sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A CIDADANIA BUSCA MAIS EDUCAÇÃO

“Os adolescentes são fascinados pelas ferramentas da era digital. [...] Mas a dependência da internet não é exclusiva dos adolescentes. Todos nós, jovens e menos jovens, sucumbimos aos apelos do mundo virtual. [...] Para o norte-americano Nicholas Carr, formado em Harvard e autor de livros de tecnologia e administração, a dependência da troca de informações pela internet está empobrecendo nossa cultura. Ele falou à revista Época durante uma visita ao Brasil para uma palestra a 4,5 mil líderes empresariais.

Segundo Carr, o uso exagerado da internet está reduzindo nossa capacidade de pensar com profundidade. “Você fica pulando de um site para o outro. Recebe várias mensagens ao mesmo tempo. É chamado pelo Twitter, pelo Facebook ou pelo Messenger. Isso desenvolve um novo tipo de intelecto, mais adaptado a lidar com as múltiplas funções simultâneas, mas que está perdendo a capacidade de se concentrar, ler atentamente ou pensar com profundidade.” A internet é uma magnífica ferramenta. Mas não deve perder seu caráter instrumental. Ler é preciso.”
(CARLOS ALBERTO DI FRANCO, in Internet e leitura, artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de fevereiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem também de artigo publicado no veículo acima, idem, ibidem, de autoria de PAULO MÁRCIO REIS SANTOS, Advogado, professor das Faculdades Kennedy, que merece INTEGRAL transcrição:

"Mais educação

Em 28 de janeiro, foi publicado o Decreto 7.083, que instituiu o Programa Mais Educação (PME), que tem por objetivo contribuir para a melhoria da aprendizagem por meio da ampliação do tempo de permanência de crianças, adolescentes e jovens matriculados em escola pública, mediante oferta de educação básica em tempo integral. A norma considera educação básica em tempo integral a jornada escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, compreendendo o tempo total em que o aluno permanece na escola ou em atividades escolares em outros espaços educacionais. O decreto também estabelece que a jornada escolar diária seja ampliada com o desenvolvimento de atividades de acompanhamento pedagógico, experimentação e investigação científica, cultura e artes, esporte e lazer, cultura digital, educação econômica, comunicação e uso de mídias, meio ambiente, direitos humanos, práticas de prevenção aos agravos à saúde, promoção da saúde e da alimentação saudável, entre outras atividades.

As atividades poderão ser desenvolvidas no espaço escolar de acordo com a disponibilidade da instituição de ensino, ou fora dele, sob orientação pedagógica, mediante o uso dos equipamentos públicos e do estabelecimento de parcerias com órgãos ou instituições locais. A educação integral, no âmbito do programa, tem por princípios básicos a articulação , das disciplinas curriculares com diferentes campos de conhecimento e práticas socioculturais; a constituição de territórios educativos para o desenvolvimento de atividades de educação integral, por meio da integração dos espaços escolares com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas públicas, praças, parques, museus e cinemas; a integração entre as políticas educacionais e sociais, em interlocução com as comunidades escolares; a valorização das experiências históricas das escolas em tempo integral na contemporaneidade; o incentivo à criação de espaços educadores sustentáveis com a readequação dos prédios escolares, incluindo a acessibilidade, e à gestão, à formação de professores e à inserção de temáticas de sustentabilidade ambiental nos currículos e no desenvolvimento de materiais didáticos; a afirmação da cultura dos direitos humanos, estruturada na diversidade, na promoção da equidade étnico-racial, religiosa, cultural, territorial, geracional, de gênero, de orientação sexual, de opção política e de nacionalidade, por meio da inserção da temática dos direitos humanos na formação de professores, nos currículos e no desenvolvimento de materiais didáticos; e a articulação entre sistemas de ensino, universidades e escolas para assegurar a produção de conhecimento, a sustentação teórico-metodológica e a formação inicial e continuada dos profissionais da educação integral.

Em relação aos objetivos, o PME buscará a formulação da política nacional de educação básica em tempo integral; a promoção do diálogo entre os conteúdos escolares e saberes locais; o favorecimento da convivência entre professores, alunos e suas comunidades; a disseminação das experiências das escolas que desenvolvem atividades de educação integral; e a convergência de políticas e programas de saúde, cultura, esporte, direitos humanos, educação ambiental, divulgação científica, enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes, integração entre escola e comunidade para o desenvolvimento do projeto político-pedagógico de educação integral. Esses objetivos serão desenvolvidos em colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, mediante prestação de assistência técnica e financeira aos programas de ampliação da jornada escolar diária nas escolas públicas de educação básica.

No aspecto nacional, o sistema será executado e gerido pelo Ministério da Educação, que editará as suas diretrizes gerais, podendo ser realizadas parcerias com outros ministérios, órgãos ou entidades do Poder Executivo federal para o estabelecimento de ações conjuntas, definindo-se as atribuições e os compromissos de cada partícipe em ato próprio. Em âmbito regional, a execução e a gestão do PME competirão às secretarias de Educação, que conjugarão suas ações com órgãos públicos das áreas de esporte, cultura, ciência e tecnologia, meio ambiente e juventude, sem prejuízo de outros órgãos e entidades do Executivo estadual e municipal, do Legislativo e da sociedade. Para a implantação dos programas de ampliação do tempo escolar nas escolas públicas de educação básica, o PME contará com a assistência financeira do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A educação básica de qualidade é um dos principais problemas existentes no país. Portanto, a ideia de educação em tempo integral nas escolas públicas é louvável, principalmente no que tange à socialização dos alunos, reduzindo a marginalização social. Além da jornada integral nas escolas, o sucesso do projeto depende consideravelmente da valorização dos educadores, tanto do ponto de vista financeiro quanto estrutural.”

Mais um extraordinário desafio – a QUALIDADE na EDUCAÇÃO BÁSICA, e um poderoso instrumento que é o tempo integral – que nos MOTIVA e FORTALECE na grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, principalmente em razão do horizonte da COPA DO MUNDO de 2014, da OLIMPÍADA de 2016 e a implantação do PRÉ-SAL, quando INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS haverão de CONTEMPLAR consistentes POLÍTICAS PÚBLICAS que visem BENEFICIAR efetivamente TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS, com a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, EDUCADA, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, em sintonia com as exigências da MODERNIDADE que acompanha o SÉCULO XXI.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A CIDADANIA E A CAPACITAÇÃO DE JOVENS

“58. Por certo, o investimento em capital humano, embora deva se concentrar, no curto prazo, no ensino fundamental, não pode ignorar outras exigências, com as de qualificação e requalificação profissional. Para mudar significativamente o perfil da qualificação da força de trabalho é equivalente. O trabalhador contemporâneo, empregado ou autônomo, deve ser capaz de ler um jornal, mas também de ler (e entender) um manual técnico, o que requer conhecimentos básicos que não são assimiláveis em cursos suplementares de qualificação para quem frequentou apenas o ensino fundamental.”
(UMA NOVA FORMAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL – In Fórum BRASIL SÉCULO XXI. – Instituto de Política, 1998, página 51).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de fevereiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de JONACIR DADALTO, Coordenador do Programa Aprendiz Legal da Rede Cidadã, que merece INTEGRAL transcrição:

“Capacitação de jovens

É possível pensar em um projeto que ofereça oportunidade efetiva para o jovem realizar seus projetos pessoais e profissionais; que o trate como sujeito de direitos, obrigações e como ator de transformação social; que dê a ele a oportunidade de escolhas; que facilite seu ingresso no mercado de trabalho por meio de capacitação técnica, formação profissional e desenvolvimento humano; que não veja o jovem como um pobre coitado ou um carente excluído que precisa de nossa ajuda; que efetivamente represente oportunidade de trabalho para a juventude? Nossa experiência de sete anos com o programa de aprendizagem, criado pela Lei 10.097/00, nos assegura que sim, apesar do longo caminho a percorrer para sua implantação satisfatória. Trata-se de uma política concreta, de grande alcance social para jovens de 14 a 24 anos, pois tem foco na educação e se baseia na formação teórica e na aprendizagem prática em ambiente empresarial.

Vejamos algumas informações e características que demonstram o sucesso e a ação transformadora do programa. Antes de ser contratado, o jovem recebe preparação básica para iniciar bem a aprendizagem prática na empresa e a aprendizagem teórica na entidade formadora. Os educadores e os materiais didáticos asseguram formação humana e cidadã simultaneamente com a formação nas empresas. Depois do término da aprendizagem, há encaminhamento para o mercado de trabalho. As empresas que recebem os jovens, em muitos casos, vão além de cumprir a lei. Aceitam o desafio de facilitar o ingresso do jovem no mundo do trabalho como meio de transformar sua realidade pessoal e social. Não estão apenas gerando empregos, mas permitindo a formação profissional do jovem sem comprometer seus estudos e seu desenvolvimento como pessoa. Têm a convicção de que estão preparando futuros profissionais e cidadãos para elas ou para o mercado. Logo, percebem que capacitar jovens e gerar empregos ainda é o melhor projeto social entre suas ações de responsabilidade social corporativa.

A capacitação teórica desenvolvida pela entidade formadora oferece um conjunto de conceitos, valores, discussões e dinâmicas que mostram os caminhos e escolhas possíveis para esses jovens cheios de energia, projetos e vontade de vencer. Trabalha-se com foco na formação humana e cidadã desses jovens, que, somada à aprendizagem prática na empresa, fará a diferença depois de um período médio de 18 meses de aprendizagem. Acrescenta-se ainda a avaliação e o acompanhamento feitos na empresa e na vida escolar e familiar do adolescente. Constatamos que, antes mesmo de término da aprendizagem, muitos deles já estão frequentando o ambiente universitário, uma conquista extraordinária para pessoas que jamais teriam essa oportunidade não fosse a disposição das empresas em recebê-los para a primeira experiência profissional e estimulá-los a dar continuidade aos estudos. Como consequência, os jovens têm acesso a um ambiente e a novas informações que contribuem para melhorar a qualidade das atividades desenvolvidas e que os fazem acreditar que é possível crescer, mudar, amadurecer e perceber que um futuro melhor está a seu alcance. O impacto para os que concluem a aprendizagem é extraordinário; somente no aspecto financeiro, representa uma diferença salarial em torno de 30% acima do que recebe um jovem que não passa pelo programa, já no primeiro ano de trabalho.

Quanto ao potencial da aprendizagem, esse é enorme. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), se todas as empresas cumprissem a cota mínima de 5% de aprendizes, incidente sobre as funções que exigem formação profissional, o Brasil teria cerca de 1,3 milhão de vagas. A Associação de Atletas pela Cidadania, em conjunto com o TEM e outras entidades lançaram, em 2007, o desafio de alcançar 800 mil aprendizes contratados até este ano. Hoje, temos cerca de 170 mil e a distância para a meta estabelecida é mais um motivo para fazermos uma grande mobilização nacional em torno dessa causa. Minas Gerais, graças a atuação eficiente da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-MG), é um dos estados que lideram o esforço de atingir essa meta e fazer do programa uma das políticas mais efetivas de transformação social. Estamos certos de que as empresas, as entidades, o governo e a sociedade saberão valorizar cada vez mais essa política em prol da juventude do país. Os resultados justificam todo esforço que for feito.”

