostos à avaliação permanente dos consumidores/eleitores, que trocam informações a todo instante, relatam suas experiências e uso e consumo, espalham notícias nas redes, transmitem em tempo real, pela web, para qualquer parte do planeta as impressões que tiveram, sejam elas positivas ou negativas.

Na era do conhecimento e da informação democrática, como proteger a reputação de marcas, de governos, de empresas e de pessoas? A resposta é o que preconiza ADCE: a prática permanente, consistente e coerente de atos corretos, que respeitem valores e princípios universais, amplamente incorporados pela sociedade, como ética e integridade, respeito e amor ao próximo, a busca do bem comum nas relações cotidianas. No mundo das empresas, a nova forma para diferenciar e fidelizar parceiros passa, necessariamente, por atributos antes desprezados, como a credibilidade, confiança, o atendimento permanente das expectativas. Enfim, o significado e a relevância que a empresa tem para a sociedade são proporcionais ao rastro de felicidade e bem-estar que ela deixa como legado para as gerações futuras.

Transparência é o nome do jogo, com informação democratizada. Nesse sentido a presidente Dilma deu exemplo de maturidade política ao descartar propostas extemporâneas do Plano Nacional dos Direitos Humanos (PNDH) que previam controle da imprensa. Há, no ar, um ideal democrático, que como um rastilho informativo e transparente se alastra nas novas mídias digitais e também na mídia tradicional. Quem não for capaz de percebê-lo acabará virando manchete.”

Eis, portanto, mais SÉRIAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que apontam para o ZELO e COMPROMISSO para com a condução do GOVERNO e SOCIEDADE de forma a CONQUISTAR – em DEFINITIVO e para o todo do MUNDO – CREDIBILIDADE, CONFIANÇA, RESPEITABILIDADE, TRANSPARÊNCIA, e, SOBRETUDO, amor à PÁTRIA, à VERDADE, à ÉTICA e ao LEGADO às GERAÇÕES FUTURAS...

São GIGANTESTCOS DESAFIOS, que, contudo, mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PERMITIR a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014 - que seja a COPA DA CIDADANIA e da ÉTICA -, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do século 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

terça-feira, 17 de maio de 2011

A CIDADANIA, OS RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO E PARA O BRASIL CRESCER

“Verbas da educação

Educação é fator maior de inclusão social e desenvolvimento e o Brasil investe mais na área. Mas, infelizmente há desvio de verbas, corrupção e mau uso o dinheiro público. Segundo a Controladoria Geral da União, o repasse de verbas para a educação representou 30,16% do total em 2010 e 62% das operações em parceria com a Polícia Federal. Escândalos recentes com bolsas o Programa Universidade para Todos (Prouni) e desvios de merenda escolar são inadmissíveis. A merenda escolar receberá R$ 3 bilhões em 2011, isso precisa ser fiscalizado. Mais e 4 mil alunos já foram expulsos o Prouni e outros casos estão sendo analisados. A isenção e impostos das faculdades passa por revisões, assim como o repasse automático. O gasto com a educação no Brasil está próximo os padrões internacionais.

Estudiosos afirmam que o Brasil não investe pouco na educação. O Brasil gasta anualmente 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB), face a 5,7% do PIB aplicados, em média, pelos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O dispêndio brasileiro é maior que o Japão (4,9% o PIB). O Brasil invreste R$ 1,9 mil por ano em cada estudante do ensino fundamental e R$ 13 mil em cada estudante de ensino superior. Em sete anos, o número de matrículas na educação superior brasileira aumentou de 3,5 milhões para 5,9 milhões. As universidades investem em ensino, pesquisa e extensão. Mas quais os grandes impactos de pesquisas e grandes projetos socialmente importantes das universidades? O etanol é um exemplo. Temos uma rede pública de ensino superior excepcional e com certeza é fundamental que ocorram grandes retornos sociais para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Apesar dos grandes investimentos, infelizmente no último censo Times Higher Education nenhuma universidade brasileira incluída nas 100 melhores do mundo.

No ensino fundamental, o relatório Education at a Glance mostra que o Brasil é um dos países que menos investem, ganhando apenas a Turquia. Nos últimos anos, o país colocou 95% das crianças de 5 a 14 anos nas escolas, o que é muito importante. Porém, há acesso, mas ainda falta boa qualidade de ensino e boas políticas públicas para reter os alunos na escola. A evasão é grande. No projeto Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o governo já repassou R$ 17,1 bilhões a governos estaduais e municipais desde a criação do projeto em 2007. Sem fiscalização rigorosa, inúmeras irregularidades, que vão desde licitações fraudulentas e apresentação de notas frias até o desvio de dinheiro, ocorrem. Na educação básica, a meta é acabar com o analfabetismo e aumentar a qualidade do ensino. A aplicação recente do importantes piso nacional salarial do professor em R$ 1.187 dignifica a profissão do educador brasileiro. O teto salarial ainda é baixo comparado com outras profissões, mas com certeza dará maior incentivo e poderio aos profissionais.

Valorizando o ensino médio, com o recente Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), o governo promete aplicar R$ 1 bilhão e criar mais 200 escolas técnicas até 2014. R$ 700 milhões para bolsas de estudo e R$ 300 milhões para financiamento estudantil. Com isso, o governo espera reduzir um problema crônica para o crescimento dos serviços e da indústria nacional: a falta de mão de obra qualificada. É um projeto ambicioso, que poderá contribuir para o emprego e a inclusão e milhões de brasileiros, mas precisa ter gestão de 100% do gasto público empregado. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelos programas do livro didático, repõe 16% das publicações. São cerca de R$ 87 milhões aplicados em reposição de livros didáticos para serem distribuídos a alunos do ensino fundamental e médio das escolas públicas do país. Aprimorar o projeto? Sim, mas é necessário que haja vigilância rigorosa e permanente da Controladoria Geral da União, Tribunais de Contas, Ministérios Públicos, Polícia Federal e do próprio Ministério da Educação para fiscalizar e punir com rigor os desvios de dinheiro público na educação brasileira.”

(VIVINA DO C. RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação e professora da Universidade Federal do Ceará, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, vem de artigo publicado na Revista VEJA – edição 2216 – ano 44 – nº 19, de 11 de maio de 2011, e autoria de GUSTAVO IOSCHPE, que é economista, e merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O que o Brasil quer ser quando crescer?

Você sabe qual é o plano estratégico para o Brasil? Quais são as nossas metas, aonde queremos chegar? Que tipo de país queremos ser no futuro? Eu confesso não saber. Os slogans e prioridades dos últimos governos não apontam para um programa positivo, sobre nossos anseios e planos, mas sim para uma agenda negativa: sabemos aquilo que não queremos ser. Não queremos ser um país excludente, mas sim “um país de todos”. Queremos a perseverança – “sou brasileiro e não desisto nunca” –, apesar e não estar claro qual o objetivo da persistência. Dilma agora fala na “erradicação da miséria” como seu grande objetivo. Ainda que nobre, tampouco aponta um rumo, apenas indica o que não queremos ser. Há inúmeras maneiras de ser um país de todos e em que não há miséria. A Suécia nos dias que correm, por exemplo. A Alemanha também seria uma boa candidata. Mas esses dois países são bastante diferentes, e chegaram a esse ponto por caminhos distintos. Qual será o nosso? Seremos o celeiro do mundo? Tentaremos quebrar a escrita e nos tornar a primeira nação a alcançar o patamar o Primeiro Mundo através da exportação de commodities? Seremos um centro industrial? De baixa tecnologia ou alta? E a nossa economia política? Manteremos essa pseudossocial-democracia que vem imperando por inércia? Que nível de desigualdade de renda toleraremos, que peso o estado terá? Sucumbiremos ao apelo do consumismo, à la EUA, ou privilegiaremos o tempo livre e a exploração cultural, como faz a França? As questões se acumulam e eu, pessoalmente, não conheço nenhuma liderança política ou intelectual que tenha esboçado um projeto completo e país para a geração e nossos filhos e netos. Pode ser que esse improviso dê certo. Pode ser que tropecemos no modelo ideal à medida que fizermos o caminho. Mas creio que estamos mais propensos a validar o antigo ditado chinês segundo o qual não há bons ventos para quem não sabe aonde quer chegar.

Uma das áreas que mais sofrem com essa indecisão é a educação. Há uns cinco anos, fiz uma consultoria para o Ministério da Educação em que analisei o trajeto de países que, no passado ou atualmente, tiveram grandes avanços em sua educação. Foram examinados dez países que podiam dar algumas lições ao Brasil: Alemanha, Argentina, Austrália, Coreia, Chile, China, Espanha, Irlanda, Inglaterra e Tailândia.