São, pois, desafios como estes que nos MOTIVAM e FORTALECEM numa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, congregando as FORÇAS VIVAS da SOCIEDADE na construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que propicie a PARTILHA das EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS nacionais com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, e, sabemos, especialmente em PROL do ESFORÇO – sem TRÉGUAS – pela EDUCAÇÃO INTEGRAL da nossa JUVENTUDE.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A CIDADANIA E A AGENDA ÉTICA

“[...] 3. Criticidade

Cidadania requer senso crítico. A criticidade leva o cidadão a questionar fatos, injustiças, autoritarismo, nepotismo, desigualdade social, pobreza crônica. A criticidade confere aos cidadãos capacidade de interpretar idéias e situações, de avaliar o que há de positivo e negativo na sociedade. E evita o ufanismo, que acende ilusões, e o pessimismo, que reduz o brasileiro a bagaço. A análise ântropo-psico-cultural revela que o brasileiro tem sido mais desconfiado do que crítico. E, por isso, tem-se mostrado arredio e lento para participar.”
(Pe. JUVENAL ARDUINI, in O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO? – VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994, página 6).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais (ADCE/MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Agenda ética

Passada a fase mais aguda da crise financeira e econômica internacional, líderes políticos e empresariais apressam-se em apresentar as perspectivas para este ano. São previsões otimistas: a economia voltará crescer no mundo, no Brasil e em Minas Gerais, a taxas iguais e até superiores às registradas no período pré-crise. Significa que teremos mais investimentos, mais produção, maior geração de riqueza e renda, mais empregos. É um cenário alentador, mas revela uma abordagem míope à medida que omite uma variável fundamental na agenda de 2010 – a questão ética que, necessariamente, precisa avançar junto com as atividades política e com o crescimento econômico. Lamentavelmente, nos últimos anos, o Brasil tem se revelado pródigo em exemplos pouco edificantes, dos quais o “Mensalão do Arruda” é apenas a face mais recente, denunciando absoluta falta de compromisso com princípios e valores que devem nortear relações sadias entre os diversos segmentos da sociedade.

Isso precisa mudar. Independentemente do país, da religião, da cultura e da posição hierárquica, as principais características de um líder devem ser a sua retidão, sua atitude comprometida com a verdade, com a justiça, com o desejo de servir e de inspirar pessoas com o rumo correto e ético, edificando uma comunidade embasada em fundamentos sólidos, ordeira, respeitosa e que cresça e evolua alicerçada no b em e ao amor ao próximo. Este é o alerta que nos faz o livro Liderança baseada em valores, recentemente lançado pelo casal de professores Marco Túlio Zanini e Carmem Migueles, da Fundação Dom Cabral, com a participação de um grupo de pensadores acadêmicos, executivos e empresários, do qual tive a honra de participar.

Indignados diante da desastrosa postura dos nossos líderes – claro, há exceções – , os autores cumprem o objetivo de mostrar o que a sociedade espera deles, bem como os princípios e valores sobre os quais devem fundamentar sua atuação. O livro tem o propósito de mostrar que as profundas transformações sociais das últimas décadas romperam vínculos com o passado, sem formar novos, e quebraram paradigmas, sem estabelecer sucedâneos. Enfim, desorganizaram as instituições e as empresas, trazendo incertezas sobre os caminhos a seguir. Nesse vácuo, muitos líderes têm fraquejado diante das tentações. Nos momentos mais críticos, justificam suas decisões e ações com um relativismo sem precedentes, em um vale-tudo interpretativo, seguindo maus exemplos de outros que os antecederam. Predomina a ambição desmesurada e o egoísmo extremado, ultrapassam-se limites e regras da boa convivência, rompendo o princípio mais importante para o desenvolvimento das pessoas, das instituições e da sociedade: a confiança.

Nesse ambiente marcado por tantas mudanças tecnológicas, comportamentais e culturais, é hora de construir novos paradigmas, com a consciência de que o que ancora a sociedade e assegura solidez e perenidade às relações são os princípios e valores. São eles a bússola que o indica o norte verdadeiro, motiva as pessoas, dá significado à existência humana, fazendo com os indivíduos se sintam inseridos no processo de construção de uma nova realidade, permitindo que ajam de maneira independente, mas interdependente, e de forma responsável. Esta é a mensagem central do livro em apreço, que guarda total alinhamento de ideias com a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais (ADCE/MG).

Na política, no mundo empresarial e todas as atividades da sociedade, precisamos de líderes que se empenhem em construir uma comunidade de bem. Os líderes que queremos devem abandonar o atalho da esperteza, da desonestidade, da corrupção, das vantagens obtidas com as doações ilegais de campanha e com os serviços superfaturados. A sociedade civil organizada está cada vez mais menos tolerante com esses esquemas e conchavos. Entendemos, na ADCE, que a moderna liderança empresarial deve ser inspiradora e atuar segundo princípios cristãos. É, também, o entendimento do livro dos professores Nanini e Migueles, que apresentam um novo perfil de liderança, que não é mais apenas tecnicista, mas busca sensibilizar e mobilizar seus liderados para uma participação espontânea, solidária e ética. Este ano, tão importante e de tantas expectativas em função da retomada do crescimento da economia e das eleições presidenciais, para governos estaduais, Congresso Nacional e parlamentos estaduais, o Brasil precisa, como nunca, de grandes líderes empresariais e de grandes estadistas. Enfim, precisa de líderes que entendam as verdadeiras aspirações da nova sociedade e dos novos homens que habitam as empresas e o país.”

São páginas e livros que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL para a CIDADANIA e QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, com a implantação INADIÁVEL, URGENTE, IMEDIATA, DETERMINADA da cultura da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, do RESPEITO MÚTUO e, sobretudo, da ÉTICA e do ESPÍRITO PÚBLICO, uma das marcas dos grandes LÍDERES e dos ESTADISTAS, que permita PARTILHAR as CONQUISTAS e EXTRADORDINÁRIAS RIQUEZAS do PAÍS, com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

Por tudo isso,O BRASIL TEM JEITO!...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A CIDADANIA E A NOVA SOLIDARIEDADE

“[...] a economia cidadã [...]

E isso também se traduz pelo sentimento de uma comunhão de interesses, pois cada membro sente-se concernido pelo desenvolvimento do outro: uma manifestação pública organizada por um dos movimentos (Finansol, por exemplo) sempre atrai, além das pessoas diretamente envolvidas em sua ação específica, membros das outras redes e, em torno deles, todos aqueles que se interessam pela economia, pela solidariedade e pelo desenvolvimento sustentável: movimentos sociais e sindicais, redes políticas, representantes eleitos, movimentos religiosos, professores, assistentes sociais, círculos intelectuais e muitos aposentados também, que se sentem liberados de um dever de reserva e que aconselham à juventude, também ela interessada, entusiasmada, questionadora, mas também vigilante!”
(HENRI ROUILLÉ D’ORFEUIL, in Economia Cidadã: alternativas ao neoliberalismo; tradução de Patrícia Chitoni Ramos. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2002, página 132).

“A nova solidariedade

A nova solidariedade é o princípio acenado pelo papa João Paulo II na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, em 1990. O papa Bento XVI falava da solidariedade global em 2009, por ocasião da celebração dessa data. A solidariedade, nova e global, é um valor indispensável e insubstituível para avançar em projetos novos que tutelem a criação e garantam conquistas adequadas no âmbito do desenvolvimento integral. É preciso insistir e investir na formação da consciência social e política ancorada no princípio da solidariedade. Não bastam simplesmente as garantias democráticas, advindas das abordagens e impostações ideológicas. A Doutrina Social da Igreja assinala que a solidariedade é que confere particular relevo à intrínseca sociabilidade da pessoa, à igualdade de todos em direitos e dignidade. Essa é a direção que pode assegurar uma possível e necessária unidade entre os povos. Os caminhos apropriados para essa solidariedade estão bem configurados e facilitados no contexto das conquistas contemporâneas.

Os meios de comunicação, no âmbito da telemática e dos progressos da informática, além do crescente volume de intercâmbios comerciais, mostram o quanto tecnicamente é possível estabelecer relações entre as pessoas, ainda quando situadas muitos distantes umas das outras. É um fenômeno sem igual desde o começo da humanidade. Contudo, essas facilidades e tudo o que as caracteriza, estampam um mundo desigual – marcado por variadas formas de exploração, corrupção e opressão – com incidências muito determinantes na vida dos Estados. Esse processo de interdependência, cada vez mais acelerado, ocorre entre pessoas e nações. Nesse caso, especialmente, é preciso um suporte e empenho intensos no plano ético-social. Do contrário, não se dará conta de superar a situação de injustiça nas suas dimensões planetárias, com repercussões nefastas no conjunto da humanidade.

Essas relações de interdependência devem ser transformadas em formas de solidariedade de caráter ético-social, enquanto exigência moral inerente a todas as relações humanas. A Doutrina Social da Igreja sublinha que esse caráter tem dois importantes aspectos complementares: o princípio social e o da virtude moral. Assim, a solidariedade deve ser tomada como princípio social ordenador das instituições, possibilitando a superação das estruturas de exclusão e exploração. Isso se efetivará com a inteligência das modificações de leis, ordenamentos variados e, particularmente, nas perversas regras do mercado.

Com virtude moral, a solidariedade faz brotar no coração humano o indispensável sentimento de compaixão que se traduz na determinação de empenhar-se pelo bem comum, mantendo acesa a chama da consciência que atiça o sentido de responsabilidade pelo bem de todos, especialmente enquanto compromisso com os mais pobres e sofredores. Quando, pois, se aborda o sentido e alcance do bem comum, compromisso central de cartas magnas e de ordenamentos nas sociedades, é preciso estar atento para o quanto esse valor está próximo da solidariedade. Dissociado desse sentimento, o sentido do bem comum corre sérios riscos de deturpação, indiferença e desrespeito.

O princípio da solidariedade implica – recorda a Doutrina Social da Igreja – cultivo, pelos homens de nosso tempo, de uma maior consciência do débito que têm para com a sociedade na qual estão inseridos. Todos são devedores daquelas condições que possibilitam a existência humana de modo digno e íntegro. Essa dívida tem que ser honrada com muitas ações no agir social e político. É uma convicção fundamental do pensamento social da Igreja Católica que o desenvolvimento integral do homem não pode ser efetivado sem o desenvolvimento solidário da humanidade. Assim, ressalta o papa Bento XVI, também na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano.

É preciso encorajar as pesquisas para explorar potencialidades que permitam melhores condições do uso do meio ambiente; cuidar do sistema hidrogeológico global, da água, com sérios propósitos de reconquistar estabilidade para superação das alterações climáticas. Não são dispensáveis as urgências de políticas idôneas na gestão de florestas, tratamento do lixo, na luta contra a pobreza. Esses indicadores de caráter sistêmico não dispensam condutas individuais, articuladas na vida comunitária e grupal, quanto à urgente necessidade de sair, diz o papa Bento XVI, lógica de mero consumo para promover formas que respeitem a ordem da criação e sejam satisfeitas as necessidades primárias de todos. A hora de nova solidariedade.”

Eis, pois, mais páginas que nos MOTIVAM e FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, que no horizonte de EXCEPCIONAL AGENDA – investimentos BILIONÁRIOS com a realização da COPA DO MUNDO DE 2014, da OLIMPÍADA DE 2016 e da exploração do PRÉ-SAL, permita a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e, sobretudo, ancorada no princípio da SOLIDARIEDADE, podendo PARTILHAR as EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS PÁTRIAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa Fé e ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A AMIZADE NA CIDADANIA (8/52)

(Fevereiro = Mês 8; Faltam 52 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

“[...] O livro dos mandarins (Editora Alfaguara), recentemente lançado, fala da rotina e das diatribes de Paulo, que persegue o sonho de ocupar na China uma vaga criada pelo banco multinacional onde trabalha, almejando depois outra função em Londres.