Uma das conclusões do estudo (disponível na íntegra em twitter.com/gioschpe) foi que, nos países em que os saltos educacionais acompanharam saltos de desenvolvimento, a modelagem do sistema educacional estava profundamente atrelada ao projeto estratégico da nação. Isso se dá de duas maneiras.

A primeira é que a visão e futuro que essas nações perseguem é o elemento primeiro e fundamental a nortear as ações de governantes e lideranças da sociedade civil da área educacional. Assim como a infraestrutura, a tributação, as relações exteriores e muitas das demais áreas que são responsabilidade de governantes, a educação não funciona autonomamente: ela se subordina a um projeto de país.

A segunda é que não apenas o objetivo educacional está atrelado ao objetivo econômico-estratégico, mas também o tipo de educação priorizada é determinado pelo caminho escolhido pelo país para atingir seu objetivo de crescimento. Esse modelo de crescimento, por sua vez, deriva de uma série de características e vantagens comparativas específicas o país em questão. Tanto a China quanto a Irlanda buscam se desenvolver, mas optam por caminhos bastante distintos. A China, com seu enorme território e população, quer ser a fábrica do mundo, começando pelos itens e baixo valor agregado e gradualmente subindo os degraus necessários rumo às indústrias mais desenvolvidas. Seu sistema educacional acompanha e abastece a empreitada: a educação básica da província de Xangai recentemente ficou em primeiro lugar no mundo no teste Pisa, e nas universidades o governo faz um esforço concentrado para repatriar os cientistas de origem chinesa que hoje trabalham nas grandes universidades ocidentais. A China preserva sua indústria, interfere no câmbio e exporta para o mundo. A educação chinesa é rígida, tradicionalista, competitiva.

Já a Irlanda é um país pequeno demais para adotar estratégia semelhante. No fim dos anos 80, transformou-se em uma nação de grande abertura para o mundo e com baixos impostos. Valeu-se de um ativo importante – falar inglês – para atrair empresas globais. Preocupou-se em ter uma população qualificada em todos os níveis: até hoje, tanto no ensino secundário quanto na universitário, o aluno Pode escolher entre uma escola acadêmica, que leva à universidade, e uma escola vocacional/profissionalizante, que leva, também ao ensino superior, a institutos técnicos. O jovem sai do sistema educacional com uma educação de ponta, quer ele vá ser cientista e advogado ou gerente de banco e agente e viagens. Poderá trabalhar, com competência e criatividade, nas empresas estrangeiras que adotam a Irlanda como base europeia.

No Brasil, que tem um dos piores sistemas educacionais do mundo, as coisas são ao contrário. Não temos um projeto de país e a educação é desconectada do país. Não é percebida como um ferramenta estratégica para o desenvolvimento, mas como um fim em si mesmo, como um direito do cidadão e pronto. Quando os educadores se referem à sociedade, o objetivo mais freqüente não é perscrutar-lhe os anseios, mas reclamar. Não fossem os malditos pais dos alunos (que não cooperam, são incultos, bebem, mimam seus filhos, divorciam-se deixando famílias desestruturadas...), a escola brasileira produziria os resultados de uma Finlândia. Pior ainda, o pensamento educacional brasileiro é tão original e autóctone quanto a arquitetura que recria o neoclássico parisiense no topo de espigões às margens de rios fétidos. Somos o pior tipo de colonizados: formalmente livres, mas intelectualmente amarrados às antigas metrópoles, incapazes de pensar sozinhos. Nossa teoria educacional é importada de outros países, porque o que dá gabarito é estar inserido na discussão dos temas candentes na Europa ou nos EUA, mesmo que seja a respeito dos problemas deles, que não têm nada a ver com os nossos.

A sociedade civil precisa recuperar nossa educação e subordiná-la aos interesses nacionais. Precisamos criar uma geração de pensadores que se esqueça dos simpósios em Madri e pense no que funcionará para alfabetizar as crianças de Madureira. E precisamos de um projeto de país – criado aqui, tendo em mente nossa cultura, recursos e instituições – que oriente e catalise todo esse esforço. Enquanto esse projeto não chega, nossa escola deve se mobilizar para construir o primeiro passo, comum a qualquer projeto futuro: toda criança plenamente alfabetizada ao fim da 2ª série.

P.S.: o artigo do mês passado foi para a gráfica no dia da tragédia de Realengo. Pensei em abordar o tema neste mês, mas não há nenhum aprendizado para o país: foi o ato de um doente mental. Lamento muito a trágica e estúpida perda de vida de doze crianças, mas acho que devemos nos ocupar mais dos milhões e anônimos de nossas escolas, que são diariamente massacrados e intelectualmente amputados por um sistema que, sem estardalhaço, lhes suga a possibilidade de uma vida plena e digna.”

Eis, pois, mais RICAS e CONSISTENTES abordagens e REFLEXÕES acerca dos GIGANTESCOS e INADIÁVEIS DESAFIOS que nos ATRASAM, nos INQUIETAM e EXIGEM acurada RESPOSTA: a construção de um PROJETO para o PAÍS, a partir da ALAVANCA MÓR – a EDUCAÇÃO em sua CONCEPÇÃO mais REAL, PROFUNDA e ABRANGENTE... Tudo isso ao lado da MONACAL PROBLEMATIZAÇÃO das questões que são CRÔNICAS e RECORRENTES: a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO, O DESPERDÍCIO e a desgovernada DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRAS, que SANGRAM nossa ECONOMIA e MINAM, entre outros, nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA, cruciais PILARES do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL...

NADA, NADA mesmo, ABATE e ARREFECE nosso ÂNIMO e nosso ENTUSIASMO, e mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A CIDADANIA, OS RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO E PARA O BRASIL CRESCER

“Verbas da educação

Educação é fator maior de inclusão social e desenvolvimento e o Brasil investe mais na área. Mas, infelizmente há desvio de verbas, corrupção e mau uso o dinheiro público. Segundo a Controladoria Geral da União, o repasse de verbas para a educação representou 30,16% do total em 2010 e 62% das operações em parceria com a Polícia Federal. Escândalos recentes com bolsas o Programa Universidade para Todos (Prouni) e desvios de merenda escolar são inadmissíveis. A merenda escolar receberá R$ 3 bilhões em 2011, isso precisa ser fiscalizado. Mais e 4 mil alunos já foram expulsos o Prouni e outros casos estão sendo analisados. A isenção e impostos das faculdades passa por revisões, assim como o repasse automático. O gasto com a educação no Brasil está próximo os padrões internacionais.

Estudiosos afirmam que o Brasil não investe pouco na educação. O Brasil gasta anualmente 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB), face a 5,7% do PIB aplicados, em média, pelos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O dispêndio brasileiro é maior que o Japão (4,9% o PIB). O Brasil investe R$ 1,9 mil por ano em cada estudante do ensino fundamental e R$ 13 mil em cada estudante de ensino superior. Em sete anos, o número de matrículas na educação superior brasileira aumentou de 3,5 milhões para 5,9 milhões. As universidades investem em ensino, pesquisa e extensão. Mas quais os grandes impactos de pesquisas e grandes projetos socialmente importantes das universidades? O etanol é um exemplo. Temos uma rede pública de ensino superior excepcional e com certeza é fundamental que ocorram grandes retornos sociais para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Apesar dos grandes investimentos, infelizmente no último censo Times Higher Education nenhuma universidade brasileira incluída nas 100 melhores do mundo.

No ensino fundamental, o relatório Education at a Glance mostra que o Brasil é um dos países que menos investem, ganhando apenas a Turquia. Nos últimos anos, o país colocou 95% das crianças de 5 a 14 anos nas escolas, o que é muito importante. Porém, há acesso, mas ainda falta boa qualidade de ensino e boas políticas públicas para reter os alunos na escola. A evasão é grande. No projeto Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o governo já repassou R$ 17,1 bilhões a governos estaduais e municipais desde a criação do projeto em 2007. Sem fiscalização rigorosa, inúmeras irregularidades, que vão desde licitações fraudulentas e apresentação de notas frias até o desvio de dinheiro, ocorrem. Na educação básica, a meta é acabar com o analfabetismo e aumentar a qualidade do ensino. A aplicação recente do importantes piso nacional salarial do professor em R$ 1.187 dignifica a profissão do educador brasileiro. O teto salarial ainda é baixo comparado com outras profissões, mas com certeza dará maior incentivo e poderio aos profissionais.

Valorizando o ensino médio, com o recente Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), o governo promete aplicar R$ 1 bilhão e criar mais 200 escolas técnicas até 2014. R$ 700 milhões para bolsas de estudo e R$ 300 milhões para financiamento estudantil. Com isso, o governo espera reduzir um problema crônica para o crescimento dos serviços e da indústria nacional: a falta de mão de obra qualificada. É um projeto ambicioso, que poderá contribuir para o emprego e a inclusão e milhões de brasileiros, mas precisa ter gestão de 100% do gasto público empregado. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelos programas do livro didático, repõe 16% das publicações. São cerca de R$ 87 milhões aplicados em reposição de livros didáticos para serem distribuídos a alunos do ensino fundamental e médio das escolas públicas do país. Aprimorar o projeto? Sim, mas é necessário que haja vigilância rigorosa e permanente da Controladoria Geral da União, Tribunais de Contas, Ministérios Públicos, Polícia Federal e do próprio Ministério da Educação para fiscalizar e punir com rigor os desvios de dinheiro público na educação brasileira.”

(VIVINA DO C. RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação e professora da Universidade Federal do Ceará, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, vem de artigo publicado na Revista VEJA – edição 2216 – ano 44 – nº 19, de 11 de maio de 2011, e autoria de GUSTAVO IOSCHPE, que é economista, e merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O que o Brasil quer ser quando crescer?

Você sabe qual é o plano estratégico para o Brasil? Quais são as nossas metas, aonde queremos chegar? Que tipo de país queremos ser no futuro? Eu confesso não saber. Os slogans e prioridades dos últimos governos não apontam para um programa positivo, sobre nossos anseios e planos, mas sim para uma agenda negativa: sabemos aquilo que não queremos ser. Não queremos ser um país excludente, mas sim “um país de todos”. Queremos a perseverança – “sou brasileiro e não desisto nunca” –, apesar e não estar claro qual o objetivo da persistência. Dilma agora fala na “erradicação da miséria” como seu grande objetivo. Ainda que nobre, tampouco aponta um rumo, apenas indica o que não queremos ser. Há inúmeras maneiras de ser um país de todos e em que não há miséria. A Suécia nos dias que correm, por exemplo. A Alemanha também seria uma boa candidata. Mas esses dois países são bastante diferentes, e chegaram a esse ponto por caminhos distintos. Qual será o nosso? Seremos o celeiro do mundo? Tentaremos quebrar a escrita e nos tornar a primeira nação a alcançar o patamar o Primeiro Mundo através da exportação de commodities? Seremos um centro industrial? De baixa tecnologia ou alta? E a nossa economia política? Manteremos essa pseudossocial-democracia que vem imperando por inércia? Que nível de desigualdade de renda toleraremos, que peso o estado terá? Sucumbiremos ao apelo do consumismo, à la EUA, ou privilegiaremos o tempo livre e a exploração cultural, como faz a França? As questões se acumulam e eu, pessoalmente, não conheço nenhuma liderança política ou intelectual que tenha esboçado um projeto completo e país para a geração e nossos filhos e netos. Pode ser que esse improviso dê certo. Pode ser que tropecemos no modelo ideal à medida que fizermos o caminho. Mas creio que estamos mais propensos a validar o antigo ditado chinês segundo o qual não há bons ventos para quem não sabe aonde quer chegar.

Uma das áreas que mais sofrem com essa indecisão é a educação. Há uns cinco anos, fiz uma consultoria para o Ministério da Educação em que analisei o trajeto de países que, no passado ou atualmente, tiveram grandes avanços em sua educação. Foram examinados dez países que podiam dar algumas lições ao Brasil: Alemanha, Argentina, Austrália, Coreia, Chile, China, Espanha, Irlanda, Inglaterra e Tailândia.

Uma das conclusões do estudo (disponível na íntegra em twitter.com/gioschpe) foi que, nos países em que os saltos educacionais acompanharam saltos de desenvolvimento, a modelagem do sistema educacional estava profundamente atrelada ao projeto estratégico da nação. Isso se dá de duas maneiras.

A primeira é que a visão e futuro que essas nações perseguem é o elemento primeiro e fundamental a nortear as ações de governantes e lideranças da sociedade civil da área educacional. Assim como a infraestrutura, a tributação, as relações exteriores e muitas das demais áreas que são responsabilidade de governantes, a educação não funciona autonomamente: ela se subordina a um projeto de país.

A segunda é que não apenas o objetivo educacional está atrelado ao objetivo econômico-estratégico, mas também o tipo de educação priorizada é determinado pelo caminho escolhido pelo país para atingir seu objetivo de crescimento. Esse modelo de crescimento, por sua vez, deriva de uma série de características e vantagens comparativas específicas o país em questão. Tanto a China quanto a Irlanda buscam se desenvolver, mas optam por caminhos bastante distintos. A China, com seu enorme território e população, quer ser a fábrica do mundo, começando pelos itens e baixo valor agregado e gradualmente subindo os degraus necessários rumo às indústrias mais desenvolvidas. Seu sistema educacional acompanha e abastece a empreitada: a educação básica da província de Xangai recentemente ficou em primeiro lugar no mundo no teste Pisa, e nas universidades o governo faz um esforço concentrado para repatriar os cientistas de origem chinesa que hoje trabalham nas grandes universidades ocidentais. A China preserva sua indústria, interfere no câmbio e exporta para o mundo. A educação chinesa é rígida, tradicionalista, competitiva.

Já a Irlanda é um país pequeno demais para adotar estratégia semelhante. No fim dos anos 80, transformou-se em uma nação de grande abertura para o mundo e com baixos impostos. Valeu-se de um ativo importante – falar inglês – para atrair empresas globais. Preocupou-se em ter uma população qualificada em todos os níveis: até hoje, tanto no ensino secundário quanto na universitário, o aluno Pode escolher entre uma escola acadêmica, que leva à universidade, e uma escola vocacional/profissionalizante, que leva, também ao ensino superior, a institutos técnicos. O jovem sai do sistema educacional com uma educação de ponta, quer ele vá ser cientista e advogado ou gerente de banco e agente e viagens. Poderá trabalhar, com competência e criatividade, nas empresas estrangeiras que adotam a Irlanda como base europeia.

No Brasil, que tem um dos piores sistemas educacionais do mundo, as coisas são ao contrário. Não temos um projeto de país e a educação é desconectada do país. Não é percebida como um ferramenta estratégica para o desenvolvimento, mas como um fim em si mesmo, como um direito do cidadão e pronto. Quando os educadores se referem à sociedade, o objetivo mais freqüente não é perscrutar-lhe os anseios, mas reclamar. Não fossem os malditos pais dos alunos (que não cooperam, são incultos, bebem, mimam seus filhos, divorciam-se deixando famílias desestruturadas...), a escola brasileira produziria os resultados de uma Finlândia. Pior ainda, o pensamento educacional brasileiro é tão original e autóctone quanto a arquitetura que recria o neoclássico parisiense no topo de espigões às margens de rios fétidos. Somos o pior tipo de colonizados: formalmente livres, mas intelectualmente amarrados às antigas metrópoles, incapazes de pensar sozinhos. Nossa teoria educacional é importada de outros países, porque o que dá gabarito é estar inserido na discussão dos temas candentes na Europa ou nos EUA, mesmo que seja a respeito dos problemas deles, que não têm nada a ver com os nossos.

A sociedade civil precisa recuperar nossa educação e subordiná-la aos interesses nacionais. Precisamos criar uma geração de pensadores que se esqueça dos simpósios em Madri e pense no que funcionará para alfabetizar as crianças de Madureira. E precisamos de um projeto de país – criado aqui, tendo em mente nossa cultura, recursos e instituições – que oriente e catalise todo esse esforço. Enquanto esse projeto não chega, nossa escola deve se mobilizar para construir o primeiro passo, comum a qualquer projeto futuro: toda criança plenamente alfabetizada ao fim da 2ª série.

P.S.: o artigo do mês passado foi para a gráfica no dia da tragédia de Realengo. Pensei em abordar o tema neste mês, mas não há nenhum aprendizado para o país: foi o ato de um doente mental. Lamento muito a trágica e estúpida perda de vida de doze crianças, mas acho que devemos nos ocupar mais dos milhões e anônimos de nossas escolas, que são diariamente massacrados e intelectualmente amputados por um sistema que, sem estardalhaço, lhes suga a possibilidade de uma vida plena e digna.”