[...] Mais: é um livro que faz pensar sobre nossa história recente, sobretudo neste momento de crise avassaladora de valores que atinge o Brasil, em que há um despudorado silêncio quanto ao convívio entre a política e a corrupção, fruto de uma simbiose criminosa e tantas vezes camuflada entre o público e o privado. [...]”
(RONALDO CAGIANO, in artigo “Mundo em CRISE S/A”, publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de janeiro de 2010, Caderno PENSAR, página 3, sobre o livro de Ricardo Lisias).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, também de 30 de janeiro de 2010, Caderno PENSAR, página 2, de autoria de JOÃO PAULO, Editor de CULTURA, que merece INTEGRAL transcrição:

“Dois amigos, duas cidades

Santo Agostino, já no século 4, foi sábio em muita coisa, da psicologia à teologia. E o foi também em política. Uma de suas intuições dizia respeito a duas ordens de amores, que geravam duas formas de sociedade. Para cada tipo de amor (o amor dos homens e o amor de Deus), uma cidade. É claro que ele defendia o amor cristão e a cidade de Deus. Mas a ideia que um sentimento sustenta um projeto de civilização é forte o suficiente para entender alguns os impasses que vivemos ainda hoje como homens falhos, em busca de um mundo que nos permita conviver com nossos defeitos e, mesmo assim, apresentar o melhor de nós como projeto. Só quem conhece seus defeitos pode querer melhorar e colocar limites a si mesmo no trato com o outro.

A recente situação dramática no Haiti mostra, com sua face mais cruel, que, assim como há dois amores, existem dois tipos de amizade. O país, que carrega a história nobre de ter sido sede da primeira luta vitoriosa de libertação dos escravos feita pelos próprios cativos animados pelos princípios da Revolução Francesa, se tornou, em razão mesma de sua ligação orgulhosa com a liberdade, um território temido pelo contágio com a defesa da igualdade. As nações ricas isolaram o país como quem se defende de um câncer social. A liberdade servia aos europeus, mas era perigosa em territórios onde a dominação era lucrativa. Entregue ao cruel jogo dos interesses internacionais, o Haiti se viu dominado historicamente pela França, Espanha e Estados Unidos e se torno o mais pobre país das Américas.

Hoje, depois da tragédia que matou dezenas de milhares de pessoas, se percebe um esforço internacional para ajudar o país e promover sua reconstrução. É a face de uma forma de amizade, humanizada pelo sofrimento, que se dispõe a recuperar um crime secularmente imposto ao povo. É claro que o sentimento é nobre e a solidariedade real, mas é também indicativa de duas formas de amizade que, como os amores agostinianos, podem gerar dois projetos de intervenção no Haiti. Há o amor de iguais e o amor de desiguais.

O primeiro impulsiona a política, o segundo a economia. O mundo, hoje, é território do afeto de desiguais, da competição tornada método de civilização. É preciso ser sincero e objetivo: a concorrência (que está na base de produção e das relações humanas no mundo pós-industrial) é ótima para produzir mercadorias, mas nada demonstra que sirva para tornar os homens melhores. Um homem competitivo é um homem (no sentido antropológico) pior, ainda que produza mais e prospere economicamente.

A amizade de iguais é a base da boa política. Basta fazer um pequeno exercício de autoanálise: quem é seu amigo, o que ele tem que o distingue o torna digno de afeto? Certamente não é a excelência nem a perfeição. Escolhemos nossos amigos por uma imponderável vontade de gostar e ser gostado. Nossos amigos são pessoas comuns, que se destacam dos outros porque aceitamos seus defeitos e sabemos que eles aceitarão os nossos. A amizade é uma operação de humildade: conhecemos nossos limites, mas entendemos que mesmo assim podemos partilhar a dimensão humana com outros que nos completam. A competição não cabe no terreno da amizade. Quem disputa não ama.

MELHOR E PIOR Por isso a amizade é a chave para a política e para a vida social. E é exatamente por isso que é preciso destacar sua alta produtividade social. Numa sociedade madura, a civilidade é a dimensão pública da amizade. Quem trata o outro, na sua indefinição pessoal de cidadão, como um igual não fura filas, não frauda, não sonega, não corrompe, não mente, não trapaceia. Cidadania é o nome da amizade vivida publicamente. Talvez seja por isso que nos agrade tanto participar de momentos de cidadania explícita, de amizade pública, como os movimentos de ajuda humanitária. Fazer o bem é uma forma de exercitar o que temos de melhor: ser amigo do outro. Qualquer outro.

Mas não se trata de uma operação assim tão fácil. O outro, que nos enternece, também nos ameaça: disputa os mesmos cargos, os mesmos objetos de status, a mesma distinção social. Nosso tempo é de exclusão, de acirrada disputa para se destacar do outro e justificar a existência na posse de exemplos sofisticados de singularidade e celebridade. Tudo está a indicar que vencer o outro é o caminho do paraíso. É assim no mercado de trabalho, no terreno da produção e até do conhecimento estandartizado pela burocracia falsamente meritocrática das universidades. A cultura da competição dá provas de sua eficácia em termos de resultado, enquanto vai piorando as pessoas moralmente. Com isso, a presença do outro (nosso amigo civil imaginário) pode se tornar fonte de ameaça. A saída é destronar a política em nome dos interesses de grupos, que se isolam como se constituíssem células isoladas, que terminam por criar um espaço privatizado de clubes, condomínios fechados, sociedades defesas do contato com a alteridade. A forma de amizade que vence, nesse contexto, é a dos desiguais que se protegem de outros desiguais. O outro é uma ameaça. Qualquer outro.

COOPERAÇÃO E SOLIDARIEDADE A saída para esse impasse não está em, candidamente, trocar a competição pela colaboração, mas compreender que cada uma deve funcionar em seu território. À produção de mercadorias, a saudável competição que gera eficiência, excelência e economia; ao mundo social que deseja se humanizar, a cooperação e a solidariedade. É o que faz das ações meritórias aos desconhecidos algo tão reconhecidamente bom e prazeroso. As raízes dessa divisão podem ser localizadas num tempo, um tanto fluido, que deu origem, na mesma quadra temporal, ao capitalismo moderno e ao iluminismo. O mesmo que aprendeu a produzir com eficiência descobriu a noção de espaço público, que é um bem de todos, não privatizável, objeto do império da lei e que diz respeito a todos. O homem-cidadão é irmão do homem-econômico. Os ideais de regulação humana do iluminismo (as célebres noções de igualdade, liberdade e fraternidade) precisam se manter operativos para que a vida social e as conquistas políticas sigam adiante, independentemente de governantes ou do espírito da época. É preciso que o homem goste de ser humano, o que o coloca como amigo potencial de todos os outros homens. Fora disso, o mundo que se divide entre guetos e enclaves, tocado pelo medo.

O Haiti é um Estado nacional que, nos últimos anos, foi objeto de intervenção internacional com o objetivo de recuperar condições de governança e autonomia, mantidas por forças de paz. A lógica que perseverava era a da indigência própria em alterar sua situação de dissolução política em razão de sucessivos governos autoritários, mantidos pelos próprios países que, em seguida, em seguida, se ofereceram para ajudar a nação a sair do buraco cavado para eles. Há uma tendência de enfraquecer os Estados nacionais em nome de interesse do mercado transnacional privatizante, dissolvendo as leis no caldo da cultura do mercado. Em tal situação, o cidadão se torna cidadão-consumidor.

Quando, no entanto, essa política encontra contextos pobres, como no Haiti e em alguns países da África, o interesse econômico imediato (a não ser que existam riquezas minerais ou franqueamento à exploração do trabalho) se dissolve. A saída tem sido a caridade, um esforço desigual de definir o outro por sua carência. Que a consciência mundial tenha despertado para sua responsabilidade é, pelo menos, um alento. A Aids, na África, por exemplo, não parece ter seduzido tanto depois que a doença se tornou tratável no Primeiro Mundo: o interesse não era humanitário, mas pessoal. Um cuidado gerado pelo risco de contágio não persevera em cultura de amizade.

Foi a falta de amizade que gerou a miséria no Haiti. Só a amizade pode salvá-lo agora. E pode resgatar o sentido da vida não apenas ao país destruído pela tragédia da natureza e inimizades da história. O mundo, como sonharam os iluministas, ou será um território de amigos ou não será. O futuro será uma praça ou um shopping. A escolha é urgente.”

Eis, pois, mais páginas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela AMIZADE, CIDADANIA E QUALIDADE, que possa permitir a PARTILHA de nossas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS de modo a tornar BENEFICIÁRIOS diretos TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS, como o EXIGE uma SOCIEDADE verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A CIDADANIA E A DOR QUE NÃO ESPERA

“[...] 4. Subjetividade e projeto antropogenético

Para ser cidadão é preciso participar. E para participar é preciso que haja motivação. A grande motivação para participar da cidadania é a proposta de projeto histórico que responda às necessidades vitais da sociedade, como emprego, salário suficiente, moradia, educação, saúde, alimentação, segurança e dignidade. O projeto deve ser antropogenético para que a evolução ascendente do ser humano seja colocada como eixo da cidadania. Sacrificar as necessidades humanas para resguardar interesses econômicos e grupalistas é antiantropológico.”
(Pe. JUVENAL ARDUINI – In artigo O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO? – Revista VIDA PASTORAL – Julho-Agosto de 1994, página 7).

Mais uma contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de janeiro de 2010, Caderno AGROPECUÁRIO, página 2, de autoria de MARA LUIZA GONÇALVES FREITAS, Coordenadora e professora do curso de Administração da AJES – Faculdades de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena (MT), que merece INTEGRAL transcrição:

“Uma dor que não espera

Em tempos da 15ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-15), realizada em dezembro de 2009, na cidade de Copenhague (Dinamarca), é preciso discutir a mazela que conduz ao desequilíbrio ambiental: a fome.

Para quem tem fome, no seu estado crônico, não há razões muito fortes e consistentes para respeitar o meio ambiente e nem tampouco se preocupar com o aquecimento global. A dor da fome não espera e mata, frente aos anseios de longa data de nações de todo o mundo, que buscam medidas para reduzir gases e o efeito estufa na atmosfera, no médio prazo.

Todo dia, 1,020 bilhão de seres humanos, ou seja, um sexto da humanidade, ou seja, um sexto da humanidade, dorme com fome, conforme dados do ano passado da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Deste total, 53 milhões de pessoas vivem na América Latina e Caribe, sendo que o Índice Global de Fome elaborado pela FAO (dados de 2009) aponta o Brasil com 5% da sua população nessa condição. São números que crescem numa velocidade muito mais rápida do que a elevação da temperatura do planeta.

A questão ambiental é uma pauta relevante e que depende de uma esforço coletivo dos governos, porque se a temperatura do planeta aumentar demais, a raça humana, assim como todo o resto, estará comprometida. Contudo, é preciso compreender que na dinâmica das relações internacionais, o que importa é a sobrevivência do Estado, portanto, no curtíssimo prazo, a questão do meio ambiente não passará de um foro diplomático, que demanda articulação institucional e muito esforço de negociação para a construção de um consenso.

A cúpula de Copenhague (COP-15) falhou, infelizmente, sinal de que as costuras em prol da mitigação do efeito estufa podem demorar tanto quanto as negociações da Rodada de Doha ou ainda, poderão não sair do papel. O Brasil, desde que sediou a ECO-92, já vem cumprindo o seu dever de casa na área ambiental: temos uma das melhores legislações do mundo nesse campo e, de forma gradativa, ampliamos o cumprimento da Agenda 21. Nesse sentido, pode-se dizer que o país tem condições, no curtíssimo prazo, de zelar pelo atendimento das necessidades básicas de seus cidadãos, cumprindo o disposto na Constituição Federal.

Os 5% da população brasileira que dormem com fome diariamente representam 9,195 milhões de cidadãos, que não têm acesso a um prato e comida, ao menos, por dia. Isso é desesperador, considerando-se que o Brasil detém a maior capacidade de produção de alimentos no mundo.

Enquanto essa vergonhosa mazela fizer parte do nosso cotidiano, o meio ambiente estará em xeque, por a sustentabilidade ambiental não se faz sem levar em conta o bem-estar humano. Sustentabilidade, de acordo com Organização das Nações Unidas (ONU) é um conceito sistêmico que reúne as vertentes econômica, social, ambiental, cultural e político-institucional. Logo, se uma delas estiver fragilizada, o conceito inexiste, na prática. A fome é uma decorrência da fragilidade das vertentes econômica e social e que gera na sua retaguarda a prostituição, especialmente a infantil, o tráfico de drogas, de armas, de seres humanos e de animais, a depredação ambiental e conflitos armados.

Quem não tem acesso a alimentos, todos os dias, não tem dignidade, nem, tampouco, “cabeça” para imaginar se as calotas polares da Antártica vão derreter, se preocupar com quantas espécies de pinguins serão extintas ou quantos países vão desaparecer por causa da elevação do nível do mar. Quem tem fome, todo dia, caminha em doses homeopáticas para os braços da morte. Este é um retrato triste que o Brasil precisava parar de pintar na sua história cotidiana, porque compromete qualquer ideal de desenvolvimento no médio e longo prazos. Acabar com a fome em nosso território é fundamental para o crescimento do país e para o maior comprometimento da nossa nação com as questões do meio ambiente. É uma condição sine qua non.

É preciso, finalizando, ponderarmos sobre um modelo de desenvolvimento que privilegie a liberdade e que garanta o atendimento real dos dispositivos constitucionais, entre eles, e, sobretudo, o acesso cotidiano à alimentos. Dizendo um não em caráter sumário a fome, o país poderia respirar a real liberdade proporcionada pela sustentabilidade, que faz de cada homem, mulher e criança, seres mais dignos e felizes. Quem está saciado, tem energia para o trabalho e para a geração de riquezas e prosperidade. Provaríamos da real democracia, já que todos os cidadãos do país poderiam ser realmente chamados de cidadãos. Esta deveria ser a ambição do Estado Brasileiro a partir da nova década que chega.”

Mais do que objetivo fundamental previsto na Constituição Federal, erradicar essa “dor que não espera” constitui MISSÃO que está entranhada nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE que visa, com todo ARDOR, a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR as suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, em conformidade com as exigências do SÉCULO XXI, da era da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS e da FRATERNIDADE MUNDIAL.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa ESPERNÇA ...

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A CIDADANIA, AS VIRTUDES E A CIVILIDADE

“Muitas são as coisas espantosas, porém nada é mais espantoso que o homem. [...] Ele possui a fala e o pensamento rápido como o vento e todas as demais artimanhas com os quais pode organizar uma cidade. [...] Penetrante até além do que caprichosamente poderíamos sonhar é sua fértil habilidade, tanto para o bem como para o mal. Quando honra as leis de seu país e mantém a justiça que jurou diante dos deuses respeitar, ergue-se orgulhosamente na cidade; mas não tem cidade quem, estupidamente, atola no delito.” (SÓFOCLES, in Antígona).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga e mestre em educação, que merece INTEGRAL transcrição:

“Virtudes civilidade

A crise moral e ética tão disseminada na sociedade contemporânea estaria impulsionando estudos e reflexões? No livro O vestígio e a aura – corpo e consumismo na moral do espetáculo, discutindo aspectos da sociedade contemporânea, especialmente o culto exagerado ao corpo, o psicanalista Jurandir Freire Costa diz: “Seja como for, o carro da história não tem marcha a ré. Querendo ou não, somos todos contemporâneos, e este é o nosso mundo. A futilidade, a ganância e a violência só conseguiram, até hoje, empolgar os tolos, os medíocres e os arrogantes. E, na maioria dos casos e dos fatos, sempre fomos mais que isso”. Sem dúvida tem havido supervalorização da aparência, modismos fúteis, culto exagerado ao prazer, liberdade excessiva e a famosa lei de levar vantagem em tudo, mesmo que isso viole os direitos dos outros. Uma sociedade sem normas, onde pode-se tudo? Percebemos uma tendência mundial de expressar descontentamento e repúdio a essa realidade social atual tão perversa e que gera tantas violações de direitos. Observamos esse fato na literatura, no cinema, em alguns estudos do comportamento e em alguns setores organizados da sociedade civil.

Virtudes e civilidade podem contribuir para evitar e resolver conflitos trazendo melhoria na nossa qualidade de vida? Piero Massimo Forni, especialista em civilidade pela Universidade Johns Hopkins, afirma que “se melhorarmos a nossa capacidade de nos relacionar, teremos menos brigas, estresse e, consequentemente, menos processos e pessoas doentes”. Calculou até o custo da falta de civilidade nos Estados Unidos, país com democracia plena: US$ 30 bilhões por ano. Quanto custaria aqui no Brasil a falta de civilidade? Um desafio para pesquisadores da área. Vejo consonância desse desafio com proposta minha de reeducar para os direitos humanos. Civilidade, ética, moral, altruísmo, honradez, integridade estão em consonância com o cumprimentos dos direitos humanos.

Não resta dúvida de que as virtudes, tão subestimadas, criticadas e vistas como “caretas” na atual sociedade, podem contribuir para melhorar as relações humanas. Ser honrado, íntegro, digno e contra as violações não seria nossa obrigação como cidadão? Criticamos veementemente vícios e imoralidades em autoridades, políticos, líderes, mas é difícil fazer autocrítica. Infelizmente, muitas pessoas estão tão embevecidas com os modismos perniciosos da sociedade, com a visão de levar vantagem em tudo, que esses vícios têm se tornado hábito e até dificultado o convívio com pessoa correta, digna, coerente e eticamente comprometida, percebida como chata, destoante social. A preocupação com a coletividade, o compromisso social de cada um para melhorar o mundo é visto com ceticismo e crítica. Ser exemplo e referência de boa conduta é o começo dessa importante mudança até para cobrarmos do Estado políticas públicas efetivas nessa área.

Numa sociedade que prioriza o consumismo, a aparência, o prazer fácil e descompromissado, a fragilidade do caráter, a banalização do viver e o mau exemplo, que tal dar uma trégua a esse automatismo comportamental social e cultivar as virtudes? Conscientizar na família, na escola e na mídia para a construção de relacionamentos pessoais e sociais baseados nas virtudes e na civilidade: honradez, integridade, honestidade, humildade, decoro e altruísmo – cultivar a essência humana desde a infância para a construção de um mundo de paz e de efetivo cumprimento dos direitos humanos. Sejamos um exemplo material dessa importante mudança e teremos, com certeza, um mundo melhor e menos perverso – mais virtudes e mais civilidade, sempre!”

Eis, pois, mais páginas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM, com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma ALEGRIA, a mesma DETERMINAÇÃO, nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que promova a PARTILHA das imensas CONQUISTAS da CIVILIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA e das EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS do PAÍS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, FÉ e ESPERANÇA!...

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A CONSCIÊNCIA DA CIDADANIA E O EXEMPLO DE ZILDA ARNS

“Serviços essenciais melhoram a qualidade de vida, permitem que comunidades pobres se tornem participantes ativas na sociedade e promovem a economia. Adequadamente financiados, serviços públicos de boa qualidade são meios cruciais para se combater a desigualdade e redistribuir o poder e a participação de uma geração a outra. Por outro lado, serviços públicos de má qualidade e subfinanciados marginalizam ainda mais os excluídos, fazendo com que a desigualdade crie raízes mais fortes.

Os serviços públicos afetam significativamente a desigualdade de gênero. A ausência de serviços essenciais de boa qualidade tem um impacto duplamente negativo sobre mulheres e meninas. Em primeiro lugar, quando serviços públicos precisam ser pagos, homens e meninos sempre têm mais acesso a eles. As famílias pagam, em primeiro lugar, as matrículas e outras despesas escolares de seus meninos e o custo para tratar pais doentes tem primazia em relação a qualquer gasto com mães doentes. Em segundo lugar, na ausência de serviços públicos essenciais, as mulheres e meninas é que acabam sendo forçadas a compensar essa deficiência. São elas que precisam percorrer distâncias quilométricas para buscar água e é um exército de mulheres do lar em todo o mundo que arca com o ônus de cuidar de parentes na ausência de serviços públicos. Serviços públicos gratuitos e a emancipação das mulheres são dois lados da mesma moeda.”
(DUNCAN GREEN – In DA POBREZA AO PODER – Como didadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, página 44).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Zilda Arns, pela fé

O apóstolo Paulo, em exortação na Carta aos romanos (14, 18-19), tem uma palavra que se aplica, plenamente, no juízo que se pode, com justiça, fazer a respeito da vida e do testemunho da dra. Zilda Arns: “É servindo a Cristo, dessa maneira, que seremos agradáveis a Deus e teremos a aprovação dos homens. Portanto, busquemos tenazmente tudo que contribui para a paz e edificação de uns pelos outros”. A história de sua vida ultrapassa, simplesmente, as mais nobres causas e motivações políticas. Oportuno é recordar que a intuição que originou a Pastoral da Criança se aplica, em primeiro lugar, em Florestópolis, no Paraná, na Arquidiocese de Londrina, com o incentivo do irmão dom Paulo Evaristo Arns, e com o apoio decisivo de dom Geraldo Magela Agnelo, então arcebispo metropolitano naquela região.

A origem desse projeto, que chegou a motivar a sua candidatura ao Prêmio Nobel da Paz, nasceu no meio dos mais pobres, sem os holofotes habituais dos interesses eleitoreiros e da mesquinhez de se tirar proveito de algo, particularmente no âmbito da projeção política. O olhar fixado nos mais pobres, endereçado às crianças, patrimônio a ser defendido e promovido, com todo esforço, fez brotar do coração da dra. Zilda essa intuição. Um discernimento visionário que se concretizou com simplicidade, fazendo a diferença, mudando estatísticas na mortalidade infantil, com traços de milagre operado pela força do amor que toma conta do coração de tantos voluntários, exemplares curadores e promotores da vida.

Os custos baixos e o efeito significativo da operação da Pastoral no cenário da exclusão social e da desnutrição não podem deixar de envergonhar e fazer pensar mil vezes todos aqueles que se apropriam e usufruem de aparatos caros e sofisticados, produzindo tão pouco efeito no quadro das mudanças urgentes. O legado da dra. Zilda, com o exército de voluntários de todas as classes sociais, na Pastoral da Criança e na Pastoral da Pessoa Idosa, não poderá servir de âncora para alavancar candidaturas ou para promover plasticamente figuras políticas. Mas deverá ser uma realidade que continuará a fazer o bem, ganhando o mundo, a custo de safrifícios e, sobretudo, da convicção amorosa de tantos, incluindo mesmo a oferta abnegada da própria vida – o segredo desse sucesso. Essa realidade está sacramentada na tragédia do terremoto do Haiti, onde a dra. Zilda se encontrava, por razões humanitárias, imolando sua vida ali ofertada com o sangue derramado. Tombou como um jequitibá, num grande mistério de fé e da existência humana.

Começou em Florestópolis, no Paraná, e concluiu no Haiti. Sempre entre os mais pobres e na luta pela vida. Há uma pergunta que precisa ser feita por todos, contemplando o conjunto dessa trajetória, graças a Deus situada numa limpidez que não se mistura com os óleos da corrupção e do uso indevido do que é para o bem de todos. Essa pergunta respondida fará compreender de onde nasce o segredo de uma intuição da qual uma médica e sanitarista se tornou depositária, fazendo a diferença, mudando cenários e vencendo as estatísticas alarmantes da mortalidade infantil. De onde nasce essa intuição e o que mantém a sua força? É preciso começar a responder essa pergunta dizendo logo, para não perder tempo, que o sustento e a moldura de todo esse patriomônio – a Pastoral da Criança e a Pastoral da Pessoa Idosa – , serviço da Igreja Católica na sociedade pluralista contemporânea, não nasce de motivações políticas. Se o fosse não avançaria com a mesma força, é incontestável. A intuição e a audácia corajosa desse serviço à vida nascem da fé. A pessoa de Jesus Cristo é o nascedouro e o ápice desse segredo. A fé banha e fermenta a formação técnica e a consciência de cidadania. Quando dela se prescinde, o percurso é mais árduo e falta a sabedoria do coração.