Eis, pois, mais RICAS e CONSISTENTES abordagens e REFLEXÕES acerca dos GIGANTESCOS e INADIÁVEIS DESAFIOS que nos ATRASAM, nos INQUIETAM e EXIGEM acurada RESPOSTA: a construção de um PROJETO para o PAÍS, a partir da ALAVANCA MÓR – a EDUCAÇÃO em sua CONCEPÇÃO mais REAL, PROFUNDA e ABRANGENTE... Tudo isso ao lado da MONACAL PROBLEMATIZAÇÃO das questões que são CRÔNICAS e RECORRENTES: a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO, O DESPERDÍCIO e a desgovernada DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRAS, que SANGRAM nossa ECONOMIA e MINAM, entre outros, nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA, cruciais PILARES do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL...

NADA, NADA mesmo,  nos ABATE e nos ARREFECE em nosso ÂNIMO e em nosso ENTUSIASMO, e mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A CIDADANIA, O TERRORISMO, OS DIREITOS HUMNOS E A PAZ MUNDIAL

“Osama e Obama

Estranho que a CIA, ao declarar que assassinou Osama Bin Laden, não tenha exibido o corpo, como fez à sobeja com outro “troféu de caça”: Ernesto Che Guevara.

Bin Laden saiu da vida para entrar na história. Até aí, nada de novo. A história, da qual poucos têm memória, está repleta de bandidos e terroristas, cujos nomes e feitos quase ninguém lembra. Os mais conhecidos são o rei Herodes; a rainha Vitória, a maior traficante de drogas de todos os tempos, que promoveu, na China, a Guerra do Ópio; Hitler; o presidente Truman, que atirou bombas sobre as populações de Hiroshima e Nagasaki; e Stalin.

O perigo é que Osama passe da história ao mito, e, de mito, a mártir. Sua morte, não deveria merecer mais do que uma nota nas páginas interiores dos jornais. No entanto, como os EUA são um país necrófilo, que se nutre de vítimas de suas guerras, Obama transforma Osama num ícone do mal, atiçando o imaginário de todos aqueles que, por alguma razão, odeiam o imperialismo estadunidense.

Saddam Hussein, marionete da Casa Branca manipulada contra a revolução islâmica do Irã.demonstrou que o feitiço virou contra o feiticeiro.

Desde 1979, Osama Bin Laden tornou-se o braço armado da CIA contra a ocupação soviética no Afeganistão. A CIA ensinou-o a fabricar explosivos e realizar ataques terroristas, movimentar sua fortuna através de empresas-fantasmas e paraísos fiscais, operar códigos secretos e infiltrar agentes e comandos.

“Bin Laden é produto dos serviços americanos”, afirmou o escritor suíço Richard Labévière. Derrubado o Muro de Berlim, desde 1990 Bin Laden passou a apontar seu arsenal terrorista para o coração do Tio Sam.

O terrorismo é execrável, ainda que praticado pela esquerda, pois todo terrorismo só beneficia um lado: a extrema-direita. Na vida se colhe o que se planta. Isso vale para as dimensões pessoal e social. Se os EUA são hoje atacados de forma tão violenta é porque, de alguma forma, eles se valeram do seu poder para humilhar povos e etnias. Há décadas abusam de seu poder, como é o caso da ocupação de Porto Rico; a base naval de Guantánamo encravada em Cuba; as guerras ao Iraque e Afeganistão e, agora, à Líbia; a participação nas guerras da Europa Central; a omissão diante dos conflitos e das ditaduras árabes e africanas.

Já era tempo de os EUA, como mediadores, terem induzido árabes e israelenses a chegarem a um acordo de paz. Tudo isso foi sendo protelado, em nome da hegemonia de Tio Sam no Planeta. De repente, o ódio irrompeu da forma brutal, mostrando que o inimigo age, também, fora de toda ética, com a única diferença de que ele não dispõe de fóruns internacionais para legitimar sua ação criminosa, como é caso da conivência da ONU com os genocídios praticados pela Casa Branca.

Quem conhece a história da América Latina sabe muito bem como os EUA, nos últimos 100 anos, interferiram diretamente na soberania de nossos países, disseminando o terror. Maurice Bishop foi assassinado pelos boinas verdes em Granada; os sandinistas foram derrubados pelo terrorismo desencadeado por Reagan; os cubanos continuam bloqueados desde 1961, sem direito a relações normais com os demais países e uma parte de seu território, Guantánamo, continua invadida pelo Pentágono.

Nas décadas de 1960 e 70, ditaduras foram instauradas no Brasil, na Argentina, no Chile, no Uruguai, na Bolívia, na Guatemala e em Salvador, com o patrocínio da CIA e sob a orientação de Henry Kissinger.

Violência atrai violência, dizia dom Helder Câmara. O terrorismo não leva a nada, exceto a endurecer a direita e a suprimir a democracia, levando os poderosos à convicção de que o povo é incapaz de governar-se por si mesmo. Vítimas inocentes não podem ser sacrificadas para satisfazer a ganância de governos imperiais que se julgam donos do mundo e pretendem repartir o planeta como se fosse fatias de um apetitoso bolo. Os atentados de 11 de setembro de 2001 demonstraram que não há ciência ou tecnologia capazes de proteger pessoas ou nações. Inútil os EUA gastarem trilhões de dólares em esquemas sofisticados de defesa. Melhor seria que essa fortuna fosse aplicada na paz mundial, que só irrromperá no dia em que ela for filha da justiça.

A queda do muro de Berlim pôs fim ao conflito Leste-Oeste. Resta agora derrubar a muralha da desigualdade entre Norte-Sul. Sem que o pão seja nosso, nem o Pai e nem a paz serão nossos.”

(FREI BETTO, que é escritor, autor, em parceria com Marcelo Gleiser e Waldemar Falcão, de Conversa entre a fé e a ciência (Agir), entre outros livros, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de maio de 2011, Caderno CULTURA, página 10).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SACHA CALMON, Advogado, coordenador da especialização em direito tributário das Faculdades Milton Campos, presidente da Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Terrorismo e direitos humanos

O terrorismo, seja de grupos ideológicos, seja de bandos criminosos, seja de facções políticas ou religiosas, seja o terrorismo de Estado, nos deixa horrorizados a esta altura do século 21. O Estado democrático de direito prende, processa e pune, não invade, não amedronta, não tortura, não mutila, não assassina. As guerras punitivas ou de conquista não se justificam mãos no século 21, sob pena de regresso à barbárie, a desatar o direito de um Estado invadir o outro, pretextando os seus interesses, o seu poder soberano, os seus valores, a sua vingança. O uso da violência, que no interior das nações é monopólio do Estado secundum legem, deve ser monopólio de um organismo mundial na ordem internacional. Que prevaleça a força do direito, jamais o direito da força. No caso de Bin Laden o certo seria julgá-lo à revelia, localizá-lo, extraditá-lo e executá-lo. Seres humanos podem ser mortos por outros nos casos seguintes: legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento de dever legal ou coação irresistível. Afora esses casos o Estado pode tirá-la, observados due processo of law e o direito de defesa, em caso de sentença transitada em julgado ou guerra, que exige ao menos um conflito entre Estados soberanos. A tal guerra ao terror contra pessoas físicas em qualquer lugar pode ter sido um ato político unilateralmente declarado para satisfazer a revanche de um povo injustamente atacado, mas feriu o direito internacional público e a soberania de todas as nações do mundo sobre o seu território. A guerra ao terror urbi et orbe esconde o unilateralismo da política externa americana desde quando o almirante Perry bombardeou Tóquio, há dois séculos, obrigando o Japão a abrir o seu mercado por força do lema open door, recomendado pelo expansionismo econômico da grande nação do Norte. (A formação do império americano, da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque – Ed. Civilização Brasileira, Rio, Moniz Bandeira).