O papa Bento XVI, na sua carta encíclica Deus é amor (nº 31), lembra que não basta por si só a competência profissional e que os seres humanos necessitam sempre de algo mais do que um tratamento apenas tecnicamente correto: “Os seres humanos têm necessidade de humanidade, precisam da atenção do coração”. O trabalho profissional, a vida e os afazeres não atingem suas metas apenas por execuções habilidosas, menos ainda por artimanhas políticas, mas, sim, pelas atenções e intuições sugeridas pelo coração. A formação do coração é capítulo indispensável, e a fé é insubstituível nesse processo. É o encontro com Deus em Cristo que suscita o amor, gera sabedoria enquanto força que faz perseverar, e abre o íntimo ao outro de tal modo que o amor do próximo não seja uma imposição, mas, diz o papa Bento XVI, “uma consequência resultante da sua fé que se torna operativa pelo amor”. É preciso refletir e proclamar aos corações que a excelência da dra. Zilda e seu legado vêm pela fé.”

São testemunhos como esse e outros diversos que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, como elementos essenciais para a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa VENCER as INTOLERÁVEIS e vergonhosamente BRUTAIS DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS, permitindo que as nossas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS façam BENEFICIÁRIOS diretos e efetivos TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS...

É o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e ESPERANÇA!...

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A CIDADANIA E O DESAFIO DA JUVENTUDE

“...Queremos, na verdade, inaugurar um movimento a favor de mudanças estruturais de curto, médio e longo prazos. Um movimento capaz de intervir na cena pública e de influir nos espaços de decisão política. Um movimento que represente uma nova forma de fazer política, que não exclui os partidos, mas que os transcende, que pode, inclusive,contribuir para a reformulação das agremiações existentes e para o surgimento de novas organizações políticas de caráter partidário ou não partidário”.
(UMA NOVA FORMAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL – Fórum Brasil Século XXI; Instituto de Política, 1998, página 11).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de Editorial do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 8, que merece INTEGRAL transcrição:

“Desafio da juventude

O Brasil terá até o fim deste ano nada menos do que 51 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos. É mais de duas vezes toda a população da Austrália (21 milhões), supera as da Espanha (45 milhões) e do Canadá (38 milhões). Para um país que pretende figurar entre as cinco maiores economias do mundo, esse deveria ser um trunfo. Mas estudos reunidos no livro Juventude e políticas sociais no Brasil, divulgado ontem por especialistas do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), órgão do governo federal, concluem que boa parte desse potencial está se perdendo. Os dados mostram que o país pode pagar caro pela baixa qualidade da educação oferecida aos jovens, pela deficiência da assistência à saúde e a fragilidade dos esquemas de segurança. Desinteresse pela escola, gravidez e contração precoce de doenças se somam à exposição a perigos urbanos, que, com frequência intolerável, roubam a vida de jovens promessas.

Para começar, as taxas de analfabetismo ainda são um desafio não vencido, especialmente na idade de 25 a 29 anos, idade em que o jovem deveria ser mais produtivo. Apesar de todos os avanços que o país tem obtido nesse campo, em 2007, 4,1% dos brasileiros dessa faixa etária eram analfabetos, e os de 15 a 24 anos eram 2,1% desse total. Segundo o estudo, os jovens analfabetos e os de baixa escolaridade enfrentam a escassez e a inadequação da oferta de cursos de alfabetização e supletivos. A concentração em poucas regiões mais desenvolvidas e a falta de articulação entre esses dois níveis de ensino só aumentam a dificuldade de o jovem carente dar continuidade aos estudos. Esse é só um dos pontos falhos na educação no país. Ainda ontem, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) divulgou relatório segundo o qual o Brasil tem índice de repetência no ensino primário de 18,7%, o mais elevado da América Latina, muito acima da média mundial, de 2,9%.

Os pesquisadores do Ipea registraram que no Brasil os jovens são as maiores vítimas de violência, principalmente de homicídios, além de aparecer nas estatísticas como autores de mortes e de lesões corporais. O estudo mostra que a faixa etária de 15 a 29 anos pode ser considerada de alto risco, quando deveria ser uma das mais saudáveis do ciclo vital. Já a partir dos 18 anos, aumentam as percentagens de abuso de drogas e dependência de álcool. É fato que 2010 será o pico da participação dos jovens na população brasileira.

A queda da taxa de fecundidade, combinada com o aumento da expectativa de vida da pessoas, vem provocando uma mudança radical no perfil da população do país. Especialistas calculam que dentro de 10 anos teremos mais brasileiros com idade acima de 45 anos do que todos os demais das faixas etárias mais baixas. Reclamam-se políticas adequadas ao atendimento dessa realidade que se aproxima. Mas o que se constata agora é ainda mais urgente. Trata-se da geração que, em breve, terá de garantir ao país a capacidade de continuar e proporcionar qualidade de vida aos brasileiros de todas as idades. Não há tempo a perder.”

E mais, segundo o mesmo estudo, outro dado estarrecedor: cerca de 50% dos jovens com idades entre 15 e 17 anos estão FORA do ensino médio, etapa final da EDUCAÇÃO BÁSICA, absolutamente necessária num PAÍS como o nosso, com justas pretensões ao pódio das CINCO maiores economias do mundo.

Está, pois, colocado o gigantesco DESAFIO para as nossas POLÍTICAS PÚBLICAS, que permitam a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que também possa PARTILHAR as suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, reduzindo as INTOLERÁVEIS e vergonhosas DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS.

É o nosso SONHO, a nossa LUTA e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A CIDADANIA E A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO

“Educação

A educação é crucial para romper o ciclo da pobreza. Ela constitui um direito em si e prepara indivíduos para ter vidas plenas, compreender o mundo e, em última análise, desenvolver a autoconfiança necessária para se fazer ouvir. Uma educação de boa qualidade é emancipatória, um caminho para uma liberdade maior e uma gama mais ampla de opções, além de abrir as portas para uma saúde melhor e mais oportunidades de bem-estar material. Em média, cada ano adicional de educação formal aumenta o salário de um trabalhador em até 5-10% e as habilidades adquiridas podem transformar a qualidade de vida para gerações futuras.”
(DUNCAN GREEN in DA POBREZA AO PODER – Como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. - São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, página 45).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de CARLOS ALBERTO CHIARELLI, Presidente da Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância, ex-ministro da Educação, que merece INTEGRAL transcrição:

“Evolução da educação,

O Brasil vivencia um enorme desafio: a necessidade de educar milhões de pessoas num país gigantesco e no qual falta, muitas vezes, infraestrutura adequada e até professores. Por isso, no últimos anos, seu ensino passou por uma grande evolução, principalmente quanto à educação a distância (EAD). No país, já são mais de 2,5 milhões de estudantes matriculados em cursos que adotam essa metodologia, e o avanço tecnológico foi o responsável por esse avanço. A possibilidade de as pessoas que estão em áreas mais remotas, muitas vezes sem acesso a nada, alcançarem conhecimento teórico de qualidade, sem precisar se deslocar e sem ter maiores custos, é o grande chamariz da EAD.

A educação a distância surgiu no século 19, na Universidade de Londres. Na 2ª Guerra Mundial, soldados norte-americanos já estudavam a distância. Ao Brasil, a EAD chegou no fim do século 19, apresentando cursos por correspondência. Depois, aulas começaram a ser transmitidas pelo rádio. Mais tarde, a televisão revolucionou esse sistema e, hoje, a utilização das mais modernas tecnologias fomentou a evolução do ensino a distância. Para quem não se lembra, o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela fez o curso de direito por correspondência, na prisão. Atualmente, as grandes universidades norte-americanas trabalham com essa modalidade. Elas sentiram que há um grande e crescente interesse dos alunos, principalmente daqueles que trabalham o dia todo.

Se em diversos países desenvolvidos, como o Canadá, Estados Unidos, Austrália, Inglaterra e Espanha, a modalidade faz um enorme sucesso, seria estranho que no Brasil fosse diferente. O motivo é simples: se em países como territórios mínimos a EAD é a grande aposta, imaginem o nosso, com 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o que dificulta o acesso às aulas presenciais àqueles que vivem em cidades mais distantes. Além disso, o preço da educação a distância é mais acessível, cerca de 50% mais em conta. Segundo dados da consultoria Hoper, especializada em educação, um curso de graduação a distância custa, em média, R$ 168 por mês, ante R$ 457 de um tradicional. Isso sem falar do fator comodidade, já que o aluno não precisa se deslocar até a universidade e tem um horário de estudo mais flexível, adquado à sua disponibilidade.

Isso prova que o conjunto desses dados, juntamente com a qualidade do material e professores contratados, supera qualquer dúvida a respeito desse método. Sem mencionar a tecnologia, grande aliada desse processo e pilar de sustentação a educação a distância. Todos esse fatores têm proporcionado a muitas pessoas a possibilidade de conquistar uma formação superior e de se tornar cidadãos conscientes e ativos na sociedade. Por essas avaliações é que se pode afirmar que a EAD está levando o ensino no país a um novo patamar.”

Tudo isso nos ajuda a COMPREENDER, cada vez mais, os mais diversificados caminhos que devemos EMPREENDER, e através da EDUCAÇÃO, na construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, segundo as exigências do século XXI que busca a SUSTENTABILIDADE e as NOVAS TECNOLOGIAS para um MUNDO que seja FRATERNO e FELIZ.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA e a nossa ESPERANÇA...

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

UM PERMANENTE EXERCÍCIO DE CIDADANIA

“6. Cultura da cidadania

Cidadania é processo cultural. É conquista demorada e construção dialética. É ação estrutural permanente, e não só campanha emergencial. O emergencialismo pode carunchar a cidadania e cooestar setores que desempregam trabalhadores e depois distribuem cestas para a fome.

A cultura da cidadania é “palégica”. É luta obstinada que soma esforços, ciência, arte, trabalho e oração para elaborar a cultura da cidadania que substitua a cultura da anti-cidadania. A cultura da cidadania este malha antropossociogenética que entrelaça os cidadãos por dentro, pela mentalidade, pela consciência, pela solidariedade, pelos valores, pela liberdade responsável, pelo amor, pela tecelagem de uma sociedade de todos e para todos. A cultura da cidadania é gênese do novo brasileiro “des-anulado”, emancipado e criador de sua história.”
(PE. JUVENAL ARDUINI – in artigo O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO? – VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994 – página 10).

Mais uma IMPORTANTE para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de outubro de 2006, Caderno OPINIÃO, página 19, de autoria de MARIA AMÉLIA BRACKS DUARTE, Procuradora do Trabalho em Minas Gerais, que merece INTEGRAL transcrição:

“Exercício de cidadania


Neste outubro, a democracia no país se mostrou fortalecida com o exército de cidadãos cravando, conscientemente, as suas escolhas para o novo Parlamento e os governos estaduais. O povo afastou as oligarquias, puniu corruptos, não endossou acordos espúrios, ignorou negociações partidárias, concedeu mandatos a políticos injustamente afastados do cenário nacional, perdoou outros, surpreendeu nas urnas, mostrando coragem para a renovação, revelando que, com raras exceções, acompanhou as denúncias de escândalos publicadas na imprensa. O Ministério Público, Polícia Federal e a imprensa ganharam vigor institucional para continuar investigando, informando, e publicando provas de crimes cometidos por indivíduos inescrupulosos que agem com torpeza contra a nação. Um outro político envolvido em quebra de decoro, lamentavelmente, continuará no poder legitimado pelo voto, mas, com certeza, atento à vulnerabilidade em que agora se encontra, porque não se admitirá mais se enodoem os princípios democráticos tão duramente conquistados nas últimas décadas. Contra todas as evidências de marasmo e descrédito nos candidatos, exerceu-se de forma plena a cidadania, comprovando-se que, a cada eleição, o Brasil é redescoberto pelos valores da decência e do comportamento ético.

Dia 12, homenageiam-se as crianças no Brasil. Os políticos eleitos e os que disputarão a segunda rodada da disputa sabem que um grande desafio é acabar com o abandono em que se encontram os meninos e as meninas de rua, esmolando em semáforos, sujeitos a abordagens sexuais e conquistados pelo tráfico de drogas. Os novos parlamentares, imbuídos de propostas e boas intenções, têm que implementar, com urgência, políticas públicas capazes de gerar renda para os pais dessas crianças; fomentar a educação de primeiro grau, mantendo as crianças em jornada integral. É inadiável a meta de combater os salários indignos do professor da escola pública, que convive com a miséria das populações carentes e é submetido à violência das comunidades: não basta o assistencialismo da distribuição da cesta básica – os últimos quatro anos de governo já o desmonstraram.

Se queremos avançar em desenvolvimento, temos que ser vigilantes e cobrar o cumprimentos das propostas acenadas dos palanques eleitorais; não deixar calado na garganta o grito por um Brasil justo e que afaste as desigualdades sociais, e manter a inquietude do agir, a crítica construtiva aos poderes judiciário, executivo e legislativo, oferecendo soluções e achando formas de participação, pois “a democracia, da mesma forma que a civilização, é um processo em movimento, e não uma utopia estática”.”

Eis, pois, indicações PRECIOSAS da mais PREMENTE necessidade de uma grande CRUZADA NACIONAL para a CIDADANIA E QUALIDADE, que permita a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, na conformidade com as EXIGÊNCIAS do TERCEIRO MILÊNIO e da SUSTENTABILIDADE que constitui base de um mundo GLOBALIZADO, FASCINANTE e BELO, que queremos HUMANO e FELIZ.

É o nosso SONHO, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A CIDADANIA E AS MAZELAS A VENCER

“A pobreza maciça e a desigualdade obscena são flagelos tão terríveis dos nossos tempos – nos quais o mundo se gaba de avanços sem precedentes nos campos a ciência, da tecnologia, da indústria e da acumulação de riqueza – que elas devem ser vistas como males sociais tão graves quanto à escravidão e o apartheid.
NELSON MANDELA, Londres, 2005.

Do berço ao tumulo, as chances de uma pessoa na vida são dominadas pelos níveis extraordinariamente ele elevados de desigualdade que caracterizam o mundo moderno. Uma menina nascida na Noruega quase que certamente viverá até uma idade avançada. Se tivesse nascido em Serra Leoa, no entanto, ela teria uma chance em quatro de morrer antes de seu quinto aniversário. Uma menina norueguesa pode ter a expectativa realista de estudar em uma boa escola, seguida de uma boa universidade, bem como de ser saudável e ter seus direitos respeitados até o fim de sua vida. Em Serra Leoa, apenas duas em cada três meninas chegam a ser matriculadas na escola e muitas das que são matriculadas abandonam seus estudos em função das altas mensalidades cobradas pelas escolas, dos baixos padrões de educação oferecidos, de serem forçadas a ficar em casa cuidando de seus irmãos e irmãs ou de precisarem trabalhar fora para alimentar sua família. Apenas uma em cada quatro mulheres sabe ler e escrever. Cursar universidade é um sonho impossível.”
(DUNCAN GREEN – In DA POBREZA AO PODER – Como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam Internacional, 2009, página 2).

Mais uma contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de janeiro de 2010, Editorial, Caderno OPINIÃO, página 8, que merece INTEGRAL transcrição:

“Mazelas a vencer

O Brasil diminuiu de forma significativa o número de famílias que vivem em extrema pobreza, mas não consegue combater a desigualdade de renda com a mesma agilidade, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Entre 2003 e 2008, as taxas nacionais de pobreza absoluta (indivíduos que ganham até meio salário mínimo) caíram, em média, 3,1% e 2,1% ao ano. Já a desigualdade de renda recuou apenas 0,7% no mesmo período. Desde o início do estudo, em 1995, a taxa de pobreza vem caindo mais rapidamente que a de desigualdade. A maior parte dos avanços alcançados pelo país no enfrentamento da pobreza e da desigualdade está direta ou indiretamente associado à estruturação das políticas públicas de intervenção do Estado, motivadas pela Constituição de 1988.

Para o Ipea, o Brasil tem condições de igualar os índices de pobreza e de desigualdade aos de países desenvolvidos até 2016. Para isso, contudo, terá de superar ao menos três desafios: manter a taxa de crescimento econômico em níveis elevados com ampliação do nível educacional, reduzir a cobrança de impostos das classes mais baixas (proporcionalmente são as que pagam mais tributos) e melhorar a qualidade do gasto público com programas sociais. No primeiro caso, avalia o Ipea, é preciso manter a taxa de crescimento elevada, com baixa inflação; o crescimento deve ter atado à produção de bens e serviços de maior valor agregado e de elevado conteúdo tecnológico. Ambos constituem requisitos para o crescimento capaz de garantir avanços na produtividade do trabalho e qualidade do emprego e renda. No segundo caso, famílias de menor renda pagam proporcionalmente mais impostos e, assim, contribuem mais para a arrecadação dos recursos que sustentam as políticas públicas. Em 2003, informa o Ipea, 48,9% da renda das famílias que ganhavam até dois salários mínimos iam para o pagamento de impostos. Na faixa dos que auferiram, então, mais de 30 salários, essa parcela era de 26,3%. Para mudar isso, só com a ansiada reforma tributária. O terceiro obstáculo é a precária qualidade do gasto público. Apesar dos avanços alcançados na integração e articulação de políticas públicas em torno de programas como o Bolsa-Família, há fragmentação, dispersão e sobreposição de ações governamentais.

Pelo estudo, a consolidação institucional do quadro geral das leis sociais no Brasil seria um passo importante para a manutenção, nos próximos anos, do enfrentamento da pobreza e da desigualdade no país. Urge, portanto, o estabelecimento de uma nova lei que regule a responsabilidade e o compromisso social, com metas, recursos, cronogramas e coordenação, para que o país possa chegar a ter indicadores sociais observados em países desenvolvidos. Tudo isso, é claro, sem retrocessos em termos de maior participação da sociedade na formatação, monitoramento e controle das políticas públicas, como acentua o documento do Ipea.”

Essas são páginas, pois, que nos FORTALECEM e nos MOTIVAM na grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, que permita ENFRENTAR desafios como os PROPOSTOS e CONSTRUIR uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que saiba PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente tendo no horizonte INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como os previstos para a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e a exploração do PRÉ-SAL.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa ESPERANÇA...

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A CIDADANIA E A DEMOCRACIA VÃO MUITO ALÉM DAS ELEIÇÕES

“Observações críticas
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2) A ética política é a ética daquele que exerce atividade política; mas atividade política na concepção de quem desenvolve o próprio argumento partindo da consideração de que a ética profissional não é o exercício do poder enquanto tal, mas do poder para a realização de um fim que é o bem comum, o interesse coletivo ou geral. Não é o governo, mas o bom governo. Um dos critérios tradicionais e continuamente renovados para distinguir o bom governo do mau governo é exatamente a avaliação da realização ou não desse fim específico: bom governo é aquele de quem persegue o bem comum, mau governo é aquele de quem persegue o bem próprio”.
(NORBERTO BOBBIO, in Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos; organizado por Michelangelo Bovero; tradução de Daniela Beccaccia Versiani. – Rio de Janeiro: Campus, 2000).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de setembro de 2007, Caderno PENSAR, página 2, de autoria de JOÃO PAULO, Editor de Cultura, que merece INTEGRAL transcrição:

“Muito além das ELEIÇÕES

Idéia de democracia precisa avançar além das garantias formais para contemplar novos direitos

As sociedades gostam de se dizer democráticas. Os detentores do poder político adoram colar em si a identificação de democratas. Há mesmo um partido que arrogou para si o nome inventado pelos gregos. Na vida privada e corporativa as pessoas querem ser reconhecidas como tal, usando a democracia ora como álibi, ora como explicitação da defesa de cumprimento de regras. A democracia, quanto mais falada, parece ser menos exercida.

Quem ama não escreve poemas de amor, bastando viver, tão grande é a ventura, sem se preocupar em nomear.explicar ou convencer o outro de seus paraísos. Como Cordélia, em Rei Lear, os amantes amam e calam, sendo o silêncio a mais explícita prova de sua verdade interior. Com os negócios públicos, parece ocorrer algo semelhante: quem mais se diz democrata, muitas vezes, precisa convencer o outro de seus propósitos, quando não a si mesmo de sua constância.

A política, uma das obras de civilização dos gregos, inventores da democracia, era definida por seus principais pensadores como uma forma de vida superior. Os gregos sabiam que a vida interior só tinha sentido quando realizada publicamente, com os outros. O melhor teste dos valores é dado exatamente por sua capacidade de nos fazer melhor na vida compartilhada. A política é conseqüência da psicologia; a justiça é uma derivação da ética.

Os dois mais importantes filósofos gregos, Platão e Aristóteles, definiam a política em sua ligação com a justiça. Só tem sentido fazer política se for para ampliar a justiça. Para Platão, a política era o caminho para uma forma superior de vida, a vida justa. Para alcançá-la, era necessário que o sábio governasse, que a razão ocupasse o lugar mais importante na determinação dos negócios públicos. O corajoso que tomasse conta da segurança, o concupiscente que trabalhasse para produzir cada vez mais, desde que, para cumprir o mais alto desígnio, o sábio governasse com justiça.

Aristóteles, mas (sic) prático que seu mestre, em vez de vida justa defendia como forma máxima de existência a vida boa. A realização política na arena pública era aquela que fizesse dos cidadãos homens mais completos e felizes. Para o estagirita, o homem era um animal político. E era o dado político em sua constituição que o tornava mais que animal. A política humaniza o bicho-homem. Só a política permite a felicidade.

Mas Aristóteles ia adiante. Ele sabia, muitos séculos antes de Marx, que a sociedade sempre se apresenta dividida, cindida entre interesses divergentes, marcada pela separação entre ricos e pobres. Como ele acreditava que a política tinha como condão melhorar a vida, defendia que, em suas primeiras funções, estava a obrigação em diminuir as desigualdades. Para Aristóteles, “política é a arte de igualar desiguais”. Se a quebra da desigualdade aponta, em algum momento, para a prática distributiva, Aristóteles, no entanto, sabia que num patamar não se podia admitir concentração: no poder. O poder político, para ser poder e para se configurar como político, tinha de ser acessível a todo cidadão.

Os ensinamentos dos clássicos estão mais atuais do que nunca. Hoje, há um descarnamento da democracia. Sua substância fundamental parece ter se perdido em nome de defesa de princípios meramente formais. Fala-se em democracia quando na maioria das vezes, depois de peneirados os argumentos, só sobram elementos instrumentais. Diz-se que uma sociedade é democrática porque realiza eleições, respeita a vontade da maioria, segue ordenamento legal consensual, funciona a partir do império da lei. São condições necessárias, mas não suficientes.

O desafio que coloca hoje para as sociedades precisa avançar além do regime de governo para a vitalidade da existência social. A democracia precisa ser vivida. Vida supõe mudanças, transformações, ampliações de espaços de liberdade e autonomia. Pensar a democracia como ser vivo obriga a defender sua dimensão necessariamente histórica. Se os gregos já percebiam a desigualdade social e inventaram o regime de governo para dar conta desse problema de civilização, o mundo contemporâneo está emparedado em procedimentos e perdendo a capacidade de enfrentar a desigualdade tornada método de relacionamento global.

É preciso reconhecer o funcionamento histórico da democracia. É hora de historicizar a política. Não é por acaso que, de um tempo para cá, volta a soar a sereia do fim da história, da morte das ideologias, do fracasso das grandes narrativas, do soçobramento das utopias. Negar a história em sua caminhada é uma operação reacionária, que empareda a política e torna a democracia uma lista de itens a serem praticados nos processos sociais estandardizados.