Decerto a morte de civis, idosos e crianças, no Iraque, no Afeganistão e no Paquistão, onde somente no Vale do Swat houve um milhão de refugiados, é tão lamentável quanto o morticínio nas torres gêmeas. A vida tem o mesmo valor em qualquer lugar. A valoração é que muda. Um erro não justifica outros. No caso de Bin Laden não quero discutir se as leis da guerra (tratados internacionais) foram respeitadas, como, o direito à vida do soldado ou do inimigo rendido. O direito de fuga do prisioneiro é sagrado como o do pai de não acusar o filho. Matar um prisioneiro é crime de guerra e dá corte marcial, assim como a tortura para obter informações. Bin Laden o que menos desejava era cair prisioneiro do “grande Satã” (cada qual odeia o demônio que julga ser o seu oponente) a menos que um seu sósia lá estivesse para despistar e aliviar a pressão sobre a prisão do chefe. Getúlio, por menos, suicidou-se e atrasou em anos o golpe da direita. Os líderes não se entregam, se matam. Sócrates bebeu a sua cicuta, contra a tirania ateniense. Hitler ingeriu cianureto. Cleópatra deixou-se picar no seio pela áspide. Os comandantes japoneses faziam o harakiri ante a derrota iminente. Os holandeses preferiam o fundo do mar à derrota (o mar é o único túmulo digno de um almirante batavo). Os chamados suicídios políticos são tão inevitáveis como o do escorpião no meio do círculo de fogo. Em dada altura o líder sabe que a opção é essa: humilhação seguida de morte pelo inimigo ou suicídio evitando o duplo sacrifício. Entre os maometanos como entre os antigos germânicos morrer lutando leva a um paraíso cheio de bem-aventuranças. Ele, se não fosse assassinado, se mataria. Portanto, o debate entre homicídio e suicídio é vão.

A questão a colocar em debate é outra e bem diversa. Em um mundo que se entrelaça cada vez mais, a sua governança no século 21 comporta o predomínio político e militar de uma só nação? Economicamente, a multipolaridade está a impor-se definitivamente. Não estou a falar do FMI, do Banco Mundial, da OCDE, da OMS nem tampouco da envelhecida ONU, surgida há 60 anos. Essas instituições evidentemente serão reformadas e renovadas as respectivas governanças. A questão, alfim, é simples. Até quando os povos, as consciências, suportarão o unilateralismo, o livre agir em qualquer ponto do planeta de uma potência que se julga acima do resto mundo? O futuro imporá em escala planetária a igualdade perante a lei internacional em nome da segurança de todos, nações e pessoas. Será o primado da lei e da isonomia. O Paquistão está certíssimo ao reclamar da invasão sem consentimento de seu território para atos de violência. O crime e o castigo de Bin Laden são indiscutíveis. Discutível é o modo como foi morto. O terrorismo se combate com os serviços de inteligência, em silêncio, e não com guerra entre nações, sacrificando vidas inocentes.”

Eis, portanto, mais RICAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a necessidade IMPERIOSA e INADIÁVEL de uma BOA E QUALIFICADA GOVERNAÇA mundo afora, em TODOS os NÍVEIS e que os TERRENOS acolham a também a BOA SEMENTE da PAZ...

Sabemos que os DESAFIOS que nos ESPREITAM são GIGANTESCOS mas, NADA, absolutamente NADA, nos ABATE e ARREFECE nosso ÂNIMO e nosso ENTUSIASMO, e ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIADADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – (RIO +20) –, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A UNIVERSIDADE, A INOVAÇÃO E A POBREZA

“Universidade e pobreza

Falou-se muito, recentemente, nos gastos astronômicos do governo federal com a educação no ensino universitário. E que isso se daria em detrimento dos ensinos médio e fundamental. O Ministério da Educação (MEC) destina quase a totalidade de seus recursos ao ensino superior e quase nada no ensino de base. Não vou citar porcentagens, nem nomes de pesquisadores ou de revistas que publicaram as denúncias, pois é lastimável comprovar uma constatação como essa, que, aliás, não é de hoje conhecida.

O governo, na prática, acaba usando o dinheiro de origem fiscal, isto é, público, para beneficiar estudantes universitários que poderiam pagar uma faculdade, enquanto aqueles que não podem pagar ficam de fora da escola pública. Ah, diriam alguns, mas por que aqueles não podem pagar não passam no vestibular? Ora, é porque esses estudantes não podem pagar ensino fundamental e de segundo grau em escolas particulares, nem cursinhos pré-vestibulares. E é justamente o ensino fundamental e também o de segundo grau, que tem sido relegados a último plano. São eles que estão sucateados, não dando a menor base para os alunos que saem deles fazer um bom vestibular ou conseguir um bom desempenho no Enem (argh!).

As escolas públicas, além de pagarem pouco aos professores, estão mal equipadas, sem manutenção, sem segurança, sem qualidade de ensino. Não é via de regra, mas grande parte dela está nessas condições. Então, os alunos que saem dela não logram êxito nos testes para adentrar a universidade pública, acabam dando lugar àqueles estudantes que podem pagar escola particular e que poderiam pagar, também, o ensino superior.

Há quem defenda a cobrança da universidade pública. Se considerarmos que a grande maioria que estuda lá pode pagar, isso seria justo. Mas o que aqueles menos favorecidos que querem e precisam estudar esperam, é que a educação brasileira mude e seja mais coerente, mais justa na distribuição dos recursos que, na verdade, saem não só do bolso do aluno da escola particular, mas também de todos os outros, porque todos pagamos impostos. É preciso que a qualidade da escola pública melhore, que se dê mais qualidade a ela, que ela seja melhor equipada, que se pague melhor os professores e que eles sejam qualificados, para que os estudantes que saem dela possam ter acesso à universidade pública.”

(LUIZ CARLOS AMORIM, Escritor, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 4 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, edição de 8 de maio de 2011, página 7, de autoria de RONALDO GUSMÃO, Presidente do Instituto de Educação Tecnológica (Ietec), coordenador-geral da Conferência Latino-Americana sobre Sustentabilidade (Ecolatina) e vice-presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Educação e inovação para todos

O discursos na inovação está em todos os lugares: nos governos estaduais recém-empossados, em vários ministérios do governo federal, na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e nas federações estaduais. Mas por que esse discurso, ou melhor, as práticas inovadoras não mobilizam os profissionais da educação e suas instituições?

Países desenvolvidos que já deram um salto educacional têm incentivado a criatividade e incrementado a capacidade de inovar de seus estudantes e professores. Isso acontece porque tais nações já perceberam que estamos em uma sociedade do conhecimento, na qual a informação é matéria-prima abundante que precisa ser transformada pela criatividade e pelo espírito inovador em serviços e produtos.

No último Programa Internacional de Avaliação de Aluno (Pisa) – que mede a capacidade de leitura e o aprendizado de estudantes de 15 anos de idade sobre matemática e ciências de 65 países –, o Brasil ocupou a vergonhosa 53ª posição. Numa tentativa de melhorar a educação no país, o governo federal encaminhou para a aprovação do Congresso o Plano Nacional de Educação para os próximos 10 anos. Esse plano pretende fixar o investimento na área em 7% do PIB, dois ponto percentuais acima do praticado atualmente.

O aumento é necessário. Sem educação não há mão de obra qualificada, sem qualificação de não há melhores salários. Ou seja, sem educação e qualificação continuaremos com sérios problemas de distribuição de renda no país. O problema vai além e é cíclico. Sem educação e qualificação estamos, ainda, fadados a inovar cada vez menos, movimento que reduz a competitividade nacional. Como conseqüência, os salários diminuem e cresce a má distribuição da renda. Voltamos, portanto, ao início da questão.

A pesquisa de inovação tecnológica (Pintec), realizada pelo IBGE e divulgada recentemente, mostrou que, das 106,8 empresas pesquisadas, 41,3 mil implementaram um produto e/ou processo novo entre 2006 e 2008. O percentual de empresas que investem vem caindo ao longo das quatro edições: de 1988 a 2000, 10,29% ; de 2001 a 2003, 5,8%; de 2003 a 2005, 5,5% e de 2005 a 2008, 4,2%.

Em relação à quantidade de patentes registradas no país, os números são positivos, mas não suficientes. De acordo com o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi), o número de patentes brasileiras cresceu 75% entre 2005 e 2009, saltando de 9,643 mil para 16,878 mil, contra as 300 mil patentes requeridas pela China no mesmo período. Porém, os asiáticos não estão satisfeitos. Até 2015, a China tem como objetivo requerer 1 milhão de patentes ao ano.

Se a indústria brasileira já sofre com a ameaça dos produtos chineses, imagine como será no futuro. Imaginou? Ótimo. Agora, aja. Faça, hoje, o necessário para evitar os males de amanhã. É necessário investir, hoje, em qualificação de mão de obra, principalmente no que diz respeito à gestão da inovação. O brasileiro é um povo criativo, tem garra. Falta, porém, conhecimento para transformar as ideias em projetos que tragam resultados concretos. Educação e inovação para todos, dos estudantes aos professores, dos empresários aos políticos.”