É curioso, por exemplo, como até mesmo a funcionalidade dos elementos democráticos pode ser anulada em interesse da idéia do fim da história. Nas últimas décadas, muitos governantes latino-americanos foram apeados do poder em nome de interesses “democráticos” expressos diretamente pela sociedade. Pode ser um avanço. E possível que seja a emergência da vontade direta do povo. No entanto, no caso da Venezuela, foi preciso um plebiscito (previsto pela Constituição) para validar o resultado de um procedimento democrático. Pode-se detestar Chávez, mas, sob o risco de má-fé, não se pode acusá-lo de fraturar a democracia.

A democracia a ser inventada para a nova desigualdade global precisa caminhar no sentido da invenção de direitos. A democracia clássica existia na exata medida em que defendia direitos sociais. A democracia que o mundo precisa só se justifica na capacidade de criar direitos que dêem conta da nova desigualdade. Garantir direitos é o primeiro passo. Ampliar direitos é o desafio.

O retorno aos gregos pode nos ensinar muito. Além da humildade, eles nos colocam no chão da política para perguntar sobre a vida mais plena, justa e feliz. Basta olhar para os lados para perceber que não estamos sendo plenos, justos e muito menos felizes. A política anda em baixa. A democracia foi abduzida pela obsessão dos procedimentos. A criação de novos campos de direito (entre eles o de propriedade, o mais difícil de ser tocado, principalmente numa sociedade como a nossa, siderada pela posse da terra de maneira quase teológica) pode pôr os homens em movimento.

A história não acabou. Mas não vai se realizar sozinha.”

Mais um efetiva contribuição que nos FORTALECE da oportunidade e necessidade de uma grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE para, novamente, DEPURARMOS a POLÍTICA e a DEMOCRACIA e construirmos, por meio de sua IMORREDOURA centralidade, uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, SUSTENTADAMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que PARTILHE suas IMENSAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS.

É o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA...

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A CIDADANIA E O PAPEL DA UNIVERSIDADE

“54. É preciso dizer que o investimento em capital humano não se restringe à educação, conquanto se refira mais diretamente ao conhecimento, ao know how e à capacidade de criá-lo e recriá-lo – o que envolve, a rigor , a saúde, a alimentação e a nutrição, a cultura e a pesquisa e vários (sic) outras áreas, como o estímulo ao empreendedorismo social e empresarial, que se voltam para a manutenção, a reprodução e o desenvolvimento do capital humano. Por motivos que já são por demais óbvios para todos, entretanto, o tema principal no Brasil de hoje é a educação”.
(FÓRUM BRASIL SÉCULO XXI – UMA NOVA FORMAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL.- Brasília: Instituto de Política, 1998, página 49).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de novembro de 2005, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ALEXANDRE CÉSAR CUNHA LEITE, Coordenador do curso de ciências econômicas da UNA, que merece INTEGRAL transcrição:

“O papel da universidade


Observo, com certa inquietude, as declarações de alguns integrantes do governo que se dizem preocupados com o desenvolvimento brasileiro. Minha indagação inicial: o que aconteceu para que o presidente e seus subordinados reconhecessem a relevância de uma estratégia voltada para o desenvolvimento? Aqueles mais descrentes argumentariam que estamos na iminência de um ano eleitoral e que a pressão para a tentativa de um segundo mandato força o atual governo a iniciar o período de promessas e de ações emergenciais, para deixar sua marca, retirando os ranços causadores de má impressão. Inclusive, os problemas de corrupção interna, que pressuponho seja mais estrutural do que conjuntural. A história política brasileira nos prova que tal prática é comum e usada de forma descomedida. Também não posso descartar tal questão, porque a ciência econômica e a ciência política nos mostram, seja através do dilema eleitoral, seja do trade-off político, que tais ações podem obter, não sem um custo residual, sucesso. A questão do desenvolvimento está se tornando tão emergencial, que até mesmo governos comprometidos com a manutenção da estabilidade a todo custo estão sendo impelidos, a pelo menos, refletirem sobre a questão. Tal urgência vem-se fazendo notar na piora significativa demonstrada por dados relevantes quanto ao bem-estar da população. O acesso a bens públicos está indo de mal a pior, caracterizado, principalmente, pela deterioração na prestação do serviço e pela seu custo elevado.

O problema do desenvolvimento brasileiro deve ser discutido, atualmente, de uma forma conjunta, associando os organismos de Estado, a iniciativa privada e a intensa participação dos cidadãos. Acredito, sem hesitar, que a presença da universidade seja fundamental, na criação de uma consciência civil nos futuros profissionais. Mais que isso, acredito que a universidade seja o receptor das demandas da sociedade, entendendo-as e transformando-as em objeto de análise para a criação de uma agenda de discussão. Vou adiante: a universidade deve ter o papel de transformar um problema pontual em uma questão multifacetada. Assim, a formulação de propostas para solucionar tal questão nasceria da interface existente entre as diversas áreas de competências. Pois me parece claro que não há como solucionar problemas na educação, na economia e na saúde, para ser sucinto, com ações isoladas de especialistas. A proposta é trabalhar em conjunto, de forma interdisciplinar, fazendo com que as alternativas voltadas para o desenvolvimento sejam resultado da contribuição de diversas, se não todas, as áreas constituintes da ciência. A viabilidade de tal proposta passa, a meu ver, pela universidade.”

Eis, pois, de forma abrangente as responsabilidades civis no entendimento da EDUCAÇÃO como a ÂNCORA do processo de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL que nos IMPULSIONA para a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, PRÓSPERA e SOLIDÁRIA, que POSSA efetivamente PARTILHAR as EXTRADORDINÁRIAS RIQUEZAS nacionais com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente em vista dos BILIONÁRIOS INVESTIMENTOS previstos para a realização da COPA DO MUNDO DE 2014, da OLIMPÍADA DE 2016 e dos empreendimentos relacionados com a exploração do PRÉ-SAL, podendo, de modo VIGOROSO, eliminar as MONSTRUOSIDADES das DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS e da EXLUSÃO SOCIAL, que tanto vem INFELICITANDO milhões de patrícios.

É o nosso SONHO, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA...

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A CIDADANIA, A INFORMAÇÃO E O CONHECIMENTO

“Para um grupo de participantes, o importante não é ensinar valores e cultura na forma tradicional, mas desenvolver nos estudantes a capacidade de olhar sociedade de forma independente e crítica. Nessa perspectiva, a educação não deveria ser uma linha de mão única de transmissão de conhecimentos e valores estabelecidos, e sim um processo criativo através do qual os estudantes, junto com os professores, pudessem desenvolver suas mentes, a habilidade de pensar por conta própria e de transformar sua sociedade. Se as escolas pudessem funcionar conforme esse modelo, elas deixariam de ser instrumentos de reprodução de diferenças e hierarquias sociais estabelecidas e se transformariam, em si mesmas, em poderosos instrumentos de mudança. O problema é que, na prática, os professores raramente têm os recursos pedagógicos e culturais para desenvolver esse tipo de trabalho, e a perspectiva “construtivista” acaba por deixar os estudantes sem aprender os conteúdos mínimos de competência de leitura, escrita e matemática, sem os quais educação não pode avançar.”
(SIMON SCHWARTZMAN, in AS CAUSAS DA PROBREZA. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004, página 151).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de JOSÉ NAZARENO ATAÍDE, Professor universitário, filósofo, teólogo, advogado, mestre em direito, tradutor público juramentado, que merece INTEGRAL transcrição:

“Informação e conhecimento

Alguém disse que, se vivo estivesse, Karl Marx não mais escreveria O , capital, mas O conhecimento. Realmente, conhecimento é hoje o maior capital. É sempre bom estar atento à etimologia da palavra, pois nenhuma palavra existe à toa. Sua raiz traz sempre um significado. Na língua grega, conhecer é gnósko; lá está gn, de gênese, dar origem, gerar. No latim, conhecer é cognoscere; veja a persistência do gn. Em português, deu conhecer; em francês, connaître. Etimologicamente, em todas essas línguas, conhecer é exatamente conascer, nascer com. Quando conheço você, você nasce para mim, e eu nasço para você. Nascemos juntos (conascemos) um para o outro. Existe nisso algo simples, mas profundo, não é preciso ser complexo (complicado). No ato de conhecer, existe um nascimento, uma geração, uma nova vida. Quando adquiro um conhecimento, não sou mais o mesmo.

Conhecimento é mais do que uma simples informação, aquela que se dá, por exemplo, por um noticiário lido ou ouvido. O conhecimento pode, sim, partir de uma informação. Alguma informação é recebida, introjetada, assimilada, isto é, torna-se semelhante a mim, passa a circular no meu sangue, fazendo parte de mim. Ali, ela germina, cresce em mim e comigo. Isso é conhecimento. Das informações, algumas se perdem, vão com o vento; outras se plantam em mim e viram conhecimento. Quando você chega a saborear o conhecimento, sentir prazer nele, a ponto de colocá-lo a serviço do próprio crescimento e do crescimento dos outros, aí já é sabedoria. Sabedoria, sapientia, do verbo latino sapere, saborear, degustar. Veja como saber se parece com sabor. Saber com sabor; isso é sabedoria. Existe, portanto, uma dinâmica progressiva: informação... conhecimento... sabedoria. Ao que parece, existe hoje uma avalanche, uma superprodução de informações, mas pouco conhecimento; sabedoria, menos ainda. Ouve-se muito, muito se informa, muito se pega na internet. Obviamente, é útil, mas não basta. Fica um saber fragmentado, disperso. Pouco se retém, pouco se reflete, pouco se assimila e se aproveita em benefício próprio e em benefício dos outros. Dá para pensar. E redirecionar. De que vale o meu conhecimento, se ele simplesmente vai ser sepultado comigo? Não podemos fazer diferente? Saber para quê?

Busquemos, pois, um país melhor com o conhecimento sustentado em embasamento concreto do seu povo. Só assim poderemos um dia alardear que somos realmente uma nação desenvolvida social e economicamente, como se espera de um país de Primeiro Mundo.”

Eis, nessas páginas, mais uma PROFUNDA MOTIVAÇÃO para a grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, EDUCADA, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que coloque TODO o seu POTENCIAL – de que natureza for – efetivamente em BENEFÍCIO de TODOS os BRASILEIROS e de TODAS as BRASILEIRAS, “como se espera de um País de Primeiro Mundo”, e mais ainda, quando se considera os BILIONÁRIOS INVESTIMENTOS para a COPA DO MUNDO DE 2014, da OLIMPÍADA DE 2016 e dos recursos originados do PRÉ-SAL.

É o nosso SONHO, a nossa LUTA...