Eis, portanto, nossa ENCRUZILHADA histórica: de um lado, COMBATER IMPLACAVELMENTE os RALOS do DINHEIRO PÚBLICO – a CORRUPÇÃO, a INFLAÇÃO, o DESPERDÍCIO, a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, que SANGRAM nossa ECONOMIA e MINAM nossa CAPACIDADE de INVESTIMENTO e POUPANÇA; do outro, a IMPERIOSA e INADIÁVEL necessidade de PONTIFICAR a EDUCAÇÃO e sua filhas PREDILETAS – a CIÊNCIA, a TECNOLOGIA, a PESQUISA, o DESENVOLVIMENTO, a INOVAÇÃO, a CRIATIVIDADE, a QUALIDADE, a PRODUTIVIDADE, a COMPETITIVIDADE – com PRIORIDADE ABSOLUTA, do GOVERNO e da SOCIEDADE...

E, então, nos DEFRONTAMOS com GIGANTESCOS DESAFIOS que, no entanto, longe de nos ABATER o ÂNIMO e o ENTUSIASMO, mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – RIO + 20 – em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INOVAÇÃO, da CRIATIVIDADE, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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segunda-feira, 9 de maio de 2011

A CIDADANIA, A DÉCADA PERDIDA E A CONSTRUÇÃO DA LIBERDADE

“LIBERDADE E

autoritarismo

Pensamento e ação de Oliveira Vianna marcaram a política brasileira da primeira metade do século 20, inclusive na constituição da Justiça do Trabalho, que acaba de completar 70 anos

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REALISMO JURÍDICO

[...] Além da questão do enquadramento patronal, o objetivo de Vianna de que o direito e a Justiça do Trabalho se estendessem imediatamente ao campo também não se realizou – outra vitória das camadas dominantes, que retardaram tal processo por pelo menos três décadas. Mas seria desejável que seu projeto político se cumprisse plenamente? Provavelmente não, pois apesar dos elementos positivos, tal projeto tinha o defeito incontornável de fazer a sociedade brasileira hipotecar a liberdade a um Estado paternalista, conduzido por uma elite necessariamente neutra e altruísta – um patronato político composto não por homens, mas por anjos, como ironizou Raymundo Faoro.

Assim, se tem pertinência o diagnóstico de Vianna sobre o privatismo que nos faria pouco acostumados à liberdade cívica, a solução não pode ser nem um Estado tutor, como ele desejava, nem o salve-se quem puder do neoliberalismo, em que só desfrutam da liberdade os mais fortes. A liberdade só floresce quando exercida, e com o primado da coisa pública, da redução da desigualdade e da lei universal. A Justiça e o direito do trabalho, apesar dos percalços, já contribuíram para o fortalecimento da cidadania no Brasil, mas só realizarão toda a sua potencialidade nesse sentido quando seu contexto mais amplo de atuação for o de uma sociedade e de um Estado efetivamente públicos e democráticos.”

(RUBENS GOYATÁ CAMPANTE, que é doutor em sociologia e pesquisador do Centro de Memória da Justiça do Trabalho de Minas Gerais, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de maio de 2011, Caderno PENSAR, página 3).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição e caderno, página 2, de autoria de JOÃO PAULO, Editor de CULTURA, que merece INTEGRAL transcrição:

“Década perdida, tarefa por fazer


A notícia da morte de Osama bin Laden parece ter alimentado um sentimento de vitória que tem profundas raízes simbólicas. Dez anos depois da caça mais globalizada da história, a morte do líder da Al-Qaeda parece pender a balança para o lado da justiça. O fato de se tratar de um terrorista da pior qualidade serve ainda para remarcar de heroísmo a ação e dar a ela, como é comum na história contada a posteriori, um sentido teleológico, quase uma comprovação de que o modelo de organização social do Ocidente é superior. O mundo fica melhor sem Bin Laden. No entanto, a pretexto da mesma guerra ao terror, muito se perdeu nesses 10 anos, principalmente em termos de abrangência de análise. A surpresa das revoltas nos países árabes é prova da cegueira que vinha tomando conta do mundo.

Até pouco tempo atrás todas as nações pareciam seguir uma única receita. Com o fim da Guerra Fria e a queda do Muro de Berlim, com a consequente desmontagem das experiências ditatoriais inscritas sob a falsa bandeira do socialismo, parecia que tudo ia bem no mundo e que o único ditador de plantão era Fidel Castro. Na falsa lógica da antiga realpolitik, a única ameaça a ser levada a sério era a perspectiva de um Estado socialista. Isolada economicamente, a capitulação do regime de Fidel era questão de tempo e a sobrevivência do regime de Fidel apenas um bom exemplo do atraso e incapacidade de convivência com os valores democráticos. Cuba era uma espécie de museu de horrores vivo, uma prova do que esperava quem desobedece ao consenso político das democracias liberais.

Um movimento surgido dentro da ordem constitucional, iniciado na América Latina, no entanto, começou a matizar essas certezas. Sem que se tornasse processo propriamente revolucionário, já que eram amparados nos instrumentos democráticos das eleições e da liberdade na organização popular, países como o Brasil, Venezuela, Equador, Bolívia, Paraguai e, em certa medida, a Argentina passaram a demonstrar flexibilidade de práticas políticas e administrativas, com tendência à distribuição de renda e valorização dos instrumentos de democracia direta. Ligados ao projeto de busca de alternativas de poder, que gerou amplo debate no âmbito de fóruns internacionais, resgatavam ainda a procura de novo desenho geopolítico, rompendo antigas alianças comerciais verticalizadas e desvantajosas com fortalecimento de novas parcerias horizontais.

No fim do ano passado, com a eclosão das revoltas no mundo árabe, sobretudo no magreb, a partir da Tunísia e Egito, a situação dos dois blocos – o do consenso europeu-norte-americano do capitalismo financeiro, por um lado; e dos novos atores geopolíticos da América Latina, de outro – mostrou que o mundo não estava preparado para o que viria a seguir. Erraram todos. A origem do equívoco, sobretudo na demora em apoiar as ações libertárias dos países revoltosos, estava não no desconhecimento da dinâmica política interna das nações, mas no interesse que dominava a relação. Nesse sentido, a chamada guerra ao terror foi um elemento de despolitização poderoso. Tudo se passava como se, do lado de lá da cortina religiosa e fundamentalista, a democracia e a liberdade fossem impossíveis. O 11 de setembro deixou o mundo árabe sem horizontes políticos.

O que o ocidente, que hoje se arma numa aliança a partir da Otan e da ONU, fez à época foi criar um cenário ieológico de inviabilidade política na região. Essa operação deu certo, principalmente, pelo fato de os países europeus, EUA e Israel fincarem uma base de operações econômicas produtivas entre os governos aliados na área. Essa lógica, da aliança estratégica militar (no caso de Israel) e econômica baseada na exploração do petróleo (demais países), respondia pelo apoio aos “nossos ditadores”. De repente o mundo ocidental (e sua imprensa sempre pouco crítica e ignorante em matéria de mundo árabe), “descobriu” que Fidel não estava sozinho na galeria de ditadores.

A relação de desprestígio da política interna da região fez com os diversos países árabes, hoje revoltosos, buscassem elementos próprios para compor sua política de oposição aos arranjos a que foram submetidos. Como os defensores da democracia haviam decidido a inviabilidade estrutural entre mundo árabe e liberdade, os Estados da região tiveram que partir do esforço interno para fazer valer o potencial de crítica, oposição, organização popular e alternativas de poder. Por isso as revoltas do Egito e Tunísia surpreenderam duplamente: o mundo não tinha consciência de seus ditadores nem da força própria para se opor a eles. Quando a situação se espalhou para outros países, ficou patente que havia, fazia décadas, um forte anseio por democracia na região, que vinha sendo contido pelo apoio do mundo ocidental, que sempre fez questão de qualificar a política árabe como uma guerra de forças tribais pré-modernas. Para eles, o melhor eram os ditadores carimbados na testa com o selo da fidelidade aos interesses ocidentais.

De certa forma, foi a indigência política ocidental em ampliar o diálogo de forma franca que muitas vezes encaminhou países com rica tradição política, como o Irã, para alternativas fundamentalistas. Isolados no concerto internacional, sem perspectiva de diálogo no campo da democracia (já que os processos internos eram fraudados com a ajuda internacional, o que manteve o país entregue a uma elite corrupta), a população recorreu à defesa nacionalista mais viável, no caso o Estado litigioso.

FALHA NOSSA Se o realismo político e econômico da pior espécie guiou os interesses dos países ricos, a situação em meio ao chamado bloco bolivariano não foi melhor. Aliás, exatamente pelas ideias libertárias, era de se esperar que a solidariedade com as insurreições fosse apresentada na primeira hora, o que não ocorreu. Contribui para esse erro moral a preocupação em não dispersar alianças antiamericanas na região, sobretudo com a Líbia do coronel Kadafi. O que a queda de Mubarak provocou no Egito a partir de janeiro, em sua ampliação para revoltas em outras ditaduras aliadas ao Ocidente, gerou silêncio nos dois lados do mundo. Se os países da Europa foram lentos em acusar o golpe e escolher entre princípios e interesses, as nações com governos populares da América Latina não fizeram papel mais digno, como analisou Ignacio Ramoner na edição do mês passado do Le Monde Diplomatique.

A opção, sobretudo quando o movimento alcança países que proclamam o chamado sociolismo árabe, como a Síria e a Líbia, parecia se dar entre a defesa dos movimentos insurrecionais contra ditaduras indefensáveis e a garantia de laços estratégicos com aliados antiamericanos. De um lado a fidelidade aos povos em luta contra a opressão, de outro o realismo cínico da não intervenção em assuntos internos (princípio diplomático sempre atacado pela esquerda em sua defesa da precedência dos direitos humanos e na defesa da vida das populações civis).

A morte de Bin Laden não cessa a guerra ao terror e não significa um avanço nas relações políticas internacionais. O mundo já não suporta maniqueísmos e simplismos. A situação continua tensa, os riscos reais e as alternativas reduzidas. É preciso que um duplo esforço seja empreendido, deixando de lado a defesa setorial de vantagens corporativas no campo econômico para pensar numa política global. De um lado, a diplomacia ocidental precisa incorporar ações mais pragmáticas e efetivas de aproximação com o mundo árabe. A destemida defesa das liberdades por parte de sociedades manietadas por “ditadores amigos” mostra que compreendemos pouco de liberdade e democracia, achando sempre mais fácil se escudar em noções como tribalismo e fundamentalismo para desqualificar o diálogo.

O segundo campo de ação precisa ser assumido de forma determinada por todas as nações empenhadas na resolução dos conflitos na região, em defesa de valores universais, consensualmente defendidos em fóruns legítimos, como a ONU. A intervenção em países que promovem a morte de civis que lutam por liberdade não pode ser escondida pela capa da independência e dos assuntos internos. A busca de legitimidade dessas intervenções precisa ser construída, sob o risco de deixar na mão de poucos países a tarefa de se arvorarem como defensores da liberdade. Não precisamos de outra Guerra no Iraque – nem de aceitar como inevitável a estratégia da execução sumária como forma de fazer justiça. Precisamos de um mundo que saiba se defender preventivamente de situações que gerem governos como o de Sadam Hussein e Muamar Kadafi. Sem esquecer, é claro, de quem os colocou no poder, sob o risco de repetir a farsa com outros rostos e com a mesma violência.”

Eis, pois, mais páginas com RICAS e PROFUNDAS abordagens e REFLEXÔES que nos DESCORTINAM a COMPLEXIDADE dos caminhos da PAZ, da LIBERDADE e da JUSTIÇA no mundo moderno... São GIGANTESCOS DESAFIOS que mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA RIO + 20 em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

A CIDADANIA, A PAZ SOCIAL E O MARKETING EDUCACIONAL

“PAZ

Para leitor, educação é ferramenta básica

‘A paz social é algo que todas as nações buscam. Não cai do céu, não surge de repente à sua frente, nem aparece com um estalar de dedos. Para alcançá-la, deve-se trabalhar , diuturnamente, vários que, somados, vão permitir que se atinja tão nobre objetivo. Um deles é a educação formal das crianças. O comportamento do ser humano é reflexo do que ele vê, vivencia e aprende. Quanto mais cedo for transmitida essa cultura para as crianças, mais facilmente serão incorporados pelas futuras gerações os valores desejados. É assim que se forma um cidadão, que a cidadania é construída. Via educação, pode-se trabalhar os pequeninos ensinando-lhes o que é respeito, justiça, lazer, responsabilidade, carinho, trabalho e cidadania. Países desenvolvidos não medem esforços por uma boa educação. Investimentos maciços são destinados a esse setor da sociedade. Na Coreia do Sul, o cargo de professor é altamente almejado e, por isso, a disputa é acirrada para exercer essa profissão, tão valorizada social e financeiramente por lá. Nos Estados Unidos, estão as melhores universidades do mundo. No Japão, que virou um caos depois do tsunami, a ordem prevaleceu e não houve ocorrência de furtos país afora. A sociedade que investe desde cedo na educação de suas crianças dá um passo precioso e mais próxima estará da tão sonhada harmonia social.’

(MÁRCIO MÁRIO DE ALMEIDA, em carta à Redação do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10).

Mais uma IMPORTANTE, OPORTUNA e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SÉRGIO MARTINS, Sócio-Diretor da Carvalho Martins Comunicação, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Marketing educacional


Hoje é o Dia da Educação, uma ótima oportunidade para refletirmos sobre como está o marketing educacional em relação a estatísticas, nível de aprendizagem nas escolas brasileiras e maquiagem de dados para garantir melhores índices de divulgação. O termo marketing educacional significa gestão e planejamento de ações em comunicação integrada para gerar um posicionamento/discurso de instituições com público. Essa especialidade, que para muitos passa despercebida, responde por um mercado em franca expansão e demanda questionamentos como que tipo de mensagem publicitária uma instituição de ensino deve comunicar para despertar o interesse de famílias, prospects e alunos sobre sua proposta? O marketing educacional utilizado pelo governo federal movimentou cerca de R$ 900 mil em março, permitindo imaginar o quanto é investido por instituições privadas de ensino por todo um ano. É bem verdade que o discurso publicitário é, em sua essência, superlativo, mas o cuidado com o exagero nos argumentos deve ser dobrado neste segmento. A cobrança do público é natural e as conseqüências de uma frustração em relação à promessa de uma propaganda com discurso mal calibrado podem causar estragos grandes na imagem institucional. Além disso, o risco de perder alunos e até mesmo gerar incoerências na formação dos estudantes ao tornar comum a eles um discursos apenas quantitativo, em contraste com o que se espera da escola: qualidade.

Atualmente, para fugir da comodidade que ameaça o segmento, algumas instituições investem em mídia, buscando uma comunicação diferenciada para conquistar clientes e não somente para se tornar visíveis. Há também uma linha de ação mercadológica mais conexa ao objetivo e a finalidade da educação: uma proposta de comunicação que se preocupa, primeiramente, em envolver seus alunos – público interno e principal propagador da marca – em algo crível e real. Normalmente, as instituições que trabalham com essa visão de marketing 360 graus são aquelas que não tratam o aluno como um número, mas, sim, como ser único na experiência diária do aprendizado. Por consequência , esse tipo de comunicação engajada reflete um posicionamento mercadológico marcado por um discurso mais consistente que explora conteúdos relacionados à experiência que os estudantes têm na escola e que repassarão às futuras gerações.

A educação é fundamental para o processo de socialização dos princípios da cidadania e valores humanos, ou seja, os maiores diferenciais a serem oferecidos por uma escola focada em formar mais que robôs aptos somente a passarem em vestibulares e provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A família moderna demanda uma escola com que possa dividir a responsabilidade em formar cidadão em contexto mais amplo e social. Entretanto, essa visão das instituições ainda é nova no Brasil, sendo presente apenas em algumas escolas com tino ampliado de seu negócio. O que se percebe na comunicação desse segmento é o uso de muitas frases de efeito e imagens bonitas, mas sem consistência. É importante que os atributos reais da instituição não sejam menosprezados em detrimento de invenções, maquiagem ou adjetivos. Empresas atentas a essa necessidade estão obtendo êxito em sua comunicação. Com a grande concorrência e a demanda da sociedade por uma postura ética, é correto avaliar que o marketing educacional deverá atingir um novo patamar no Brasil em breve, com discursos consistentes e em harmonia com as necessidades da sociedade, alunos e escola.”

Eis, pois, mais e novas ABORDAGENS e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de um AMPLO e PROFUNDO comprometimento com a PRIORIDADE ABSOLUTA do PAÍS: a EDUCAÇÃO, em todas as suas manifestações, o que exige, entre outros ATRIBUTOS, uma INQUEBRANTÁVEL e estóica CORAGEM...