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A CIDADANIA E OS RECOMEÇOS PASSADOS E PRESENTES

“As duas fontes principais para o estudo do Estado são a história das instituições políticas e a história das doutrinas políticas. Que a história das instituições possa ser extraída da história das doutrinas não quer dizer que as duas histórias devam ser confundidas. Para dar logo um exemplo: uma coisa é a história dos parlamentos na Europa, outra coisa a história dos escritores parlamentaristas. Nenhuma dúvida sobre a importância que pode ter a obra de Aristóteles para o estudo das instituições políticas das cidades gregas, ou o livro VI das Histórias de Políbio para o estudo da constituição da república romana. Mas ninguém se contentaria em ler Hobbes para conhecer o ordenamento dos primeiros grandes Estados territoriais da idade moderna, ou Rousseau para conhecer o ordenamento das modernas democracias. De resto, se o estudo das obras de Aristóteles ou das histórias de Políbio é importante para o conhecimento respectivamente do ordenamento das cidades gregas e da república romana, muitas outras fontes, literárias e não literárias, e em número que cresce cada vez mais da idade antiga à idade contemporânea, são necessárias para conhecer a fundo os mecanismos às vezes extremamente complexos através dos quais são instituídas ou modificadas as relações de poder num dado sistema político. Por razões não difíceis de compreender, mas essencialmente pela maior dificuldade de acesso às fontes, a história das instituições desenvolveu-se mais tarde do que a história das doutrinas, tanto que freqüentemente os ordenamentos de um determinado sistema político tornaram-se conhecidos através da reconstrução (às vezes da deformação ou da idealização) que deles fizeram os escritores. Hobbes foi identificado com o Estado absoluto, Locke com a monarquia parlamentar, Montesquieu com o Estado limitado, Rousseau com a democracia, Hegel com a monarquia constitucional e assim por diante.”
(NORBERTO BOBBIO, in ESTADO, GOVERNO, SOCIEDADE – Para uma teoria geral da política; tradução de MarcoAurélio Nogueira.- Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, páginas 53/54).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado pela Revista VEJA – edição 2146 – ano 43 – nº 1, de 6 de janeiro de 2010, página 102, de autoria de ROBERTO POMPEU TOLEDO, que merece INTEGRAL transcrição:

“Recomeços passados e presentes

Em 2010 completam-se 100 anos da morte de Joaquim Nabuco e Brasília faz cinquenta anos. São duas efemérides que dizem dos destinos da pátria de forma semelhante – ambas têm a ver com recomeços, ou tentativa de recomeço. Lembrar de Nabuco é lembrar da abolição da escravatura, movimento do qual ele foi talvez o principal dos agentes, e com certeza o mais elegante. Com a abolição pretendeu-se um recomeço. Com Brasília, 72 anos depois da abolição, pretendeu-se outro. Era a aurora de um país destemido, porque avançava por sertões ignotos; dinâmico, porque ousara um empreendimento que só em sonho outros ousariam; justo, porque na nova capital as diferenças de classe e de hierarquia se dissolveriam na homogeneidade das superquadras e das vias expressas; e moderno, porque os terrenos baldios daquele naco do Planalto Central seriam preenchidos por uma arquitetura de riscos deslumbrantemente avançados.

Joaquim Nabuco (1849-1910) forma, com José Bonifácio, o Patriarca da Independência (1763-1838), a dupla de maiores estadistas da história do Brasil. Eles merecem esse título não só pelo que fizeram, mas também pela ideia geral que os movia – a ideia rara, lúcida e generosa de construção de uma nação. José Bonifácio está fora das datas redondas que serão lembradas neste ano, mas é outro que personifica um recomeço – merece carona neste texto, por isso. Ele personifica a independência, assim como Nabuco personifica a abolição. Ambos venceram, no sentido de que, em grande parte pelas manobras de Bonifácio, o Brasil em 1822 se tornou independente, assim como, em grande parte pela pregação de Nabuco, a escravidão foi legalmente abolida em 1888.Ambos perderam, porém, no que propunham como sequência necessária de tais objetivos.

Bonifácio ousou querer dotar o jovem estado brasileiro de um povo. Ora, um povo não podia ser formado por uma sociedade dividida entre senhores e escravos. Daí que, três gerações antes de Nabuco, ele já propusesse a abolição da escravidão. Falaram mais alto os interesses dos traficantes e dos senhores de escravos. Nabuco, se pegou a fortaleza escravista já mais desgastada, pronta para o assalto final, não teve êxito na segunda parte de sua pregação: a distribuição de terras entre os antigos escravos (ele dizia que a questão da “democratização do solo” era inseparável da emancipação) e o investimento num sistema de educação abrangente o bastante para abrigá-los. Tal qual o de José Bonifácio, o recomeço pretendido por Nabuco ficou pela metade.

Que dizer do recomeço representado por Brasília? Há versões segundo as quais, entre os motivos que levaram o presidente Juscelino Kubitschek a projetá-la, estaria a estratégia de fugir da pressão popular presente numa metrópole como o Rio de Janeiro. Uma espúria síndrome de Versalhes contaminaria, desse modo, as nobres razões oficiais para a mudança da capital. Mais perverso que a eventual mancha de origem, no entanto, é o destino que estava reservado à “capital da esperança”. Meros quatro anos depois de inaugurada, ela viraria, com seu isolamento dos grandes centros e suas avenidas tão propícias à investida de tanques, a capital dos sonhos da ditadura militar. Hoje, é identificada com a corrupção e a tramoia. Pode ser injusto. Falta demonstrar que, em outra cidade, a corrupção e a tramoia teriam curso menos desimpedido. Não importa. Para a desgraça de Brasília, o estigma grudou-lhe na pele.

“Falo, falo, e não digo o essencial”, costumava escrever Nelson Rodrigues. O essencial é o seguinte: nunca antes neste país houve um governo tão imbuído da ideia de que veio para recomeçar a história. Embalado por um lado em seus próprios mitos, e por outro em festivos, se não interesseiros, louvores internacionais, chega a esta quadra acreditando que preside a uma inédita mudança de estruturas, na ordem interna, ao mesmo tempo em que é premiado com uma promoção pela comunidade internacional. Assim como ocorreu com pelo menos duas vezes, em décadas recentes – com o “desenvolvimentismo” de JK e com o “milagre econômico” dos militares -, propaga-se a ideia de que “desta vez vai”. A noção de que se está um reinaugurando o país traz o duplo prejuízo de poder ser interpretada como um embuste, de um lado, e induzir ao autoengano, de outro. Não há refundação possível. Raras são as oportunidades de recomeço. O poder das continuidades é sempre maior.

P.S.: É ano novo. Bom recomeço, para quem acredita neles.”

Estas páginas nos FORTALECEM na MOBILIZAÇÃO de TODAS as FORÇAS VIVAS de nossa SOCIEDADE para a promoção da CIDADANIA e da QUALIDADE e a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, visando a PARTILHA das ENORMES RIQUEZAS quer NATURAIS, CULTURAIS e ECONÔMICAS bem como as originadas do PRÉ-SAL com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, promovendo a PLENA INCLUSÃO SOCIAL, reduzindo as BRUTAIS e INACEITÁVEIS DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS e incorporando VIGOROSAMENTE o conceito de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, para aí, sim, colocar o PAÍS no PÓDIO do concerto das POTÊNCIAS MUNDIAIS.

É o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A CIDADANIA, A PAZ E A PRESERVAÇÃO DA CRIAÇÃO (7/53)

(Janeiro = Mês 7; Faltam 53 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

“... Trata-se, em primeiro lugar, de constituir um espaço de diálogo entre as forças sociais e políticas comprometidas com a defesa de um projeto estratégico de desenvolvimento que seja socialmente justo, ambientalmente equilibrado e economicamente eficiente. Pretendemos reunir agentes sociais e políticos capazes de construir consensos e elaborar proposições factíveis, que visem ao efetivo enfrentamento das condições de pobreza, miséria e exclusão social que atingem a população brasileira.”
(FÓRUM BRASIL SÉCULO XXI – In UMA NOVA FORMAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL. Instituto de Política, 1998, página 10).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Preserva a criação

O papa Bento XVI, no início deste ano-novo, Dia da Fraternidade Universal, brinda a sociedade mundial com sua mensagem, com o tema “Se quiseres a paz, preserva a criação”. A paz é dom maior para garantir o equilíbrio do desenvolvimento na sociedade e na articulação dos diversificados cenários na ordem mundial. Essa paz, querida por todos, inclui, como assinala o papa, o crescimento da consciência do quanto é fundamental o respeito pela criação, que é o princípio e o fundamento de todas as obras de Deus. A salvaguarda dessa criação é essencial para a convivência pacífica da humanidade.

Não se pode desconsiderar que entre os inúmeros perigos que ameaçam a paz e o autêntico desenvolvimento humano integral encontra-se a triste depredação e desrespeito à natureza. Ora, entre as ameaças à paz, como guerras, conflitos internacionais e regionais, violações dos direitos humanos, violências e atos terroristas, estão também o desleixo e os abusos perpetrados contra a mãe Terra e os bens naturais concedidos por Deus por meio dela. Há uma aliança indispensável a ser renovada entre o ser humano e o ambiente, que é um indiscutível espelho do amor criador de Deus. Tudo vem d’Ele.

Não se pode alimentar no coração humano a pretensão do poder e da posse que fecundam o orgulho e a tirania do uso desarvorado dos bens que são dons para todos. O papa Bento XVI, em sua mensagem, recorda a carta encíclica Caritas in veritate, que “o desenvolvimento integral está intimamente ligado com os deveres que nascem a relação do homem com o ambiente natural, considerado como uma dádiva de Deus para todos. Por isso, sua utilização comporta uma responsabilidade comum para com a humanidade inteira, especialmente para com os pobres e as gerações futuras”. Essa responsabilidade não pode ser atenuada nas consciências de forma a considerar a natureza e o ser humano como meros frutos do acaso e do determinismo evolutivo. Na verdade, essa é uma hora de empenho redobrado para desenvolver a consciência da responsabilidade como coração da convivência cidadã.

É sumamente importante, assinala o papa Bento XVI, “conceber a criação como dádiva de Deus à humanidade”. Essa compreensão ajuda a perceber a real vocação e o valor do homem. A criação deve ser, antes de tudo, olhada na sua beleza para despertar a sensibilidade que faz descobrir o amor do criador nela manifestado, proporcionando uma consequente capacidade humanitária e social para presidir o tratamento adequado dessa mesma natureza. Por isso, no Dia Mundial da Paz, o papa lembra a responsabilidade que a Igreja tem, enquanto perita em humanidade, de chamar vigorosamente a atenção para a relação entre o Criador, o ser humano e a criação. Essa é uma tarefa indispensável, na qual a Igreja participa e tem um claro compromisso, para além das soluções técnicas específicas, típicas de cientistas e de governantes.

Torna-se, pois, de grande importância, iluminar os caminhos para a superação da grave crise ecológica que vivemos neste momento da história com a explicitação das questões relacionadas com o conceito de desenvolvimento e a visão do homem e de suas relações com a criação e com os seus semelhantes. Os governantes estão permanentemente desafiados a buscar uma profunda e clarividente revisão do modelo de desenvolvimento. Particularmente, essa revisão toca o núcleo central da economia, implicando rever seus objetivos e corrigir suas disfunções e deturpações.

O papa Bento XVI observa que não é difícil constatar como a degradação ambiental é, muitas vezes, “o resultado da falta de projetos políticos clarividentes ou da persecução de míopes interesses econômicos”. A ausência de governos responsáveis torna ainda mais notória a situação de risco vivida por grande número de pessoas, países e regiões, que experimentam realidades incompatíveis com a dignidade humana e que ameaçam, inclusive, a sua própria sobrevivência. Mas a responsabilidade governamental não se resume a um pensamento orgânico e técnico em torno das questões econômicas específicas. É inteligente o governo que orienta sua ação como busca expressa de meios, procedimentos e práticas que garantam a superação da crise ecológica que está comprometendo o presente e a vida das gerações futuras. A paz é fruto da preservação da criação!”

E, assim, quando vislumbramos com o ano-novo os BILIONÁRIOS INVESTIMENTOS para a realização, em nosso PAÍS, da COPA DO MUNDO DE 2014, da OLIMPÍADA DE 2016 e dos preparativos para a operação das reservas do PRÉ-SAL, mais do que nunca, URGE a CONGREGAÇÃO de TODAS as FORÇAS VIVAS da SOCIEDADE para a CONSOLIDAÇÃO de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que acima de tudo PRESERVE a CRIAÇÃO e PARTILHE os FRUTOS de TODAS as EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, visando ao “efetivo enfrentamento das condições de POBREZA, MISÉRIA e EXCLUSÃO SOCIAL que atingem a população brasileira” (o grifo é meu).

É o nosso SONHO, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA...

O BRASIL TEM JEITO!...