São GIGANTESCOS DESAFIOS, que NÃO nos ABATEM mas sim, e ainda mais, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMNTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA RIO + 20 em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 4 de maio de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A ARTE DO OFÍCIO

“03/05: DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA

A Liberdade de Imprensa é pré-requisito fundamental da democracia. A Declaração Universal dos Direitos Humanos traz em seu artigo 19: ‘Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras’. No cumprimento deste direito, a mídia tem importância decisiva. Como é salutar a atuação de uma imprensa livre, que não sofra pressões de quaisquer interesses, políticos ou econômicos! Com informações isentas, corretas e precisas, todos ganham: o indivíduo, a sociedade, o planeta.”

(Frei GUSTAVO WAYAND MEDELLA, OFM).

Outra IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de EDITORIAL do jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10, que merece INTEGRAL transcrição:

“Educação profissional

É mais do que razoável a preocupação do governo da presidente Dilma Rousseff em oferecer uma resposta da União à dramática falta de mão de obra qualificada no país. Essa escassez, que vem se acentuando com a manutenção de taxas anuais de crescimento da economia acima de 4% nos últimos tempos – exceto durante a recessão de 2009, provocada pela crise internacional –, já é uma ameaça real ao cumprimento do cronograma de obras e serviços destinados à Copa do Mundo de 2014. Durante décadas, o país incentivou mais a formação acadêmica de nível superior, deixando em segundo plano o ensino técnico profissional. Isso não apenas tem retardado o ingresso de jovens no mercado profissional como acabou reduzindo a oferta de cursos profissionalizantes de nível médio, tanto públicos como privados. Dados do Ministério da Educação (MEC) revelam que para 6 milhões de matrículas no ensino superior há apenas 1 milhão no ensino técnico. E o país, ao viver fase de aquecimento da atividade econômica, já cogita até mesmo importar técnicos, inclusive de nível médio.

É nesse contexto que deve ser inserido o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), lançado ontem pela presidente Dilma Rousseff. Mas não deve faltar ao governo atenção a alguns aspectos que podem anular os resultados desejados, bem como em relação às estruturas públicas de boa qualidade já existentes e que, se forem mais bem equipadas, poderão ampliar a contribuição que dão à preparação técnica dos jovens. É o caso do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), instituição que tem brilhado em praticamente todos os rankings oficiais de qualidade do ensino médio no país. A ampliação de sua capacidade, com o desdobramento em novas unidades, poderia dar resultados mais rápidos e a custo compatível com o nível oferecido. Isso não significa evitar a expansão da rede pública de ensino técnico, conforme previsto no Pronatec, que pretende acrescentar 120 unidades às 81 escolas técnicas atualmente em implantação.

O programa prevê também a inclusão das escolas particulares no aumento de matrículas no ensino profissionalizante. Para tanto, anuncia o governo a intenção de expandir o programa de financiamento estudantil (Fies) a essa modalidade de ensino, já que hoje se dedica praticamente só ao nível superior. O financiamento das matrículas poderá ser também concedido a empresas que queiram desenvolver programas de capacitação técnica de seus funcionários. O que não pode ser esquecido é que não há um padrão de qualidade mínima definido pelas autoridades da educação para o ensino médio técnico profissionalizante. Tampouco se tem notícia de fiscalização permanente e rigorosa do MEC nessas escolas, de modo a credenciá-las a receber alunos mantidos com verbas públicas. Essas duas deficiências já são bastante graves para indicar a necessidade de o MEC não ficar só no discurso de lançamento de mais que, embora oportuno e bem-vindo, corre o risco de dar resultados inferiores aos de que o país precisa.”

E mais uma também IMPORTANTE e ADEQUADA contribuição para o nosso trabalho, vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de OLAVO MACHADO, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Sistema Fiemg), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A arte do ofício

No mundo do trabalho, o Brasil vive hoje um cenário de grandes contradições: nunca se empregou tanto como nos últimos anos – são 92 milhões de pessoas contratadas, o que representa mais de 90% dos brasileiros em idade e condições para trabalhar e que formam a chamada população economicamente ativa (PEA). Nos próximos cinco anos (2011/2015), caso o país cresça a uma taxa de 4,6% ao ano – e isso é o mínimo que se pode esperar –, serão abertas oportunidades para 8 milhões de trabalhadores, educados e qualificados para assumir todo tipo de função, das mais simples às mais sofisticadas. Na outra ponta, coincidentemente, ainda temos 8 milhões de desempregados e não serão eles os ocupantes das vagas que serão criadas nos próximos cinco anos, por uma razão muito simples: este exército de brasileiros, desempregados foi sumariamente excluído do mercado de trabalho por absoluta falta de qualificação, por mínima que seja.

Dados (2009) do Sistema Nacional de Emprego (Sine), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho, confirmam esse cenário preocupante: 1,6 milhão de vagas oferecidas nas agências públicas de emprego não foram preenchidas, e o principal motivo foi exatamente a falta de qualificação da mão de obra, o que engloba baixo nível de escolaridade, carência de preparo técnico e pouca ou nenhuma experiência. As conseqüências são dramáticas: de um lado por absoluta falta de capacitação de milhões de pessoas, sobretudo jovens, são postos à margem do mercado de trabalho, condenados a viver de biscates ou da solidariedade alheia; de outro, a escassez na oferta de trabalhadores qualificados para preencher os empregos oferecidos pelas empresas brasileiras – em todos os setores e, principalmente, na indústria – em já é considerada um gargalo comparável às deficiências de infraestrutura e logística de apoio ao setor produtivo e também à carga tributária vigente no país.

Neste cenário, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) acaba de criar o Programa Escola Móvel Sesi/Senai. O que nos move é a crença de que tão importante quanto formar profissionais de nível superior em todas as áreas, com mestrado e doutorado, é resgatar a antiga e tão bem-sucedida prática de ensinar aos jovens brasileiros a arte do ofício, que, historicamente, sempre foi a melhor porta de entrada para o mercado de trabalho. Bons aqueles em que pais, tios e vizinhos pegavam pelas mãos os jovens em idade de trabalhar e os iniciavam em suas profissões – pedreiro, bombeiro, carpinteiro, marceneiro, serralheiro, eletricista, costureira, bordadeira, quituteira e tantas outras profissões, das quais muitas “morreram”, por desuso ou pelo avanço da tecnologia, como se pode ver no Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação, em Belo Horizonte. Muitos, depois, se formavam em cursos superiores, outros se desenvolviam na própria profissão.

Não é nenhum saudosismo, registre-se. Do ponto de vista do cidadão, o que o Projeto Escola Móvel Sesi/Senai se propõe a fazer é exatamente formar mão de obra profissional básica para a inclusão imediata dos alunos no mercado de trabalho, desenvolvendo habilidades que lhes possibilitem gerar renda. Do ponto de vista do estado e de sua economia, o objetivo é contribuir para reduzir a carência de mão de obra qualificada, aumentando o desenvolvimento social no entorno das indústrias. Também se pretende passar aos alunos conhecimentos importantes, como incentivo ao hábito da leitura, a melhoria da saúde mediante o ensinamento de técnicas de higiene e cuidados corporais, e estimular um estilo de vida mais saudável, por meio da prática sistemática de esportes.

O mais importante é que, por suas características de mobilidade, o projeto atenderá jovens e adultos em localidades absolutamente carentes no que se refere a oportunidades de educação profissional, constituindo-se em ferramenta eficaz de transformação e inclusão social. Da mesma forma, a amplitude dos cursos oferecidos assegura o atendimento das mais variadas vocações, nas áreas da indústria da panificação, elétrica, mecânica, mecânica diesel, vestuário, alimentos, informática, refrigeração, soldagem, construção, hidropneumática, instrumentação e controle e caldeiraria. Nossa ideia é que estes cursos possibilitem aos alunos da Escola Móvel Sesi/Senai condições de continuar o aprendizado em centros regionais maiores. Assim, vamos trabalhar para identificar, por meio de profissionais treinados, os alunos com maior preparo e levá-los para a cidade-polo mais próxima e matriculá-los em uma escola do Senai. E é preciso agir rápido. Em 2010, só para atuar no Rio de Janeiro, entraram no país 22 mil trabalhadores, especializados em profissões que antigamente eram aprendidas em casa.”

Eis, pois, mais páginas de SIGNIFICATIVO conteúdo PEDAGÓGICO acenando para a que se pontifica como PRIORIDADE ABSOLUTA – a EDUCAÇÃO, em toda sua ABRANGÊNCIA – e o desafio é GIGANTESCO e INDESVIÁVEL... Mas que ainda mais nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA RIO + 20 em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2103, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...